PRECISAMOS DE AJUDA #3

Um conto erótico de Hyuuga5
Categoria: Homossexual
Data: 20/10/2016 23:33:34
Última revisão: 20/10/2016 23:35:08

PRECISAMOS DE AJUDA #3

Graças a Deus que amanheceu. Depois do ocorrido na noite anterior demorei bastante a dormir, mas quando dormi foi como uma pedra. A adrenalina que senti depois daquelas batidas na porta serviu pra eu queimar algumas calorias. Temos que ver um lado bom naquilo tudo. Bom, falo isso por que já passou, mas ontem estava quase borrando nas calças.

Quando desci as escadas minha mãe e meu pai já estavam na cozinha. Deixei Emanuel deitado ainda dormindo. Minha mãe claramente não havia dormido nada ontem a noite. Meu pai também não.

João: Bom dia pai, mãe. – falei dando um beijo em cada um.

Pai e Mãe: Bom dia. – falaram ao mesmo tempo.

João: Conseguiram dormir bem? – falava enquanto colocava café numa xícara.

Mãe: Quase nada filho. Aquilo me deixou bastante assustada.

Pai: E ainda por cima não me deixou dormir direito. – falava bravo.

João: Por que vocês não vão cochilar um pouco agora. Podem ir, eu fico aqui esperando meus tios. Eles vão chegar lá pelas 12hrs né!?

Mãe: É mais ou menos por esse horário. Vamos Maciel?

Pai: Acho melhor mesmo. Ficar com esse cansaço de uma noite mal dormida é uma merda. Vamos mesmo.

João: Pode deixar que faço alguma coisa pro almoço. – falava enquanto subiam pelas escadas.

Ainda com a xícara na mão fui até a varanda ver se encontrava alguma marca da noite anterior. Mas não havia nada aparentemente. Não consegui ver nem a pegada que meu pai encontrou. Era tudo muito intrigante.

Eram umas 7hrs da manhã e nada de Emanuel acordar. Resolvi deixá-lo dormir mais um pouco. Resolvi pegar algumas espigas de milho no milharal do quintal, mas dessa vez não ouvi e nem nada. Até por que eu também não adentrei tanto como há algumas semanas atrás. E quando terminei bati carreira dali kkkkkk.

Depois de colocar algumas espigas para cozinhar decidi ir fechar o portão principal que havia passado a noite aberta por culpa minha. Era um pouco longe da casa do sítio, mas era manhã, nada iria me pegar ou me assombrar àquela hora. Então fui.

Estava com uma camisa vermelha, uma bermuda branca e de chinelo. Até o portão principal, existe uma estrada de chão batido até a entrada, rodeada por uma mata. Não era assustador, pois dava pra ver tudo, já que era aberta. Não senti medo algum naquele momento.

Continuava a andar a passos lentos. Olhando tudo em volta conhecendo um pouco mais daquele lugar. Era realmente um sítio lindo aquele. Encravado no meio de uma vegetação de caatinga no interior do Ceará. Mas o interessante que era tudo verde, muito disso deve-se ao pequeno riacho que passa por ali, o Malhada Grande. Já estive por lá quando pequeno, era lindo quando estava cheio de água, ficava próximo a uma plantação de cajueiros do meu avô Jonas. Tinha que levar Emanuel lá, pensei.

Finalmente chego ao portão. O portão era realmente muito grande. Precisei de muita força para fechar aquilo. A propriedade é cercada por uma cerca de concreto e arame farpado e apenas existiam dois portões no sítio: o principal que levava para a saída da cidade e a um vilarejo vizinho dali e o secundário que servia para levar o gado para beber água no riacho quando meu tio-avô criava cabeças de boi.

Estava terminando de fechar a segunda parte do portão quando vejo alguém passando pelo encontro das estradas, pela encruzilhada. Não consegui ver quem era, mas prestei bastante atenção nas características: era um homem de mais ou menos 30 anos. Tinha um cabelo despenteado que dava no ombro, uma barba por fazer. Não era forte e nem magro, tinha um corpo definido, tipo de quem trabalha na roça. Estava vestido apenas por uma calça surrada. Ele estava longe e mesmo assim tentei gritar para chamar sua atenção.

João: Ei! Ei! Tudo bem? – tentava em vão. A distância era realmente longe e não daria para ele me ouvir.

Apesar de longe ele se virou para onde eu estava e olhou em minha direção. Não sabia se ele estava olhando pra mim, ou se era pra outro lugar, mas aquilo me deu tantos calafrios que parecia que neve estava caindo sobre meu corpo.

Num piscar de olhos não o vi mais. Parecia que havia sumido se teleportado. Cheguei a pensar se ele fosse igual a mulher de preto que vi no andar de cima da casa do sítio: uma assombração. Apenas fiz um sinal da cruz e retornei a casa.

