Fogo Cruzado - Capítulo 6
Capítulo 5 - Ardente...
Sentia meus lábios queimarem, um palpitar no coração e um calor que contorcia meu ventre...
E todas essas sensações só aumentaram, assim que seus lábios tocaram levemente os meus...
Sim, eu tinha preconceitos e tabús que, inceivelmente, no momento nao importavam.
Senti os lábios da doutora em brasa, queimando como se desejasse aquilo tanto quanto eu. Sua língua passou a brincar por sobre meu lábio inferior, o umedecendo e me causando arrepios.
Instintivamente entreabri os lábios e dei passagem a sua língua que era, ao mesmo tempo, molhada e sedenta.
Aquele era o primeiro beijo que eu ganhava. E não se comparava aos poucos selinhos que já havia recebido.
Após adentrar minha boca, sua língua passou a mexer-se deliciosamente, tocando a minha que, assim como eu, parecia congelada. Seus lábios eram macios e roçavam os meus sofregamente.
Deus, o que eu faço? Pensei sem saber o que fazer em um beijo.
Então, me lembrei de uma frase de um colega e amigo da faculdade: Quem não sabe, copia.
Léo, era um grande amigo, mas vivia em festas GLS com o namorado e nunca estava pronto para provas e durante estas, sempre dava um jeito de colar.
Essa frase fazia sentido no momento e sem outra saída, me apropriei dela e passei a imitar os movimentos da doutora.
Nossos lábios entraram em sincronia e o tempo passou-se naquele beijo molhado e delicioso. Suas mãos agora mais soltas, acaraciavam minhas costas e se enroscavam em meus longos cabelos, enquanto eu não ousava mexer nada, além dos lábios e boca.
Mas eu ainda precisava respirar. E por isso, e só por isso, eu fui me afastando dela devagar, sentindo uma enorme resistência da parte da delegada.
-Ahh... -Suspirei assim que nossos lábios se soltaram, nós ainda estávamos abraçadas e eu mordi o lábio inferior lembrando o que acabara de acontecer.
Meu ventre ainda se contorcia e agora parecia queimar.
Logo a delegada pareceu despertar e pensar no que havia acontecido e se desvencilhou de mim, me fazendo abrir os olhos e enxergar seu semblante sério e seus olhos que estavam distantes dos meus.
-Amanhã sua advogada virá lhe ver. É bom você contar a verdade a ela, pra que ela pense em alguma mentira pra defendê-la. -Disse, indiferente ao que havia acontecido, levantando-se e saindo da sala, me deixando pensativa sobre o que havia acontecido.
O quê foi isso?
Continua...
Olá galera! Perdoem a demora... beijos e comentem ;)