[ GLUE ] 22

Um conto erótico de JR
Categoria: Homossexual
Contém 1702 palavras
Data: 15/05/2016 21:25:54
Última revisão: 16/05/2016 17:06:08
Assuntos: Gay, Homossexual

[GLUE] 22

Depois de caminhar quase três horas cheguei a frente de minha casa eu estava ensopado, com frio e morto. Fiquei parado por um instante diante ao portão o vento soprou novamente fazendo os pingos da chuva se estilhaçarem contra meu rosto. Abri o portão coloquei a mão dentro do bolso para procurar as chaves, foi então que me dei conta de que havia perdido. Encostei minha cabeça contra a porta fiquei ali por um momento, a chuva começava a cair mais forte dei um soco contra a porta, depois ou e outro meu Deus como eu me odiava acertei a porta novamente até que ouviu a maçaneta ranger. Minha mãe abriu a porta e ficou em estado de choque – Meu Deus o que aconteceu? A disse. Olhei em seus olhos. Ela me pegou pelo braço saiu me arrastando porta a dentro me levou até meu quarto tirou minha camiseta – Meu Deus você está ensopado. Eu continuava imóvel enquanto ela tirava meu tênis minhas calças me deixando apenas de cueca. Ela saiu do quarto em direção ao banheiro, conseguir ouvir a agua do chuveiro momentos depois ela saiu pegou eu pelo braço e me levou até o banheiro e me colocou debaixo da agua quente.

Ela estava assustada, suas mão passavam pelos meus cabelos e minhas costas – Júlio meu Deus o que aconteceu? Fala comigo meu filho. Comecei a chorar de novo ela parou de me esfregar e me abraçou. – Vai ficar tudo bem a disse, vai ficar tudo bem. Após esse momento eu estava deitado sobre a cama, ela estava sentada na cadeira que ela arrastou da cozinha e colocou do lado da minha cama. A chuva ainda caia lá fora eu ficava encarando a janela vendo a chuva bater ferozmente contra o vidro. Voltei-me para minha mãe que me encarava – Eu preciso ver ela de novo disse a ela. Ela franziu as sobrancelhas – Meu filho o que foi? O que aconteceu? A disse. Eu fiquei olhando em seu rosto de preocupação – Eu preciso dela de novo mãe, por favor eu não estou bem eu preciso dela. Ela assentiu com a cabeça e saiu corredor a fora. Voltei meu olhar para a janela a chuva ainda estilhaçava o vidro, até que a ouvi no telefone “–Sim, amanhã as oito da manhã se possível, ou o primeiro horário que ela possa atender, sim isso mesmo ela já nos conhece, tudo bem obrigado- “

A ouvi voltando, fiquei encarando a porta até ela aparecer – Está tudo certo a disse. Assenti com a cabeça – Pode ir deitar mãe amanhã vou estar melhor. – Você não vai me dizer o que aconteceu a perguntou. Dei um sinal negativo com a cabeça até que ela foi convencida e me deixou. Me voltei a janela agora só sai a branquidão da chuva, fiquei imaginando o quanto andei para chegar em casa o quanto me sentia vazio o quanto estava machucado, realmente eu não me encontrava.

Acordei às sete da manhã com minha mãe me chamando, vi ele passando o casaco por seus braços – Vamos levante-se está na hora a disse. Me levantei fui direto para o banheiro, não queria me olhar no espelho, me sentia feito só de pó me sentia me desfazendo. Escovei os dentes, me troquei segui minha mãe atravessando o corredor até chegar no taxi que nos esperava na porta de casa. Seguimos o caminho todo em silencio, apenas ela trocando palavras com o taxista.

O céu estava nublado mas o vento ainda soprava. Após algumas horas chegamos na frente do prédio, saímos do taxi até a entrada principal, ao chegar na recepção minha mãe se dirigiu a moça que estava ao telefone. Ambas trocaram palavras até ela voltar ao meu encontro – Vamos, 25° andar, parece que ela mudou de sala a disse. Entramos no elevador e ouvir o fechar das portas e começamos a subir eu ficava acompanhando a luz do mostrador até que chegamos ao 25° andar. Saímos do elevador seguindo diretamente ao longo corredor cheios de salas de serviços como dentistas, consultores entre outras coisas.

Chegamos a uma porta de cor branca minha mãe me olhou – Você tem certeza a disse. Assenti com a cabeça. Ela bateu na porta e uma voz respondeu nos convidando a entrar, abrimos a porta e fui levado diretamente no momento em que meu pai morreu, a sala continuava a mesma coisa só por algumas diferenças como enfeites diferente e uma parede recheada de desenhos feitos de giz de cera. Olhei para minha mãe – Pode ir mãe. Ela ficou me olhando – Não quer que eu fique aqui meu filho, te acompanhando? A perguntou. – Não mãe está tudo bem. Ela soltou um suspiro de preocupação e saiu da sala.

Cheguei perto da parede onde estavam os desenhos haviam casas com traços tortos, carros em meio a ruas todos moldados de giz de cera. “Obrigado por tudo” estava escrito em um dos desenhos. – Gostou dos desenhos Júlio a perguntou. Eu continuava a encarar os desenhos. – Sabe a última vez que eu te vi Júlio foi há muito tempo atrás, depois da morte do seu pai você passou três meses comigo e depois se foi nem um cartão de natal me mandou disse ela num tom de riso. – Me desculpe Fernanda respondi. Fernanda era uma psicóloga que eu tive que enfrentar depois que meu pai morreu, minha achou que aquilo havia me abalado muito e pegou uma psicóloga nas páginas amarelas da lista telefônica como ela disse foram três longos meses de desabafos e outras coisas e provavelmente ela conhece eu mais do que eu mesmo.

