Acasos acontecem –pt 6

“Impulsos, como é que se controla algo tão primitivo assim?” realmente para essa resposta sou a pior pessoa possível pra responder, não tive nenhum controle sobre minhas ações, como resultado a possível perda de alguém que eu tanto preciso por perto.

O beijo, em frente a saída do estacionamento do shopping, não foi nada possível de conter, porem sabia que haveria consequências, até por que não fazia ideia se poderia realmente existir algum afeto amoroso do André por mim. Antes mesmo de dar tempo pra qualquer reação, deixei tudo onde estava e fugi, como um covarde, uma criança que apronta e não quer levar a bronca. Cheguei ofegante no hotel, mais não achava o cartão da porta, lembrei que tinha um na recepção.

Já no apartamento, jogado na cama e com os pensamentos a mil, apesar de o único foco ser o André, tentei esquecer do mundo, rezando pra não encontrar novamente com o André, ele prometeu que nunca me machucaria, mas depois do que eu fiz, acho que a promessa já não teria tanto valor.

Fiquei algum tempo deitado, os minutos pareciam não passar, um minuto virou toda uma eternidade, minha mente a todo vapor me impedia totalmente de dormir, tentei com um banho me acalmar. No banheiro ouço o som do telefone, com certeza era a recepção dizendo que o André estava querendo falar comigo. Ignorei, não podia receber ele, não depois do beijo em público, apesar de não ter quase ninguém perto, ele poderia estar em fúria, querendo tirar satisfação comigo, não suportaria mais problemas em minha cabeça, mesmo sabendo que eu provoquei isso.

Ao sair do banho depois de um tempo, ainda enrolado na toalha, dou de cara com quem eu menos desejava encontrar naquele momento, com as sacolas todas na mão, ali dentro do meu quarto, fiquei paralisado quando ele largou tudo no chão e marchou em minha direção, uma expressão séria, não saberia dizer se era raiva ou qualquer outro sentimento, mas fui empurrado contra a parede com sua mão em meu peito, como o fraco que sou, só pude esperar de olhos fechados o impacto que imaginei que teria.

Pro meu espanto, a reação dele foi inesperada, segurando no meu pescoço, ouvi seu sussurro em meu ouvido.

- Você acha que eu sou viado? Vou te mostrar que sou macho, não é o que você quer? Deitar com um macho? – Dito isso senti sua língua invadir a minha boca, um beijo forte, diferente do que eu tinha dado nele momentos atrás.

Apesar de morar na rua, André era cadastrado em uma lista de moradores de rua de uma ong regida pela igreja da cidade, tinham direito a banheiro 4 vezes por semana, intercalando os dias e jantar, poderia ao menos manter sua higiene pessoal, coisa que fazia muito bem, não usava barba, não tinha pelos pélvicos em exagero, era muito exigente pelo que demonstrava com sua higiene pessoal.

Apesar de querer continuar naqueles braços, não era daquela forma que eu queria, não queria forçar ele a nada, tentei o empurrar, tentativa falha, tentei sair por baixo, outro fiasco, então virei o rosto, saído do beijo bruto, aperas de extremamente excitante.

- Para, você está me machucando... – Não conseguia continuar, ele buscava me beijar novamente e eu continuava fugindo.

- Não é o que você quer? Por que está fugindo? Você quem começou.

- Por que? Porque você está fazendo isso? Ficou com raiva de mim e quer se vingar?

- Não, só vou te dar o que você quer, não é o que você tentou na rua hoje?

- Não, eu errei, me desculpa, não vai se repetir, ok? Agora para você vai me machucar.

Quando eu disse aquilo ele se afastou, parecia realmente não querer me machucar, me mediu de cada centímetro de toalha, e voltou a me encarar.

- Você não quer que eu fique longe, mentiu quando quis que eu parasse não é?

- Não, não menti. Não tem que fazer isso, eu quis te beijar, não controlei e errei, sei que você não é viado, me desculpa.

- Para de mentir, você me quer, me quer como macho com você na cama...

