A VIDA DE UM GAY, Cap. 18 - A Apresentação (2º Dia)

Um conto erótico de Saia-Dyn
Categoria: Homossexual
Contém 4310 palavras
Data: 10/04/2017 06:04:57

Olha o capítulo novo!

Gente, de novo muito obrigado pelo carinho de vocês, tanto nos comentários, quando no instagram, o capitulo 17, bateu meu record de comentários, então obrigado, meu instagram pipocou de mensagens esses dias, respondi todos com muita vontade até no snap. Expliquei a história e também expliquei por que não tenho postado direto. Estou em semana de prova na faculdade. Mas acabam quarta, então, tudo voltará ao normal de uns 4 episódios na semana.

QUERO ANUNCIAR.

O Conto A VIDA DE UM GAY terá 2º Temporada *---*. Mais coisas serão reveladas sobre como vai acontecer e tudo mais.

e também...

O BLOG VAI SAIIIR!... Recebi muitas mensagens apoiando o blog, então vamos fazer... A segunda temporada provavelmente já será postada no blog, então fique esperto ai.

Pra quem quiser, conversar, tiver alguma pergunta sobre a temporada atual, ou a próxima, mande sua mensagem lá no instagram, ficarei feliz de responder, contato que não seja o final da história kkk

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A VIDA DE UM GAY, Cap. 18 - A Apresentação (2º Dia)

Júnior olha pra mim já sem entender, e percebo que ele começa a ficar bravo. Ele não falou nada, mas ficou indiferente por saber que Sam e Paulo também já sabiam que estávamos namorando, o silêncio se instaurou depois que Sam abriu a boca até que Júnior se levantou e falou:

- deixa eu voltar pra lá... – Ele praticamente nem olhou para mim, e foi embora.

Eu percebi que ele tinha ficado chateado, acho que imaginou que eu havia contado, mas também não falei nada.

Ninguém percebeu nada depois que Júnior foi embora e continuamos ali assistindo as apresentações nos divertindo com os comentários do Paulinho com o Sam.

No final de todas as apresentações todos começaram a ir embora, mas resolvi esperar até Júnior ser dispensado. Quando todos começaram a ir embora Júnior olhou para minha mesa, acredito que para verificar se iria sair também, estava justamente olhando para ele no momento, fiz um sinal que esperaria ali, mas ele novamente não fez reação nenhuma. Os alunos que estavam trabalhando no festival foram dispensados próximo das 1 hora da manhã. Não tinha praticamente mais ninguém no colégio, apenas eu esperando para consegui falar com ele. Percebi que ele iria passar por mim em direção ao portão, estranhei e fui atrás dele.

- Eiiii, Júnior... Estava te esperando! – Falei chegando ao seu lado e continuando a caminhada até o portão.

- Eu sei, Eu vi – Respondeu Júnior extremamente áspero em sua resposta. Estranhei o jeito da resposta. Já passávamos do portão em direção ao estacionamento.

- Você já vai pra casa? – perguntei a ele, com a intenção que ele me desse um pouco de atenção, afinal estava com saudades.

- Vou, estou muito cansado, tenho que ir dormir – Ele subiu na sua moto e já liga-la.

- Ei... espera! – me meti na frente da moto com a roda dianteira no meio das minhas pernas e segurando o guidão pela frente.

- Aconteceu o quê pra você está me tratando assim? – perguntei a ele. Ele me olhou e girou a chave desligando o painel da moto.

- Beleza, vamos conversar! ... – Ele desceu da moto e se encostou, como sempre fazia, começou a falando alto, sem pausa, e pelo susto não conseguir dizer nada imediatamente.

– Por que você falou pro Sam que estamos juntos? Porra Marcus... não quero que tu diga que eu estou indeciso, não é isso, mas porra... Sam e Paulo são amigos dos meus irmãos desde antes de nascer, e na situação que tá lá em casa pensei que tu ia ser mais compreensivo antes de sair contando. – Ao ponto que ele ia falando, seu tom de voz ia diminuindo e ele ia se acalmando - Imagina como eu fiquei quando Sam chegou falando aquilo na mesa, e pela reação do Paulinho provavelmente ele já sabia. – Percebi que ele já estava bem mais calmo e o interrompi.

