Um visto para o amor - Cap. I a XII

Um conto erótico de Ricardo
Categoria: Gay
Data: 04/01/2020 00:27:29
Última revisão: 28/06/2020 20:02:06
Nota 10.00

(ATUALIZADO ATÉ O CAPÍTULO 12)

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Capítulo 1

A decisão de ir embora para os EUA foi fácil, tinha acabado de me formar, meu estágio tinha se encerrado. Não havia possibilidade de contratação. Meu estágio era em uma estatal que contratações são apenas por concurso público e não tinha nenhum em vista. Pelo menos ganhava muito bem, o que deu para eu fazer uma poupança gorda. Eu já não morava com meus pais desde que entrei na faculdade em outro estado. Também não tinha namorada, ou namorado.

Havia terminado recentemente um namoro de seis meses com o Adriano, um cara muito bonito. Tivemos uma paixão muito forte, nos conhecemos na faculdade, ele era do período anterior ao meu. Já havíamos nos visto antes e reparado um no outro, mas nunca havíamos conversado. No dia em que nós nos falamos pela primeira vez, tornamos amigos e começamos a trocar ideias todos os dias. Adriano namorava com a Camila e eu com a Aninha.

Nossa amizade se fortalecia a cada dia. Começamos a ter uma grande liberdade um com outro. Quando ficávamos sozinhos, era visível nossa intimidade, conversávamos sobre tudo. Depois de dois meses de amizade, fomos sinceros entre a gente, confessamos que sentíamos algo a mais. Um dia, ele dormiu na minha casa e, nesse dia ficamos pela primeira vez.

Deitados em uma cama de solteiro nos abraçamos e nos beijamos. Estávamos bem excitados. Adriano tinha um pau enorme, ainda maior que o meu. Nos chupamos e por fim gozamos. Depois desse episódio, tivemos nossa segunda vez, veio também a terceira. Não demorou muito e transamos, eu comi o Adriano e me senti realizado. Tinha anos que eu não ficava com um outro homem. Realmente estávamos apaixonados um pelo outro, fazíamos planos para o futuro e coisas do tipo passar juntos, o resto das nossas vidas. Mesmo nesse romance, não havíamos terminados com as nossas namoradas. Depois de um tempo, comecei a me sentir mal com isso e terminei com a Aninha.

Adriano também terminou com a Camila, mas não para ficar comigo, disse que queria viver a vida. Se assumiu gay, ficou afeminado e começou a frequentar baladas gay e sair pegando todo mundo. Nosso relacionamento acabou, por mais que eu tivesse me esforçado, no fim até a nossa amizade deixou de existir.

Adriano sempre teve vontade de morar fora do país. Combinamos de fazer isso juntos. Foi dele que veio a ideia de fazer um intercâmbio. Estava pronto para isso, deixando a vida me levar, voltar ou não ia depender de como as coisas seriam por lá.

Escolhi uma cidade do estado de Nova Jersey. Apenas uma hora de trem de Nova York. Meu visto me dava a possibilidade de trabalhar 20 horas semanais dentro do campus, era pouco, mas ajudaria a me manter. Fiz um desses programas de intercâmbio onde eu morava na casa de uma família. Era um casal com um filho.

O pai era um homem que beirava os 50 anos, um senhor branco, de olhos azuis, um pouco grisalho com uma barriga de cerveja. A mãe era um pouco mais nova, cabelos escuros com luzes que ajudava a disfarçar os brancos, olhos verdes, era muito bonita, quando mais nova devia ser mais bonita ainda. O filho tinha 19 anos, fazia faculdade comunitária e era uma mistura do pai e da mãe. Ele foi sortudo, pegou o melhor dos dois. Tinha um corpo bonito, cabelos castanhos claros e os olhos, um misto de azul e verde, sua pele era clara e tinha um sorriso lindo.

– Bem-vindo a casa da família Smith. – O pai disse assim que eu saí do táxi. Eles me esperavam na porta de casa. – Prazer eu sou Willian, pode me chamar de Bill. Está é a minha esposa Mary e meu filho Dylan.

– Muito prazer. – Eu respondi.

Eles me apresentaram a casa e disseram que eu dividira o quarto com Dylan. Tomei um banho, descansei e fui chamado para o jantar. Conversamos melhor, meu inglês não era muito bom para esse tipo de conversa casual. Mas até que fluiu bem. Eles me ajudavam na pronúncia e na concordância. Para algumas pessoas isso podia ser chato, ser corrigido a cada frase, mas para mim era ótimo.

Não era a primeira vez que eles recebiam hóspedes de intercâmbio. Dylan falava pouco, era um rapaz bastante na dele. As vezes percebia ele me olhando de um jeito diferente. Eu gostei daquilo, mas não tentaria nada com o meu colega de quarto em sua própria casa. Meu objetivo ali era ficar os seis meses, fazer o meu curso e o meu trabalho.

Dois dias depois comecei o meu curso de inglês que não estava nada fácil e durante às tardes eu trabalhava no campus, era mais um coringa, tinha semana que eu ficava na biblioteca, outras na recepção, outras na gráfica. Não era ruim, conhecia muita gente, praticava o inglês e em alguns lugares ficava tranquilo para estudar.

Em casa eu mal via o Dylan, que trabalhava durante o dia e fazia a faculdade comunitária à noite. Muitas vezes que ele chegava, eu já estava dormindo.

Já tinha quase um mês que eu estava morando lá, quando em uma sexta-feira à noite, Bill me chamou para ir num pub perto de casa. Era um bar esportivo, muitas TVs passando futebol americano. Eu disse que não entendia nada e ele me explicava as regras, quem eram os jogadores e como se contava os pontos. Não entendi muita coisa, mas foi legal. Conheci alguns de seus amigos, que foram muito simpáticos. Falamos sobre o Brasil, sobre futebol, sobre as belas paisagens que temos.

Escutei o sininho sob aporta do bar tocando, quando a mesma se abriu. Olhei e vi Dylan. Eu sorri pra ele e ele sorriu sem graça de volta.

– O que aconteceu? – Bill perguntou para o filho.

– Nada, só vim tomar uma cerveja com vocês. – Dylan respondeu. Cumprimentou os amigos do pai e se sentou com a gente. Percebi que Dylan não tinha o hábito de beber com o pai, pela forma que Bill reagiu quando viu o filho.

– Tá sumido Dylan! O que aconteceu? – Um dos amigos do pai, um senhor mais gordo e calvo perguntou.

– Trabalhando e estudando muito. – Dylan respondeu. O pai fez cara de desprezo.

– E as namoradas? – Um outro amigo perguntou.

– Me falta tempo até para elas. – Dylan respondeu sem graça.

– Mas na faculdade deve ter algumas gostosas. – O gordinho perguntou.

– Tem sim, a gente faz o que pode. – Dylan respondeu. Tentou dar um sorriso safado, mas não deu muito certo o deixando ainda mais sem graça.

– No Brasil que tem muita mulher gostosa. Já viu fotos de brasileiras nas praias? Não há casamento que aguente. – O gordinho falava para Bill e para mim.

– Isso é verdade, as Brasileiras são lindas. – Eu disse.

– Viu como ele fala com orgulho? – Bill comentou. – Aposto que deixou muitas com saudade lá.

– Que nada, vim pra cá solteiro. Acho que se tivesse namorando não teria tido coragem de vir ficar pelo menos esses seis meses do curso.

– Pretende ficar mais? – Dylan me perguntou.

– Ainda não sei, não tenho nada que me prende lá, assim como nada me prende aqui. Então não sei, sou livre para escolher. Minha única certeza até agora é terminar esse curso. – Eu respondi.

– Como é bom ser jovem, poder ser aventureiro. – Bill disse e os amigos concordaram, senti que eles invejavam a minha liberdade, a minha juventude, não de uma forma negativa ou pesada.

Aquela noite rendeu. Depois do Futebol americano teve basquete, depois boxe. Eu já estava bastante alterado. Dylan já tinha parado de beber há um bom tempo, mas Bill e os amigos eram fortes, falavam alto e não param de beber.

– Não aguento mais. Vou pra casa. – Eu disse para o Dylan.

– Eu vou com você. – Dylan me respondeu.

Despedimos da turma do Bill que lamentou estarmos indo embora cedo. Mas já era mais de duas da manhã.

– Não faça barulho. – Dylan me disse quando estávamos entrando em casa. Subimos a escada em silêncio, entramos no quarto e ele fechou a porta. – Pronto. Minha mãe ia ficar brava porque deixei meu papai no pub e não o fiz voltar com a gente. – Dylan sorria.

Sentei na minha cama e fiquei vendo Dylan tirar a sua roupa, sua pele clara, braços fortes e definidos, um abdômen chapado, pernas grossas com poucos pelos. Extremamente gostoso. E dentro da sua cueca volumosa ele guardava uma deliciosa bunda e provavelmente um pau grande. Dylan me encarou, percebeu que eu o olhava e fiquei sem graça. Dylan não colocou o seu pijama, ficou deitado de cueca olhando para mim.

Foi a minha vez de tirar a roupa, no fundo sempre fui exibicionista e gostei de ter público. Tirei a minha camisa exibindo pele bronzeada, meu peito, braços e abdômen também definidos. Tirei a minha calça, minhas pernas não eram tão grossas e nem tão lisas como as dele, mas percebi ele olhando. Toda aquela situação me deixou excitado e era possível ver isso pela minha cueca. Dylan sorriu para mim. Deitamos e dormimos sem comentar nada.

Depois desse dia quase todas as noites que Dylan chegava ao quarto ele ascendia à luz e tirava a sua roupa se exibindo para mim. Seu pau sempre duro dentro da cueca. Quando eu tinha oportunidade, fazia o mesmo. Mas nenhum de nós tomávamos atitude.

Semanas depois, Dylan me convidou para uma festa que teria com a sua turma da faculdade. Eu aceitei. Era uma turma legal, o perfil dos estudantes era como ele. Pessoas que não eram ricas, trabalhadoras, quase todos jovens, mas havia algumas pessoas na faixa dos 30 anos. Dylan me apresentou uma amiga que é brasileira, já morava nos EUA quatro anos. Fabiana era o nome dela, ela era uma mulata bonita, com cabelos cacheados, ela estava acompanhada por uma amiga também muito bonita. Entre conversas e bebidas, eu acabei ficando com a Fabiana e Dylan com a sua amiga. Rolou uns beijinhos e depois fomos embora.

– Gostou da Fabiana? – Dylan me perguntou quando chegamos ao seu quarto.

– Muito gata. – Respondi.

– Não tinha certeza se você curtia. – Dylan me disse. Olhei pra ele surpreso com aquela cara de dúvida, afinal eu não dava pinta nenhuma. – Pela forma que você me olha enquanto eu troco de roupa. – Complementou.

– Então posso dizer o mesmo de você. – Eu disse rindo. Dylan sorriu de volta.

– O que você curte afinal?

– Eu curto pessoas.

– Pessoas?

– Sim. Se eu me sentir atraído não me importa o sexo. E você?

– Eu, só tenho experiência com mulher.

– E tem alguma vontade ou curiosidade com homem?

– Uma certa curiosidade.

– Tem curiosidade em quê? – Eu perguntei. Dylan estava sentado em sua cama, só de cueca, eu estava igual. Parei na sua frente e abaixei a minha cueca. – Em ver? Pegar? Chupar? – Desinibido, perguntei.

Dylan ficou um pouco assustado, meu pau meia bomba estava próximo ao rosto dele e foi ficando duro diante dos seus olhos. Dylan segurou no meu pau com uma mão, e depois com a outra, deixando apenas a cabeça para fora. Meu pau é reto, sem veias aparentes, a cor dele é a mesma do meu tom de pele. Duro chega a 19cm, bem proporcional ao tamanho e a grossura.

Dylan bateu uma punheta de leve, eu sabia qual seria o próximo passo, eu acenei com a cabeça dando o aval. Dylan colocou o meu pau na boca. No início ele não sabia muito bem o que fazer com o meu pau em sua boca, passou os dentes um pouco na cabeça, mas depois pegou o ritmo certo e engolia tudo, chupava a cabeça e punhetava o tronco do meu pau ao mesmo tempo. Estava uma delícia.

– Se continuar assim vou gozar. – Eu disse.

Dylan preferiu ignorar. Percebi que ele queria ir além, sentir meu leite em na boca. Eu dei o que ele queria. Segurei sua cabeça e comecei a foder sua boca. Comecei a gemer e gozei. Dylan engoliu tudo deixando o meu pau limpo. Ele deitou na cama. Vi que sua cueca estava toda babada.

Eu me sentei na beirada da cama e coloquei o pau de Dylan para fora. Seu pau era bonito, branquinho como a sua pele, suas veias azuis, cabeça rosinha. Passei o dedo para limpar a baba e coloquei o pau daquele rapaz na boca. Ele gemeu no primeiro contato.

– Oh my God!! – Dylan disse com a voz trêmula.

Eu sorri e comecei a chupar, em menos de dois minutos eu senti que ele iria gozar, tirei o pau dele da boca e comecei a masturba-lo. Dylan gozou, gozou muito. Me aproximei do rosto dele e perguntei:

– Gostou?

– Muito. – Ele respondeu. Nos olhamos, e não sei bem quem beijou quem, mas nos beijamos. Foi um delicioso beijo.

No dia seguinte eu ia passar mais um domingo em NY, Dylan quis me acompanhar, me mostrou alguns lugares bacanas fora do mapa turístico. Dylan me confessou que depois que terminasse a faculdade, pretendia procurar um emprego em Manhattan, que é onde a vida acontece. O que eu conhecia de Manhattan é o que se passa nas séries e no cinema, e tudo me parecia maravilhoso.

– Também tinha esse sonho, comecei a ter por causa de um amigo. Mas eu nem posso trabalhar. Só se for de forma ilegal. E como ilegal não ia fazer nada que eu realmente gostaria. – Eu disse.

– Por que não tenta um visto de trabalho e não de estudante?

– É uma possibilidade, mas nem sei se quero continuar aqui.

– Eu ia adorar se você ficasse. Meu pai pode te ajudar com o visto de trabalho. Ele já ajudou outras pessoas. O visto de trabalho dura três anos e pode ser renovado por mais três. Ele vale para quem já fez pelo menos quatro anos de faculdade e você fez não fez?

– Fiz sim.

– Vamos falar com ele hoje. Tenho certeza que ele vai ficar feliz em te ajudar. – Dylan disse.

Voltamos para casa no final do dia, conversamos com Bill que me deu todas as dicas de como conseguir o visto de trabalho.

Na hora de ir para cama fizemos o mesmo ritual, mas com uma mudança, tirei inclusive a cueca, fiquei peladão. Dylan me olhava com cara de safado, me deitei na minha cama e o chamei para se deitar comigo. Dylan foi. Começamos a nos beijar, eu apertava a sua bunda gostosa e ele gemia baixinho enquanto mordia a minha orelha.

Deixei Dylan deitado de bruços e fui até a bunda dele, lambia aquele cuzinho gostoso, era todo lisinho e rosinha. Dylan gemia, ele gostou da minha língua lá. Da língua fui para o dedo, primeiro um e depois dois, depois era o meu pau já encapado que entrava naquele cuzinho virgem. Dylan continuava gemendo baixinho. Depois que meu pau entrou todo dentro dele eu aguardei ele se acostumar, eu o beijava e dizia como ele era “hot, sexy, cute”. Não demorou muito já estava metendo com vontade, naquele entra e sai, sentia o calor dos nossos corpos. Tinha tempos que eu não tinha uma foda tão gostosa. Dylan gozou na minha cama enquanto eu estava gozando dentro dele.

– Se eu soubesse que era tão bom, eu teria feito antes. – Dylan disse.

– Antes quando? – Eu perguntei.

– Na sua primeira noite aqui. Perdemos três meses.

– Mas ainda temos outros três meses se conseguir o visto de trabalho serão mais três anos.

Aquela foi a nossa primeira noite, depois disso, todos os dias passamos a dormir juntos, passávamos os finais de semana juntos em NY como um casal de namorados. Dylan disse que não queria assumir um relacionamento, que não tinha ideia da reação dos pais e que isso poderia acabar me prejudicando. Resolvemos esperar pelo menos o meu curso acabar.

Faltava menos de um mês para o fim do meu curso. Mary preparou um jantar especial pelo meu aniversário e depois saímos eu, Dylan e Bill, fomos mais uma vez ao pub onde encontramos os amigos de Bill. Bebemos bastante, divertimos muito e fomos embora deixando Bill para trás. Chegamos em casa, fizemos sexo gostoso e fomos dormir juntos. O problema foi que Dylan havia esquecido a carteira no bar, e nós havíamos esquecido de trancar a porta do quarto. Bill quando chegou em casa, abriu a porta do quarto para deixar a carteira, viu a cama do Dylan vazia e o viu deitado na minha cama.

Eu e Dylan vimos tudo, mas não nos movemos. Bill não fez nada, apenas deixou a carteira no móvel e saiu. No dia seguinte estávamos tensos. Após Mary sair para fazer compras, Bill veio falar com a gente.

– Ricardo você é um bom rapaz. Gosto muito de você e fico muito feliz por tê-lo recebido em minha casa e em tê-lo ajudado com o seu visto de trabalho. – Bill disse. Senti que aquilo seria a minha despedida.

– Eu que agradeço ao senhor e a sua família tudo que fizeram por mim. Serei eternamente grato. – Eu disse.

– Isso não foi nada. – Bill disse.

– Pai que conversa é essa? Você está mandando o Ricardo embora? – Dylan perguntou.

– Não, ele fica aqui conforme o combinado, até o seu curso acabar. – Bill respondeu.

– Mas e depois, até ele arrumar um emprego? Ele vai ficar aqui sem lugar para morar? – Dylan começava a brigar com pai.

– Claro que não Dylan. Ricardo, tenho alguns amigos que moram em Manhattan, eles têm quartos disponíveis para alugar, será melhor para você ficar dentro da grande maçã.

– Mais uma vez não sei como agradecer. – Eu disse. Realmente estava grato, tinha medo que pudesse ser ainda pior. Era triste o meu plano com Dylan não dar certo. Eu continuar morando com ele. Mas Bill me respeitou todo o momento, não demonstrou nenhuma discriminação.

Subi para o quarto e escutei Bill e Dylan discutindo.

– Não foi essa criação que te dei. – Bill disse. – Isso não é certo.

– Não sabia que você era tão preconceituoso. – Dylan disse.

– Não sou. Respeito a vontade de cada um, mas isso não é certo. Nem contei para a sua mãe. Imagine como ela ficaria arrasada, você ser destinado ao inferno. Não queremos isso pra você e nem pra ele. Ricardo é um bom garoto. Eu lamento por ele ter caído em tentação. Mas é minha obrigação colocá-lo no caminho certo. Por isso, não vão mais dormir juntos. Você vai dormir na sala. – Bill disse.

– Isso é ser preconceituoso pai. E o que a mamãe vai pensar me vendo aqui na sala? – Dylan disse.

– Então fiquem no mesmo quarto, vão dormir com a porta aberta e cada um em sua cama. Está entendido? – Bill disse.

– Não estou acreditando. – Dylan disse para o pai.

– Você está sob o meu teto e vai seguir as minhas regras. – Bill disse encerando o assunto. – Porta aberta sempre.

Dylan voltou para o quarto chateado. Tentei mostrar para ele que o pai foi até bem tranquilo. Dylan cogitou a possibilidade de ir embora comigo. Mas eu o fiz desistir da ideia. Convenci a ficar, respeitar as regras do seu pai até ele terminar a faculdade. Não poderia fazê-lo ou deixa-lo abandonar tudo.

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Capítulo 2

Meu relacionamento com Dylan esfriou. Não queria trair a confiança de Bill que sempre foi muito bacana comigo. Dylan foi obrigado a ir com os pais a igreja todos os domingos de manhã.

No final de semana seguinte, fui me encontrar com o tal amigo que Bill me indicou.

Cheguei na portaria do prédio e apertei o interfone, mas ninguém atendeu. Mandei uma mensagem para o amigo do Bill e fiquei sentado na porta do prédio aguardando. Quando um homem lindo de uns 25 anos de idade, corpo atlético, cabelos curtos e liso, uma barba por fazer, aquela cara de macho e bom de cama que deixa as mulheres doidas, me pediu licença para abrir a porta.

– Procurando algum morador? – Ele me perguntou.

– Sim. Um amigo me indicou um que está alugando um quarto. – Eu disse.