- Não posso ter tudo na vida não é? –tentei interromper o que ele dizia, que me fazia sentir exposto demais, mais também fui interrompido.

- Você não pode mentir assim, não sem toalha, não pra mim. – olhei pra toalha e vi um ereção involuntária me entregando de tal forma que não havia saída – Olha pra mim e diz que não me quer.

- Não interessa se eu te quero, você não fica com alguém se não gosta, então me diz você, você me deseja com eu te desejo?

- Você ainda acha que eu sou viado?

- Me responde primeiro.

- Vou te dar o que você quer como resposta, e depois você me diz o que acha.

Tirou minha toalha em um só movimento, me virou contra parede, só pude ouvir suas calças caindo no chão e ele cuspindo na minha bunda, quando tentei dizer algo, já era tarde, eu era virgem, não tive relações com ninguém por achar que não devia ser com qualquer um, mais o André não sabia, como uma só estocada, entrou quase a metade do seu membro, não era algo pequeno, mas um pênis grosso e de impor respeito, só o que consegui fazer for tentar urrar de dor, porém o som foi abafado com sua mão em minha boca.

Senti minhas pernas bambas, uma dor lacerante, porém ainda havia um prazer até então desconhecido pra mim, mal consegui me apoiar em minhas pernas, o que me sustentava era os braços forte daquele bruto. Quando finalmente a dor havia cessado um pouco, com uma lágrima de canto de olho murmurei.

- Por favor, para... Não foi assim que imaginei minha primeira vez.

A feição de André mudou de imediato, como que surpreso, parou mais não tirou de dentro de mim, seu braços que antes me apertavam me deixaram mais solto, quando quase cai de joelhos, ele me segurou, tirou devagar seu membro de entro de mim e me colocou sentado na cama.

- Você é virgem guri?

- Parece que não mais – Tentei parecer natural, mais ainda sim saiu ofegante.

- Tá falando sério? Por isso você é tão apertado?

Com um sorriso forçado de canto de boca tentei levantar e ir pro banheiro, mais minhas pernas pareciam em estado de dormência, me apoiei no guarda-roupas e vi sangue na cama, nada exagerado, mas o meu sangue, eu estava sangrando, definitivamente não era mais virgem.

André quando notou o sangue na cama ficou com um ar de bravo, uma feição de raiva, me ajudou a ir no banheiro e saiu, tomei outro banho, quando toquei minha bunda, ardia, percebi que estava dilatado, me surpreendi, eu realmente consegui acomodar todo aquele brutamontes em mim, e pensar nisso me deixou excitado, apesar da dor que eu sentia, pensar que tinha feito, mesmo que de maneira bruta, sexo com André me dava um tesão até então novo pra mim.

Quando sai do banho, já um pouco recomposto, André já estava vestindo a roupa que havíamos comprado, mais informal, assim como ele pediu, e trocou a roupa de cama.

- Vou pegar meu rumo, desculpa por ter te machucado, sério mesmo guri, acho que foi o tesão acumulado de tanto tempo sem sexo, não espero que me entenda, já que você nunca tinha feito. Quebrei uma promessa, não precisa mais me ajudar.

Não consegui esperar ele terminar de falar, abracei ele como se não houvesse amanhã, fiquei um tempo ali encostando meu rosto em seu peitoral forte até que ele me aconchegou em seus braços. Já sem pudor nenhum, com uma necessidade quase visceral fiz um pedido até que inesperado por ele.

- Dorme aqui comigo hoje? Por favor ...

( Haz obs: Gente obrigado pelo feedback, e novamente nos desculpem a gramatica erronia, somos de exatas rsrs... o autor, vulgo meu namorado, está muito feliz que alguém além de mim tenha aprovado seus contos, e um segredo, ele tem vários , porem esse é o menor deles apesar de ainda em andamento, e pelo que já li é testosterona a mil, e quanto a críticas, se não forem pra nos ajudar, por favor guarde pra si, não precisa ler o conto se não te agrada. Beijos aos viciados em contos assim como nós, sem vocês isso não existiria <3 )