- Tá, agora me escuta... Eu não falei nada, ta legal? Anunciar na rádio sobre nosso namoro não é algo que eu quero fazer.

- Então como ele sabia? – perguntou ele, já calmo. – Não tem outra explicação, meus irmãos não falariam, nem a Brenda e muito menos a Naty. – Naquele momento percebi uma certa falta de confiança pela parte do Júnior de acreditar que ninguém falaria, e a explicação lógica era que eu tivesse contado. Olhei para ele sem acreditar no que havia acabado de escutar, balançava minha cabeça enquanto ele falava, coisas que até não me importei mais de escutar. –Agora me fala. Como ele iria descobrir?

Bem calmo eu respondi:

- Simples... Ele viu o beijo que tu me deu na festa do Paulo! – Júnior arregalou os olhos, e não falou mais nada. – Mas que bom que você estava certo, ninguém falou nada mesmo.

Virei-me e comecei a andar. Dessa vez eu estava chateado, ouvir do próprio Júnior que ninguém poderia ter falado, é como se ele tivesse falado em palavras que confiava menos em mim do que nas outras pessoas.

Júnior havia ficado um pouco estático na sua moto com a resposta, mas quando percebeu que estava preste para entrar no carro ele gritou e começou a correr em minha direção.

- Eiiii, eiiii, eiiii, espera! Maaaaarcus... – ele chegou e segurou a porta do carro quando estava preste a fecha-la.

- Já não está tudo esclarecido? O que foi Júnior? – perguntei. Ele percebeu que agora eu estava chateado com algo.

- Me desculpa! – disse ele baixinho.

- Te desculpar por que Júnior? – Ele ficou silêncio como se não soubesse pelo que se desculpar. – Tu nem sabe! – (Respirada irônica) – Faz o seguinte, pensa bem e amanhã a gente conversa. – puxei a porta do carro e sai, ele ficou ali, parado, quando fiz a dobra no estacionamento ele ainda estava lá, parado no mesmo lugar.

Cheguei em casa, e mais um dia eu estava com os pensamentos a mil, nervoso com a apresentação, problemas com o irmão do Júnior, meu pai que estava me tratando diferente quando impus que iria dançar de qualquer maneira. Foram minutos longos nesse dia antes de dormir, aqueles sonos que de tanto pensamentos você nem percebe a hora que ele chega, não sabe dizer se foi com 5 minutos depois que deitei ou se foi 2 horas depois. O importante é que no outro dia eu acordei extremamente atrasado. Quando olhei meu celular já se aproximavam do meio-dia, e naquele horário eu já deveria está no Vital para experimentar as outras roupas, conversamos sobre alguns detalhes, e até mesmo descobrir surpresas que o Izac ainda segurava e provavelmente fazer o último ensaio.

Levantei em um pulo... Tomei meu banho e nem vi meus pais naquela manhã, também não quis mandar nenhuma mensagem para o Júnior, iria deixar ele refletindo sobre o que falou.

Como sempre atrasado cheguei no colégio depois de todos. Fui entrando sem falar com ninguém direto para a sala feita de camarim onde estava o restante dos figurinos. Na sala estava Matheus e Frank também experimentando suas roupas, notei que eles se incomodaram com minha chegada, mas também não dei muita atenção. Experimentei minha roupa do Árabe, em seguinte a roupa do Mystical, estava tudo muito bonito mesmo.

- Meninooos! O Izac ta chamando todo mundo lá na quadra, acho que vamos dar uma passada na coreografia – Bianca falou aquilo, olhei para os dois no outro lado da sala e comecei a tirar o figurino.