Quando cheguei em casa Emanuel já estava de pé tomando café na mesa da cozinha comendo um pedaço de bolo de milho que minha havia feito na noite anterior.

Emanuel: Bom dia amor foi aonde? – falava de boca cheia.

João: Fui fechar o portão principal.

Emanuel: Acordou cheio de coragem né pai!? – falava rindo.

João: Lobisomem não vira besta pela manhã né!? Agorinha a pouco vi um cara passando próxima a encruzilhada na estrada. Nem sabia que morava mais alguém pelas redondezas.

Emanuel: Pois é esse lugar tem algumas surpresas. Até que é bastante interessante. – falava sorrindo.

João: Vem morar aqui então. – respondi rindo.

Emanuel: Mas fala a verdade o que acha que era aquele barulho ontem a noite na porta? – perguntou sério.

João: Eu não sei, mas seja lá o que fosse, foi embora e tomara que não chegue mais perto de nós novamente.

Emanuel: Tomara mesmo. Ontem quase morro de susto e medo. Caralho nunca tinha passado por algo do tipo.

João: Ué cadê o meu marido super machão, fortão e que enfrenta qualquer coisa? – falei o abraçando por detrás.

Emanuel: Continua aqui, mas com medo. – falou rindo.

A manhã passou rápida. Passei assistindo desenho animado no SBT, é eu sei, não havia internet naquela casa e nem TV por assinatura. Tinha energia por que minha tia Amara insistiu bastante para meu tio Jonas colocar. A energia elétrica chegou aqui no sítio apenas a três anos atrás. Pode isso? Sim, ainda existem lugares nesse imenso Brasil que não desfrutam de energia. Bom, pelo menos meu tio não queria por birra. Mas o pior de tudo nem era a falta de internet, mas de um sinal de celular. Não havia nenhum sinal de nenhuma operadora por aqui. Manter contato estando isolado nesse sitio é um desafio.

Eram 11hrs quando minhas tias chegaram em seus respectivos veículos. Tia Jânia foi a primeira a chegar com o tio Lúcio. Cumprimentaram todos nós com exceção do meu pai, pois tio Lúcio nunca foi muito com a cara dele, pois meu pai já tinha sido um dos braços direitos de um dos inimigos do tio Lúcio. Política, pra variar.

Não demorou muito para a tia Amara vir também. Dessa vez o tio Pedro não veio, pois estava trabalhando nas lavouras de uma fazenda que ele tinha na cidade vizinha então veio só ela e meu primo Gabriel. Notei sua insatisfação em estar no sítio:

João: E ae Gabriel como é que tá? – falei tentando ser simpático.

Gabriel: Tudo bem. Só que não queria ter que voltar aqui nesse lugar que me dá arrepios.

João: Eu te entendo muito bem. – falei mexendo em seus cabelos. – E esse garotão aqui? – falei apontando para o pequeno vira-lata que ele trouxera. Era um cachorrinho tão fofinho.

Gabriel: É o Baleia. É minha companhia quando estou sozinho na fazenda.

Tentei animar o Gabriel, pois sabia exatamente o que ele estava passando. Na última vez que estivemos aqui, Gabriel parecia estar com medo e aflito.

As horas se passaram e nada do Advogado vir. Então decidimos almoçar. Eu havia feito um arroz com cenoura e coentro que ficou ó, bom demais. Além que meu pai assou alguns pedaços de carne na churrasqueira. Depois que terminamos armamos redes na varanda e fomos conversar até que o advogado (desaparecido até ali) chegasse.

Minha mãe contou as minhas tias sobre o ocorrido na noite passada. Elas ficaram assustadíssimas em lembrar-se do que passaram quando eram crianças com seu Macário, o suposto lobisomem. Elas disseram que eram para termos cuidado que existia muitos segredos envoltos nessa região.

Tia Jânia começou:

Jânia: Gente vocês devem ter passado por momentos desesperadores. Por acaso vocês deixaram o portão principal aberto? – eu respondi que sim. – ah então está explicado. Aquele portão tem um símbolo de um crucifixo no meio, entre as duas partes quando se fecham. Segundo meu pai, aquele crucifixo protegia o sítio de todos os males que vinham de fora. Vocês sabem né que meu pai comprou esse sítio dos filhos de um casal que vivia há muito tempo aqui. Dizem inclusive que ela era uma mulher horrível e que sua maldade com as empregadas era constante. Mas são apenas boatos que meu pai ouvira antes de comprar o terreno. Meu pai reformou a casa completamente, pois estava abandonada há muito tempo e cercou todo o terreno. E formou o maior sítio da região: o Lagoa do Canto. Bom as histórias rolam soltas por esse lugar. Mas a beleza e a riqueza que meu pai construiu aqui foram importantes demais. Meu pai transformou esse lugar e o fez uma fonte de renda para todo o município, construiu sua riqueza e seus bens nesse lugar. Lagoa do Canto é muito especial tanto emocionalmente como financeiramente.

