Herança - parte 5

shacka - HAHAHHAHAHAHAHHAHAH... pior que Lucifer era meu apelido no ensino medio

SafadinhoGostosoo - Predo sempre faz merda, quando for a vez do Matheus contar a historia vc vai entender... sobre eles fingirem que moram juntos, isso [e dificil, principalmente por que o objetivo do Eli era for;ar eles a conviverem

Mih M. - todos eles tem 28 ou 29 anos

VALTERSÓ e Chria - ralaxem, nao vai haver nada disso...

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Ent'ao pessoal, o proximo capitulo vai ser do Rodrigo e do Snow... vai ser bem revelador do por que o Snow ficou tao obcecado pelo Miguel em tao pouco tempo....

Espero que gostem

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Sonambulismo, tá ai um tema interessante. Algumas pessoas morrem por conta disso, levantam e saem pelas ruas, outras cometem crimes, confundem pessoas com monstros. Eu sou sonambulo, mas o meu era de um tipo bem especifico, que fugia ao meu controle. O que já me arrumou confusões reais. Antes eu achava que era ideia dos outros e que eu era a vitima, até que meu ex, me filmou em vários episódios de sonambulismo. Nos vídeos, eu levantava, o beijava e o acariciava até que ele acordasse. Quando já estávamos transando eu recobrava os sentidos. Por anos eu pensava que todo mundo estava brincando quando diziam que se dividissem o colchão comigo era pra valer.

Até já acordei com tapas na cara por beijar amigos héteros e amigas comprometidas ou gays enquanto eu dormia. Dai surgiu uma condição simples, podem até dormir no mesmo quarto que eu, Só não na mesma cama. Por que né?! Também já acordei em situações que me fizeram chorar de ódio, eu jurava que se aproveitaram de mim.

Daquela vez eu acordei com o barulho rouco do gemido dele. Eu estava sobre seu corpo, metendo sem dó, ele se contorcia. Parei. Minha respiração estava pesada, acelerada. Meu corpo reagia, mas eu havia acabado de acordar. Rodrigo percebeu, saiu de debaixo de mim e me beijou.

“Resolveu acordar?”

“Te machuquei?” - como eu estava dormindo, uma ou duas vezes havia sido bruto demais.

“Não, mas não teve preliminares.”

Sorri segurando um bocejo e beijei seu pescoço, mordi de leve o bico do seu peito e desci pro seu pau. Aquela tora veiuda era perfeita até demais. Macia, quente, viva. Comecei a chupar apenas a cabeça, ele acariciava meu cabelo enquanto eu lambia todo aquele pau igual um picolé. Por fim ele não aguentou, segurou minha cabeça e fodeu minha boca. Engasguei em cada estocada, mas segui feliz, levantei ficando de quatro, mesmo no escuro eu podia ver seu rosto igual a de um animal pronto pra me comer vivo. Isso que eu mais adorava nele, sempre calmo e tranquilo, mas não podia perceber que eu queria rola. Rola eu teria.

Sem pensar muito caiu de boca no meu cu, eu gemia descontroladamente enquanto recebia um dos melhores cunetes da minha vida, ele levantou, me colocou de frango assado na beirada da cama. Nossos beijos eram cheios de juras de amor e de sexo forte, o que de fato tínhamos. Rodrigo enfiou aquele pau grosso de 22cm dentro de mim quase que de uma vez, senti um grito ser travado com um beijo, a dor diminuía com seus carinhos. Nosso suor se misturava junto com nossa respiração. Quando eu estava perto de gozar ele tirou o pau de dentro de mim e ajoelhou engolindo toda a minha porra. Nessa hora eu gritei. Um grito do fundo da garganta que com certeza me deixaria rouco no dia seguinte. Senti porra descer do meu cu e fui tomar banho.

“Nem percebi que você já tinha gozado” - comentei quando ele entrou no box.

“Você tinha acabado de acordar amor, sempre que transamos desse jeito eu espero você gozar pra parar, mas sempre gozo antes.” - ele sorria, mas eu continuava serio. Não curtia muito ele pensar mais em mim do que eu nele no sexo. - “Eu sei o que você está pensando, e não. O senhor não é egoísta. Eu podia te por pra dormir sempre que você ficasse sonambulo, mas não faço, sei que só seu corpo que está me respondendo ou no caso me fazendo responder. Quando estamos os dois bem acordados você sempre me compensa.”

Voltamos a nos beijar, mas eram 4h da manhã e estávamos cansados.

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“Chegou?”