Chegando na quadra Izac foi pedindo para nos sentarmos em uma roda e começou a falar:

- Então é isso Galera! Hoje é o grande dia... Para muitos o primeiro grande dia! Eu quero dizer que estou satisfeito com o resultado, pelo esforço de todos, principalmente dos novatos que conseguiram acompanhar muito bem os veteranos... Eu quero que vocês saibam que independente de qualquer coisa somos uma família, na nossa própria família brigamos, temos desavenças, mas no final estamos nos divertindo e rindo. Tivemos ótimos momentos durante o ensaio, e são desses momentos que eu quero que vocês se lembrem. Beleza? – Todos balançaram a cabeça e parecia que os ânimos de estresses começavam a diminuir. – Agora, tem muita coisa que vocês não sabem, algumas coisas o pessoas do destaque sabem, outras coisas não. Eu quero informar aqui e agora algo extremamente importante... – Todos se olharam – Bom, o nosso tema NÃO é As Crônicas de Nárnia.

Todos literalmente surtaram.

- Como assim?Izac? Qual o tema então?

- Meeeeu Deus!...

Eram muitos cochichos. Izac pediu silêncio e imediatamente todos por curiosidade cederam. E ele retornou a falar:

- Eu falei que era Nárnia para despistar a concorrência. Como eu previ, todos na cidade já esperam que nosso tema seja Nárnia, por que óbvio que o tema vazou. E justamente por isso, eu inventei que falaríamos sobre as crônicas.

- Mas e agora? O que seremos? A dança é toda montada para o enredo das Crônicas de Nárnia.. – perguntou Frank

- Na verdade, a dança se encaixa bem nesse tema, mas não é esse, eu montei a dança em cima de outro tema. – Todos estavam aflitos para saber – A dança conta a história de um livro sim, uma história de magia também. Rosa é a bruxa má Wicca, eu sou o Mago de Folk, Frank é a água, Matheus o fogo, Marcus o ar e Bianca a terra, juntos são os quatros elementos, as manifestações divinas da natureza e Day é a peça central, Brida, que esta sendo iniciada na magia, não sente que é suficiente o ensinamento do Mago e vai atrás de mais poder com Wicca. – Izac nos contou a história e percebi que já havia lido-a, era um famoso livro de Paulo Coelho que tinha lido no fundamental, e de fato a dança fazia bastante sentido com a história, e continuou: - Como vocês já sabem eu voarei hoje na quadra, Rosa entrará empurrando uma armação com rodas enfeitada para lembrar uma floresta – Ele nos contou cara detalhe naquele momento... a dança estava perfeita, aquilo só serviu para me deixar ainda mais nervoso.

Depois da conversa ensaiamos mais uma vez, dessa vez sabíamos o tema e tudo que aconteceria, e ali notei que seria um grande espetáculo. Izac logo nos liberou para que pudéssemos descansar, e todos foram para suas casas. Mas, chegando na minha, com toda a ansiedade eu não conseguia pensar em dormir de maneira nenhuma.

Já não via meu pai a no mínimo uns 2 dias, mesmo dentro de casa, minha mãe ainda apareceu no meu quarto.

- Nervoso filho? – perguntou ela entrando. Estava deitado na cama olhando para o teto e tentando controlar minha ansiedade.

- Estou bastante. – respondi – Mãe? – sentei na cama e olhei para ela. - A senhora vai assistir?

- Teu pai não quer ir... – Fiquei logo entristecido – Mas... Sua irmã queria ir, então talvez leve ela pra ver.

- Ata mãe - minha mãe saiu do quarto me deixando um pouco chateado ao saber que minha família não estaria comigo em um momento que eu considerava muito importante para mim.

A tarde passou bem devagar nesse dia, mas quando deu 17:30 eu já estava me arrumando para ir, tinha que me arrumar. Passei a tarde inteira sem pegar no meu celular, e foi nesse momento que fui olhar a hora e peguei meu celular que notei haver algumas mensagens do Júnior.

“Podemos conversar hoje?”; “Ia na sua casa, mas sei que deve está se preparando”; “Se alimenta bem e boa sorte amor. Te amo! Estarei por lá”

Eu estava com a cabeça em diversos lugares que não conseguia me focar logo no Júnior para resolver isso ou focar completamente na dança.