– Legal, você vai gostar do prédio, a localização aqui é ótima, apenas o interfone sempre está estragado, o elevador sempre trava, por isso eu subo sempre de escada. Outro problema é que tem muito viado nesse prédio. O viado que mora de frente pra mim então, é insuportável. – O bonitão me disse. Fiquei sem graça, mas não deixei transparecer – Vamos entre.

Eu o segui enquanto ele subia as escadas, ele perguntou de onde eu era e ficou animado quando eu disse que do Brasil, falou de vários jogadores de futebol, alguns que eu nem conhecia. O prédio era de 6 andares. Mas o apartamento do amigo do Bill era no terceiro, assim como o do bonitão, caminhamos juntos pelo longo corredor.

– É aqui. – Eu disse apontando para a porta. O bonitão sorriu pra mim. Ele morava em frente.

– Boa sorte. – Ele me disse. – Prazer meu nome é Jack.

– Prazer sou Ricardo. – Eu disse.

Esperei Jack entrar em seu apartamento antes de bater a campainha naquele que poderia ser meu novo apartamento. Liam abriu a porta, já estava imaginando um homem desmunhecado que trabalhava na Broadway todo montado. Mas para a minha surpresa Liam era um cara bonito, cabelos claros olhos azuis, uns 30 anos de idade e não pareceu nada afeminado. Ele foi bem simpático, de cara foi me mostrando o apartamento e perguntando quando eu me mudava. Disse que quando fez um intercambio, anos atrás, ele ficou na casa do Bill. Que Dylan ainda era uma criança. Que era amigo do Bill até hoje apesar de se verem pouco. Eu perguntei se morava mais alguém no apartamento, possivelmente Jack falava de outra pessoa. Ele disse que não, que já tinha algum tempo que morava sozinho. Que não deixa qualquer um morar com ele. Mas sendo indicação do Bill ele não tinha dúvida que eu era uma boa pessoa.

Perguntei sobre o bairro e sobre o prédio. Ele disse que era um bom lugar para se morar, próximo de tudo, inclusive de uma estação do metrô. Disse que a maioria dos vizinhos são bacanas, exceto o da frente que é um homofóbico filho da puta.

– A propósito, eu sou gay. Espero que não seja problema você. – Liam me disse.

– Problema nenhum. – Eu respondi.

– É permitido trazer alguém para passar a noite com você uma vez ou outra, não tem problema. Mas nunca deixar alguém aqui sozinho sem você. Eu também não farei isso. No mais a gente vai se acertando no dia a dia.

– Muito obrigado Liam. – Eu disse apertando a sua mão. – Me mudo em duas semanas então.

Voltei para casa satisfeito. Teria um novo lugar para começar a minha vida. Já estava com o visto para trabalhar e já tinha algumas entrevistas agendadas. Contei para o Dylan que o cara era muito gente boa, gay, e que não tinha problema ele ir me visitar de vez em quando. Mas o fato do Liam ser amigo do seu pai o deixou desanimado.

Um dia, antes da minha partida, Mary fez um jantar especial, com arroz e feijão e carne, como eu a ensinei em uma das poucas vezes que cozinhei. Agradeci a eles por tudo, pedi desculpa por algo que eu tenha feito e disse que sempre levaria aquela família em meu coração. Bill também fez um bonito discurso, me deu um abraço e pediu desculpas também se em algum momento ele me ofendeu.

Bill fez questão de me levar de carro para Manhattan aproveitou para ver Liam.

Eu me dava bem com Liam, na verdade mal nos víamos. Consegui um emprego em uma agência de mercado de capitais. Por falar português, montaram para mim uma carteira com a maioria dos clientes brasileiros.

No primeiro mês, Dylan encontrou comigo todos os finais de semana, mas ele não ia para a minha nova casa. Com isso, sexo quase não rolava. Em um final de semana, Liam havia ido viajar com Steve, o seu namorado. Nesse final de semana Dylan dormiu comigo. Tivemos uma maravilhosa noite de sexo. Mas no dia seguinte percebi que não havia a mesma empolgação que sentíamos quando dividíamos a mesma casa, a mesma cama.

– Desculpa Ricardo, mas não posso continuar com isso. Ficar mentindo para os meus pais toda vez que venho te encontrar. Me sinto culpado, sujo. Me perdoe. – Dylan me disse, depois de três meses que eu já havia me mudado.

– Eu te entendo Dylan. Não vejo motivo para você se sentir assim, mas eu te entendo. Saiba que tem em mim um grande amigo com quem você sempre pode contar. – Eu disse, nos beijamos e fizemos amor pela última vez antes do Dylan sair da minha vida.

Depois de terminar com Dylan, acabei me envolvendo com uma garçonete de um café próximo ao meu trabalho. Penny era jovem, tinha uns 20 anos, loura de olhos claros, um corpo lindo e um par de seios completamente deliciosos, grandes e naturalmente firmes. Ela queria ser atriz, durante o dia trabalhava na lanchonete e a noite fazia aulas de teatro. Começamos a sair e engatamos um namoro.

Ela dormia comigo quase três vezes na semana, os dias em que tinha aula de teatro, muitas vezes eu a buscava no teatro, saíamos para comer e voltávamos para casa. Nessas noites, eu sempre encontrava com Jack, quando eu saia para busca-la ou quando voltávamos juntos. Jack era sempre muito simpático e nunca mais comentou sobre o Liam comigo. Algumas vezes, quando eu estava voltando com a Penny e ele estava saindo, nos chamava para beber, sempre agradecíamos, mas nunca fomos.

Naquele mesmo ano, foi aniversário do Bill que convidou Liam e eu para irmos até sua casa. Como Dylan estava namorando, resolvi levar a Penny também. Bill ficou feliz em nos ver. Liam foi com Steve, que foi tratado muito bem pelo Bill e sua família. Bill respeitava as escolhas de cada um, apesar de achar que aquilo era um pecado. Bill ficou feliz por eu ter uma namorada. Imagino que ele pensou que a minha alma estava salva. A namorada do Dylan também era muito bonita. Demorei para reconhecer, mas era a garota com quem ele ficou quando eu conheci a Fabiana.

Meu namoro com a Penny não durou muito, gostávamos um do outro, mas não o suficiente. Terminamos de forma amigável.

Já havia mais de um ano morando com Liam e três meses que havia terminado com Penny. Ele estava bem com Steve. Steve era um homem muito bonito, até mais que Liam. Desde que eu o conheci, percebi que ele era bastante exibicionista. Ele fazia questão de andar com um short curto e sempre pegar na rola quando estava dura, isso tudo só para me mostrar. Como estava há meses sem sexo eu fazia de tudo para evita-los. Acho que foi ideia do Steve fazer sexo com a porta aberta, aqueles gemidos altos, as coisas que eles falavam durante o sexo me deixou morrendo de tesão e irritou bastante o Jack, o vizinho homofóbico, que ba teu bravo na porta.

– Que porra é essa? – Jack disse assim que abri. – Cara como você consegue conviver com isso. Se da minha casa eu escuto essa porra desses viados fudendo imagina você.

– É, complicado. – Eu disse. Não tinha resposta. Olhei com aquela cara de quem diz: “o que eu posso fazer? ”.

– Não dá pra ficar em casa escutando isso não. Vamos sair pra beber enquanto essas gazelas ficam aí se acasalando. Você bebe?

– Bebo sim. Só pegar minha carteira e a minha jaqueta. – Eu disse. Seria bom sair daquela casa onde se respirava sexo.

Quando voltei para o corredor, a porta do apartamento de Jack estava aberta. Eu vi dentro do seu apartamento. Apesar de ser um espelho, do apartamento do Liam era feio, bagunçado e precisando de uma reforma. Fiquei do lado de fora esperando por ele que também buscou uma jaqueta.

Apesar de ser homofóbico, Jack era um cara simpático. Pelo menos comigo ele foi. Jack me contou da vida dele, é americano, morava no interior e foi pra NY quando estava com 26 anos, tinha vários empregos, trabalhava de garçom em eventos, com serviço de entregas e de uber. Ele ganhava até um bom dinheiro, mas torrava tudo com mulheres e apostas. Ficamos quase uma hora bebendo e conversando, ele me perguntou muitas coisas sobre o Brasil e sobre as brasileiras, sobre a Penny. Ficou empolgado com algumas coisas que eu contei e eu gostei de deixa-lo empolado.

Jack não é o tipo de pessoa que eu queria ser amigo. Para ser amigo dele eu teria que mentir, pagar de hétero para sempre. Coisa que para mim não rola. Não tenho o porquê de me esconder. Também não tenho porquê falar que sou bi, por isso aquela noite foi agradável. Combinamos de marcar um outro dia para sair, para beber. Ver um jogo de futebol (o de verdade). Mas era algo que eu sabia que não ia acontecer.

Voltamos para casa e aquele coito escandaloso havia acabado. Quando entrei no apartamento, vi Steve sentado no sofá vendo TV. Ele me cumprimentou com um sorriso safado. Liam apareceu assim que abri a porta.

– Eu estava com o Jack, ele bateu na porta por causa dos ruídos que vocês estavam fazendo. Eu acabei saindo com ele para um bar. – Eu disse.

– Esse cara é um babaca. – Steve respondeu.

– Até que comigo ele não é. – Eu disse.

– Qualquer coisa é motivo para ele reclamar. – Liam disse.

– O problema é quando se dá motivo. Talvez fazer sexo com a porta fechada abafa o barulho, assim ele não vai escutar da casa dele. – Eu disse.

– A porta estava aberta? – Liam me perguntou. Eu concordei com a cabeça. Steve sorriu. – Você deixou a porta aberta? Você também hein, gosta de provocar.

Eu sabia que era coisa do Steve, só não sabia quem ele queria provocar, eu ou Jack. Entrei para o meu quarto e dormir.

As coisas caminhavam bem no trabalho, quando fiz dois anos na empresa, tirei férias e fui para o Brasil ver minha família. Fiquei sabendo que o meu ex, Adriano, havia passado em um concurso no interior e tinha se mudado. Aproveitei e fiquei uns dias na praia, voltei bronzeado e perdi um pouco do peso que eu havia ganhando, realmente estava comendo mal como os americanos.

Quando voltei, Liam me disse que havia brigado com Steve, mas pelo que entendi, não foi a primeira vez, isso já tinha acontecido antes. Disse para o Liam que eu queria entrar numa academia, ele gostou da ideia e até se animou a ir comigo. Liam me levou numa academia gay, eu adorei ver aquele tanto de homens bonitos, sarados e gays, foi ótimo. Me sentia muito motivado para malhar.

Havia dois meses que eu estava malhando, já tinha ficado com alguns caras da academia, apenas sexo, era isso que o povo lá queria. Mas foi bom, tirei o atraso. Liam ainda não tinha voltado com Steve e não estava aproveitando a vida de solteiro. Ele gostava mesmo do Steve.

– Por que está triste Liam? – Eu perguntei. Liam parecia ter chorado. Ele me mostrou o celular. Steve estava namorando com outro homem. Com direito a fotos e declarações no facebook. Eu o abracei. – Não fique assim. Você vai encontrar alguém melhor do que ele.

Liam voltou a chorar e me abraçou. Liam era um cara bonito, sempre o achei bonito. Acho que o fato de me mudar para o apartamento dele, tendo um relacionamento com o Dylan, me fechou para as investidas dele, e quando fiquei solteiro ele já estava firme, de novo com o Steve. Mas naquele momento éramos dois homens, bonitos e solteiros se abraçando. Eu fiquei excitado. Liam jogou seu peso sobre mim de forma que deitamos no sofá e eu senti o seu corpo sobre o meu. Não soltamos o abraço, ficamos um sobre o outro. Senti que Liam também estava excitado. Seu pau dançava sobre o meu. Liam olhou para mim e nos beijamos.

Foi um beijo gostoso. Um beijo que demorou mais de dois anos para acontecer e, quando aconteceu, foi quente. Liam foi tirando a minha roupa, beijando o meu corpo e chupando o meu pau. Ele voltou a me beijar, eu também tirei a sua roupa. Liam ficou de quatro eu o fodi ali mesmo no sofá.

Depois daquele dia, nossas transas foram diárias. Liam era passivo e gostava muito de dar. Passei a dormir na cama dele. Não houve um pedido de namoro ou nada do tipo. Mas eu nunca mais fiquei com ninguém, nem o Liam. Passamos a sair nas ruas de mãos dadas, jantávamos fora, nos beijávamos em público. Quando dei por mim, estávamos comemorando cinco meses de namoro.

Nesse dia, quando voltávamos para o apartamento, encontramos com Jack, que me cumprimentou, mas não cumprimentou o Liam. Vez ou outra nos esbarrávamos pelo prédio e sempre comentávamos sobre sair para beber. De uma forma inconsciente e automática eu soltei a mão do Liam. Subimos as escadas juntos e quando chegamos na porta da nossa casa e o Jack na dele, eu abri a porta do nosso apartamento e o Liam me beijou me empurrando apartamento a dentro, eu me assustei, mas não impedi o meu namorado. Apenas abri os olhos e vi Jack me olhando e balançando a cabeça em forma de negação e decepcionado.

– O que foi isso Liam? – Eu perguntei já dentro de casa.

– Isso é pra você aprender a soltar a minha mão. – Liam disse. – Não entendi se foi vergonha ou medo.

– Não foi nada disso, nem percebi que soltei a sua mão. – Eu respondi.

Depois desse dia Jack passava por mim e não me cumprimentava.

“ – Bom dia, Jack; Boa tarde, Jack; Boa noite, Jack.” Eu sempre dizia quando o via, fazendo questão de ser educado.

Naquele mesmo mês, eu estava saindo de casa quando encontrei com o Jack que veio sorrindo na minha direção. Eu sorri de volta.

– Colocaram isso na minha caixa de correio. – Ele disse me entregando uma correspondência, ainda com um sorriso sínico no rosto. – Parece que alguém vai ser deportado.

Era uma correspondência a respeito do meu visto. Uma notícia ruim. Não foi aprovada a renovação do meu visto de trabalho. Eu não seria deportado como o Jack falou, não ainda. Significava que em poucos meses a empresa para qual eu trabalho e estou ganhando um bom dinheiro teria que me demitir. Só poderia permanecer no país com o visto de turista ou de estudante. Era um adeus para o meu bom emprego.

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Capítulo 3

– Podemos reverter isso. – Liam me disse depois que lhe mostrei a carta.

– Como? Não tem como recorrer. – Eu disse.

– Acalme-se Ricardo. Daremos um jeito. Vamos falar com Bill, talvez ele possa nos ajudar. – Liam disse.

Isso me deixou incomodado. Falar com Bill significava contar para ele que eu estava namorando o Liam. E eu não queria isso. Sentia que iria desaponta-lo. Mesmo que isso não o impedisse de me ajudar.

– Vou ligar pra ele. – Eu disse.

– Isso, vamos marcar de encontra-lo. – Liam disse.

Eu não tinha resposta, preferia ir sozinho. Assim não precisava dizer nada sobre o Liam.

– Você não quer que eu vá junto, não é? Você tem vergonha de mim. – Liam disse.

– Não é isso. Sabe que não tenho vergonha. Saímos juntos, nos beijamos em público, não é vergonha.

– É muito fácil se assumir para desconhecidos. Mas não me esqueci do que fez quando viu o vizinho. – Liam disse.

– Eu também não. Você me deu um beijo na frente dele. Mas com Bill é diferente, sei que ele é de boa com isso. Lembro como ele tratava você e o Steve. Pode ser vergonha, mas não é de você, sim de mim. Bill e Mary são muito conservadores, de alguma forma sinto que irei decepciona-los. – Eu disse.

– Faça como quiser então Ricardo. Mas lembre-se que você não é mais uma criança, que tem que viver se escondendo. – Liam disse me deixando sozinho na sala e entrando para o quarto.

Não queria que Liam fosse dormir brigado comigo. E por mais que eu estivesse errado, não queria contar para Bill sobre o meu relacionamento com o Liam. Tomei um banho e fui para o quarto, me deitei na cama e comecei a beijar o Liam. Mesmo chateado ele cedeu.

Não demorou e ele já estava excitado, eu tirei a sua roupa e beijava seu corpo. Cheguei até o seu lindo pau e coloquei na boca. Liam segurava os meus cabelos e apertava forte.

– Eu adoro o seu pau. – Eu disse. Liam sorriu e gemia. Eu chupava mais rápido ainda.

– E a minha bunda você adora? – Liam perguntou.

– Eu a venero.

Liam se virou de costas exibindo a sua linda bunda para mim. Eu a beijava, mordia e chupava. Liam tinha uma bunda branca, lisa, com músculos, mas bem macia. Eu adorava chupar aquele cuzinho. Liam conseguia morder a minha língua com ele.

– Então coloca esse seu pau gostoso todo dentro de mim Rick. – Liam pediu.

Deitei sobre ele e o penetrei. Liam gemia gostoso. Ele mordia o meu pau, o que me dava um prazer indescritível. Liam era bom de cama e um homem mais experiente. Ele estava com 32 anos, sua pele branca e alguns sinais, entregavam a sua idade, o que o deixava ainda mais bonito parecendo mais másculo e maduro. Muitas vezes, antes de namora-lo eu me masturbava pensando nele. Agora tudo era real, ele é meu e eu gostava disso. Gostava de ficar dentro dele, gostava de gozar no seu cuzinho com ele prendendo o meu pau. Isso sempre prolongava o meu orgasmo.

Em movimentos fortes e rápidos, indo cada vez mais fundo dentro do Liam. Ele gemia pedindo mais, até que gozamos. Deitei ao seu lado e o beijei.

– Você é um bom namorado. Não posso reclamar. Mas me chateia você querer me esconder. – Liam disse.

– Não estou te escondendo, você fala como se eu te amasse apenas aqui dentro desse quarto. Você sabe que não é assim. – Eu disse.

– Eu sei, por isso vou deixar você encontrar com o Bill sozinho. Mas não vou mentir se um dia ele me perguntar.

– Não quero que minta. – Eu disse o beijando. Estava satisfeito.

No dia seguinte liguei para o Bill. Falei por alto o que aconteceu e ele me chamou para ir até a sua casa. Deixei para ir na sexta-feira. Mary fez um jantar especial para me receber. Dylan estava na faculdade, cursava o último período.

Bill me disse que não tinha muito para ser feito. Que eu deveria entrar com um recurso, mesmo sabendo que seria negado eu poderia ganhar mais alguns meses. Disse para eu fazer nos últimos dias do meu visto. Que em um ano eu poderia tentar novamente o visto de trabalho. Mas que para conseguir isso eu não poderia ficar irregular. Que se eu quisesse mesmo ficar, teria que me matricular em algum curso e pedir um novo visto de estudante.

– Achei que pudesse ter outro jeito. – Eu disse

– Tem sim. Você pode se casar com alguma americana, ganha o Green Card. Onde está aquela sua linda namorada, Penny? – Bill perguntou e Mary deu um cutucão nele, uma ceninha boba de ciúmes, mas que eu achei lindo para um casal maduro.

– Nós terminamos. – Eu disse. Talvez se ainda estivéssemos namorando, poderíamos nos casar. Nem que fosse só pelo visto.

– É uma pena. Era uma garota linda. – Bill disse. Mary olhou pra ele. – Qual é? Você mesmo disse que era linda a namorada dele.

– Eu posso dizer. – Mary disse sorrindo. Bill deu um beijo na esposa.

Depois de um tempo, Dylan chegou e ao me ver abriu um largo sorriso. Ele estava ainda mais bonito que antes. Não tinha mais aquela cara de menino, parecia um homem. Já estava com 22 anos e seu rosto e corpo melhoraram comparando de quando eu o conheci há mais de três anos.

– Quem é vivo sempre aparece. – Ele disse me estendendo a mão. Eu me levantei e lhe dei um abraço. Talvez até longo de mais, mas não me importei.

– Que bom te ver, as últimas vezes que vim aqui você estava na faculdade. – Eu disse.

– Você também só vem em dias de semana. Parece até que não queria me ver. – Dylan disse. Trocamos um longo olhar. Confesso que se não estivesse com o Liam e se não estivéssemos na frente dos pais do Dylan eu o teria beijado e eu não tinha dúvidas que ele me beijaria de volta.

Voltei a me sentar. Perguntei sobre a faculdade. Dylan estava animado. Acabamos entrando no assunto da minha visita e Bill contou para ele o problema do meu visto.

– Que barra hein. – Dylan disse.

– Seu pai disse para eu me casar. – Eu disse e Dylan me encarou. – Mas nem namorada eu tenho.

– Teria que ser uma americana. – Bill disse.

– Talvez um americano. – Dylan disse sorrindo. – Muitas pessoas se casam pelo Green Card.