Tia Amara: Meu pai nunca ligou muito para essas histórias. Era um homem cético, não acreditava muito nessas historietas que os trabalhadores contavam sobre esse lugar. Acho que foi essa descrença que o fez fazer esse lugar crescer.

Mãe: É verdade. Passamos por muitas aventuras aqui né Amara e Jânia. Nos cajueiros, correndo pelo milharal, na casa do seu Macário, correndo por aí. Bons tempos que não voltam mais.

Tia Amara: Verdade Josefina. Até que nos separamos e fomos estudar em escolas diferentes na cidade.

Eu e Emanuel estávamos deitados numa rede apenas ouvindo as histórias das minhas tias. Elas tinham muitas, aliás. Eram muito amigas da minha mãe. Conviveram muito quando crianças.

Mas algo me incomodou: a velha de preto que vimos. Seria o espírito da antiga dona da casa? Bom, eu não sei muito sobre espíritos, sobre assombrações, sobre o de sobrenatural. Então o meu conhecimento sobre isso era do senso comum.

Ficamos mais um pouco conversando, brincando quando finalmente o advogado chegou em frente ao pátio do sítio. Depois de um atraso de quase três horas. O advogado tinha uns 68 anos, era o senhor Policarpo José Firmino Parente, homem de confiança do meu avô Jonas, eram amigos de longa data. Já o conhecia de vista em algumas vezes que estive com meu avô quando era mais jovem. Dr Policarpo cumprimentou a todos e finalmente entramos em casa para a leitura do testamento.

Policarpo: Bom senhores e senhoras desculpem meu atraso infelizmente o pneu de meu carro furou próximo a Várzea da Cacimba e tive que ir a uma borracharia na cidade. Mas bem, vamos ao que interessa. O meu grande amigo Jonas me pediu para que assim que ele falecesse eu lesse a vocês todos o seu testamento em que estaria escrito toda a separação de seus bens materiais. Vamos à leitura:

“Eu, José Jonas Soares Mendes e Silva Torquato, me encontrando no meu perfeito juízo e entendimento, livre de qualquer coação, deliberei fazer esse meu testamento particular, como efetivamente o faço, sem constrangimento, em presença de três testemunhas, Senhores Antonio Julião da Silva Deodato (agricultor), Policarpo José Firmino Parente (advogado) e Maria Erundina Felipe Júnior (Aposentada), que se acham todas reunidas em minha residência, no sítio Lagoa do Canto, Distrito de Camargo, S/N, nesta cidade de Várzea da Cacimba Estado do Ceará, no qual exaro minha última vontade, pela forma e maneira seguinte: sou brasileiro, viúvo, com 84 anos de idade, tendo nascido em Várzea da Cacimba, portador do CPF nº, filho de Maria José de Lima Soares Mendes Linduína e de Francisco Jordão Camargo Silva Torquato, instituo meus herdeiros na totalidade de meus bens os seguintes parentes: à minha mais velha Sra Jânia Maria Mandelli Torquato (filha legítima: a quantia de 280 mil reais que está na seguinte conta no Banco Bradesco:, à minha filha caçula: Sra Amara Mandelli Torquato (filha legítima: a quantia de 280 mil reais que está na seguinte conta no Banco Brasil:, ao meu único neto legítimo Gabriel Torquato Fontes ( a quantia de 100 mil reais que auxiliará nos seus estudo, numa conta do Banco Itaú nº, à minha sobrinha Maria Josefina Soares Mendes Torquato ( a quantia de 90 mil reais numa conta do Banco Bradesco:, ao meu querido e amado neto Sr João Mendes Torquato Fernandes (a propriedade em seu total, do sítio Lagoa do Canto e uma quantia em dinheiro numa conta do Banco do Brasil); nomeio testamenteiro o Sr Policarpo José Firmino Parente, advogado. Assim expressando este testamento particular minha última vontade, pedindo à Justiça de meu País que o faça cumprir como este se contém e declara e às testemunhas, perante as quais li este mesmo testamento, que o confirmem em juízo, de conformidade com a lei. Dou, assim, por concluído este meu testamento particular, que com as aludidas testemunhas, assino, nessa cidade de Várzea da Cacimba aos 84 anos dia 12 do mês de dezembro do ano de dois mil dezesseis.”