Cheguei no Vital, fui para o camarim, e pela primeira vez, não cheguei atrasado. Peguei minha primeira roupa, seria a dança Árabe. Trocaríamos 2 vezes de roupa, a primeira uma calça branca fofa, uma bota preta, uma camiseta com as mangas cumpridas e também fofas, um cinto que havíamos bordado, uma capa preta, uma e uma faixa dourada na testa. Na troca de roupa só tiraríamos a calça e colocaríamos peças de roupa em cima da braça, um tipo de camisa apenas nas mangas de cor verde, e uma espécie de saia também verde, o figurino ficava bem árabe com a bota e a faixa na cabeça. No camarim vestíamos uma peça de roupa e conversávamos, vestíamos outra e falamos sobre a coreografia ou dançávamos alguma parte ensaiando e nessa brincadeira escutei quando anunciaram que a primeira apresentação já iria acontecer. Havia perdido o sentido de tempo por que já eram quase 21 horas.

Apressamo-nos, e quando a segunda dança estava se apresentando foram nos chamar. Izac nos reuniu e falou algumas palavras de incentivo, e fomos para o local atrás da quadra que ficava para a entrada dos grupos.

Lembro-me expressamente bem, entrávamos em duas filas que se cruzavam em meia lua pela quadra, um intercalando o intervalo do outro, os meninos com uma mão nas costas e a outra levantada, e as meninas com sua roupa extremamente bonita com as mãos na cintura, a música era bem lenta para a entrada, e quando estávamos totalmente na meia lua que tomava conta de metade da quadra a dança começou. Meu coração estava disparando, mas naquela dança eu não estava tão nervoso, eu ficava na segunda fila e poucas vezes eu estava na frente, mas ali do meio ainda conseguia perceber tudo, parecia que eu conseguia olhar cara face na arquibancada e nas mesas, cada olhar, cada vibração, tudo... e de longe avistei o Júnior, sentado na mesa, a dança seguiu, a primeira parte meninos e meninas dançaram juntos, as meninas saiam para sua troca de roupa e os meninos faziam sua parte, no retorno das meninas elas já estavam com uma roupa mais sexy, afinal o tema era o casamento árabe, a plateia ia ao delírio vendo as meninas dançarem do jeito mais sexy que o Izac conseguiu treina-las, e por final encerramos com a roupa verde dançando com as meninas que também já estavam com uma roupa verde. Por 15 minutos a apresentação aconteceu, quando saímos fomos aplaudidos de pé, a produção e a coreografia estavam muito boas, as meninas literalmente deram sangue para consegui fazer cada movimento ali.

Quem participaria do Mystical voltou para o camarim correndo, pois teríamos que tirar toda a roupa, começar a colocar a roupa de ballet que é bem mais complicada além de fazer a maquiagem, éramos os penúltimos, mas pelo que já havia percebido, o tempo passava muito rápido no camarim e na apresentação.

O nervosismo, o cansaço da primeira apresentação, o calor de todas aquelas roupas começaram a me deixarem um pouco tonto.

- Brenda... Eu to com falta de ar, vou lá fora respirar –

- Não demora, que ainda tem que fazer tua maquiagem... – Todos estavam tão culpados que praticamente não notaram.

Quando sair da sala eu me encostei na parede do lado de fora e fui descendo. Sim, eu estava tendo um ataque de ansiedade. Me deu vontade de começar a chorar, de gritar, pedir ajudar, sinceramente, não consigo descrever. Estava acocado com as mãos na cabeça e o rosto entre as pernas, até que escutei uma voz.

- Meu filho, tu ta bem? – levantei para olhar e era meu tio Edi. Olhei para ele e ele percebeu que estava pálido – Tu ta bem?

- Não tio, eu to passando mal – Respondi a ele

- Vem cá! – Ele foi me puxando para o camarim do êxtase... havia algumas frutas e doces para os dançarinos irem comendo. – Tu comentou o que hoje? – perguntava ele.

- Não sei... – não me lembrava de ter almoçado ou lanchado nada.

- Como tu vem se apresentar de barriga vazia... Toma come – Ele me deu vários doces e aos poucos fui voltando à mim.

- Ta bem agora filho? – Ele estava tão preocupado que até deixou de ajudar seu grupo para cuidar de mim.

- Estou sim tio, bem melhor, voltei a ajudar seu grupo, tenho que terminar de me arrumar também. – Tentei levantar, mas fui impedido.