“Sim. Foi tudo bem louco, parecia que tínhamos voltado pra faculdade.”

“Foi por isso que chamou meu meio irmão? Pra lembrar como era na época que eramos três?”

“Não migo.”

“Por que é o que parece.”

Depois de acordar enxergando tudo o que eu tinha construído, percebi a merda que tinha feito. A ligação pro Pedro era a primeira de quatro pra aquele dia. Minha vida estava prestes a começar a voltar pros eixos.

“O que seu cérebro maravilhoso acha que viu?”

“Você, eu e Matheus, no Bastilha, como era todo fim de semana na faculdade. A merda é que o Matheus que você convidou não é o mesmo de anos atrás. Mas....”

“Meche com você da mesma forma.”

O celular continuou no meu ouvido, minha boca continuou aberta, mas não falei nada.

“Miguel, existem poucas opções pra sua vida se esse menino continuar morando ai.”

“E chamar ele foi pra que então? Pra poder me mostrar que eu estou ficando encurralado?”

“Quais são as possibilidades?”

“Predo eu não quero...”

“Mas precisa. O Rodrigo te deixa tão seguro de tudo, que você esqueceu de pensar sobre tudo a toda hora. Me diz o que acha que vai acontecer.”

Já havia pensado naquilo, medido as merdas que podiam acontecer. Só não estava afim de encarar a realidade.

“Três mais prováveis? Eu termino com o Rodrigo antes de chegar a trair, não faz meu estilo por chifres em ninguém. Ou eu desisto do Matheus ficar aqui. Ou eu te imito e mantenho tudo longe da minha mente, deixando tudo no lugar pra eu pegar de volta quando acabar esse um ano.”

“Viu, não é tão difícil. O que vai fazer?”

“Preferiu me fazer encontrar o Kaue e levar outro Matheus lá do que conversar comigo?”

“Ok, a opção escolhida foi brigar comigo. Migo, não importa o que eu fosse falar, você ia achar um jeito de me provar errado. Agora sabe que não da pra continuar assim.”

“O que te fez ver isso tudo?”

“O jeito que você ficou mais leve falando dele, como ficava prestando atenção enquanto eu estava no telefone com ele. Seu sonho sempre foi ter um irmão. Mas todo mundo sabe que não importa o quanto você mudou, seu cérebro é foda, ele sempre vai pegar qualquer pessoa nova e impedir que você crie afeto, você sempre vai querer transar com a pessoa pra desviar todo sentimento bom pra perversão. Sim, não adianta brigar comigo. Nós dois sabemos que você tem medo de perder pessoas, de que elas te abandonem, então é mais fácil ser tesão, mais fácil ainda quando o cara é tudo o que você sonhou de um irmão. Você tem medo, de que ele vá embora, de que ele seja interesseiro, medo das mentiras que possa ouvir. Muito melhor colocar ele na posição de desejo sexual, ai você tem uma saída, ai você pode excluir ele, fazer ele ser um problema. Qualquer pessoa que olhe pela sua perspectiva vai achar que todos estão errados. Por que né?! Como o próprio Miguel, o Lúcifer na vida de varias pessoas, poderia errar. Pior, como poderia ser traído.”

“Eu já fui traído, Pedro. Pegaram a porra da minha vida e foderam com ela. Depois disso eu voltei a ser pior do que na adolescência? Com certeza. De um tempo pra cá eu tenho feito de tudo, tudo pra não voltar a ser um filho da puta. Você não tem o direito de jogar tudo isso em mim.”

“Tenho, por que eu te amo e sei que se isso continuar, você vai voltar com tudo o que fazia. Só quero seu bem. Você já parou pra reparar em como vocês dois interagem? Não agem como amigos ou como irmãos, agem como amantes.”

“Eu e você também.”

“NÓS LEVAMOS ANOS PRA ISSO. Olha no espelho, pensa com carinho. Vou te manda a data em que vou pedir a Vivian em casamento. Eu te amo, fica bem carinha.”

“Também te amo.”

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Estávamos na mesma cafeteria na qual decidi aceitar o Snow na minha vida. Laila ainda comprava seu milkshake enquanto Poliana comia sua coxinha. Eu continuava parado, olhando pro nada e pensando.

“Pronto, fala.” - a ruiva sentou ajeitando os cachos.

“Matheus vai precisar ficar com vocês por um tempo.”

Nenhuma delas falou nada, apenas me encararam esperando que eu continuasse. Mas não continuei, abri a lata de soda que tinha comprado e comecei a beber.

“Por que? Ele fez merda?

