Mansão dos Prazeres - 2

Um conto erótico de A babá
Categoria: Heterossexual
Data: 19/03/2019 00:23:47

Mansão dos Prazeres - 2

Quando ele me fez deseja-lo...

Nathan estava agitado por alguma razão e por tal motivo havia me repelido durante uma semana inteira - a estranheza estava na solidão que me atingiu pelo desencontro. Passei os dias que se seguiram tentada à voltar para casa, esquecer o emprego bem remunerado e todas as suas implicações, mas Inês conseguiu me convencer de que o melhor a se fazer era permanecer ali, de cabeça fria, sempre pronta para servir.

E eu queria servi-lo; mas não estava sendo requisitada...

Ajudava na cozinha ou caminhava livre pelo Jardim, logo me aprisionando no quarto à espera de um chamado que não vinha. Foi numa manhã ensolarada de sexta-feira que enchi-me de coragem, desbravando novos cantos da mansão até adentrar uma saleta utilizada para os estudos de Nathan; lá o encontrei, pintando.

Um grito mudo escapou de minha garganta com a cena diante de mim, ao abrir a porta fui invadida por duas sensações muito particulares: o cheiro das tintas óleo adentrando minhas narinas com suavidade e ciúmes enchendo de fúria os meus pulmões, respirei forte, atraindo sua atenção:

- Feche a porta, Laura, uma corrente de ar pode estragar meu trabalho. - Nathan murmurou, sério, olhando-me de perfil, logo voltando sua atenção para a jovem nua a qual pintava.

Era mais jovem que eu, ruiva e magra, com seios tão pequeninos quanto limões sicilianos, bela. Não parecia ter vergonha dele ou de mim, permanecia na pose ousada com as pernas abertas, expondo os lábios vaginais parcialmente cobertos por pêlos avermelhados, meu olhar preso em sua intimidade sendo capaz de me constranger...

- Veja como ela é linda. - disse entre uma pincelada e outra - Quero capturar a essência exata da juventude, será possível? Esse viço que me cativa.

Oras, como se você fosse um senhor entendedor da vida, pensei, incapaz de verbalizar. Fechei a porta e ousei me aproximar mais, espantando-me com seu talento para pintar. Uma fotografia não seria capaz de capturar tantos detalhes.

- Por que evidenciar a cicatriz? - indaguei, olhando para a mácula na barriga da mocinha, meus lábios coçando para beija-la bem acima das marcas.

- Porque é uma parte dela, algo que só faz crescer a beleza.

O tom simplista me perturbou. Eu ainda tinha essa beleza jovial? Permaneci calada o resto do tempo, ele também não falou e quando o relógio indicou às dezoito horas, dispensou-a com a promessa de terminar a pintura bastante avançada no dia seguinte. De repente, eu a queria fora dos limites da propriedade.

- Você está inquieta. - Nathan pontuou assim que ficamos sozinhos, finalmente me encarando com atenção. A mesma seriedade de sempre.

- Não, senhor.

- Não minta, Laura. Por que veio até aqui? Não me lembro de tê-la chamado.

- Por isso mesmo! - disse, apavorada com o quão potente a minha voz saiu - O senhor não me chamou uma única vez durante vários dias... Serei demitida?

Ele riu. Era a primeira vez que presenciava o seu riso, o rosto inteiro pareceu se iluminar. Me senti tola por reparar em tais detalhes.

- Não sou um bebê para ter uma babá à tira colo, Laura, a chamarei sempre que necessário.

Mordi o lábio, ofendida. Havia tanto para dizer, principalmente sobre meus seios que se encontravam mais cheios do que nunca na esperança de serem alugados por aquela boca faminta, há três noites chorei sozinha no quarto, esvaziando-os com ajuda da bomba, perdendo minha essência de mãe e desejando mais da perversão a qual fui apresentada.

- Eu não entendo...

- Você não precisa entender nada, tampouco me cobrar algo. - ditou, encerrando qualquer liberdade que julguei ter. Ergueu-se do banco diante da tela, caminhando em minha direção com a camisa, mãos e parte do antebraço manchados de tinta, algo novo camuflando o seu cheiro. Aguardei a aproximação, sentindo as pernas subitamente molengas - Eles estão cheios, não é? - sorriu.

- Oh, sim, e estão doloridos, senhor... Por favor, eu... - incapaz de completar a súplica, baixei a cabeça, encarando meus sapatos.

Nathan não disse mais nada, apenas começou a abrir os botões de meu uniforme com uma lentidão torturante. Lá estava novamente o calor, a inquietação, tremi sob seu toque, apertando as pernas sem conter a ânsia que me consumia como fogo.

- Eu preciso do senhor, por favor...

Assinei o fim de minha dignidade ao segurar seu braço, descendo-o em direção à minha virilha, então o encarando com um olhar que dizia tudo.

- Não seja tão apressada, Laura. Lembre-se do seu lugar. - repreendeu-me, afastando-se um tanto irritado com minha ousadia.

Lugar? Que lugar? Quase chorei ao percebe-lo se afastar para próximo da tela, voltando-se para a imagem da ninfeta que me fazia sentir coisas conflitantes. Foi então que me ajoelhei, assumindo um lugar que não sabia ser o meu, mas que meu corpo parecia desejar com afinco.

Meu lugar era rebaixada diante dele, tive essa certeza quando novamente fui agraciada com o seu sorriso. Senti um arrepio correr em meu corpo, uma nova fase parecia se iniciar e eu nunca fiquei tão ansiosa e desejosa na vida.

Aquele rapazote estava despertando uma nova Laura...


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Ótimo conto gata, estarei esperando pelo próximo

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