- Eeeeei, Fica ai! – meu tio me olhou com um olhar tão fixo que parecia que ele conseguia ler minha alma – Tu ta bem mesmo? – a minha vontade ouvindo aquela frase com uma preocupação tão genuína era de cair no choro. Foi inevitável não lembrar de tudo que meu pai fez ele passar. Mas não era hora nem momento para falar daquilo.

- Conversamos outra hora tá tio? – me levantei e fui andando devagar.

- Ei filho... – Olhei pra trás – Teu pai sempre vai te amar! – Pude sentir meus olhos enchendo de lágrimas naquele instante, mas segurei e continuei a andar.

Voltei a me arrumar com a cabeça em tantos lugares que não conseguia me concentrar na maquiagem.

- tu ta demorando muito, vem cá, deixa eu fazer essa maquiagem – Era a Brenda oferecendo ajuda, após notar que estava fazendo aquilo devagar.

- Obrigado Brenda – Disse à ela.

- Tu ta bem Marcus? Aconteceu alguma coisa? Ta estranho...

- Eu to bem... e na verdade é tanta coisa acontecendo que não sei por onde começo resolvendo.

Terminamos de nos arrumar em tempo, ainda conseguimos tempo para alongar. E então era o momento, o apoio do festival na porta significava que era nosso momento.

Quando sai pela porta do camarim avistei meu tio na porta do seu camarim, ele fez um sinal de positivo me dando apoio e me animei um pouco. Não era que eu não estivesse animado, mas parecia que algo naquele momento não se encaixava, deveria ser o momento mais feliz para mim, mas não estava sendo.

Eu estava cabisbaixo no local de espera para a entrada até sentir um abraço nas minhas costas.

- Ta lindo maninho! – Aquela voz fez eu tremer, virei e era minha irmã e minha mãe.

Foi impossível conter algumas lagrimas que escorreram ali.

- Mãaaaaae.... Maninhaaaaa.... Vocês vieram – Parece que uma luz de felicidade havia ligado em mim novamente.

- A gente não ia perder né seu besta – minha irmã falava e me abraçava, e acho que era o que estava precisando naquele instante, da minha família.

- Boa sorte filho,.. – Minha mãe falava e passava a mão no meu rosto enxugando uma lágrima que escorria.

- Cuidado com a maquiagem haha – falei brincando e elas riram, começaram a se preparar, nós já iriamos entrar.

- Estaremos na terceira mesa, bem na frente, se ficar nervoso olha pra gente, tá maninho?

- Tá maninha! – Minha irmã era a coisa mais fofa que existia – Agora vão para o lugar de vocês.

Saber que minha mãe e minha irmã estavam ali me deu um up e um gás.

E a apresentação começou.

Entrou primeiro a Day, dançando uma pequeno solo na sapatilha de ponta, uma música clássica. Seguidas de 3 dançarinos fizeram a abertura, todos já gritavam, por que conhecendo a reputação do apocalipse, com certeza viria um grande espetáculo. O Mago entrou, seguida de nós, os 4 elementos, dançando a música “Sete Vidas” de Adriana Mezzadri, ali iniciaria o solo dos destaques. Quando o refrão começou a tocar, Izac começou a ser puxado pela corda, e ele começou a “voar”, eu escutava gritos descontrolados na plateia, fiquei tão distraído olhando que sentir o Frank gritar. Olhei e a coreografia dos destaques já tinha iniciado, eu estava fora de posição, pronto, não ter feito o primeiro passo me atrapalhou para tentar entrar em qualquer outro instante durante a apresentação dos elementos. Essa parte era cheia de formações e passos coletivos entre nós, e por eu ter perdido o início, todo o conjunto se atrapalhou. Fiquei tão angustiado que minha vontade era de sair da quadra, eu literalmente parei no meio da quadra enquanto dançavam, e em um segundo de pensamento meus olhos chegaram a mesa da minha mãe, minha irmã estava com a mão na boca, era claro meu erro.