Eu continuava a passar a mão pelos desenhos até que ela chegou e ficou ao meu lado – Esse aqui a disse apontando para um dos desenhos ficou aqui quase um ano, esse outro seis meses e esse aqui continua a disse. Olhei em volta a sala ainda continuava quase do jeito que eu lembrava, moveis brancos no canto uma mesa seguida de uma cadeira, no meio da sala um tapete rodado felpudo uma cadeira dessas de psicólogos e outra poltrona. No outro canto um armário seguido de quatro nichos pendurados seguidamente na horizontas com alguns livros.

Na frente uma bela janela larga com cortinas claras até o chão. Ela me olhou como ela tinha me olhada das outras vezes que estive aqui, aquele olhar de “quando estiver pronto”. Segui direto a poltrona e me sentei, fiquei ali encarando o tapete por um momento até que ela se deitou na cadeira inclinada de psicólogo, isso era coisa nossa quando cheguei aqui após meu pai ter morrido não queria ser tratado como alguém com problemas ai ela inventou isso, ela sempre usava a cadeira onde era para eu estar e eu sempre usava a dela.

Ficava esfregando meus dedos no meu punho, passando uma mão na outra, - Ainda bem que o tempo está melhorando a disse. Atravessei meus olhos pela janela. – Meus dias estão horríveis a disse. – Os meus também respondi. Ela se virou e ficou olhando para eu, seu cabelo preto amarrado sobre sua pele clara, seus olhos negros como a noite e um batom cor de boca, em sua mão uma aliança que sempre trazia problema. Ela usava um vestido até a altura dos joelhos e em seu outro braço seguido de pulseiras feita de madeira de um tom claro para o escuro.

Me escorreguei na poltrona e fiquei encarando o telhado que estava num impecável branco – Eu não sei o que fazer eles dois me quebraram disse eu.

Ela continuava a me encarar – O que você vê neles a perguntou. Olhei para o notebook que estava sobre a mesa ouvindo seu bip constante. – Um deles é uma pessoa que eu conhecia a tanto tempo, é o tipo de pessoa que parece que vai te proteger do mundo se for preciso, o tipo de pessoa que sabe o que quer em certas situações e na outra parece perdido. Ergui umas das minhas mãos e fiquei mexendo sobre o ar. – O outro era alguém que comecei a conhecer e a gostar sua companhia me salvou tantas vezes ela sabia o que dizer e o que não dizer, o tipo de pessoa que faria tudo para me ver feliz.

Ela soltou um suspiro – Eu queria ter sua idade de novo e conseguir ver as pessoas desse modo novamente. Abaixei minha mão sobre o braço da poltrona passando levemente minhas unhas pelo tecido. – O que eles tem em comum a perguntou.

Suspirei bem fundo e busquei lá no fundo as coisas que restavam dos dois – Ambos gostam de futebol, ambos são fortes e bonitos cada um com sua peculiaridade mas continuam bonitos os dois tem sorrisos bonitos. Fechei os olhos pude ver o sorriso dos dois. – O que eles tem de ruim a perguntou. Nesse momento o bip do computador parou tudo ficou em silencio. – Ambos me fizeram chorar respondi. Ela se virou e ficou encarando o teto assim como eu. – Qual o problemas das pessoas a disse. – Eu não sei respondi. Ela sentou na cadeira passou a mão sobre o vestido – Não há nada que possamos fazer sobre eles a disse, mas podemos fazer algo por você. Ela se levantou foi até a gaveta pegou uma prancheta com uma folha em branco e uma caixa de giz de cera voltou a mim e me entregou ambos. – Não precisa se não quiser a disse. Peguei um giz de cera da caixa coloquei sobre a folha, comecei a guiar o traço o mais firme que podia, nesse momento comecei a chorar, ela apenas me olhava passei o traço curvado e terminei. Era um grande ponto de interrogação vermelho.

Ela estendeu a mão, segurei em sua mão ela me guiou até a janela e a abriu um vento forte entrou fazendo os desenhos balançarem, - Agora rasgue a disse. Tirei o desenho da prancheta e comecei a rasga-lo parecia que cada rasgo era o que eu sentia, doía lá no fundo. Após isso estava eu com os pedaços em ambas as mão chorando igual criança. – O vento os chamas a disse. Coloquei minhas mãos fora da janela e os soltei, o vento soprou de novo e fez os subir. Ficamos ali vendo eles caírem. Ela me olhou e disse. – Terminamos.


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Comentários

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Ta na hora do Júlio se erguer novamente, deixar para trás todos que já o magoaram e o fizeram chorar. Até to imaginando o Marcelo pedindo desculpas já na entrada do Colégio e o Luan todo arrependido, sem poder fazer nada, já que Júlio não dá nem bola pra nenhum dos dois.... MAS CARA, VOCÊ DEMOROU UMA ETERNIDADE PRA POSTAR, SE O CONTO JÁ ESTIVER ESCRITO, POSTAR NÃO DURA TANTO TEMPO, É SÓ 5 MINUTOS NO MÁXIMO, AGORA SE VOCÊ TEM QUE ESCREVER ELE, DAE É OUTRA COISA, ATÉ FICAREI AO SEU LADO. POR FAVOR NÃO DEIXE DE TERMINAR ESSA HISTÓRIA, AMO LER ELA.

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