“Não, Poli.” - eu que fiz. - “Vou precisar viajar.”

“Pra onde?”

“Pedro vai casar. Vou lá visitar o casal.”

“Que lindo.” - Laila comentou sem sorrir, apenas medindo minhas palavras. - “Quando viaja?”

“Não sei, mas talvez seja bom que o conheçam antes. Ele pode começar a dormir na casa de vocês hoje mesmo.”

“Ele sabe disso?” - ela continuava sem expressão me encarando.

“Não irmã, vou falar com ele hoje.”

“Apresenta ele pro Wallace primeiro.”

“Por que?”

“Por que quero saber o que o Wallace vai achar dele.”

“Seguro? Não. Posso ir junto? Faz uns meses que não vejo ele.”

“Pode irmã, que horas?”

“Hoje?”

“Claro Poli.”

“As sete to ok.”

“Então agora que a cúpula dos irmãos encerra sua reunião, podemos comer fofocar felizes?” - Laila terminou seu lanche e sorriu pegando na minha mão. “Como tem sido os últimos dias?”

“Tudo tranquilo, só o Pedro que fez merda.”

“O que ele fez?”

Contei sobre o Bastilha e sobre a conversa que tive com meu amigo antes de ligar pras duas. Assim que terminei elas me olharam como se quisessem ver dentro da minha cabeça.

“Já podem falar algo.”

“Irmão, isso tá errado em vários níveis.”

“A Laila está certa, isso tá errado.”

“Eu sempre to certa, avisei pra deixar o bastardo longe da gente.”

“É, mas agora eu preciso passar batata quente pra uma de vocês.”

“Pra Poliana, ela que te convenceu.”

“Poli?” - eu precisava que ela dissesse que sim.

“Ok, apresenta ele pro Wallace hoje, bom que eu vo e conheço melhor nosso irmão. Vou marcar um churrasco lá em casa na quarta-feira. Tudo correndo bem ele já fica por lá mesmo.”

“Estamos todos acertados sobre o que fazer com o Bastardo, agora podemos falar do importante. O que deu na sua cabeça Miguel? O Pedro não errou em nada que falou.”

“Não sei Lah. Ainda é foda conter algumas coisas.”

“Irmão, a gente conseguiu ficar em paz depois do que aconteceu com nossa mãe, com o que aconteceu com seu ex, com minhas amigas, com a família do nosso cunhado Marcos. Passamos por todo aquele inferno pra agora você permetir que algo assim aconteça dentro de você?”

“Isso não vai cair nas suas costas.”

“Claro que vai, somos irmãos garoto. Tudo o que acontecer com você eu vou tomar pra mim, Poli a mesma coisa.”

“Vou consertar isso.”

“Espero que sim. O que nos leva a minha pauta dessa Cúpula. Quem vai contar pra minha mãe que o Bastardo está morando com a gente?”

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“Make up your mind, let me leave or let me love you....”

Eu cantava com fones de ouvido, cortava a cebola e mexia no fogão. Rodrigo estava parado na sala com vários e vários papeis, ele preferia trabalhar na minha casa. Segundo ele, tudo ficava mais calmo e eficaz perto de mim. Nunca acreditei muito nisso, mas fazer o que? Não era uma imagem ruim vê-lo de cueca no sofá, com aqueles óculos que o deixavam extremamente sexy, concentrado ao máximo nos processos.

Meu namorado não havia nem mesmo perguntado do por que eu ia ver o Wallace, mesmo sabendo que eu o via só em momentos de conflito. Acho que ele podia imaginar, sendo ele meu único namoro que não odiava esse meu conselheiro/válvula de escape, Rodrigo devia estar seguro de que Wallace o defenderia. Mal sabia ele que não era sobre nosso namoro. Não exatamente. Sequei as mãos, peguei duas cervejas, acendi dois cigarros e fui até o sofá o entregando uma coisa de cada. Eu também estava de cueca, assim que sentei na poltrona e cruzei as penas ele me olhou.

Sorriu como se já imaginasse varias cenas eróticas, depois olhou pro próprio colo, cheio de formulários e fechou a cara.

“Tudo bem ai?”

“Queria não ter tanto trabalho, podia ficar mais tempo com você.”

“Você está aqui.”

“E aqui.” - rebateu apontando pros papeis em seu colo.”

“Ai está outra coisa.” - levantei e ajoelhei a sua frente. - “Aqui...” - joguei todos os papeis no chão e beijei sua coxa. Rodrigo era muito gostoso. - “está meu brinquedo favorito.” - apertei o pau dele pela cueca, já dava pra ver a cabeça rosa saindo pela cueca.