Eu queria tanto minha família ali e estava errando tudo por nervoso, me recompôs no mesmo segundo e fui engatando na coreografia até me encaixar. Foi com certeza uma bela de uma “cagada” da minha parte. Tirando isso o resto foi esplêndido, a entrada da rosa, com uma música misteriosa, a coreografia agitada com todo o corpo de dança. Foi lindo, tirando meu erro colossal.

A dança encerrou e saí dali querendo colocar minha cabeça embaixo da terra. No caminho até o camarim fui escutando a possibilidade de Apocalipse não se classificar para o ultimo dia, e fui ficando transtornado de imaginar isso. Sentei no chão do camarim e todos foram entrando pela porta, mas Matheus e Frank foram praticamente atropelando todos e começando a falar.

- Parabéns! Conseguiu... acho que era isso que tu queria né Marcus? Acabar com tudo – Matheus gritava na sala para quem quisesse ouvir.

- Eu to tentando digerir a cagada que tu fez, sério – Frank falava mais calmo, porém com um tom de superioridade e sarcasmo. – Durante todo esse tempo, tu fez pose, se mostrou o fodão, o fortão, pra que? Chegar no momento mais importante e simplesmente acabar com tudo.

Eu sei que deveria responder, mas como? Eu realmente tinha feito uma cagada muito feia. Novamente minha cabeça estava a mil, eu não conseguia pensar em nada, além da humilhação que passei para minha mãe e minha irmã e para todos que estavam assistindo, inclusive o Júnior, pensar que o Apocalipse poderia ser nota baixa por minha causa. A verdade é que eu estava sem reação para responder à eles.

- Eu falei pro Izac... Colocar o Marcus, para destaque... na primeira apresentação da vida dele... é loucura... foi loucura... e agora aqui estamos, praticamente desclassificados por tua culpa – Matheus era o que estava mais esquentado, falava colocando dedo na minha cara enquanto Frank complementava de outro lado.

- ta satisfeito Marcus? Além do migo que tu pagou, ficando igual um retardado parado no meio da quadra. Cara sério, o que deu em ti?...

Eles continuaram falando, eu apenas coloquei a cabeça no meio das pernas e lagrimei em silêncio. Eu não queria chorar, eu havia prometido que não ia mais ser esse menino bobo que todos falavam o que queriam e eu apenas chorava, mas era involuntário. Minha vida estava uma bosta!

Matheus e Frank não paravam, e eu já estava começando a soluçar, quando escuto alguém entrando.

- Sai da frente!... Saiiii... Deixem ele em paz – Essa voz... parecia que estava batendo em todos para chegar até mim

- Marcus, vamos... Vamos sair daqui. – Olhei pra cima, e realmente era ele, Júnior.

Não consegui dizer nada, apenas olhei para todos naquela sala. Alguns sentiam pena, outros sentiam raiva, outros queriam me matar, ou me comer vivo, mas no momento que Júnior entrou na sala gritando com todos, ninguém falou mais nada.

Ele me levantou e fomos começando a sair. Matheus ia dizer algo antes de sairmos, mas percebi quando Júnior olhou para ele com um cara que até eu teria medo.

O último grupo, do meu tio, já tinha se apresentado, e o colégio já estava vazio, eu andava apoiado no Júnior com um braço no seu ombro.

- Júnior... – falei baixinho.

- fala amor... - respondeu ele

- Dormi lá em casa? – ele me olhou e abriu um sorriso.

- Claro que sim!

Estávamos chegando no portão quando o Izac chega correndo.

- Preciso falar contigo Marcus!

(Próximo Capítulo: O Festival)

Izac e Marcus conversam sobre a permanência de Marcus no grupo, e acabam resolvendo seus problemas passados. Endreo retorna para atrapalhar a vida amoroso de Júnior e Marcus.