– Você se casaria comigo? – Eu perguntei. Bill sorriu sem graça e antes que Dylan pudesse aceitar a minha proposta a mãe dele disse:

– Nem brinquem, casamento é algo sagrado.

– Seria apenas no papel mãe. Para ele ter o Green Card. – Dylan disse.

– Foi apenas uma brincadeira Mary. – Eu disse para amenizar. Se Liam fosse americano não pensaríamos duas vezes, mas ele era canadense.

– Hoje em dia estão muito rigorosos para dar o Green Card. Existem muitas entrevistas e visitas surpresas, o governo cansou de ser enganado. – Bill disse. – Não acho que esse seria o melhor caminho. Isso é fraude, você pode ser preso e deportado e quem te ajudar nisso estaria cometendo um crime.

Bill tinha razão, e recebi o seu recado de que a sua família não poderia se envolver nisso. Mas ficar um ano sem o meu emprego era complicado. Realmente o Green Card seria a melhor opção para mim. Um visto definitivo.

Já estava ficando tarde e decidi ir embora. Despedi de todos.

– Eu te acompanho até a estação. – Dylan disse.

Saímos juntos da sua casa. Conversamos amenidades, sobre a faculdade, emprego e se ele iria para Manhattan depois de se formar.

– Ainda tenho esse sonho. Mas estou bem na loja. Fui promovido a gerente. Então não vou me aventurar. Vou apenas se conseguir algum emprego. – Dylan me disse.

Dylan trabalhava em uma grande loja de departamentos. Começou quando tinha 18 anos, como empacotador. Fiquei feliz por ele e disse que ele estava certo. Quando chegamos na estação, ficamos parados olhando um para o outro, Dylan não me deixava ir embora e eu também não queria.

– Sabe... às vezes eu fico pensando em você. Em nós. – Dylan disse sem graça. – Um dia cheguei a pegar o trem para NY para te procurar, mas não tive coragem de sair da estação.

Eu fiquei sem reação. Muitas vezes também pensava nele. Em como seria a nossa vida se tivéssemos juntos.

– Eu nunca mais fiquei com outro cara. – Dylan disse.

Eu não poderia dizer a mesma coisa.

– Eu nunca vou me esquecer de você. E nunca deixei de te amar. – Dylan voltou a dizer depois de um tempo que ficamos nos encarando.

– Eu também, Dylan. – Eu disse. Nos abraçamos, quase nos beijamos. Fiquei feliz e ao mesmo tempo triste por não ter acontecido aquele beijo.

– Eu queria poder te ajudar. – Dylan disse.

– Eu sei que sim. Fico feliz só de saber disso. – Eu disse me soltando daquele abraço. – Eu tenho que ir.

Chegando em casa contei para o Liam sobre a conversa com Bill, omiti apenas a parte do Dylan me levando até a estação. Aquilo mexeu comigo um pouco. Sou do tipo que guarda um carinho especial pelas pessoas que passaram pela minha vida, que um dia eu amei.

Na semana seguinte fui chamado no RH, eles também foram notificados sobre o meu visto. Eu disse que daria um jeito. Que eu iria entrar com um recurso, ganhando assim um prazo até eles analisarem. Me disseram que não teria problemas, que se chegasse ao ponto de me demitirem, eles segurariam a minha vaga por um mês. E que eu seria bem-vindo de volta quando minha situação estivesse regular e se existisse alguma vaga.

Chegando em casa encontrei com Jack.

– Boa noite, Jack. – Eu disse, sabendo que seria ignorado como vinha sendo desde o beijo que Liam me beijou na sua frente.

– Achei que já tivesse sido deportado. – Jack disse com um sorriso sínico.

Eu estava tão abalado com aquilo tudo que estava me acontecendo, que quando o Jack disse aquilo, apenas soltei a minha pasta no chão. Jack me olhou assustado, acho que ele pensou que eu iria agredi-lo. Essa foi a minha ideia inicial. Mas não iria sujar as minhas mãos. Apenas sentei no chão da escada e lá fiquei.

Jack subiu mais dois degraus e parou. Ele não disse nada e eu não olhei para trás. Vi quando ele desceu alguns degraus e pegou a minha pasta que estava caída no chão e colocou ao meu lado.

– Ei, você está bem? – Jack me perguntou.

– Não. – Respondi. Jack ficou calado, mas não foi embora. Depois de um tempo em silêncio, eu continuei sem olhar para ele. – Não vou ser deportado para a sua infelicidade. Mas vou perder o meu emprego. Meu visto de trabalho está para vencer e não será renovado.

– Isso é foda. – Jack disse, senti uma sinceridade na sua voz.

– Apesar de recorrer e já saber que será negado, só poderei pedir um novo visto daqui um ano.

– Pelo menos não será deportado. – Jack disse batendo no meu ombro. Eu olhei para ele. Não estava sendo sínico.

– Como se você se importasse. – Eu disse. Deixando Jack constrangido.

– Realmente não me importo. – Jack disse e subiu as escadas. Esperei seus passos sumirem, me levantei e fui para a casa. Tomei um banho e fiquei lá deitado.

Liam chegou um tempo depois, contei sobre a conversa com o RH. Liam me chupou para me deixar animado. Meu pau ficou duro e eu gozei de forma mecânica. Não estava mesmo no clima.

– E se você se casasse? – Liam sugeriu.

– Você não é americano. – Eu respondi.

– Não comigo. Com outra pessoa.

– Não daria certo. Tem tempos que não vejo a Penny, não sei se ela iria aceitar.

– Claro que não com a Penny. Acha que vou deixar você se casar com a sua ex.? Estou falando de contratar alguém.

– Bill disse que hoje em dia não é assim tão simples. Eles investigam a fundo. Precisa-se de testemunhas, tem que provar que realmente existe um relacionamento. Morar juntos até sair o visto e só depois poder divorciar. Não dá para eu me casar em menos de três meses com uma pessoa desconhecida, vai ficar na cara a fraude. – Eu disse.

– Talvez. – Liam disse me beijando. – Vou pensar em algo.

Fiquei feliz pela tentativa. Acabei dormindo cedo, estava cansado, não fisicamente, mas, emocionalmente. Tentava não me preocupar muito. Bill me ajudou com o meu recurso, ele estava pronto, mas eu aguardava a data certa para protocolar. Me concentrava no meu trabalho e de alguma forma estranha, estava ganhando ainda mais dinheiro. Tinha mais do que suficiente para me manter 1 ano desempregado no mesmo padrão de vida. Eu sou um bom poupador e namorar com o Liam me ajudou a economizar. Gastava muito saindo com a Penny e Liam era mais caseiro, além de ter uma condição melhor que a minha ex, sempre dividíamos as contas.

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Capítulo 4

No final da semana cheguei em casa e tive uma surpresa:

– Oi amor, que bom que você chegou. – Liam veio me dando um beijo. Eu percebi que tinha alguém sentado no sofá.

– Oi Ricardo. – Steve me disse.

– Oi Steve. – Eu respondi. Olhei para o Liam com uma cara de interrogação.

– Eu conversei com o Steve. – Liam me disse. “Desde quando vocês conversam? ”. Eu me perguntei.

– Eu aceito me casar com você. – Steve disse. Eu não sabia o que dizer, “Não seria obrigado”, pensei.

– Liam, podemos conversar? – Eu o puxei pela mão e fomos para o meu antigo quarto. – Da licença Steve. – Eu disse antes de fechar a porta.

– Rick, antes de ficar bravo, pensa comigo. Você precisa do Green Card, tinha que ser alguém que a gente já conhecia, que fica mais fácil contar a história. Todo mundo no prédio conhece o Steve, ele frequentou anos esse prédio. Ele é a pessoa perfeita.

– Ele é seu ex namorado.

– Melhor do que ser a sua ex.

– E por que ele faria isso?

– Por mim, por você e por dinheiro, eu disse que pagaríamos 40 mil se desse tudo certo. – Liam disse e eu olhei bravo para ele. – É o preço de mercado. E você ganha isso em 5 meses se contar suas comissões.

– O problema não é o dinheiro, mas sim o Steve aqui entre a gente. Ele morando aqui.

– Podemos fazer isso dar certo. – Liam me disse. – Como você está regular não terá problemas, em menos de um ano terá o Green Card e ele terá ido embora.

Eu não tinha escolha. Realmente o Steve era uma boa opção, exceto por Dylan que estava fora de questão. Não seria fácil aguentar a presença daquele homem charmoso em nosso apartamento. Voltamos para a sala.

– Tudo bem. Faremos um teste, por um mês. – Eu disse. Não poderia dar entrada em um casamento com Steve sem antes ver se aguentaríamos um tempo convivendo juntos. Imagina chegar há um ano.

– Por mim tudo bem. – Steve disse.

– Temos que ser realistas. – Liam disse e eu já não gostei. – Vocês terão que ser visto juntos. Temos amigos que podem testemunhar que vocês namoravam há mais tempo. Alguns vizinhos também podem nos ajudar.

– Calma Liam. Vamos fazer isso depois desse período de teste. – Eu disse. – Pra isso temos que ter algumas regras aqui dentro de casa.

– Ok. – Liam disse.

– Quais são essas regras? – Steve me perguntou.

– Não quero você andando seminu pela casa. Você vai ficar com o meu antigo quarto. Sem chance dessa fantasia se tornar algum tipo de realidade. Espero que você respeite o que eu e o Liam estamos vivendo. Assim como respeitei vocês quando eram um casal. – Eu disse.

– Sem problemas, Rick. – Steve concordou. – E quando começa esse teste?

– Assim que você se mudar. – Eu respondi.

Entrei para o quarto. Steve seria presença constante na casa e eu não precisava ficar fazendo sala ou o tratando como visita. Confesso que me preocupei com Liam e Steve juntos. Desde que eles se separam nunca tocamos no nome dele. Era um assunto meio que proibido. Nunca soube se Liam ainda tinha sentimentos por ele. Mas sabia que um fez parte da vida do outro de uma forma que eu ainda não fazia da vida do Liam.

Em uma semana, tive que esvaziar o meu antigo quarto para chegada das coisas do Steve. A primeira semana foi tranquila. Steve sempre ficava na sala vendo TV. Eu me mantinha mais no quarto com Liam. Que quando eu chegava em casa não se desgrudava de mim. Isso me deu mais confiança naquela nova situação.

Liam por ser autônomo tinha seus horários de trabalho indefinidos, algumas vezes ele estava em casa durante o dia outras ele chegava tarde da noite. Steve assim como eu tinha emprego fixo, também em Manhattan. Ele começava a trabalhar às 6 e retornava às 16h, enquanto eu trabalhava de 8 às 18 horas. Então de manhã tomava meu café tranquilo, quase sempre na presença do Liam e quando voltava do trabalho encarava Steve vendo TV na sala.

Um certo dia, com a bolsa em queda, ela travou e com isso fomos dispensados mais cedo. Liam neste dia iria chegar tarde. Quando cheguei em casa por volta das 17 horas, vi Steve completamente nu na sala. Seu pau mesmo mole era grande, ainda maior que o meu. Senti aquela inveja, aquela dúvida se eu realmente conseguia satisfazer o Liam.

– Rick, chegou mais cedo. – Steve disse.

– Cheguei, por que está pelado? – Eu perguntei. – O Liam está aqui? Tem alguém aqui?

– Não. – Steve respondeu rindo. Percebi que seu pau estava endurecendo. – Apenas gosto de ficar pelado quando não tem ninguém em casa.

Eu não poderia julga-lo também sempre gostei disso.

– Agora eu cheguei. Pode se vestir.

– Sim senhor.

Steve foi para o banheiro, tomou banho com a porta aberta e gemia alto. Aquilo era para me provocar.

Fui até a porta do banheiro para fecha-la. Não pude deixar de reparar naquele pau grande, grosso, que me deu até água na boca. Steve me pegou observando e se masturbava olhando pra mim. “Era isso que ele queria”.

– Feche a porta quando for fazer isso. Não quero que Jack venha bater aqui na porta para reclamar. – Eu disse. Mas antes mesmo de fechar a porta, eu vi Steve gozando, gozando muito para o lado de fora do box. – Você vai limpar isso. – Eu disse finalmente fechando a porta. Steve tinha um sorriso safado no rosto e mesmo depois de gozar continuou gemendo.

Quando Liam chegou em casa, foi para o banho. Eu não dei nem tempo de ele vestir o seu pijama, o joguei na cama e comecei a chupa-lo por inteiro.

– Está animado hoje. – Liam disse sorrindo.

Eu tampei a sua boca com o meu pau, comecei a foder a boca dele com força ao ponto de deixa-lo sem ar. Sai da cama, puxei Liam para a beirada, levantei as suas pernas e a sua bunda, comecei a meter forte.

Eu ali em pé e Liam com as pernas até o meu ombro, eu o carregava pela bunda, abrindo-a cada vez mais e penetrando cada vez mais fundo. Liam gemia alto, ele mordia o meu pau com o cu. Ficamos mais de 20 minutos naquela posição até que gozamos. Não me importei se Steve ou até mesmo Jack estivesse nos ouvindo transar. Tudo que eu queria era uma boa foda.

Fui para o banheiro apenas com uma toalha enrolada na cintura. Steve estava na sala e vi que estava de pau duro, ele piscou para mim, mas eu o ignorei. Quando Liam namorava com Steve e eles iam para o quarto transar eu sempre saia da sala, ficava no meu quarto, colocava uma música ou ligava a TV com o volume alto, isso era respeitar o espaço do outro. Mas Steve ficou lá ouvindo tudo e sentindo tesão.

– O que te deixou tão animado? – Liam me perguntou quando voltei para o quarto.

– Liam, posso te fazer uma pergunta?

– Claro, Rick.

– Eu te satisfaço?

– Claro.

– Sexualmente falando. Meu pau é bom pra você?

– Claro que é. São deliciosos 19 centímetros de Pica brasileira. Por que está perguntando isso? Já sei, viu o Steve pelado. O pau dele é grande.

– Grande é o meu. – Eu disse. – O dele é enorme.

– Entendo a sua insegurança, mas de que adianta ter 22 cm e não saber fazer direito.

– Ele não fazia direito?

– Muitas vezes ele me machucava. – Liam me disse. – O seu pau é perfeito, tenho muito mais prazer dando pra você do que já tive dando pra ele.

Liam me beijou e eu fiquei animado novamente, Liam começou a me chupar.

– E pra fazer boquete? – Eu perguntei.

– O quê que tem? – Liam perguntou, ele já tinha entendido a pergunta.

– Qual é melhor?

– O seu é uma delícia. – Liam respondeu voltando me chupar.

Eu entendi que o pau do Steve era mais gostoso para chupar. Claro que não fiquei feliz, mas satisfeito porque vi que a primeira parte era verdade. Eu comia Liam mais gostoso. Liam me chupou até eu gozar em sua boca e ele engoliu tudo.

Já fazia três semanas que o Steve estava morando com a gente. De vez em quando eu percebia a forma que ele olhava pra mim e para o Liam. Eu me perguntava se quando era eu a vela naquele apartamento, se olhava para eles da mesma forma. Um dia cheguei em casa e Steve estava na sala, como sempre vendo TV, com o seu antigo short minúsculo marcando todo o seu pacote. Ele me viu chegando e deu uma pega na rola e me cumprimentou. Preferi não comentar nada. Mas quando entrei no quarto vi que Liam estava lá na nossa cama lendo um livro.

– Steve está começando a avacalhar o combinado. – Eu disse.

– Por que? – Liam me perguntou.

– Está lá com aquele short minúsculo.

– E você reparou. – Liam disse sorrindo. – Relaxa Ricardo, ele está na dele.

Realmente ele estava na dele. Acho que o que me incomodava era o fato da forma que ainda me senti atraído pelo Dylan no dia em que eu o vi. Não sabia se Liam se sentia da mesma forma em relação ao Steve. Até eu que nunca tive nada com o Steve me sentia um pouco atraído por ele.

Cumprimos um mês, deu tudo certo, apesar de alguns detalhes que eram possíveis de ignorar. Mas eu ainda estava receoso em dar entrada nos papéis. Algo me dizia para não fazer. Mas não contei para Liam nem Steve.

– Chegou a hora de vocês se tornarem namorados. – Liam disse, me incomodava o fato dele estar feliz com aquilo.

– Acho que sim. – Eu disse.

Steve veio até mim e me deu um beijo. Eu o empurrei.

– O que está fazendo? – Eu perguntei.

– Treinando. – Steve disse. Liam sorria.

– Não precisamos treinar. Não será necessário. – Eu disse.

– Como não? Se vierem nos visitar para saber se somos um casal, vai olhar pra mim com cara de quem não quer me beijar, acha que eles não vão desconfiar? – Steve disse.

– Isso não é um filme de comédia romântica Rick – Liam disse.

Se fosse um filme, eu e Steve nos apaixonaríamos, seríamos um casal feliz e o que seria do Liam?

– Eu sei. Mas não precisamos fazer isso agora. – Eu disse.

Fui para o meu quarto e Liam veio atrás de mim.

– Por que está tão abalado? – Liam me perguntou.

– Por que quer me ver ficando com o seu ex namorado? É algum fetiche? – Eu perguntei bravo.

– Claro que não, só quero isso dê certo. Não quero te perder. – Liam disse.

Voltei para a sala fui em direção ao Steve.

Levanta. – Eu disse.

Steve se levantou e eu dei um baita beijo de língua na boca dele. Eu o abraçava, sentia o seu corpo no meu, sentia aquele pau grande ganhando vida junto do meu. Eu descia a minha mão pelas suas costas e apertei a sua bunda, com a outra mão eu segurava a sua nuca e pressionava o seu rosto no meu. Apesar do susto inicial, Steve retribuía o beijo e também me abraçava, mantinha uma mão nas minhas costas e a outra segurava os meus cabelos. Por fim eu o soltei. Steve estava sem folego. Liam nos olhava de boca aberta.

– Viu. Eu sei beijar, não precisa de treino. Sou capaz de deixar a pessoa da imigração até excitada. – Eu disse olhando para Liam que estava visivelmente excitado. – Então não serei eu que estragarei isso, afinal eu sou o maior interessado, estamos falando da minha vida e não de 40 mil dólares.

Steve se sentou e olhava pra mim e para o Liam, mais precisamente para os nossos paus. Estávamos todos excitados, mas o clima estava pesado demais para rolar algo. E o meu medo era que rolasse algo.

– É, realmente um beijo desses é prova suficiente que somos um casal apaixonados. – Steve disse sorrindo.

Voltei para o meu quarto sem dizer mais nada. Peguei uma jaqueta e saí.

– Pra onde você vai? – Liam me perguntou.

– Respirar um pouco. – Eu disse

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Capítulo 5

Fui para um bar próximo, o mesmo que fui com Jack anos atrás. Eu estava lá de boa, já tinha bebido 1,5 litros de chopp. Quando senti alguém batendo nas minhas costas.

– Afogando as magoas? – Jack me perguntou. Eu resolvi ignorar. – Aquele viado te trocou pelo ex não foi? Tenho visto ele pelo prédio. Não se pode confiar nesse tipo.

– Que tipo? – Eu perguntei irritado e já um pouco alterado.

– Em viado. – Jack respondeu como se fosse óbvio.

– E o que você pensa que eu sou?

– Meio viado. – Jack disse e começou a rir. Eu estava muito irritado, mas ele soltar “meio viado” me fez rir junto.

– Nunca escutei uma coisa dessas. – Eu disse. – Por isso você só meio que me odeia?

Jack sorriu ainda mais balançando a cabeça dizendo que sim. Eu voltei para a minha cerveja, acabei o terceiro copo e pedi mais um de 500ml. Jack parou de falar e se concentrava no jogo de basquete. Ele deu um berro quando o jogo acabou.

– Caralho! Lá se vai mais um aluguel. – Jack disse e eu olhei pra ele sem entender. – Que merda! Apostei nesse jogo. Tinha tudo para ganhar e os filhos da puta perderam. E ainda tem o agiota.

– Você apostou o dinheiro do seu aluguel? – Eu perguntei. Jack ria, mas agora era de nervoso balançando a cabeça. – E ainda deve um agiota? Você é louco.

– Não o aluguel desse mês, o do mês passado, que se eu ganhasse pagaria os dois que estou devendo e ainda salvaria os próximos quatro mais uma grana pra quitar uma dívida aí.

– Alguma vez você já ganhou dinheiro nessas apostas?

– Mas é claro. – Ele disse como se fosse um grande vencedor.

– Então por que nem tem o dinheiro para pagar o aluguel?

– Porque um dia é da caça e outro do caçador. – Jack disse.