Todos estavam boquiabertos com a parte mais importante daquele testamento: meu tio deixou a propriedade, toda a área do sítio para mim. Nem eu mesmo estava acreditando naquilo. Aquela propriedade era imensa, havia terra numa extensão de mais de um km de extensão fora as terras próximas ao vilarejo. Aquilo valia uma enorme quantidade de dinheiro, visto que as terras são ótimas para cultivo de milho e outros grãos e frutas. Deixar aquilo tudo para mim era impensável.

João: Mas, mas pra mim? O que eu farei com todo esse sítio enorme? – falava não acreditando no que tinha acabado de ouvir.

Tio Lúcio Fontes: É simplesmente um absurdo que a propriedade inteira esteja nas mãos de um pirralho que quase não tinha parentesco com o senhor Jonas. Isso é um absurdo. – repetia.

Eu nem tinha reação àquelas palavras. Todo mundo sabe que tio Lúcio nunca se deu bem com tio Jonas, mas ele estava mais furioso que a tia Jânia e Amara que deveriam ser as mais interessadas.

Tia Jânia: Você respeite a decisão de meu pai Lúcio. Foi a última vontade dele. Não temos que confrontá-lo. – falava brava.

Tia Amara: Se meu pai quis dar a propriedade para João, - falava olhando pra mim, - era por que ele sabia que João poderia dar conta disso daqui tudo. E temos que acreditar que tudo dará certo. Fico muito feliz que tenha sido você João. Eu e seu tio Pedro já temos nossa fazenda em Recantos, sua tia Jânia e seu marido são donos de uma advocacia em Floresta Bela. Não temos condições de tocar esse negócio. Caberá a você decidir se quer continuar o legado de meu pai ou se irá se desfazer e vender o sítio.

João: Obrigado tia Amara. Eu ainda não estou entendendo os motivos do tio Jonas, mas aceitarei o desafio de cuidar desse lugar. Não irei deixar a memória dele se desfazer tão facilmente. Esse sítio era tudo para ele. Só preciso de algum tempo para decidir o que farei daqui pra frente.

Depois de falarmos mais algumas coisas e minhas tias apoiarem a decisão de meu tio-avô Jonas, elas foram embora. A quantidade de dinheiro que minhas tias receberam eram boas e acho que, para os padrões de cidades do interior, essa quantia era razoável e elas não reclamaram em nada. Agora quem não gostou nem um pouco foi meu tio Lúcio. Obviamente ele pensava que minhas tias herdariam o sítio e que assim ele poderia vender aquela propriedade e se livrar daquilo tudo. Ele era ganancioso, mesquinho, o retrato do brasileiro que acha que é rico.

Minha mãe e meu pai ficaram muito felizes com aquilo. Ela realmente queria que eu voltasse a morar em Várzea da Cacimba novamente e morando naquele sitio ficava melhor para ela me visitar mais vezes. Ela ficou super animada. Meu pai ficou apreensivo:

Maciel (pai): Você acha que dá conta disso tudo João. Cuidar de um lugar desse todo não é brincadeira. Você terá que gastar muito dinheiro para manter esse lugar. Fora que Emanuel trabalha, já é um advogado! Como você acha que ficará?

Emanuel permaneceu em silêncio. Nem mesmo eu sabia o que fazer naquela situação. Aquela imensidão agora era minha: o milharal, a plantação de cajueiro, bananeiras, de feijão, o riacho, a plantação, a casa, a mata densa que cobria boa parte daquele sítio. Nem sabia o que fazer.

Antes do anoitecer fomos todos embora do Lagoa do Canto. Emanuel foi dirigindo calmamente. Aquela estrada silenciosa e sem movimentação tornava-se mais silenciosa.

João: Amor o que você acha disso tudo?

Emanuel: Eu não sei. É tudo muito recente. É muito bom financeiramente esse lugar dava muito dinheiro, mas não sei se quero largar tudo, minha carreira, amigos, familiares para viver isolado nesse lugar. É um baita desafio.

João: Mas não vamos nos preciptar. Vamos ver no que vai dar. Vamos deixar o tempo passar.

Fizemos todo o trajeto de volta em silêncio. Pensativos.

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Eita que João deu uma sorte grande em herdar toda a propriedade do sítio Lagoa do Canto. Ou será que não? Aguardem...

Comentem o que estão achando sobre o conto! Quero saber a opinião de vocês. Um grande abraço e durmam bem. <3


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Comentários

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21/10/2016 13:27:59
Fiquei arrepiada !!! Só espero que as assombrações não estejam incluídas na herança adquirida pelo João, tomara que dê tudo certo!!!! Continua logo!!!! 👏👏👏👏😱😱😰😌😓😥😲🙌✊✌😋😂
21/10/2016 08:42:22
mto bom
21/10/2016 04:13:23
Hahaha que tenso


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