*********** Faleee meu povo fiel... Gostaram do capítulo de hoje? ele foi bem grande por causa das apresentações, mas sem problemas. Mas e então? o que será que Izac quer falar para o Marcus? e o Júnior com o Marcus se acertarão? Será que o apocalipse vai se classificar para o último dia de apresentações? E o que será que o Endreo vai aprontar. Bom, isso só no próximo. Continue esperto que vem a segunda temporada ai no Blog que também vem ai. Já sabe, segue o instagram do escritor esforçado , beijooos! ***************

Comentários:

fã em Moçambique? não creio... Estou pasmo... e radiante de felicidade, muito obrigado, fico emocionado real. que esteja gostando kkk

é um dos pontos da minha história. Eu sei que não são todos, mas as vezes adolescentes de 13/14 também namoravam, também tem problemas, e acredito que pela falta de maturidade, as escolhas deles não parecem certas para nós hoje, mas também é legal por que vamos vendo a evolução do personagem. E tu mesmo respondeu, Marcus realmente é muito novo, acho que ele próprio tem medo de se assumir, por isso diz que não é gay. Obrigado pelo comentário <3

Oh minha Linda. Que comentário maravilhoso, o mundo precisa de mais pessoas como você <3 Sei que seus filhos já possuem uma mãe maravilhosa. Fico muito feliz que leia meu conto e goste. Eu estou aqui sempre tentando melhorar, então qualquer crítica construtiva ao modelo que eu posto, que eu escrevo, estou aberto. Muito feliz mesmo com seu comentário. obrigado de coração. As vezes é tudo que precisamos também <3

hahahaha infelizmente esse é o tamanho que consigo escrever, as vezes chego a escrever por 3 horas 1 capítulo. kkk E Não se preocupe... a Segunda temporada já estava encaminhando.

hahaha Será? será que essa temporada encerra na tristeza da separação do nosso casalzinho. kkk Como você disse, forte emoções.

owl hahahahahah pra acabar kkk

o comentário dela, nos fez chorar...

kkkkkk treta já chegou.

já está no forno a 2º temporada.

parece que will é cunhado, e amigo, já foi um amor platônico do Marcus, mas acredito que tenha passado.

M. Genteeeee. Sempre muito amor nos seus comentários. hahaha Fico até sem jeito. kkk Mas é verdade, Frank as vezes merece. E falta eu melhorar muito pra uma história minha virar filme kkk

Só depende de vocês kkkkk

❤ Só colocar 10 em todos que já fico feliz HAHAH. E o blog ta saindo, vou cobrar essa visita lá todo dia kk

Pensando bem eles ainda não tiveram uma treta considerada. kkkk

💋💋 desculpa, estava enrolado aqui. Mas aqui está. kk

instagram:

beijos....


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Comentários

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AFINAL, O COREÓGRAFO É IZAC OU MATHEUS E FRANK? PELO JEITO QUEM MANDA NO GRUPO SÃO ESSES DOIS. E O BOSTA DO IZAC NÃO TOMA ATITUDE NENHUMA. SE FOSSE EU QUEBRAVA O DEDO DO MATHEUS NA HORA QUE APONTASSE PRA MIM. FDP.

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Junior o herói, o q seria do Marcus sem ele.

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Preciso dizer que amei o capítulo?

Amei,que barra foi essa na apresentação do Marcus?

Alguém fala para o Junior que confiança é a base de um relacionamento?

Coitadinho do Marcus,mas tudo vai se encaixar ele vai ver!

Esse escritor me encanta com esse conto bem narrado e essa riqueza de detalhes,amo cada capítulo mais e mais!

Um beijo

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Eh, eu sei o que é entrar num palco com os nervos a flor da pele. Me coloquei no lugar do Marcus. Agora espero que o Isac não queira colocar o Marcus mais pra baixo ainda. Espero que o Endreo não venha embaçar o namoro deles. Acho que o Marcus merece um pouco de sossego. Ansiosa pelo próximo. Bjs.

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Esse conto é veridico? Essa cidade em que vc mora no conto é moreno no pernambuco ou alguma cidade perto?

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Que micão gente kkk queww. Ainda bem que o Jr apareceu

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Seu conto parece enredo de Malhação, só que muito melhor pq ultimamente as temporadas que vem surgindo são péssimas hahahaha Ótimo capítulo S2

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Vai ficar muito chato se o Endreo atrapalhar o casal

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Coitado do marcus o nervosismo tomou conta

Sim sim fã de moçambique e estou AMANDO o conto fiquei desesperado esse fim de semana a espera de um novo capítulo kkkk

Continua assim o que Endreo quer agora???

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