– Te fazer uma pergunta, você já colocou na balança quanto já perdeu e quanto já ganhou? Tem alguma possibilidade do saldo ser positivo? – Eu perguntei. Jack pensou um pouco e não respondeu, pela sua cara eu sabia a resposta, é claro que não.

– Garçom traz uma cerveja para o meu amigo aqui, ele acabou de levar um choque de realidade.

– Você não pode me julgar. Você trabalha na bolsa. Vem me dizer que isso não é uma aposta.

– Não como essas que você faz. Tem todo um embasamento, existe um mercado por trás disso tudo.

– No esporte também.

– Claro que não. Se um jogador não vai bem, perde um jogo em questão de 90 minutos. Um CEO de uma grande empresa pode não está bem um dia, mas vai falir uma empresa. A bolsa não é simplesmente um jogo de azar.

– Fala isso para as famílias que perderam os seus parentes na crise de 29. Que perderam as suas casas na bolha imobiliária.

– Não é a mesma coisa Jack. Pra quem está de fora pode parecer. Mas instruímos nossos clientes a diversificar os investimentos, assim caso um ou outro dê problema não se perde tudo. O mercado está cada vez mais controlado, essas coisas não acontecem assim de uma hora para a outra. Muita coisa dá pra perceber os sinais.

– Tipo se o jogador foi visto de porre uma noite antes do jogo.

– Tipo isso. – Eu respondi rindo.

– Eu então vou beber a isso. Aos sinais. – Jack disse batendo o seu copo no meu.

– Aos sinais. – Eu disse e demos uma golada.

– Então... está bebendo porque foi trocado?

– Eu não fui trocado.

– Então só adicionaram mais um na putaria? – Jack perguntou com cara de nojo.

– Claro que não. – Eu disse achando graça. – Eu vou me casar com o Steve.

Jack cuspiu a cerveja que estava na boca.

– Você deu o pé na bunda de um viado para se casar com o ex dele? E agora os três moram juntos? – Jack perguntou sorrindo.

– Não. É pelo visto de residente. Steve vai me ajudar a conseguir.

– Agora é você que não está vendo os sinais. – Jack disse. – O namorado do seu ex vai morar com vocês só pra te ajudar? Você além de meio viado é meio burro.

– Não fala merda Jack. Ele não está fazendo isso de graça, nem por esse motivo que você está pensando. Eu vou pagar a ele 40 mil.

– 40 mil? 40 mil pra assinar um papel? Até eu caso. – Jack falou alto e rindo.

– Fala baixo. É ilegal. – Eu disse.

– E o que vocês têm que fazer? – Jack me perguntou.

– Nada, só fingir que somos um casal. Pode acontecer visitas, entrevistas e precisar de algumas testemunhas, o resto é burocracia. Depois que eu conseguir o Green Card fazemos o divórcio e cada um vai pra um lado. Como estou aqui de forma legal isso não deve passar de um ano.

– E não te incomoda deixar o seu namorado morando junto com o ex dele?

– Incomoda sim. Não vou negar.

– Porque não casou com a gostosa da sua ex-namorada? Por 40 mil ela largava o namorado dela.

– Porque isso incomoda o Liam. Eu nem sabia que ela estava namorando.

– Eu a vi com um cara, feio pra caralho. Você é bem mais bonito, mas pelo menos ele deve ser um homem inteiro. Não meio homem. – Jack disse rindo. Eu não achei graça.

– Vou embora. – Eu disse já bêbado. Jack olhou pra mim sem graça, quase saiu um pedido de desculpa. Eu paguei as cervejas que eu bebi e a que o Jack bebeu me acompanhando.

– Precisa de ajuda para ir pra casa? – Ele me perguntou.

– Não. Eu vim sozinho, consigo voltar sozinho.

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Capítulo 6

Voltei para o prédio. Abri a porta de casa e vi Liam e Steve sentados no sofá juntos vendo TV.

– Eu achei um portal e voltei para o passado? – Eu disse assim que entrei.

– Não, você está apenas bêbado. – Liam disse me ajudando a trancar a porta. Steve estava sorrindo.

– Pensei ter visto vocês dois vendo TV juntos como faziam quando namoravam. – Eu disse.

Liam me guiou para me sentar no sofá. Steve tirou o balde de pipoca que estava no meio deles e eu me sentei.

– Só estávamos conversando. – Steve disse. Nessa hora percebi que Steve estava de pau duro. O pau dele era grande o suficiente para muitas vezes me confundir, mas ali não havia confusão. Quando Liam sentou do meu lado eu percebi que ele também estava excitado.

– Isso não está certo. – Eu disse.

Liam me beijou impedindo que eu falasse mais alguma coisa. Senti um calor se aproximando de mim era Steve beijando a minha nuca e me envolvendo em um abraço.

“O álcool, a culpa é do álcool, sempre do álcool, ele é a melhor desculpa”. Pensei. Mesmo sabendo que o álcool não nos tira a habilidade de saber o que estamos fazendo, ele apenas anula o sentimento de culpa, remorso, vergonha. Ou seja, nos deixa livre para fazer e falar o que sempre tivemos vontade, mas que quando estamos sãos, bloqueamos. “A culpa é do álcool”.

Meu namorado e o seu ex, meu futuro marido de mentirinha me despiam enquanto me beijavam naquele sofá. Somente um louco ou alguém são iria impedir aquilo e eu não era nenhum dos dois. Liam desabotoava a minha camisa enquanto Steve a tirava dos meus braços. Um beijava as minhas costas enquanto o outro beijava o meu peito.

Steve puxou a minha cabeça me fazendo olhar pra ele. Assim que eu o vi nos beijamos. Um beijo gostoso, hot. Ele segurava o meu tórax e Liam desabotoava o meu cinto e a minha calça. Steve me puxou para o seu colo, Liam tirou a minha calça e cueca de uma só vez. Eu já estava duro. Liam caiu de boca no meu pau e me chupava me fazendo gemer.

Steve ficou de pé na minha frente e desceu o seu short até o pé, vi mais uma vez aquele pau gigante duro, 22 centímetros, branco e circuncidado. Liam ainda com o meu pau na boca olhou pra cima.

– Pega Rick. – Liam disse.

– Pega. – Steve pediu.

Eu peguei, além de grande era grosso, levei a minha mão até ele e brinquei um pouco. Aquilo me fez rir.

– Chupa Rick. – Liam disse.

Eu queria fazer aquilo. Coloquei a minha boca naquele cabeção e Steve segurou os meus cabelos. Ele fodia a minha boca. Liam parou de me chupar e se sentou no sofá, também chupava Steve. Naquele momento eu me assustei. Me dei conta do que estávamos fazendo, de como aquilo era errado. Meu namorado chupando o seu ex na minha frente. “Será que é a primeira vez desde que Steve se mudou? ”. Me perguntei.

– Não Liam, não podemos fazer isso. – Eu disse.

– Claro que pode. É o que você quer. – Steve disse. Se abaixando e beijando a minha boca antes que eu dissesse qualquer outra coisa.

Steve do beijo, desceu para o meu pau. Ele me chupava e Liam se juntou a ele. Ambos me chupavam juntos e muitas vezes eu os via se beijando. Aquilo era excitante, mas podia ser o fim o do meu relacionamento. Sabia que eu não conseguiria ser a mesma coisa depois.

– Me fode Ricardo. – Liam pediu ficando de quatro pra mim.

Steve ficou na frente de Liam e deu o seu pau para o meu namorado chupar. Eu fodia Liam com raiva. Eu sentia raiva dele, sentia ciúmes por vê-lo chupando o Steve. Sentia raiva de Steve por ver o seu sorriso de prazer. Aquilo aumentava o meu tesão, eu metia forte.

Liam gemia, gemia muito. Estávamos fazendo sexo na sala. Não sabia se seria bom ou ruim Jack aparecer batendo na porta e interromper aquilo tudo. Mas pensar em Jack me deixou ainda mais excitado. Segurei Liam pela cintura e fodia forte até que eu gozei. Liam também gozou.

Ainda bêbado fui para o banheiro, entrei em baixo do chuveiro e sentia a água caindo em mim. Senti Liam me abraçando.

– Você é maravilhoso. – Liam disse me beijando.

Steve entrou naquele box. Ele passava a mão na gente e depois beijou Liam na minha frente. Isso me irritou. Steve tentava me puxar para um beijo, mas eu não fui. Eu o abracei por trás, meu pau estava duro novamente. Eu queria vingança. Queria foder Steve. Passei o sabonete no seu cu, senti que era apertado, ele não me deixava entrar. Liam percebendo a minha dificuldade se ajoelhou no chão e voltou a chupar Steve que ainda não tinha gozado.

Steve foi relaxando aos poucos. Eu aproveitei o momento, e o penetrei. Steve sentia dor e eu gostava daquilo, mas ele também sentia prazer, tanto que não me impediu de continuar. Eu metia forte e por consequência ele fodia forte a boca do Liam. Senti o cu de Steve se contraindo, escutei Liam tossindo, engasgado com o pau e a porra de Liam. Eu não tinha gozado, novamente Steve não se importou, me fez sair de dentro dele. Ele tentou me beijar, mas eu não deixei. Steve beijou o meu pau.

Liam via Steve me chupando e parecia feliz. Segurei Steve pelos cabelos e fodia a sua boca com força, assim como ele fez com Liam, por fim eu gozei.

– Divide a porra do meu macho comigo. – Liam pediu ao Steve se abaixando e o beijando.

Eu lavei o meu pau e saí do banho. Sentia aquela casa pequena demais pra mim. Mas não iria voltar para rua àquela hora. Deitei na cama. Liam veio se deitar comigo. Steve entrou no quarto e parou na porta, esperava um convite para dormir com a gente.

– Boa noite Steve. – Eu disse. Me virando para o lado.

Steve demorou a sair do quarto, não sei o que ele e Liam conversaram, apenas gesticulando a boca, não havia som.

– Adorei a noite meu brasileiro gostoso. – Liam disse verdadeiramente feliz.

– Isso não vai dar certo Liam. Não vai. – Eu disse lamentando.

Durma meu amor, tente absorver seu primeiro sexo a três. Amanhã será outro dia. – Liam disse.

Liam estava enganado. Não era o meu primeiro sexo a três. Na verdade, eu curtia bastante umas aventuras assim. Mas nunca foi com o ex do meu namorado, nunca foi com alguém que morava comigo. Eram pessoas aleatórias, já saí com casal, mas nunca quis ficar entre eles, já tive uns namorinhos que encontramos com pessoas para sexo a três que nunca mais vimos os terceiros. Às vezes rolava até uma amizade e podíamos repetir a brincadeira, mas eram apenas momentos de prazer. Para Liam e Steve não seria apenas um momento de prazer, afinal eles eram ex namorados.

Acordei com uma ressaca brava. Resolvi caminhar no Central Park. Não fazia isso há anos. Refleti bastante, eu tinha que tomar uma decisão. Voltei pra casa e me tranquei com o Liam no quarto.

– Isso não vai dar certo. O Steve tem que ir embora. – Eu disse.

– Rick você não está pensando direito. Foi bom ontem, isso pode dar certo. Podemos ser felizes.

– Ser felizes? Liam, não sou suficiente pra você?

– Não disse isso. Acho que você está levando isso para outro lado.

– Liam não foi meu primeiro sexo a três. Já fiz e curto muito, se soubesse que você queria poderíamos ter feito antes, mas com algum desconhecido, alguém que não ficaria entre nós. – Eu disse. Liam me olhava estranhando. Nunca tínhamos comentado sobre o nosso passado sexual, isso para não cairmos no nome do Steve. Apesar de meses juntos, Liam sabia pouco sobre a minha vida antes de morar com ele. – Não existe isso de ficar fazendo sexo a 3 com ex namorado. Jack estava errado, eu não sou meio burro. Sou totalmente burro.

– O que o Jack tem a ver com isso?

-–Nada. – Eu respondi nervoso.

– Você está de cabeça quente. O Steve está aqui para você conseguir o Green Card não para um relacionamento a três se você não quiser.

– Não Liam. Não estou de cabeça quente, e não é pra isso que o Liam está aqui. Não sei se ele quer você ou nós dois, mas não é pra me ajudar no Green Card.

– Rick, o que importa é o seu Green Card, meu amor. Esquece o resto.

– Liam, pensei muito se eu devia ir embora, voltar para o Brasil com o dinheiro que eu fiz aqui. Talvez só fazer uma Pós mesmo e no ano que vem tentar um novo visto de trabalho. Qualquer coisa é melhor que ter uma relação assim.

– Meu amor, não quero te perder. Não pense em nada que pode te afastar de mim.

– E o Steve, você pode perde-lo? Eu pensei que talvez não. Que eu devesse ir embora e deixar o caminho livre pra vocês. Mas como não estou de cabeça quente, estou aqui na sua frente te perguntando e quero saber a verdade. Eu sou suficiente pra você? Podemos ter um relacionamento como era antes do Steve, voltar para as nossas vidas?

– Se é isso que você quer meu amor. – Liam disse.

Não era a resposta que eu queria ouvir. Isso não é “Y E S” com todas as letras.

– É isso que eu quero. – Eu disse saindo do quarto em direção a porta de casa.

– Aonde você vai? – Liam me perguntou.

– Vou sair. Me faça um favor. Diga para o Steve que não vou me casar com ele. Lamento pelo dinheiro que ele irá deixar de receber, mas ele não cumpriu a parte dele no acordo. Eu disse para essa fantasia não virar realidade e ele respeitar o nosso relacionamento assim como eu respeitei o de vocês. Não me lembro de ter entrado no meio de vocês mesmo com todas as provocações que ele fazia.

– Ele te provocava? – Liam perguntou estranhando.

– Sério que é isso importa agora? – Eu perguntei, uma pergunta retórica. Apenas saí de casa.

Passei em uma farmácia e comprei PEP. Apesar de estar tudo certo com os meus exames eu não podia confiar no Steve, nem sei se podia confiar no Liam nas horas que ele e Steve ficaram sem mim naquele apartamento.

Eu sabia que estava viajando de mais. Eu confiava no Liam, nunca tive motivos para pensar mal dele. Não até ontem, quando o vi beijando e chupando o seu ex.

xxxxxx

Capítulo 7

Quando me dei conta estava em um trem indo para Jersey. Eu queria alguém para conversar. Para desabafar. Para dizer o que eu estava sentindo, alguém para me ajudar a colocar a minha cabeça no lugar.

– Eu não imaginava que você e o Liam estavam juntos. – Dylan me disse depois que contei tudo pra ele.

– Aconteceu. – Eu disse.

– E o que vai fazer agora?

– Não sei. Procurar um novo marido. – Eu disse rindo. Dylan sorriu para mim. – Como eu sinto falta desse seu sorriso.

– Eu também.

Estávamos em uma praça próxima à estação do trem. Sentados no encosto do banco, como dois adolescentes, com os pés onde deveria estar a nossa bunda. Eu passei a mão no rosto do Dylan, ele sorriu novamente.

– Não faça isso. – Eu disse. Ele sorriu mais uma vez. – Não vou conseguir resistir.

– Então não resista. – Dylan disse se aproximando ainda mais de mim.

Nos beijamos, ali naquela praça não nos importando com as pessoas que passavam.

– Me desculpa Dylan, estou confuso. Não quero te trazer para a minha confusão. – Eu disse.

– Rick, eu estou aqui pra você, sou seu amigo, seu amado, seu amante. – Dylan disse sorrindo.

– Obrigado Dylan. Me sinto bem mais leve só de conversar com você. Muito obrigado. – Eu disse. Dylan me deu um novo beijo. – Eu tenho que voltar. Tenho que dar um jeito na minha vida.

– Vamos lá pra casa, almoça com a gente. – Dylan pediu.

– Numa próxima. Não quero passar lá nesse estado. E por favor, não conte para o seu pai sobre isso. – Eu disse.

– Eu não sou louco. – Dylan disse novamente com aquele sorriso lindo.

Fui embora, mas não voltei pra casa, fiquei zanzando pelas ruas. Liam tinha me ligado algumas vezes, mas eu resolvi não atender. Quando voltei para o apartamento escutei a voz de Steve lá dentro, não quis entrar, fiquei sentado na escada. Depois de uns bons 30 minutos esperando, escuto passos e uma discussão. Era Jack e o zelador.

– Mande-o se fuder. Se ele quiser, ele vem falar comigo. – Jack disse.

– Você tem que pagar, se não será despejado. – O zelador gritou.

– Ainda não devo três, quando tiver devendo três, você vem falar comigo. – Jack disse. Chegando onde eu estava sentado.

– Podemos dar as mãos, você para ser despejado e eu para ser deportado. – Eu disse em tom de lamento. Jack que parecia irritado pronto para mandar eu também ir me foder, mas ele apenas sorriu.

– Chega pra lá. – Ele disse empurrando a minha perna com o seu pé e se sentando ao meu lado. – Por que está aqui? Brigou com os viados.

– Não gosto que você fale assim.

– Eles são viados, não são? Aff, vocês com esse “politicamente correto”. Brigou com os homossexuais lá?

– Você sabe o nome deles, por que tem que rotulá-los pela orientação sexual?

– Não fode Ricardo, já me viu chamando a gorda do 42 pelo nome? Ou o velho do zelador? Ou o mexicano do quinto andar? Ou a gostosa do primeiro?

Jack era um babaca, e não só com os gays.

– Aposto que você já sofreu bullying na infância ou adolescência. – Eu disse.

– Quer fugir do assunto né? Brigou com aqueles lá? – Jack perguntou.

– Pior.

– Pegou eles transando?

– Pior.

– Pior? Deixa eu ver...

– Vai ficar tentando adivinhar?

– Até você me falar. Está divertido.

– Eu transei com eles.

– Que nojo. – Jack disse dando uma ajeitada no pau.

– Vai me julgar?

– Só um pouco. Mas foi tão ruim assim pra ficar sentado na escada ao em vez de ir pra dentro de casa?

– Você não vai entender.

– Se você explicar, pode ser que sim.

– E você se importa?

– Talvez. – Jack disse. Eu o encarei. – Um pouco.

Percebi que o Jack não tinha amigos, sempre bebia sozinho ou conversando com os frequentadores do bar. Mas nenhum amigo ou namorada, apenas algumas garotas que viviam entrando e saindo do seu apartamento. Algumas pareciam ter vida bem suspeitas, putas mesmo.

– O problema é que foi bom. Mas isso não seria saudável para o meu relacionamento. Não sei os sentimentos que Liam tem pelo Steve e os que podem despertar. Eles namoraram por muito tempo e o Liam sofreu muito. No início achei que eu era alguém apenas para tampar um buraco. Mas acabei gostando de verdade dele e eu sei que ele gosta de mim. – Eu disse.

– Então coloca aquele babaca pra fora. – Jack disse.

– Eu fiz isso.

– E o que você faz aqui na escada então?

– Eles ainda estão lá.

– Transando? – Jack me perguntou e eu o encarei. – Claro que não, se estivessem escutaríamos daqui. – Jack começou a rir.

– Você é muito escroto.

– Eu não, eles são. Sabem que essas paredes são finas ficavam naquele escândalo. – Jack disse. Eu não podia dizer que ele estava errado. Ainda bem que ele não estava aqui ontem. – Levanta daí Ricardo. Vai lá, seja homem. Bota moral. Bota aquele cara pra fora.

– Eu estou tão cansado pra isso.

– Cara, você o colocando pra fora não vai ter mais casamento, não é?

– Com ele não. – Eu disse.

Jack ficou pensativo, olhou para mim como se quisesse dizer algo, cheguei imaginar que ele queria os 40 mil. Mas ele não disse nada.

– Vamos lá então. Levanta dessa escada. – Jack disse estendendo a mão para me ajudar a levantar.

Subi o resto das escadas ao lado de Jack sem dizer nada, chegamos as nossas portas, eu parei com a chave na fechadura.

– Jack! – Eu disse.

– Oi. – Jack se virou pra mim, com aquela cara de homem bravo, mas com os olhos de um menino carente.

– Obrigado. – Eu disse. Jack sorriu. Fez uma espécie de continência, talvez ele tenha servido ao exército, explicaria muita coisa. Ele entrou na sua casa. Respirei fundo e abri a porta de casa.

– Rick, acho que você está se precipitando. Ontem você disse que o principal interessado é você. Vai abrir mão disso por causa de uma noite de sexo? – Steve disse assim que entrei em casa.