Lambi só a cabecinha do seu pau e fiquei um bom tempo a beijando de língua. Ele contraia as pernas e gemia de leve. Sorri levantando e sentando em seu colo, de frente, bem encaixado. O beijei como se fosse o ultimo beijo, podia sentir tesão e preocupação emanando de mim pra ele.

“A que devo esse ato tão espontâneo vindo do seu eu acordado.”

“Está dizendo que não sou espontâneo?” - coloquei seu pau pra fora, puxei minha cueca 'vem cá meu puto' pro lado e encaixei seu pau bem na direção do meu cu.

“Não mesmo.” - ele apertava meus braços e mordia meu pescoço. - “Só é mais frequente você fazer essas coisas de olhos fechados.”

“Eles estão bem abertos agora.”

Sentei no seu pau praticamente a seco de uma só vez, senti meu corpo sendo rasgado no meio, Rodrigo deu um berro grosso e profundo, me pegou pelo pescoço beijando minha boca como se quisesse arrancar ela fora. Ele metia com tanta força que tive certeza do sangue escorrendo. EU quicava naquela rola e o beijava com tanta intensidade que não lembrava mais de respirar a não ser pra gemer mais e mais alto.

Seus braços circularam minha cintura e ainda com o pau dentro de mim, me levou pra poltrona de frango assado. Aquele tanquinho definido rebolando, fazendo aquela pica dançar dentro de mim, era tudo perfeito, aqueles dentes que mordiam os próprios lábios, o suor que descia pelo seu peitoral. A imagem de um deus vivo, que me fez começar a gritar e gozar sem tocar no próprio pau. Ele tirou o pau de dentro de mim e gozou todo o meu peito e barba.

Caímos na poltrona alinhados e sem perceber, dormimos na sala, pelados, gozados. Esquecendo que alguém mais tinha as chaves e voltaria para casa logo.

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Parecia que a gravidade não existia, parecia que o mundo tinha sido desfeito, só restava eu. Tentando gritar, tentando acordar. As vezes algumas pessoas passavam como vultos, eu podia jurar conhecê-las, jurava que tinha as chamado pelo nome, mas ninguém atendia. Abri os olhos e estava na minha cama, pelado, coberto até a cintura. A porta estava aberta e meu celular apitava.

Wallace estava mandando varias mensagens pra me acordar, respondi que estaria lá em menos de uma hora e fui me arrumar. Quando cheguei na sala, Matheus estava sentado no sofá encarando a poltrona. Por um momento pensei que talvez ele tivesse nos visto, mas logo ignorei, eu tinha acordado na cama, duvido que o Rodrigo teria saído e me deixado pelado na sala pra outra pessoa me encontrar.

“Vai sair?” - perguntou virando pra mim. Seus olhos pareciam comer boa parte da minha roupa.

“Sim. Vou encontrar o Wallace.”

“Rodrigo vai?”

“Não.”

“Hm...”

Comi alguma coisa e sentei na Poltrona que ele tanto olhava.

“Mais um Pedro?”

“Melhor?”

“Não, só pertence a outro setor da minha vida.”

“Sempre setoriza as pessoas?”

“Sempre faz perguntas demais?”

“Só quero conhecer melhor meu irmão.”

Conhecer me pareceu bem promiscuo, já que falou a palavra encarando minha boca.

“Isso não pode e nem deve continuar assim, Matheus. Eu sou comprometido.”

“Só estamos conversando.”

“Você gosta de mulher.”

“Eu sei.”

Então por que continuava me olhando daquele jeito?

“Somos meio irmãos.”

“Tem isso.”

Baixou a cabeça e suspirou, me controlei pra não ter a mesma reação. EU tinha o Rodrigo e aquilo me bastava, era solido, constante e estável. Seguro. Foda-se o resto. Pedro estava certo, eu estava arriscando minha estabilidade pela minha necessidade de evitar proximidade. Respirei fundo e levantei.

“Se arruma.”

“Vou conhecer o maravilhoso Wallace?”

“Sim, mas não fica muito feliz não. Vou acabar soltando uma bomba imensa na vida e de muita gente te apresentando ele.”

“Por que? Ele é um dos seus ex peguetes? Se for nem quero conhecer.”

“Ele é sim, mas você vai querer ir.”

“Vou?”

“Vai.”

“Por que?”

“Ele é filho do irmão do nosso pai. Vou te levar pra conhecer o seu melhor primo.”