Primeiro Amor IV - O Pedido - Parte 2
“Era um dia
Assim como qualquer outro dia
Eu era um menino
Assim como todos os outros meninos
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Mas quando a menina
Ao contrário de qualquer outra que eu tinha visto
É como se ela pulasse de um sonho
No meu mundo
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Poderia ter sido a brisa do verão
Brincando com seu cabelo
Como o sol dançou em seus olhos
Nós estávamos lá
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Ela sorriu, eu esqueci o meu nome
Porque tudo o que eu estava pensando
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Talvez eu seja louco, mas estou orando
Por um anjo que me amará
Um anjo me ame
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Talvez eu seja um idiota, mas eu ainda estou caindo
Pedindo ao céu acima de mim
Para que um anjo me ame
O resto da minha vida
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Você é a prova de que o Pai responde às orações
Porque de alguma forma, de alguma maneira
Você e eu estamos aqui de pé
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Com a promessa sagrada
E um anel que diz tudo
Eu comecei a me apaixonar
Da parte mais profunda em mim eu digo eu aceito
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Depois de todas as estações mudarem
E se transformarem em anos
As coroas se forem
E os sóis tiverem se apagado
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Eu ainda estaria aqui
Segurando você
Agradecendo aos céus
Pelo meu anjo”
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A Nicole era linda.
O pior era que ela nem percebia.
Não era tão alta nem tão baixa, meio calada, totalmente tímida. Tinha uma boca cheia, um riso que iluminava todo o ambiente e intrigava também.
Ao mesmo tempo que você conseguia ler através de sua expressão tudo que ela sentia, as vezes ela acabava surpreendendo a todos, com sua opinião forte e decidida.
Desde a primeira vez que a viu, ela intrigou o Eduardo. Ela tinha uma pureza, uma inocência que a tempos não via em uma garota.
Tinha um sorriso tão espontâneo, que transparecia em seus olhos, e seus olhos até então castanhos bem comum, atravessava sua alma. Ela não apenas te olhava quando conversava, mas parecia tentar te analisar, não desviava o olhar um segundo se quer. Te fazia se sentir especial e único; ás vezes aquela garota tão nova enlouquecia e constrangia o Eduardo com sua inteligência.
Depois de fechar a porta do quarto Eduardo se deitou na cama, e continuou a pensar nela. Não lembrava da última vez que ficou assim por uma garota. Ela no geral, não era seu tipo de mulher.
Devia ser aqueles olhos que o perturbavam, sempre brilhantes e ao mesmo tempo tão tristes. Havia também a tímida hesitação na voz dela, seguida por uma explosão de entusiasmo. Nada além de inocência pura.
Contudo, ela ainda não fazia o tipo dele. Ela não tinha a menor idéia de como agir no jogo da sedução. Entretanto, apesar disso, Eduardo continuou a pensar e a ansiar que o dia seguinte chegasse e recebesse a resposta a sua pergunta.
Naquele dia tinha agido por puro impulso. Tentou afastar-se dela, esquecer do beijo, mas não conseguiu. Inventou uma desculpa para que ele e seu amigo passassem na rua onde ela morava, torcendo para encontrá-la.
Quando a viu, a lembrança do beijo, do abraço, dos olhos, do toque, dos suspiros eram tão vívidos em sua mente, que parecia que não havia passado semanas sem vê-la.
Com a respiração suspensa, a observou. Viu a alegria e a surpresa em seus olhos quando o viu, mas ao mesmo tempo sentia que havia algo errado com ela, uma tristeza maior, queria insistir e perguntar o que realmente aconteceu, mas com todos ao redor decidiu se calar.
Tentou resistir e só conversar, mas seus lábios era pura tentação e um convite ao pecado. Soube que se arriscou, ao pedi-la em namoro, sabia que todos os seus amigos ririam dele.
Por que se deixava encantar daquele modo por uma garota?, pensou Eduardo. Era um homem atraente e nunca teve dificuldade com as mulheres. Por que justamente Nicole?, perguntou-se, lutando para vencer o desejo que o invadia.
Quase menina, quase mulher, Nicole enfeitiçou o coração do Eduardo. E de alguma forma ele sabia que estariam para sempre ligados.