– Não foi uma noite Steve, nos três sabemos muito bem que foi apenas a primeira. Isso não vai fazer bem pra mim, já não está fazendo. O tempo todo fico pensando se isso tudo não foi planejado. Se o Liam ainda ama você, se você ainda o ama. Que eu sou o terceiro nisso daqui. Não quero isso pra mim. Era um problema que eu não tinha. Já tenho os meus problemas pra entrar nessa relação estranha de vocês. Já conversei com o Liam hoje. – Eu disse.

– Rick, nunca aconteceu nada antes de ontem. – Liam disse.

– Fico feliz em saber, mas quando eu cheguei vocês já estavam excitados, já estava rolando algo, não sou cego. E não foi o beijo que eu dei no Steve que despertou isso. Já vinha acontecendo.

– Rick, pensa bem. Podemos fazer dar certo, podemos ser felizes nos três juntos. Quando eu e o Liam namorávamos, eu também tinha ciúmes de você e também tinha tesão em você. Agora invertemos os papéis. – Steve disse.

– Mas eu sempre respeitei vocês, diferente de vocês. – Eu disse.

– Ricardo, não seja injusto comigo, eu não te traí. – Liam disse.

– Será que não? Aquilo que fizemos não foi uma traição? Quando conversamos sobre aquilo? Quando combinamos? Talvez vocês que estejam certos e eu o errado. Talvez vocês devessem ficar juntos e eu sair daqui. – Eu disse. Vi Steve olhando para o Liam.

– Está louco Ricardo? Eu te amo. Não vamos estragar o nosso relacionamento. – Liam disse.

– Eu não quero um relacionamento com o meu namorado e o seu ex. Sinto muito, mas não vai dar. Era pra ser tudo sobre o meu visto Liam, se transformou em uma DR de relacionamento a três. Eu sabia que ia dar merda. Sorte que não aconteceu o casamento.

– Eu sinto muito Rick. – Liam disse.

– E como vai fazer para ter o seu visto? – Steve me perguntou.

– Eu não sei, mas você não precisa se preocupar. – Eu disse. – Você pode voltar para o seu apartamento.

Mais uma vez Steve olhou pra Liam, o que me incomodou profundamente. Steve se despediu saiu com uma mochila nas costas e disse que depois voltaria para buscar o restante de suas coisas. Fui para o quarto Liam veio atrás.

– Se insistir nisso eu vou acreditar que o seu interesse é no Steve morando com a gente. – Eu disse.

– Ricardo você me ofende falando assim. – Liam disse.

– Liam, eu amo você, amo o que nós temos e quero lutar para isso não acabar. Quero ficar aqui com você. Mas não é apenas eu que tenho que querer isso. Se você acha que a sua felicidade é com o Steve, que ele é o grande amor da sua vida, seja feliz com ele. Eu sei me virar, eu consigo me virar. Se não for, vamos simplesmente esquece-lo. – Liam balançava a cabeça. – Não quero que responda agora, quero que pense, reflita, sei que você queria nós dois. Acho que até eu se pudesse juntaria alguns dos meus ex que já amei. Mas duvido que você iria gostar disso. Agora me deixa descansar. Quero ficar sozinho.

A semana se seguiu. Continuei no emprego, meu recurso ainda estava sendo analisado. Meu relacionamento com o Liam voltava a se aquecer aos poucos. Steve passou no apartamento enquanto eu estava trabalhando e pegou o restante de suas coisas. Eu estava aliviado, algumas vezes queria saber como Liam estava, mas tinha medo de perguntar.

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Capítulo 8

Matriculei-me em uma universidade para um MBA e dei entrada no meu visto de estudante. Nesses casos, o visto saí rápido. Minhas aulas só começariam em dois meses, tempo suficiente para ajustar tudo.

Mais uma semana se passou e Liam apareceu na porta do prédio que eu trabalho, ele estava empolgado.

– Chegou pra você. – Liam me mostrou a carta. Já estava aberta, era da imigração. Meu visto de estudante aprovado.

Voltamos para casa animados. Liam cochichava no meu ouvido dizendo que iria me chupar todo, que comprou morangos e chantili para brincarmos e comemorarmos. Entramos no prédio naquele clima quente. Ao subir as escadas mais uma vez Jack brigava com o zelador.

– Você tem que assinar. – O velho insistia.

– Não vou assinar porra nenhuma. – Jack respondia irritado.

– Então eles vão assinar como testemunhas. Falando que você foi notificado mas recusou a assinar – O velho disse.

– Me desculpe, mas eu não vou fazer parte disso. – Eu disse. Jack olhou pra mim como se agradecesse.

– Eu assino. – Liam disse.

– Liam não. – Eu disse.

– Claro que eu vou. Você não sabe de um terço do que passei com esse mau caráter aqui nesse prédio. Assino com todo prazer Senhor. – Liam pegou a ordem de despejo e assinou. – Não me julgue, qualquer morador desse prédio assinaria e ficaria feliz por ele partir.

– Nem todos. – Jack disse olhando pra mim.

O velho desceu sorrindo. Liam entrou em casa.

– Eu sinto muito. – Eu disse.

– Obrigado. – Jack respondeu. Eu já estava fechando a porta quando Jack me chamou. – Ricardo... Você já arrumou um marido?

– Não, mas consegui um novo visto. – Eu disse sorrindo mostrando pra ele a carta. Fiquei sem graça por estar tão feliz e Jack naquela situação. – Mas é só de estudante, não vou poder trabalhar.

– Ainda precisa se casar?

– Seria o melhor dos mundos. Ter a cidadania.

– Ainda pode pagar os 40 mil?

– Você não está pensando... está?

– Isso! Eu me caso com você.

– Eu topo. Eu pago o seu aluguel até o visto sair e vamos abatendo dos 40 mil. – Eu disse.

– Você podia me adiantar uma parte.

– Pra você gastar tudo com mulheres bebidas e apostas? Eu pago o seu aluguel até dar tudo certo. Você quem sabe.

– Porra, já está falando como uma esposa. – Jack disse entre uma cara de bravo e um sorriso. – Mas tudo bem, eu topo.

– Eu não estou acreditando no que eu estou ouvindo. – Liam disse voltando para o corredor. – Você não vai fazer isso Ricardo.

– Por que não Liam? Eu preciso, ele precisa.

– Com esse aí não. – Liam disse.

– Preferia o viado do seu ex né babaca? – Jack disse. Liam olhou pra ele com ódio.

– Jack pra isso dar certo você não pode tratar o Liam dessa forma. – Eu disse.

– Não sei tratá-lo diferente. – Jack disse irritado.

– Terá que aprender, se não, não vai rolar, nada de aluguel, nada desse dinheiro no final. – Eu disse e me virei pro Liam. – Você também tem que cooperar, tem que fazer isso por mim. Vamos lá pra dentro, vamos conversar.

– Você não está pensando Rick, esse Jack não vai te ajudar ele só pensa nele, ele não gosta da gente, não gosta de pessoas como nós. – Liam disse quando já estávamos dentro de casa.

“Acho que o Jack não gosta de pessoas, não algo exclusivo contra nós”, pensei.

– Ele não está fazendo um favor. Ele precisa do dinheiro. Ele está precisando disso mais do que eu. Este é meu último mês no emprego. Não sabemos se ano que vem vou conseguir um novo visto de trabalho. Não quero passar por isso tudo de novo. O Jack é nosso vizinho de porta, nem precisamos morar juntos, só eu deixar algumas coisas na casa dele, quando tiver alguma visita é só atravessar o corredor. Não é um total desconhecido, já nos conhecemos há três anos. Pode dar certo. E o melhor, sem nenhum vínculo. Eu aceitei quando você trouxe o Steve, tentamos fazer dar certo, mas foram vocês que estragaram tudo.

– Você não vai conseguir superar isso nunca né?

– Vou, já superei. Me desculpe Liam. Só estou dizendo que é a sua vez de aceitar. Sei que odeia o Jack, sei que pode ser difícil conviver com ele. Mas ele é a minha chance de conseguir esse visto e não existe a mínima possibilidade de ele ficar entre a gente. – Eu disse.

– Tudo bem, acho que te devo essa. – Liam disse. – Vai lá e chama ele, vamos combinar isso direito.

Bati na porta do Jack ele atendeu.

– E aí? Convenceu a moça? – Jack perguntou sorrindo.

– Jack, eu te falei.

– Brincadeira, na frente dele eu me comporto, ok?

– Vamos lá em casa.

Jack entrou meio tímido, olhou tudo lá dentro com curiosidade.

– O que está olhando? – Liam perguntou já irritado.

– Imaginei que seria diferente. Cheio de plumas, paredes rosas e com arco-íris. – Jack disse. Eu segurei o riso.

– Tá vendo Rick, como ele nos vê? Acha que somos caricaturas ambulantes. – Liam disse.

– Relaxa Liam, ele acabou de comprovar que não somos. – Eu disse. – Vamos ao que importa. Jack pode ser um processo longo e chato. Vamos precisar provar que temos um relacionamento, que moramos juntos. Não vamos precisar morar juntos o fato de sermos vizinhos de porta, já ajuda muito.

– Isso é bom. – Jack disse.

– Mas algumas coisas na sua vida precisam mudar. – Eu disse e Jack fechou a cara. – Na teoria, lá será a minha casa, vou precisar de uma chave. Seu apartamento tem que deixar de ser casa de solteiro para uma casa de um casal gay, precisa de uma boa faxina, alguns reparos e coisas minha na casa.

– Pra que tanta frescura? É uma casa de macho. – Jack disse.

– Você não entendeu amiga, você não é mais macho, agora é uma de nós. – Liam disse sendo bem afeminado para provocar o Jack.

– Jack, nós vamos nos casar. Quer dizer que você tem que mudar um pouco o seu jeito e a mentalidade. – Eu disse.

– Então você vai arrumar a minha casa, fazer alguns reparos, colocar suas coisas nela e eu ainda tenho que fingir que sou viado? – Jack perguntou.

– Não fingir ser viado. Não precisa ficar afeminado, mas pensar que você é um homem que gosta de homem, de mim, seu futuro marido. E lembrar do principal, vai receber os 40 mil. – Eu disse.

– Se não quiser, pode desistir. – Liam disse.

– Mas se aceitar, temos que fazer isso pra valer. Inclui tirar algumas fotos “românticas”, se comportar como um casal na entrevista e talvez receber algumas visitas surpresas da imigração. – Eu disse.

– Tudo bem, acho que dá pra aguentar. Pode adiantar o dinheiro do meu aluguel que está atrasado e para eu pagar algumas dívidas? – Jack pediu.

– Ligue para seus credores, pede o número da conta que eu transfiro os três meses que você está devendo e já adianto o próximo. – Eu disse.

Jack ligou, eu fiz a transferência e ele foi embora. Liam não estava nada contente.

– Amor e aquela comemoração que iriamos ter? – Eu o lembrei.

– Não temos mais motivos para comemorar. – Liam disse.

– Pelo contrário, agora que temos que comemorar mesmo. Eu sinto que isso vai dar certo, vou ter a cidadania, vou poder trabalhar e poderemos ser felizes sem pensar em mais nada disso. – Eu disse indo até Liam e o beijando.

Liam foi cedendo, me retribuiu o beijo e tirou a minha roupa. Fomos para o nosso quarto já desnudos. Eu chupava a bunda do Liam, aquela bunda lisa e firme. Eu o penetrava com os meus dedos. Ele ficou de quatro e desceu a cabeça até o travesseiro. Eu o penetrei. Meu pau estava duro como pedra, fui rompendo as suas pregas enquanto ele gemia me deixando ainda mais excitado.

– Isso Rick, vem Rick me fode, me fode. – Liam pedia.

Fiquei metendo com ele de quatro. Segurava-o pela cintura e via o meu pau entrando e saindo daquele cuzinho num movimento delicioso. Liam mordia o meu pau com o seu cu e rebolava bastante. Senti que estava para gozar e o mudei de posição.

Me deitei na cama e ele subiu em mim. Liam demonstrava um prazer enorme quando eu estava dentro dele. Ele cavalgava e eu o masturbava. Depois de mais um tempo assim, Liam gozou jorrando porra pelo meu rosto, peito e barriga. Eu também gozei sentindo o seu cuzinho apertando o meu pau. Coisa que ele fazia com maestria.

Liam caiu sobre mim e me beijou.

– Eu realmente espero que isso seja a coisa certa. – Liam me disse e eu o beijei. “Também espero”, pensei.

No dia seguinte e nos próximos dois dias eu bati na casa do Jack e ele não atendeu. Liam achou aquilo suspeito.

– Eu não dei dinheiro pra ele, ele não ia fugir. – Eu disse. Eu não tinha nem o telefone do meu futuro marido.

– E aí futura esposa, tudo bem? – Jack disse quando esbarrei com ele no corredor três dias depois.

– Você sumiu Jack. – Eu disse.

– Ficou com saudades? – Ele perguntou sendo irônico.

– Pensei que tivesse desistido, desaparecido. – Eu disse e ele sorriu.

– Claro que não. Então quando vamos casar?

– Jack eu estava me preocupando tanto em transformar o seu apartamento em um lugar habitável, fazer as fotos mostrando como somos um casal felizes, mas me dei conta que não é só isso que eles querem ver na entrevista. Precisamos ficar mais íntimos.

– Qual é Ricardo? Você disse que não teria essa de intimidade. – Jack me olhou desconfiado.

– Não esse tipo de intimidade. Nada sexual. – Eu disse e ele pareceu aliviado. – Intimidade de saber coisas íntimas um do outro, sobre a infância, o passado, coisas que todo casal sabe um do outro, ou deveria saber, coisas que eles, da imigração, esperam que a gente saiba.

– Entendi.

– Está disposto a isso Jack? É importante que não dê nada errado.

– Tudo bem. Qual o próximo passo?

– A gente dar uma geral na sua casa. O Liam vai ajudar. – Eu disse e Jack fechou a cara, mas não recusou. – Em duas semanas a gente se casa ok?

– Ok.

Contei para o Liam que já tinha combinado tudo com o Jack. No final de semana seguinte entramos na casa do Jack com vassoura, rodo e materiais de limpeza.

– Um final de semana não será suficiente. Quantos anos você não limpa essa casa? – Liam reclamou com o Jack.

– Não me lembro de ter limpado. – Jack respondeu.

– Que nojo. – Liam disse.

Começamos juntando o lixo que estava espalhado pela casa, várias caixas de pizzas engorduradas empilhadas no canto da sala. Me perguntei como Jack tinha aquele corpo sarado comendo tanta porcaria. Nos primeiros minutos de arrumação tínhamos juntado sacos e mais sacos de lixo.

– Rick veja esse banheiro. Eu não vou entrar aqui. – Liam disse.

O banheiro estava realmente lamentável.

– Jack o banheiro é seu. – Eu disse entregando pra ele materiais de limpeza.

– Ei, me tirem dessa. Vocês quem querem limpar. – Jack disse sentado no sofá com uma cerveja na mão.

– Não senhor, essa é a sua casa, você aceitou isso. Vai receber o dinheiro se tudo der certo e pra isso essa casa tem que ficar limpa, habitável não para um animal, um porco e sim para um casal. Alguém de nível como o Ricardo. Se não vai participar disso, ótimo. Me poupa ter que conviver com você. – Liam disse. Jack olhou com cara feia e pegou o balde da minha mão.

Jack gastou quase o resto do dia limpando o banheiro. Eu e o Liam demos um jeito na sala e na cozinha.

– Rick, esse tapete está um lixo, não tem como nem limpar isso. – Liam disse.

– Eu percebi. Então temos que tirar esse tapete. Comprar um cesto para as roupas sujas. Talvez trocar essa mesa e essas cadeiras. Esse sofá também está um lixo. – Eu disse.

– Rick, para! Sabemos que precisamos trocar essa casa toda e reformar ela inteira. Lembra que só precisamos fazer ela mais habitável. Então a gente tira esse carpete, coloca um piso melhor, desses baratinhos que imitam madeira, pintamos essas pareces com marcas de infiltração. Nada de trocar os móveis, podemos colocar uma manta no sofá quando vier alguém para fiscalizar vocês. – Liam disse. Eu o beijei. Ele estava certo.

Reparei que Jack estava na porta do banheiro, escutado todo o papo e vendo o nosso beijo.

– Você tem que manter isso conservado ok? – Eu disse. – Vamos para os quartos agora.

As paredes dos quartos estavam conservadas. Não gastaria pintar ali. Mas a bagunça era grande. Juntamos mais alguns sacos de lixo. O piso do quarto era de madeira, apesar de sujo e desgastado não precisava trocar, um verniz já resolvia.

– O que são essas caixas? – Eu perguntei.

– Coisas de quando eu me mudei. – Jack respondeu.

– Você mora aqui há mais de cinco anos. Como pode ter coisas de mudança até hoje? – Liam questionou, mas Jack o ignorou.

No quarto do Jack tinha um guarda roupa enorme, mas estava praticamente vazio.

– Que bom, você tem espaço, cabe algumas coisas minha. – Eu disse.

Quando fomos varrer em baixo da cama, encontramos mais uma caixa. Eu puxei, era uma caixa de revista de mulheres nuas.

– Meu Deus! Quantos anos você tem, 14? – Liam perguntou pegando as revistas para jogar no lixo.

– Não toque nelas. Não vai jogar fora. – Jack disse.

– Que casal gay possui revistas de mulheres peladas? – Liam perguntou.

– Não precisa jogar fora Liam. Podemos guardar isso em algum lugar. – Eu disse. Jack olhou para mim agradecido.

Terminamos a arrumação no final do dia, pedi muito para o Jack manter tudo conservado. Durante a semana eu e Liam compramos o piso novo para a sala e Liam ficou de pintar enquanto Jack estivesse fora.

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Capítulo 9

Cheguei em casa do trabalho, Liam estava com uma roupa toda suja de tinta. Ele veio sorrindo na minha direção e me beijou.

– Você precisa de um banho. – Eu disse.

– E você vai me dar um banho?

– Claro que vou.

Beijei o Liam tirando sua roupa. Liam me beijava e tirava a minha também. Fomos interrompidos com as batidas fortes na porta.

– Cadê vocês caralho. Filho da puta. – Jack gritava do lado de fora.

– O que foi Jack? O que aconteceu? – Eu perguntei quando abri a porta.

– Isso. – Jack disse mostrando o interior do seu apartamento.

– O quê? Essas manchas no carpete? – Eu perguntei. – Amanhã eles irão remover.

– Estou falando da cor da minha parede. – Jack disse.

– Cara ficou bonito. – Eu disse. Liam segurava o riso.

– Pintaram a porra da minha parede de rosa. – Jack disse.

– Jack para de show, esqueceu que você é gay? Vai se casar comigo semana que vem. Rosa é uma cor que gostamos. – Eu disse. – Realmente ficou bonito, só essa parede que ficou rosa, deu um contraste bonito com o lilás.

– Eu não gosto dessas cores, ficou parecendo uma casa de boneca. – Jack disse. Nessa hora Liam não aguentou e gargalhou. – Você fez isso de propósito. Seu viado babaca.

– Jack em um ano você vai ganhar um bom dinheiro e pinta de azul ok? Boa noite. – Eu disse e voltei para o meu apartamento.

– Você não presta Liam. – Eu disse sorrindo.

– Ele merecia. – Liam respondeu. – Sabia que algumas penitenciarias do país fazem os presos usarem rosa, estudos dizem que eles ficam menos agressivos e mais sensíveis.

Eu sorri pra ele. “Quem sabe aquilo não deixasse o Jack mais tranquilo, não hoje, sabia que ele iria pra cama puto”.

Entrei para o banho com o Liam, ele me chupava enquanto eu sentia a água caindo nos meus ombros. Liam engolia todo o meu pau. Fazia uma deliciosa garganta profunda. Chupava minhas bolas e batia com o meu pau na sua cara.

Pedi a Liam para terminarmos o serviço na cama. Deitamos e começamos um 69, eu queria sentir o seu pau na minha boca ao mesmo tempo em que meu pau estivesse na boca dele.

Aquela posição me fez lembrar do Dylan. Não é sempre que estou com uma pessoa na cama que penso em outra. Quando percebi aquilo acontecendo eu puxei Liam para um beijo e me concentrei no meu namorado. Tivemos uma longa noite de amor e prazer.

Marquei com Jack na porta do cartório. Liam estava comigo. Ficamos um longo tempo na porta esperando por Jack. Acredito que eu e Liam pensamos a mesma coisa, mas não tivemos coragem de dizer. Jack havia desistido.

– Vai mesmo fazer isso? – Eu perguntei quando ele chegou. Ele confirmou com a cabeça. – Não tem mais volta, se isso der errado podemos ser presos.

– Vira essa boca pra lá. – Liam disse.

– Eu sei dos riscos Ricardo. Vamos nessa. – Jack disse.

– Podem assinar. Vocês estão oficialmente casados. – A juíza disse.

– Uma foto. – Liam disse não parecendo feliz. – Coloquem as alianças.

Eu e Jack assinamos os papéis, trocamos as alianças que eu tinha comprado. Liam nos fotografava.

– Podem se beijar. – A juíza disse.

Não estávamos preparados para aquele momento. Olhei para Liam antes de olhar para o Jack, ambos faziam a mesma cara de paisagem. Foi um beijo simples, apenas nossos lábios se encostando, o tempo suficiente para a foto ser tirada.

– Vou dar entrada no pedido do visto. – Eu disse.

– Precisam de mim? – Jack perguntou. Eu balancei a cabeça negando – Vou voltar para o trabalho.

– Pode ir. – Liam respondeu.

– Obrigado Jack. – Eu disse.

Voltamos para a casa depois de fazer o pedido para o meu visto de residente. Eu olhava para aquela aliança.

– Como se sente, agora é um homem casado. – Liam me perguntou.

– Diferente. – Eu disse. Tirando a aliança do dedo e vendo o nome de Jack gravado nela. – Tem um peso diferente usar isso.

– Está pronto para a sua noite de núpcias? – Liam me perguntou eu olhei pra ele assustado. – Comigo Rick.

– Com você, sempre! – Eu disse e ele me beijou. – Liam talvez eu devesse ter uma lua de mel com o Jack para tornar tudo mais realista.

– Lua de mel? – Liam perguntou.

– Sim. Tempos que eu quero voltar em Las Vegas. Agora que estou desempregado, podemos. A gente passa o final de semana lá, levamos o Jack e fazemos algumas fotos. Vou falar com o Jack. – Eu disse animado.

Bati na porta do Jack e ele abriu.

– Minha esposa. – Jack disse sorrindo.

– Não sou sua esposa.

– É sim, se casou comigo.

– Não, eu sou homem, você é homem. Somos então marido e marido. – Eu disse. Jack sorriu me deixando entrar em seu apartamento. – Estava pensando na nossa lua de mel.

– Lua de mel? – Jack me olhou desconfiado.

– Sim, nesse final de semana, em Vegas. Eu pago sua passagem, fazemos algumas fotos por lá. Você pode?

– Em Vegas? – Jack sorria. – Será ótimo. Poderíamos ter nos casado lá.

– Não pensei nisso. Mas aqui traz mais seriedade. Vou falar para o Liam que você animou.

– Ele também vai?

– Claro.

– Pensei que seríamos só nós dois nos divertindo em Vegas. Poderíamos pegar algumas gatas lá. Muitas mulheres vão para a despedida de solteiro. Atrás de um homem antes de se amarrarem. Sem contar as dançarinas. – Jack disse fazendo uma dancinha estranha. – Estou descendo para o bar. Bora tomar uma, a gente precisa saber mais um sobre o outro, não é?

– É pode ser. Vou falar com o Liam.

Avisei para o Liam que não gostou.

– Você quer ir? – Eu perguntei.

– Não, prefiro evitar a presença dele sempre que eu puder. – Liam disse. – Vou ficar aqui planejando a sua lua de mel.

Eu beijei Liam e me encontrei com Jack no corredor. Chegamos ao bar e pedimos uma bebida.

– Um brinde ao nosso casamento. – Jack disse. O garçom nos olhou com ar suspeito.

– Nos casamos. – Eu disse mostrando as nossas alianças.

– Mas nos casamos por causa... – Jack disse.

– Por causa do nosso amor né Jack. – Eu disse antes que ele nos entregasse.

– Parabéns! – O garçom disse um pouco desconfiado.

– Cara ninguém pode saber. Já fizemos a cama, agora é deitar nela. – Eu disse. Jack pareceu entender.

Entre vários copos de cerveja, conversamos sobre a nossa vida, falei como foi a minha vida no Brasil. Contei quando percebi que eu era bi. Falei sobre meus namoros antes de ir para a América e, como aconteceu o meu envolvimento com Liam.

Jack me contou que a sua mãe saiu de casa quando ele tinha 14 anos. Seu pai era militar e ele também serviu ao exército. Sua relação com o pai era complicada, ele muito enérgico e machista. Sua mãe era jovem e acabou tendo outra família, ele tem dois irmãos que não tem contato. O pai do Jack faleceu um ano depois que ele veio para NY. Percebi que ele se sentia um pouco culpado. O pai era alcoólatra e viciado em apostas. Não quis comentar, mas o Jack parecia seguir o mesmo caminho.

Jack estava animado em ir para Las Vesgas. Disse que já tinha ido apenas uma vez e não conseguiu aproveitar como gostaria, havia perdido o seu dinheiro muito rápido.

– Agora vai poder aproveitar, não tem dinheiro para perder. – Eu disse zoando.

– Mas meu marido pode me adiantar alguma coisa. – Jack disse rindo.

– Não conte com isso. – Eu disse.

Continuamos bebendo e conversando. Jack foi um bom ouvinte. Mesmo quando contei sobre meu passado com outros homens ele não me julgou. Apesar de não entender como em algum momento eu podia preferir um pau a uma boceta.

Fomos embora um escorado no outro, subimos as escadas aos tropeços e sem perceber entrei com Jack na sua casa.

– Tenho pizza na geladeira. – Jack disse enquanto mijava com a porta aberta.

– Se eu comer algo eu vomito tudo. – Eu disse.

– Não vai vomitar, meu marido e o namorado dele vão ficar bravos se essa casa ficar suja. – Jack disse brincando.

– Seu marido e o namorado dele devem ser chatos.

– Você não imagina o tanto. – Jack disse rindo enquanto abria a geladeira.

– Jack, você não lavou a mão.

– Tô falando. – Jack respondeu voltando para lavar a mão.

Jack comeu a pizza gelada, eu me joguei em seu sofá. Ele se sentou ao meu lado.

– Pode trazer suas coisas pra cá, afinal já casamos e não sabemos se teremos visita surpresa.

– Amanhã faço isso. – Eu disse meio sonolento.

– Se quiser posso esvaziar o outro quarto e você pode ficar nele, vai que eles aparecem à noite. – Jack disse.

– Se aparecer você me manda uma mensagem. É só eu atravessar a porta.

– Beleza.

Ficamos calado, eu escutava Jack mastigando a sua comida. Via tudo rodando o cheiro daquela pizza me enjoava.

– Cara estou passando muito mal, bebi de mais. Vou pra casa. – Eu disse.

– Calma aí. Vomita primeiro, você fica melhor. – Jack me disse. – O outro lá vai ficar puto com você chegando em casa assim.

Eu me levantei correndo e fui para o banheiro. Ainda bem que Jack o manteve limpo pois cai no chão já com a cabeça dentro do vaso vomitando bastante.

– Está vivo aí? – Jack perguntou da sala.

Eu escutei, respondi tão baixo que a minha voz não saiu. Jack apareceu na porta e eu voltei vomitar. Jack me deixou sozinho. Depois de não ter mais nada pra vomitar eu me escorei no vaso e cochilei.

– Você tem que me ajudar. – Escutei Jack dizendo. Reparei que eu já estava sem camisa. E ele tentava tirar a minha calça.

– O quê? – Eu perguntei.

– Que bom que acordou, vem tomar um banho. – Jack disse me ajudando a ficar de pé. Ele tirou a minha calça e me colocou no box ainda de cueca.

– Cara, tá frio. – Eu disse tentando sair de baixo daquela água gelada. Jack não deixava. – Esquenta isso aí.

Jack me ignorou, deixou aquela água gelada caindo em mim. Eu me desequilibrei, estava caindo quando Jack me segurou. Pra isso ele teve que entrar no box e acabou se molhando todo. Eu comecei a rir.

– Realmente está frio. – Ele disse depois de me deixar em pé novamente.

Jack estava fora do box, ele tirou a sua camisa molhada, sua calça e o seu tênis. Eu esquentei a água ao ponto de deixar banheiro embaçado.

– Agora sim, água quente. Pode entrar Jack deve estar com frio.

Jack entrou sem cerimônia, também de cueca e ficamos disputando a água quente. Achamos uma posição onde ficamos um de costas para o outro dividindo a água.

– Acho que muitos casais passam a noite de núpcias assim. – Eu disse.

– Bêbados? – Jack perguntou.

– Sim, bêbados, sem sexo e no máximo tomando banho juntos. Acho que começamos bem. – Eu disse sorrindo.

Jack também sorria. Ele se virou pra mim e me encarava. Seu rosto molhado, seus olhos claros brilhando. Não podia negar que Jack era bonito. Seu corpo era perfeito. Jack era bonito e atraente. Mas nunca o vi como alguém acessível pra mim. Também nunca fantasiei nada com ele, nem naquele momento. Olhei para a sua cueca branca e molhada, seu pau parecia ser do tamanho do meu. Ele não estava excitado. Olhei para o meu, esperava não estar também.

– Ufa. – Eu disse.

– O quê? – Ele perguntou.

– Nada. Eu tenho que ir pra casa Jack. Já me sinto melhor. Obrigado pela ajuda. – Eu disse fechando o chuveiro. – Posso usar essa toalha?

Jack sinalizou que sim. Tivemos que rodar naquele box para eu alcança-la, nisso senti Jack atrás de mim, senti o seu volume ganhando vida na minha bunda. Não tive coragem de reagir, nem de olhar para trás, muito menos para aquele volume.

– Você vai precisar de uma roupa, a sua está um lixo. – Jack disse.

Tirei a minha cueca molha, percebi que eu estava excitado. Me cobri com a toalha. Esperava que Jack não tivesse visto o meu pau duro. Estava bêbado o suficiente para não perceber tudo que acontecia ao meu redor.

– Pode pegar alguma roupa no meu guarda roupa, deve ter algo limpo. – Jack disse.

Peguei uma peça de roupa e fui embora para a minha casa, sem me despedir. Cheguei em casa e Liam já dormia. Coloquei o meu pijama e me deitei ao lado dele. “Do meu namorado, Liam o meu namorado”.

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Capítulo 10

Acordei com Liam me chupando. Sentir sua boca maravilhosa e gozar na sexta de manhã eram sinais que teria um excelente final de semana. Estava tudo pronto para a nossa viagem. Liam havia providenciado tudo. Tivemos uma pequena discussão quando Liam queria deixar Jack em outro hotel.

– Só falta você querer colocar ele no mesmo quarto que a gente. – Liam disse.

– Você sabe que não sou eu que penso nessas coisas. – Eu disse. Liam entendeu e enceramos a discussão. – Pegue um quarto ao lado do nosso.

Fomos para o aeroporto juntos. Me sentia um pai com dois filhos brigados, carentes de atenção e um provocando o outro o todo tempo. Era claro que Jack não tinha interesses em mim. Mas ele fazia de tudo para provocar o Liam.

– Liam tire uma foto nossa sentados aqui com a passagem na mão. – Jack disse me abraçando e sorrindo. Eu e Liam tínhamos acabado de tirar uma foto nossa.

– Tire você mesmo. – Liam respondeu irritado.

Jack pegou o celular do bolso e tirou a foto.

– Eu fiquei vesgo. – Jack disse apagando a foto. – Vamos outra.

Tiramos uma nova foto e Jack sorria. Não sabia se a sua empolgação era ir para Vegas ou irritar Liam.

– Meu amor, não quero te ver com essa cara. Estamos indo para aproveitar nós dois. – Eu disse para Liam.

– Então por que quis trazer esse traste? – Liam questionou.

– Você sabe Liam. Para fazer as fotos, mostrar que somos um casal felizes e eu ter o meu visto de cidadão. Exclusivamente por esse motivo. – Eu disse o beijando.

Aos poucos Liam foi abrindo um sorriso. Entramos no avião e só então eu percebi que Liam colocou Jack bem afastado de nós. Assim que apagou os avisos de soltar o cinto, Jack veio até nós.

– Uma foto no avião – Jack disse.

– Ok. – Respondi olhando pra Liam que fez cara feia. Mas se levantou dando o lugar para o Jack. Tiramos a foto. Jack me abraçava, colava o seu rosto ao meu e chegou a me dar um beijo no rosto em uma das fotos.

– É o suficiente. – Liam disse nervoso. – Agora saia do meu lugar.

– Eu acho bonitinho o seu ciúme. – Eu disse para Liam depois que Jack voltou para o seu lugar.

– Não tenho ciúmes do Jack, tenho é raiva dele.

– Você me brocha falando assim.

– Queria que eu dissesse o quê?

– Nada! Só preferiria que o meu namorado sentisse um pouco de ciúmes de mim.

– Não sou possessivo e sei que o babaca do Jack nunca iria se atrair por você. Sei que essa ceninha dele é só para me provocar.

– Bom, primeiro você não é ciumento, ok, mas é possessivo sim. Quando me beijou na frente do Jack, quando quis ir comigo no Bill, quando fala que eu tenho vergonha de você. Tudo isso é por que você é muito possessivo. – Eu disse e antes que Liam pudesse argumentar eu continuei. – Segundo por que o Jack nunca iria se atrair por mim? Não me acha atraente.

– Jack é homofóbico, nunca se atrairia por um homem.

– Isso eu concordo, mas não foi isso que você disse. Você disse que ele nunca se atrairia por mim.

– Você entendeu Rick. Vou dormir que ainda temos mais de quatro horas de viagem e sabemos que Vegas vai sugar toda a nossa energia. – Liam disse. Me deu um beijo e se escorou no meu ombro.

Fechei os olhos e acabei dormindo também. Acordei com uma pequena turbulência e vi que chegaríamos em uns 40 minutos. Pousamos e fomos direto para o hotel. Não era nenhum dos famosos que a gente vê em filmes, afinal eu precisava economizar. Ficaria um ano sem emprego. Eu não podia gastar tudo que juntei nos últimos três anos. O hotel era ótimo, ficava bem no centro, próximo de vários cassinos e de alguns bares gays famosos.

Assim que entramos no quarto, Liam já foi me beijando, me jogando na cama e tirando a minha camisa. Ele queria sexo e eu tinha muito tesão. Escutamos um barulho na porta eu fui abrir, já imaginando ser Jack.

– Não tem ninguém. – Eu disse ao abrir a porta.

– Não foi essa porta. – Liam disse. Apontado para outra porta que tinha na outra parede.

Eu abri, e lá estava Jack com um sorriso no rosto.

– Somos vizinhos de parede. Tem uma porta que liga os nossos quartos. Legal isso né. – Jack disse entrando no nosso quarto.

– Legal nada. O que está fazendo aqui? – Liam perguntou bravo.

– Nada. Só saber os planos pra hoje. Vão precisar de mim ou estou liberado? – Jack perguntou. – Vamos tirar uma foto aqui no quarto. Uma self na cama.

Jack não esperou a resposta e se deitou na cama. Liam olhou pra ele com ódio e se levantou da cama. Vindo em minha direção.

– Vai lá tira essa maldita foto com ele e o mande embora antes que eu exploda. – Liam disse.

Me deitei ao lado do Jack, peguei o meu celular e tiramos a foto.

– Você já está até sem camisa. Vou tirar a minha também. – Jack disse tirando a sua camisa e tiramos a foto um ao lado do outro.

A primeira foto ambos olhando para a câmera, a segunda ele estava olhando pra mim. Eu vi aquela foto, ficou bonita, realmente parecíamos um belo casal, e a forma que ele me olhou realmente parecia que ele gostava mesmo de mim.

– Ficou boa. – Eu disse. – Pode ir Jack. Está liberado, aproveite a sua noite e juízo hein.

– Juízo é o que me atrapalha. – Jack disse sorrindo e atravessando a porta para o seu quarto. Ele não se deu o trabalho de fecha-la. Liam fechou a nossa porta e a trancou.

– Eu não suporto esse cara. Ele precisava mesmo tirar a camisa? – Liam disse.

– Ficou boa a foto amor, veja. – Eu mostrei. – Eu já estava sem camisa. Eu sei que ele é inconveniente, mas você também tem que parar de implicar. Ele só tirou a camisa, não ficou desfilando aqui seminu.

– Ricardo toda hora vai comparar mesmo o Jack com o Steve, isso está me cansando. – Liam disse.

– Eu sei, me desculpa. Mas é você com essa implicância que me faz comparar. O Jack é muito mais comportado do que o Steve, você que tem implicância com ele.

– Tudo bem Rick. Vou tomar um banho.

– Ei, espera. Vou com você. Vamos continuar de onde paramos.

– Perdi a vontade. Vou apenas tomar um banho. – Liam disse.

Eu esperei meu namorado entrar no chuveiro e fui até ele. Aprendi algo com Steve, no tempo em que ele namorava o Liam. Era fácil fazer Liam esquecer os problemas e suas raivas com um bom sexo. Tirei a minha roupa e entrei no box com o Liam.

– Eu disse que eu não queria. – Liam me disse. Eu não respondi, me ajoelhei e coloquei o seu pau ainda mole na minha boca. – Não Rick.

A boca de Liam dizia não, mas o seu pau dizia sim. Eu sentia o seu pau endurecendo na minha boca, eu o chupava com vontade, Liam segurou a minha cabeça e fodia a minha boca enquanto gemia. Liam me puxou para um beijo.

Nos beijamos, eu também estava excitado e nossos paus se esbarravam e começavam uma luta. Eu abraçava o Liam, desci com a minha mão até o seu cuzinho e brincava com ele. Não demorou muito Liam ficou de costas pra mim, a água do chuveiro descia pela sua bunda e caia no chão, era linda aquela cena. Peguei o sabonete passei na minha mão e no cuzinho do Liam.

Encaixei o meu pau no seu rabinho e Liam foi o engolindo para dentro.

– Que delicia Rick, mete vai. Oh God!

– Assim que você gosta né safado? Empina essa bunda pra mim, rebola no meu pau, morde ele vai.

Liam fazia tudo que eu pedia, empinou ainda mais a sua bunda, rebolava e mordia o meu pau por dentro. Era tudo uma delícia. Eu o segurava pela cintura e socava forte. Liam gozou primeiro e eu gozei quase imediatamente depois. Ele se virou e nos beijamos.

– Estamos em Vegas. – Eu disse.

– Vegas! – Ele respondeu animado. Ele havia se esquecido do Jack. E não seria eu quem iria lembra-lo.

Nos vestimos e saímos do hotel. Comemos em uma lanchonete e fomos andar pela cidade. Tirávamos muitas fotos. Liam queria ter um álbum nosso. Senti que isso era competição com Jack, fiquei feliz. Acho que ele queria me agradar demonstrando um pouco de ciúmes.

– Vamos jogar? – Eu perguntei.

– Desde quando você gostar de jogar? – Liam me perguntou.

– Estamos em Vegas, quero colocar moedas naquelas maquininhas.

– Você está falando máquinas? Achei que eram jogos de verdade. – Liam disse rindo. – Você parece uma criança.

Eu sorri de volta. Entramos em um cassino e eu troquei 20 dólares em moedas.

– Você sabe que essas máquinas só vão sugar o seu dinheiro não sabe? – Liam me alertou.

– Talvez, elas são programadas para de vez enquanto deixar a gente ganhar também.

Dividi as moedas com Liam e tomamos conta de uma fileira de 5 máquinas. Rapidamente metade das nossas moedas haviam acabado.

– Eu te disse. – Liam advertiu quando eu estava ficando sem moedas.

– Você não está se divertindo? Eu estou bastante. – Eu disse. Liam sorriu pra mim e me beijou. Perdemos o restante do dinheiro. – Minha última moeda.

Coloquei aquela moeda na máquina, puxei a alavanca e para a nossa surpresa veio o prêmio.

– Ganhamos Liam! Ganhamos! – Eu fazia a festa, Liam olhava pra mim todo sem graça. Eu pulava de alegria. – Eu disse que a gente ia ganhar.

– Para com isso Rick, que vergonha. Você ganhou só 250 dólares. – Liam me recriminava. – Está comemorando como se tivesse ganhado um milhão.

– O que importa é que eu ganhei. 250 vezes a minha aposta, isso é muito dinheiro.

– Vai querer continuar brincando?

– Hoje não. Amanhã eu volto com mais 20 dólares. – Eu disse rindo enquanto recolhíamos aquelas 250 moedas de um dólar para trocar por cédulas.

– O que você planejou para a nossa noite? – Eu perguntei para o Liam.

– Um jantar em um restaurante top e depois um show. Tenho certeza que você vai gostar. – Liam disse me beijando enquanto voltávamos para hotel.

Quando chegamos encontramos com Jack na porta do hotel. Liam já fechou a cara.

– Oi Jack. – Eu disse.

– Oi esposo. Vocês sabiam que estamos na parte mais gay da cidade. Tive que ir longe para conseguir tomar uma cerveja sem ser incomodado. – Ele disse e Liam sorriu.

– Algum problema com isso Jack? Se esqueceu que somos gays? – Liam disse.

– Nenhum, caminhar faz bem. – Jack disse. – E como foi o passeio?

– Foi ótimo, ganhei dinheiro nas máquinas. – Eu disse.

– Não sabia que você também gostava de apostas. Ganhou quanto? – Jack me perguntou.

– Não gosto de apostas, gosto de brincar. Ganhei 250 vezes o valor da minha aposta. – Eu disse e Jack pareceu empolgado e Liam revirou os olhos.

– Apostou quanto? 100 dólares? Ganhou 25.000? – Ele me perguntou.

– Apostei um dólar. – Eu disse. – Ganhei 250.

Jack começou a rir. Se apoiou no meu ombro e bateu nas minhas costas.

– Você é muito engraçado. Chama isso de ganhar. – Jack disse.

– Isso pra mim é ganhar. Vamos Rick, não podemos atrasar temos a reserva. – Liam disse querendo encerrar o assunto.

– Pra onde vão? – Jack perguntou.

– Um restaurante e depois um show. – Eu respondi.

– Eu poderia ir com vocês, podemos tirar algumas fotos. – Jack disse.

– Desculpa Jack, mas o jantar será apenas para mim e para o Liam. – Eu disse antes que o Liam abrisse a boca. – Mas se você quiser ir ao show não vejo problema.

– Não é o estilo dele. – Liam disse.

– Não me importo. Eu vou. – Jack disse. Tenho certeza que foi para provocar o Liam.

– Ok. – Liam disse. E lhe passou o endereço.

Fomos para o restaurante de luxo que Liam havia feito as nossas reservas.

– Fiquei feliz que não trouxe o Jack com a gente. – Liam disse.

– Eu nem pensei em trazê-lo. É um jantar para nós dois. – Eu disse. Liam sorriu e me beijou.

– Mas poderíamos ter a noite só pra gente. – Liam disse.

– Teremos depois do show, será apenas eu e você no nosso quarto, naquela cama. – Eu disse passando a mão na perna do Liam por baixo da mesa. Ele tirou o sapato e pousou com o pé no meu pau, me deixando excitado.

Acabamos de jantar, pagamos a conta.

– Me encontra no banheiro. – Liam disse com um sorriso safado e partiu.

Eu esperei ele entrar e fui atrás. Não vi Liam, ele estava em uma das cabines com a porta aberta e sentado no vaso. Ele me olhava com um sorriso safado no rosto. Eu entrei e fechei a porta, Liam mais do que de pressa abaixou as minhas calças e colocou o meu pau em sua boca. Ele me chupava com vontade. Percebi que na cabine ao lado tinha gente. E isso me deixou assustado e ainda mais excitado. Eu tentava não gemer, não alto. Liam fazia o seu maravilho boquete. Acabei gemendo alto na hora que gozei na boca do meu namorado. Não conseguíamos segurar riso. Quando saímos da cabine o homem que estava na cabine ao lado também saiu da dele.

– Que delicia hein. – Ele disse, segurando o pau por cima da calça, seu volume demonstrava um belo dote e que ele também estava excitado. Eu e Liam rimos mais ainda e saímos daquele restaurante para o show.

– O cara gostou do que escutou. – Liam disse.

– Gostou mesmo, viu como ele ficou animado? – Eu disse.

– Claro que vi, não sou cego. – Liam respondeu sorrindo e sinalizando o que imaginamos ser o tamanho do dote do sujeito.

– Umas aventuras assim eu topo.

– Então vamos voltar. – Liam disse fingindo voltar para o restaurante.

– Hoje não, quem sabe na próxima. – Eu disse e seguimos para o show.

O show era em um clube bem discreto, mas para todos os gostos. Havia homens e mulheres quase sem roupa dançando em alguns palcos nas paredes laterais. Havia pequenas mesas com cadeiras no salão principal virados para o palco principal. Eu e Liam sentamos em uma das mesas que ainda estavam livres e pedimos um drinque. Eu olhei ao redor e vi que Jack já estava lá admirando uma das dançarinas.

– Não vai chama-lo para vir até aqui. Deixe-o lá. – Liam me disse.

– Não ia chama-lo. – Eu disse.

– Sei. – Liam respondeu carrancudo, mas melhorou a cara depois que eu o beijei.

Ficamos uns 30 minutos só nos dois até que Jack nos avistou e se sentou ao meu lado. Fez o Liam tirar uma foto nossa e antes que os dois começassem a brigar fui salvo por uma drag que subiu no palco.

Antes do show teria uma apresentação de comedia. Uma drag muito engraçada foi a primeira fazendo piadas sobre homens machistas, para a minha surpresa Jack sorria. Depois foi um rapaz mais afeminado fazendo piadas com falsos héteros. A terceira era uma trans fazendo piadas com os homens que ela pegou achando que ela era mulher, não sei até onde aquilo seria verdade. Jack achou graça em todos. Liam ficou claramente incomodado por Jack está se divertindo.

– Esse seu povo é ótimo, muito engraçados. Por que você não é assim? – Jack disse para o Liam.

– Jack, por favor não começa. – Eu disse. Liam estava com ódio.

– O que eu disse demais? – Jack disse se fazendo de inocente.

– Por favor, não dirija a palavra a mim. – Liam disse para Jack.

– Você não está fazendo o serviço bem feito né Ricardo? – Jack disse.

– Jack você não sabe mesmo a hora de parar né. Cale a boca. – Eu disse.

– Rick vamos embora. Esse lugar ficou tóxico pra mim. – Liam disse.

– Não Liam, não vamos. Vamos ver o show que já vai começar. Respira fundo, conte até dez. – Eu disse. – O Jack não vai dizer mais nenhuma palavra senão é ele quem vai embora.

É claro que eu não tinha poder sobre o Jack, mas ele me obedeceu e ficou caldo pelo resto da noite. O Show foi lindo, um verdadeiro espetáculo. Várias performances, danças. Um grupo espetacular, de homens gays, mulheres e drags.

Voltamos para o hotel nós três juntos, os três calados. Quando chegamos na porta do quarto, Liam entrou e eu me despedi de Jack.

– Boa noite Jack. – Eu disse.

– Já pode falar? – Ele me perguntou. Eu olhei pra ele sem entender.

– Pode Jack. – Eu disse. Ele realmente levou aquilo a sério. De alguma forma estranha Jack se mostrou obediente. “Submisso talvez? ”.

– Boa noite Rick, achei muito bacana a noite. Até amanhã. – Jack disse entrando para o seu quarto.

Entrei para o quarto ainda sem entender muito bem o que estava rolando. Liam foi tomar outro banho antes de dormir. Eu esperei ele acabar e fui para o banho. Quando voltei para cama Liam já dormia. Mesmo assim eu comecei a beija-lo relar o meu corpo nu no dele. Liam se virou.

– Estou com muito sono Rick, mas se você quiser pode meter. – Ele disse virando de bruços.

– Deixa, vamos dormir então. Você já me fez gozar duas vezes hoje. – Eu disse lhe dando um beijo. – Boa noite meu amor.

Dormi frustrado. Mas não ia criar caso por conta disso.

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Capítulo 11

Acordamos cedo, descemos para tomar o café da manhã. Jack nos encontrou lá.

– Bom dia. – Jack disse.

– Bom dia. – Apenas eu respondi.

Depois do café, fomos passear pela cidade. Tínhamos combinado de no sábado pela manhã fazermos algumas fotos. Liam mesmo insatisfeito fez um bom trabalho como fotógrafo. Almoçamos em um restaurante simples e Liam despachou o Jack.

– Você continua sendo muito grosso com o Jack. – Eu reclamei com o Liam.

– E você muito amigável. – Ele me disse.

– Claro que tenho que ser amigável. Eu preciso disso. Sem contar que ele não fez nada comigo para ser diferente. – Eu disse.

– Mas comigo ele fez. – Liam rebateu.

– Liam, eu preciso disso. Não tô te pedindo para ser amigo dele. Mas pega mais leve no seu ódio. Tenho certeza que você o odeia muito mais do que ele te odeia.

– Tá bom Rick. Já estou de saco cheio dele do nosso lado. Ainda precisamos falar dele quando ele não está presente. – Liam disse.

– Claro que não meu amor. É só você pegar mais leve. – Eu disse. – Hoje ele não te provocou hora nenhuma, mas você grosseiro o tempo todo.

– Ok, Rick. Chega disso. – Liam disse.

Ficamos calados por um tempo, caminhamos lado a lado até que eu peguei na sua mão. Eu tinha que me esforçar muito para fazer o Liam ficar bem de novo e isso estava começando a me cansar. Não via motivo para tanto. Eu suportei mais de um mês o Steve morando na nossa casa, passando algum tempo sozinho com o Liam mesmo passando mil coisas na minha cabeça, o que eu acredito que tinha motivos e eu não agia dessa forma. A implicância do Liam, sua postura emburrada estava passando dos limites e estragando a viagem que era pra ser divertida.

Liam disse que estava cansado e queria voltar para o hotel e por isso voltamos. Mais uma vez eu tentei aproximação sexual com ele e fui dispensado. Talvez seria bom deixar ele um tempo sozinho.

– Amor, vou dar uma volta ver se acho algumas coisas interessantes para comprar. Quero levar uma lembrança para o Bill e família. Você quer ir? – Eu perguntei.

– Não Rick. Voltei pra hotel porque quero descansar. Pode ir. A noite fazemos algo. Beijo. – Ele disse.

Quando estava saindo do hotel encontrei com Jack chegando. Ele sorriu ao me ver.

– Esposo. Está indo onde sem o seu amante? – Jack me perguntou.

– Que história de amante é essa? – Eu perguntei.

– Se você é casado comigo e tem outro, ele é seu amante. – Jack disse rindo.

– Vou dar uma volta. Ver se compro umas lembranças. – Eu disse não rendendo a sua piada.

– Beleza. – Jack disse. E veio caminhando ao meu lado.

– Você não estava indo para o seu quarto?

– Sim. Mas mudei de ideia, vou com você. Não pode?

– Pode sim. – Eu disse. Jack tirou o celular do bolso e tirou uma foto nossa.

– Você está gostando disso né?

– É o meu trabalho. E eu faço bem feito.

– Exceto na hora que é para parar de implicar com o Liam.

– Isso não é trabalho, é um favor. – Jack disse sorrindo. – Faço quando possível.

Fui com Jack em algumas lojas de suvenires. Comprei um presente para o Bill, sua esposa e Dylan. Jack foi uma companhia agradável, conversávamos ameninardes, sobre coisas que nós víamos na rua. Pessoas bêbadas que caminhavam, algumas bem vestidas saindo dos cassinos, que pareciam ter entrado na noite anterior.

– Agora que já fez as suas compras me deixa te levar em um lugar. – Jack disse.

– Vamos. – Eu disse depois de olhar no relógio. – Tenho mais uma hora.

– Ei, você está com o seu marido. – Jack disse rindo.

Andamos mais alguns quarteirões e entramos em uma boate de striper. Eu sorri quando vi aquilo.

– Você não vai dizer que não pode entrar, né? – Jack perguntou.

– Não, vamos lá. Mas só não vai me dizer que eu tenho que transar com uma mulher e voltar a ser homem.

– Você faz o que quiser. – Jack disse sorrindo.

Sentamos em uma mesa e uma mulher com os seios de fora começou a dançar pra gente. Jack tirou uma nota de 100 da sua carteira cheia e já ia colocar na cintura da mulher.

– Ei, você está louco? – Eu disse tomando o dinheiro dele. – Querida nos dê um minuto. – Eu pedi à mulher que saiu de cara feia pra mim. – Jack que tanto de dinheiro é esse?

– Minha sorte mudou. Ganhei na mesa. 5.000,00 – Jack disse sorrindo.

– E quer jogar ela fora colocando 100 dólares na calcinha de uma mulher. Jack se coloca é notas de 1 dólar. 100 você paga pra levar ela pra cama. – Eu disse bravo.

– É que não tenho trocado. E não fode Ricardo o dinheiro é meu. – Jack disse.

– Nada disso, não vou deixar você gastar esse dinheiro assim não. Passa ele pra cá. – Eu disse. Imaginando a sua negativa.

– Porra! Você é chato pra caralho. – Jack disse me entregando a sua carteira. Mais uma vez me surpreendi com a sua obediência. Peguei aquele dinheiro e guardei na minha carteira.

– Toma, brinca com isso. – Tirei algumas notas baixas que eu recebi de troco e entreguei pra ele.

Jack ficou contente, chamou outra mulher e colocou as notas baixas em sua calcinha passando a mão por suas coxas. Eu sorri vendo aquilo. Ele olhava pra mim com um sorriso safado no rosto. Me entregou uma das notas que eu havia dado pra ele e me deu para coloca-la. E eu fiz da mesma forma que ele.

– Sentiu a pele a dela como é macia, gostosa? Não vou entender como prefere o Liam a uma mulher assim. – Jack disse.

– Eu gosto de pessoas Jack, isso não faz diferença. Mas não posso negar que a pele dela realmente é uma delícia. – Eu disse ajeitando o meu pau que estava ganhando vida na minha cueca.

– Ficou excitado? – Jack me perguntou.

– Meio excitado, afinal ainda sou meio viado, não é? – Eu disse brincando. Jack sorriu.

Ficamos mais uns vinte minutos naquele bar. Jack acabou com suas notas e eu neguei lhe dar mais dinheiro. Fomos embora conversando.

– Você e o Liam sempre se odiaram? – Eu perguntei.

– Praticamente. – Jack respondeu.

– Como assim?

– Ele nunca te contou?

– Não. Você não é um assunto nosso. – Eu disse. Não era, até a gente se casar.

– Acho melhor você perguntar pra ele então.

– Não, eu quero que você me conte. – Eu disse com voz firme. Não queria falar mais uma vez com Liam sobre Jack. E mais uma vez Jack obedeceu.

– Quando me mudei para o prédio Liam, já morava lá. Ele foi muito simpático comigo. Me ajudou na mudança. Me chamou para tomar uma cerveja com ele. Eu sempre dispensava, sabia que ele era gay e não queria amizade com o tipo. Mas nunca fui desrespeitoso.

– Assim como é hoje?

– Não, eu o respeitava de boa. Mas um dia eu já estava um pouco bêbado, fui expulso do bar por uma confusão e encontrei com o Liam chegando no prédio. Ele me convenceu a tomar mais algumas cervejas com ele. E eu aceitei.

– Vocês chegaram...

– Não viaja não Ricardo. Sou macho. – Jack disse. – Mas ele tentou. Eu acabei cochilando no sofá, mas acordei com ele pegando no meu pau. Minha calça desabotoada e meu zíper aberto. Eu endoidei, ele disse que não era o que eu estava pensando. Que só ia tirar a minha calça pra eu dormir mais confortável. Mas era mentira, ele queria o meu pau, acordei com ele pegando no meu pau. Cara eu moro na porta de frente. Ele podia me acordar, eu só tinha que atravessar o corredor que estava em casa. Ou me deixasse dormir no sofá mesmo. Queria dar uma surra nele, até tentei, mas estava muito bêbado para me manter em pé. Fui embora puto. Aí acabou o respeito.

Não podia julgar o Liam, essa é uma ótima tática pra pegar um hétero. Pena que o Liam não teve essa sorte. Transformando o vizinho gostoso em um inimigo.

– Entendi. – Eu disse.

– Você não está surpreso? – Jack perguntou.

– Não.

– Sabe que seu namorado não presta né? Imagino se eu não tivesse acordado, o que ele teria feito comigo.

– Que exagero. O máximo que ia acontecer era você ganhar um boquete. E muitos héteros como você, gostam de umas coisas assim. Deixam rolar e no dia seguinte fingem que nada aconteceu.

– Então não é hétero de verdade.

– Talvez você seja o último hétero de verdade. – Eu disse rindo.

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Capítulo 12

– Você demorou. – Liam disse quando voltei para o hotel.

– Quis deixar você descansar bem para aproveitarmos a nossa última noite aqui em Vegas. – Eu disse indo em sua direção e lhe dando um beijo.

– Você bebeu?

– Sim. Só um drink. – Eu disse. Liam me olhou com uma cara estranha. – Encontrei com Jack e....

– Tinha que ser. – Liam reclamou e nem me deixando concluir.

– Qual o problema? Você quis descansar e eu fui fazer as minhas compras, encontrei com Jack no caminho e paramos em um bar foi só um drink.

– Nenhum Ricardo.

– Então para de implicar e vamos aproveitar. O que quer fazer hoje?

– O que você quer?

– Quero aproveitar com você. O meu namorado. Meu gostoso. – Eu disse indo pra cima dele e começando a beija-lo.

– Então vamos a uma boate.

– Vou para o banho. Vem comigo.

– Não, guarde as suas energias que vamos quebrar tudo na boate. – Liam disse. Gostei de ver que não estava mais com a cara emburrada.

Tomei meu banho e enquanto me vestia, Jack bateu na porta que dividia o nosso quarto.

– Que saco, ele não da paz. – Liam reclamou.

Eu abri a porta apenas de cueca com a toalha no pescoço.

– Estou atrapalhando? – Jack perguntou depois de me encarar de cima a baixo.

– Não, acabei de sair do banho.

– Qual a programação pra hoje?

– Vamos a uma boate. – Eu disse Jack e abriu um sorriso. – Gay.

– Essa eu passo.

– Como se estivéssemos te chamando. – Liam disse atrás de mim. Jack o ignorou.

– Queria um pouco de dinheiro. Também quero aproveitar a última noite. – Jack disse. Peguei a minha carteira e Jack entrou no quarto.

– Você vai dar dinheiro pra ele? – Liam me perguntou enquanto eu contava 1.000 dólares pra passar para o Jack.

– Esse dinheiro é dele que eu confisquei. – Eu disse.

– Por que confiscou o dinheiro dele?

– Para ele não gastar tudo.

Liam tomou a carteira da minha mão e entregou todo o dinheiro que era do Jack na mão dele.

– Toma o que é seu, agora some daqui. – Liam disse.

– Não vai gastar tudo Jack. – Eu disse antes do Liam bater à porta nas costas do Jack. – Você não pega leve mesmo né?

– Eu não o suporto Ricardo. E quanto mais você o defende mais ódio eu sinto dele.

– Amor, não é possível que todo dia eu tenha que repetir que eu preciso dele e não tenho nada contra ele, vamos deixar essa relação harmoniosa e sem conflitos. – Eu disse. – O que aconteceu entre vocês é passado.

– Como se você soubesse tudo que aconteceu.

– Não sei, sei apenas como começou, e todos esses anos vejo o seu ódio por ele e vejo ele implicando quando você e o Steve transavam de forma escandalosa.

– Você sabe como começou?

– Jack me disse que uma vez foi até a sua casa e você tentou toca-lo.

– Aquele filho da puta. Ele queria era arrancar grana minha. Eu o chamei para tomar uma cerveja, tinha que ver o papo dele, aquele papo escroto de hétero pegador e dizendo como precisava de dinheiro. Eu não ia pagar, mas ele continuou lá, deixava eu passar a mão em sua perna e depois surtou. Começou a gritar, tentar me bater. Eu ofereci dinheiro para ele calar a boca e ir embora, mas ele cuspiu na minha cara. – Liam disse. – Depois disso fez da minha vida um inferno. Várias fofocas no prédio, implicando comigo por tudo. Até abaixo assinado ele fez pra me tirar do prédio.

Era uma situação complicada que eu não queria me meter, mas eu já estava metido nisso. Não ia falar para o Liam que ele leu os sinais errados. Não achava que ele queria dinheiro, se quisesse teria aceitado quando Liam ofereceu e não teria cuspido em sua cara. De qualquer forma achava as reações grandes demais para um evento que aconteceu há anos atrás.

– Eu te entendo Liam, sei que não foi fácil, eu presenciei muitas coisas. Mas agora o Jack está mais na dele. Ele tem o objetivo de fazer isso dar certo e ganhar a grana que eu prometi. Eu quero que isso dê certo para que eu continue aqui. Mas parece que você não tem objetivo nenhum nisso. Não se esforça pra isso dar certo.

– Claro que meu objetivo é que isso dê certo. Quero você aqui. – Liam respondeu.

– Então tenta pelo menos nesse período, enquanto eu preciso dele, deixar o passado pra trás. – Eu pedi.

Liam não respondeu. Eu permaneci calado e vesti a minha roupa, saímos para jantar e fomos para a boate.

– Incrível como todo lugar tem maquininhas de jogos. – Eu disse para Liam quando entramos naquela boate gigantesca, com vários ambientes.

– É, Las Vegas. – Liam respondeu. Ele ainda estava de poucas palavras.

– Vem, vamos animar, vamos para a pista. – Eu o chamei.

Começamos a dançar, eu não sou um bom dançarino, e isso fazia o Liam sorrir. Apesar de fazer papel de palhaço eu gostei de vê-lo sorrindo. A boate foi se enchendo, pessoas de tudo quanto é lugar. Muitas mulheres também para despedidas de solteiro. Era um clima de inferninho, mas bem agradável. Fomos comprar uma bebida e entramos em um outro ambiente, um pouco mais pesado, mais escuro, músicas em uma batida diferente, luzes e fumaça. Muitos homens, homens sem camisa, alguns dançavam. No canto pude perceber algumas pessoas se pegando.

– Eles estão fazendo sexo? – Eu perguntei para Liam.

– Não, é proibido, é só um sarro mesmo. – Liam respondeu e me beijou, me levando até uma das paredes.

Percebi outras pessoas se aproximando, dançando bem próximo da gente e nos olhando.

– Eles estão perto demais. – Eu disse.

– Você está com medo? Quer voltar para outra pista? – Liam me perguntou.

– Não. – Eu disse sorrindo. Liam levou a mão até o meu pau e viu que estava totalmente duro.

– Safadinho. – Liam disse sorrindo e voltou a me beijar.

Um cara muito bonito, do tipo sarado, aparência latina se aproximou de nós e nos cumprimentou.

– Belo casal. Gostei de ver vocês se pegando. – O cara disse.

– Obrigado. – Eu disse. – Sou Ricardo e esse é o meu namorado Liam.

– Prazer, sou Juan. – O rapaz disse mostrando bem que o J tinha som de R.

– O prazer vem depois. – Liam disse e o rapaz sorriu.

– Eu espero que sim. – Juan disse.

Juan tinha a minha idade, morava na Florida e estava em Las Vegas curtindo o final de semana com os amigos. Entrou de forma legal nos EUA, mas estava ilegal há dois anos. Disse que era tranquilo viver como ilegal. Trabalhava como autônomo, estava na lista para receber o Green Card. Ficamos dançando, conversando e bebendo. Juan apresentou os seus amigos, um casal de americanos e um outro latino.

O casal rapidamente se afastou de nós, foram para um canto com um jovem, negro tão alto que deveria ser jogador de basquete. Eu vi que o cara além de alto era dotado, pois o casal segurava o seu pau ao mesmo tempo por dentro da calça. Cutuquei Liam para ver aquilo, mas ele não me deu atenção. Estava mais interessado no amigo do Juan o Alejandro que também tinha a mesma a idade e pra mim não era tão bonito como o Juan.

Fui buscar mais uma bebida e Juan veio junto. Senti que ele me encoxou no bar e deu um sorriso safado. Eu saí da sua frente e o deixei encostado no bar. Era eu quem o encoxava. Olhei para Liam que estava todo sorridente conversando com Alejandro. Juan me deixava relar em sua bunda. Comecei a ficar excitado com isso. Voltei para Liam com a nossa bebida e o abraçando por trás, ele sentiu o meu pau duro e sorriu pra mim.

– Vamos? – Ele perguntou.

– Vamos. – Eu respondi.

Não precisávamos dizer mais, iríamos nos permitir a momentos de prazer com desconhecidos. Sexo a 3 ou a 4, o importante era que estaríamos juntos curtindo um momento com pessoas atraentes que nunca mais iríamos ver.

Liam beijou a minha boca e com a sua mão livre abraçou o Alejandro que se juntou ao beijo. Vendo aquilo, Juan veio pelo outro lado e fez parte daquele beijo. Juan me puxou e transformamos em dois casais. Ficamos encostados nas paredes, eu via Liam se divertindo com Alejandro e eu me divertia com Juan. Depois de um tempo, naqueles beijos e sarros, extremamente excitados, resolvemos ir para o hotel. Juan e Alejandro aceitaram o convite na hora.

Saímos da boate juntos, eu e Liam de mãos dadas e os dois novos amigos ao nosso lado. Entramos no quarto e não perdemos tempo. Juan já foi logo beijando a minha boca e me jogando na cama. Liam tirava a roupa do Alejandro ainda em pé perto da porta. Segundos depois, Liam e Alejandro estavam pelados e se deitaram na cama. Juan tirava a sua roupa e eu a minha.

Ali na cama ficou tudo misturado. Todos se beijavam, se tocavam. Juan chupava o meu pau e Liam chupava o pau do Alejandro enquanto isso, nos beijávamos.

– Deita de bruços, eu quero a sua bunda pra mim. – Juan me pediu.

– Isso eu vou ficar te devendo. – Eu disse pra ele entre beijos. “Ambos ativos”, eu concluí. Eu já estava acostumado, normalmente sempre me atraio mais pelos ativos.

Percebi que nem Alejandro e nem Liam tomavam atitude para penetração, ambos esperavam que algum ativo tomasse atitude.

– Liam, vem cá. – Eu chamei, mando-o ficar de quatro na cama pra mim.

Eu desci até a sua bunda e lambi, chamei Juan para me ajudar, ficamos nós dois ali chupando o rabo do Liam enquanto Alejandro dava o seu pau para o meu namorado chupar.

Fiquei em pé novamente e coloquei o meu pau na bunda do Liam que gemeu com o pau do Alejandro na boca. Juan me abraçava por trás e relava o seu pau em mim. Eu deixava. Metia muito no Liam.

– Você quer experimentar o meu namorado? – Eu perguntei para Juan. Liam sorriu. Eu entreguei uma camisinha para Juan e coloquei uma no meu pau. – Agora a sua vez Alejandro.

Alejandro também ficou de quatro ao lado de Liam, agora eu e Juan estávamos metendo. Liam e Alejandro se beijavam. Juan fez o mesmo comigo. Enquanto eu metia no Alejandro eu passava a mão na bunda firme do Juan que deixava.

– Eu quero comer você. – Disse para o Alejandro em um portunhol. Ele sorriu.

– Também vou ficar te devendo. – Ele respondeu me beijando.

Tirei o meu pau de dentro do Alejandro e eu o virei na cama, levantei as suas pernas e voltei a meter. Juan continuou comendo o Liam de quatro e gozou e Liam também gozou.

Não demorou muito eu gozei quando tirei o meu pau da camisinha, Juan caiu de boca no meu pau e o deixou limpo.

Caímos exaustos na cama. Liam voltou a beijar o Alejandro, confesso que senti ciúmes. Infantilidade minha eu sei, mas pra mim depois que goza devia acabar o romance. Escutei barulho no corredor, e batidas na minha porta.

– Só pode ser brincadeira. Ignorem. – Liam disse.

– Por que vocês não vão tomar um banho? – Eu disse.

– Boa. Quero mesmo um banho, vi que vocês têm uma hidro, posso? – Juan disse.

– Claro, aproveite. – Eu respondi. Quando todos foram para o banheiro eu abri a porta.

– Perdi o meu cartão. – Jack disse.

– Pede outro na recepção. – Eu disse apenas com o rosto pra fora.

– Ou posso cortar o caminho pelo seu quarto. – Jack disse.

– Tá bom, entra. – Eu disse. Jack apesar de bêbado reparou a quantidade de roupas jogadas pelo quarto.

– Estão dando uma festinha? – Jack perguntou. Ele escutou também risos vindo do banheiro e o barulho da hidro funcionando. Foi nessa hora que ele reparou que eu estava pelado. – Não quero atrapalhar.

– Então vai para o seu quarto. – Eu disse abrindo a porta que dividia o nosso quarto. A porta do Jack estava aberta. Jack sorriu ainda olhando pra mim e ele passou pela divisão do quarto. Mas tropeçou em uma pequena elevação e caiu sobre o braço.

– Ai, ai! – Ele gritou.

– Que isso Jack, machucou? – Eu perguntei indo até ele.

– Pra caralho! – Ele respondeu ainda deitado no chão.

– O que aconteceu? – Liam chegou perguntando.

– Ele caiu. – Eu disse.

– Sempre bêbado né? Vai precisar de médico? Se não deixa ele aí. – Liam disse.

– Precisa de médico Jack? – Eu perguntei.

– Não. – Jack disse ainda sem conseguir se levantar.

– Liam, pode voltar, eu resolvo aqui e já vou. – Eu disse. Liam saiu do quarto de Jack e fechou a porta atrás de mim.

Jack gemia no chão.

– Vem, apoie em mim. – Eu disse tentando levanta-lo. Me abaixando para tentar puxa-lo de frente pelo ombro.

– Então tira esse pauzão da minha cara. – Jack disse.

– Se ficar com frescura eu te deixo aí. – Eu disse, tentando mais uma vez levanta-lo. Era fato que o meu pau estava muito próximo ao seu rosto e na hora de levanta-lo meu pau passou por grande parte do seu corpo. Eu o levantei e o coloquei sentado na cama.

– E dizem que bêbado não sente dor. – Jack disse. – Pega um remédio pra mim, naquela bolsinha ali.

Peguei o remédio onde Jack apontou. Não sabia se faria algum efeito, pois ele estava muito bêbado.

– Talvez tenha quebrado. Melhor a gente ir no hospital. – Eu disse.

– Não hoje. Amanhã se não tiver melhor eu vou. – Jack disse e fez uma pausa. – Ricardo, obrigado, mas preciso de outro favor.

– Se eu puder ajudar. – Eu disse.

– Não consigo mexer o meu braço, dói. – Ele disse o óbvio. – Me ajuda a tirar a minha jaqueta e a camisa. Vou tomar um banho.

Fui até ele. Tirei a sua jaqueta. Ao coloca-la em uma cadeira eu senti que lá estava o cartão-chave do apartamento. Talvez ele estivesse muito bêbado e não percebeu que estava no bolso da jaqueta. Em seguida tirei a sua camisa. Essa parte foi mais complicada, além dele sentir dor eu tive que me aproximar de mais, e eu pelado, mais uma vez foi inevitável o contato do meu pau com o seu corpo. E agora foi pele com pele, e o meu pau começou a ganhar vida.

– O resto você faz sozinho, não é? – Eu disse me virando de costas para ele, escondendo o meu pau duro.

– Acredito que sim. – Jack respondeu tirando a sua calça, mas ela ficou presa no seu pé.

Eu o ajudei a tirar a sua calça e a usei para tampar o meu pau. Jack se levantou, foi por um segundo, mas parecia que ele também estava excitado. “Talvez ele seja do tipo de pessoa que sente tesão quando sente dor”, eu pensei.

– Eu vou nessa então. Qualquer coisa me chama. – Eu disse.

– Eu não. Seu namorado me mata. – Jack respondeu sorrindo e entrando no banheiro. Pude perceber que ele realmente estava excitado e a pegada que ele deu no pau olhando pra mim não deixou dúvidas.

Fui em direção à porta, mas Liam havia fechado. Ele fechou a porta do nosso quarto que só abria por dentro. Eu bati na porta e chamei pelo Liam, mas nada dele atender. Com certeza estava se divertindo com os dois latinos e, se esquecido de mim. Fiquei parado ao lado da porta, tentando escutar algum sinal de que alguém havia saído do banheiro e voltado para o quarto. Assim eu chamaria e abririam a porta para mim, mas nada, ninguém aparecia.

Meu pau estava voltando a ficar mole, mas escutei o Jack gemendo, não era um gemido de dor e sim de prazer. Ele estava se masturbando. Apesar da minha curiosidade eu permaneci onde estava, mas meu pau ficou duro novamente. Jack gozou com um belo gemido, desligou o chuveiro, se enxugou como conseguiu e veio para o quarto pelado e ainda de pau duro.

Pude ver um belo pau, assim como o meu, grande e bem proporcional, uma cor clara, e bem reto apontando para cima, tinha bastantes pentelhos na parte superior, mas o saco deu pra perceber que era liso. Jack se assustou quando me viu e levou as mãos rapidamente para tampar o pau e gemeu de dor.

– O que está fazendo aqui? – Ele me perguntou sem graça tampando o pau.

– Fiquei preso. – Eu respondi também sem graça tentando olhar apenas para os seus olhos. Eu também tampava o meu pau com as minhas mãos.

Jack com dificuldade, conseguiu vestir a sua cueca. E se deitou na cama.

– Você quer dormir aqui? – Ele me perguntou. Dando mais uma pegada no pau. “Na minha terra pegar no pau assim olhando para um homem é um contive, ainda mais chamando para dormir lá? ”, pensei.

– Não, uma hora alguém sai do banheiro e eu grito daqui. – Eu disse.

– Então não grite alto. Porque eu vou dormir. – Jack disse parecendo sem graça tirando a mão do pau e virando o rosto para o outro lado.

– Vou gritar baixinho. – Eu respondi voltando a socar a porta.

Quando olhei novamente para o Jack, ele já dormia. Imaginei o que ele faria se eu o tocasse. Se ele acordasse comigo o tocando. Iria me bater? Gritar? Acabar com o nosso casamento fake? Ou iria gostar? Pensar em bolinar alguém dormindo sempre me dava muito tesão. Eu estava cheio de tesão. Não necessariamente pelo Jack, mas pela situação.

Jack me contou como ficou puto quando o Liam o tocou. Talvez tenha sido um aviso para não abusar da sua boa vontade, mas e aquela pegada no pau antes de entrar no banheiro e quando ele deitou na cama me chamando para dormir naquele quarto com ele não teria sido um convite?

– Liam. – Eu gritei novamente socando a porta. Quanto antes eu saísse dali era melhor.

Não tinha noção do tempo. Sentia que tinha duas horas que eu estava preso ali, mas eu sabia que não passava muito mais que uns 20 minutos. “Eles vão gozar sem mim”, eu pensava. Ver o Jack dormindo de barriga pra cima, com o pau marcando levemente a cueca me dava tesão. Pensar naqueles três no banheiro me dava tesão.

– Liam. Abre a porra da porta. – Eu gritei ainda mais alto e socava forte a porta. Jack estava apagado como pedra. Se eu quisesse poderia usar e abusar dele que ele nem teria acordado.

Por fim foi Juan que apareceu e abriu a porta.

– Senti a sua falta. – Juan disse. Eu sorri pra ele e fui para o banheiro.

– Demorou com o seu amiguinho. – Liam disse sendo irônico tirando o pau de Alejandro da boca.

– Não teria demorado se você não tivesse me trancado lá. – Eu respondi.

– Mas eu não tranquei, só fechei a porta. – Liam disse como se eu estivesse mentindo.

– Uma porta que não tinha maçaneta do lado de lá. – Eu disse bravo e entrei para o chuveiro.

Juan entrou no chuveiro comigo enquanto Liam e Alejandro continuavam na hidro. Eu me abaixei e comecei a chupar o pau do Juan com vontade. Juan gemia e segurava os meus cabelos. Liam olhou pra mim, percebi que ele pareceu um pouco enciumado e eu gostei. Enquanto chupava o Juan eu passava o sabonete em sua bunda e o penetrava de leve com o dedo e ele deixava. Não demorou muito e senti o primeiro jato de porra na minha boca, eu cuspi e o masturbava enquanto ele terminava de gozar. Me levantei, beijei aquele mexicano bonito e fiz ele me chupar. Não demorou muito e eu também gozei em sua boca, ele recebeu toda a minha porra, cuspiu e voltou a me chupar.

Saímos apenas eu e Juan do banheiro e ficamos na cama como um casal de namorados até Liam e Alejandro aparecerem.

– Vamos embora amor? – Alejandro chamou Juan.

– Vocês são um casal? – Eu perguntei.

– Sim. – Juan respondeu sorrindo. Ele me deu mais um beijo, se levantou e se vestiu. Aquele casal, diferente, foi embora. Liam deitou-se ao meu lado me deu um beijou, desejou boa noite e dormimos.

Acordei no dia seguinte preocupado com o Jack. Abri a porta que dividia o nosso quarto e ele não estava lá. Desci para o café da manhã com Liam e também sem sinal do Jack.

– Quem tanto procura? – Liam me perguntou. – Não precisa responder acho que sou capaz de adivinhar.

– Não sei se o machucado foi grave, talvez ele tenha ido para o hospital. Nosso voo é agora à tarde. – Eu disse.

– Ele é maior de idade.

– É sim, você está certo.

Tomamos o nosso café tranquilo, fizemos mais um passeio. Não conversamos sobre a noite anterior, que pra mim foi muito boa até Liam me deixar preso no quarto do Jack. Depois daquilo, pareceu que queríamos nos magoar, pelo menos foi isso que eu quis quando comecei a chupar o Juan e o levei pra cama deixando o Liam no banheiro. E o fato do Liam me deixar preso e se divertir sem culpa naquele banheiro me magoou também. Se fosse outro momento eu teria conversado, mas sentia que nossa relação estava frágil, desgastada desde que recebi a notificação que meu visto de trabalho não foi renovado. Depois veio Steve, depois veio Jack e não seria uma noite com desconhecidos que seria motivo para enfiar o dedo em uma ferida já aberta.

Encontramos com Jack no hall do hotel na hora do check-out. Ele usava uma tipoia. Ele olhou pra mim sem graça e mostrou o braço.

– Não foi nada grave, mas não devo carregar peso nem fazer movimentos com a esquerda por uma semana. – Jack me disse.

– Ainda dói? – Perguntei.

– Não muito, estou bem medicado.

– Melhoras pra você. – Liam disse surpreendendo a mim e ao Jack.

– Obrigado. – Jack respondeu.

Pegamos o táxi juntos, Jack foi na frente com o motorista e eu e Liam atrás. No aeroporto foi tranquilo. Jack ficou distante, sem nenhuma gracinha e nem pediu para fazer foto. Ele realmente estava sem graça. Eu não sabia o real motivo “Sem graça por ter entrado no meu quarto no meio de uma orgia? Por ter se machucado? Por eu tê-lo visto excitado? Por aquele convite, a pegada no seu pau olhando pra mim? ”. Eu imaginava.

– Acho que podemos tirar uma foto aqui. Vocês indo embora. – Liam disse mais uma vez nos surpreendendo.

– Tudo bem. Tudo bem Jack? – Eu perguntei.

– Ok. – Jack respondeu.

Tiramos algumas fotos, Jack realmente estava diferente nas fotos, se comparasse as do dia que chegamos com aquelas, veríamos uma grande diferença, as fotos pareciam mais forçadas.

– Ficaram péssimas. – Liam disse. Mostrando para o Jack.

– Ele está com dor. – Eu disse.

– Realmente não ficaram boas. – Jack concordou com Liam. “Tem algo muito estranho acontecendo aqui”. – Se importa em tirar outra?

Liam fez que não com a cabeça. Jack se levantou e respirou fundo, balançou o braço que estava livre e voltou a se sentar ao meu lado. Era outro Jack. Um Jack romântico e carinhoso. Tirou fotos me abraçando, sorrindo, de mãos dadas e até beijando o meu rosto.

– Agora ficaram boas. – Liam disse.

Realmente ficaram ótimas. Entramos no avião, Jack novamente se sentou longe da gente. Dessa vez ele não levantou. Ficou quieto durante as mais de 5 horas de voo. Ao chegar em NY, ele continuou na dele. Por fim chegamos em casa.

– Obrigado Ricardo, obrigado Liam. – Jack disse ao entrar no seu apartamento.

– Por nada. – Eu respondi. E Liam acenou com a cabeça.

– Você entendeu o comportamento do Jack? – Eu perguntei para Liam.

– Eu não entendo esse cara. Mas gostei, quanto mais calado e distante de nós, melhor. – Liam respondeu.

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Paco Katib

Escritor de Contos, Livros e Romances Eróticos Gay (Bi)


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Comentários

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12/05/2020 02:41:22
Muito bom !
17/01/2020 05:25:24
Eu li esse conto. E foi um dos contos que eu mais amei aqui na casa. Não foi nessa conta, foi outra conta sua. Legal que está publicando outra vez. VALE MUITO A PENA LER DENOVO. Te convido a ler meus contos. Não são tão bons quanto os teus. Mas, um dia eu chego lá. Abraço!!!
14/01/2020 18:08:38
Demais
04/01/2020 12:54:55
amando reler por aqui.
04/01/2020 09:45:57
Exceto pelo desfecho o relato foi pra mim sensacional, espero a continuação e ja deixo TRES ESTRELAS bem merecidas !


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