Os caminhos da vida 4

Um conto erótico de Tarine
Categoria: Homossexual
Contém 1674 palavras
Data: 11/05/2016 22:51:43

Tarine

No outro dia fui para a escola e no mural tinha um resumo das apresentações da feira cultural e lá tinha uma foto de Dayana com os outros convidados e embaixo estava o nome completo de todos eles. Logo anotei o nome completo de Dayana. Procuraria no facebook e mandaria o convite. Cheguei na sala e a professora da primeira aula não iria. Aula vaga. Maravilha. Peguei o celular e procurei Dayana no Facebook, fiquei vendo seu perfil e suas fotos, Thiago se aproximou e falou:

-Tarine, Tarine... Você não consegue viver longe das tretas. A coroa não vai querer rolo com você sua pirralha.

Senti uma pontada no peito, mas para não me fazer de fraca retruquei:

-Cala a boca seu doente. Rimos. Minha mãe chamou ela pro meu niver. Vai tentar casar ela com meu tio. Risos. Falar aquilo era desconfortável pra mim, no fundo eu torcia pra que ela não gostasse do meu tio. Ele era um idiota, não combinava com ela. Dayana merecia algo melhor.

Thiago sorriu e Camila chegou contando que tinha brigado com o namorado.

Adicionei Dayana e meu dia foi normal. Toda hora eu abria o face pra ver se ela tinha aceitado. Ela me aceitou, mas nunca a encontrava on-line. Depois de 3 dias ela estava on, mandei:

-Preciso falar com você me passa seu número.

Ela passou e eu liguei

-Alô.

-Oi Dayana. Tarine aqui. Difícil você ficar on-line ein kkkkkk

-É. Não tenho tempo.

-Deve ser muito ocupada rsrs

-Sim. Trabalho bastante

Percebi ela fria então resolvi encurtar o papo.

-Você pediu que eu te ligasse, mas não me deu o número. Minha festa será dia 11 em minha casa. Terá início às 20:00. Espero que vá. E pode levar alguém se quiser.

Na verdade não queria que ela levasse ninguém só falei por educação.

- Agradeço pelo convite. Vou ver se estarei disponível.

-Ganharia meu dia se você viesse.

Putz, de onde eu tirei aquilo? Fechei os olhos para ouvir a resposta.

-Vou fazer o máximo. Percebi pela voz que ela estava triste.

-Você está bem?

-Mais ou menos.

-Posso te ajudar em algo?

Ela começou a chorar. Aquilo cortava meu coração. Fiquei desesperada. Eu mal conhecia aquela mulher, mas sentia que daria minha vida por um sorriso dela.

-Dayana, você precisa de ajuda? Está passando mal? Quer que eu vá até aí?

-Não. Não precisa eu vou ficar bem. É só stress e TPM.

-Ufa!! Ainda bem. Pensei que fosse algo grave.

-Não é nada. Obrigado por se preocupar.

-Conheço um ótimo remédio para TPM?

-Qual?

-Sorvete. Topa?

-Já está tarde. Deixa pra outro dia.

-Não seja por isso. Meu pai me leva.

Ela respirou e disse:

-Vou até seu bairro flor. Daqui 1 hora passo na sua casa e peço seus pais pra eles não ficarem preocupados.

-Ok.

Desliguei e fiquei pulando no quarto igual uma doida.

Calma Tarine. Essa mulher já está praticamente prometida pro seu tio. E se ela não gostasse dele? Bobeira. Thiago estava certo. Ela jamais se interessaria por uma pirralha e pior, ela nem era lésbica.

Ela veio, pediu meus pais e fomos tomar sorvete. Depois daquele dia saiamos direto. Cinema, pracinha. Nos tornamos amigas. Conversávamos todos os dias por telefone.

Os dias foram se passando e eu não respirava sem pensar em Dayana, eu via o rosto dela em todas as moças da rua. Em todos os lugares sentia o perfume dela. Ficar um dia sem vê-la era uma tortura.

As semanas passaram voando e chegou o dia da minha festa. A todo momento eu olhava para a entrada para ver se ela havia chegado. Me distraí com a galera até que minha mãe me grita. Quando olho, arregalo os olhos, não acreditava que ela estava ali. Com uma blusa branca de seda, um short de alfaiataria preto e salto preto. Estava linda. Minha mãe acenou pra mim e quando cheguei perto pude ver que meu tio já estava ao lado dela e de minha mãe. Fui até lá, ela me entregou uma caixinha:

-Espero que goste!

-Obrigado.

Abri o presente na sua frente, era um estojo com vários batons de uma marca famosa. Dias atrás tínhamos passado em frente a uma loja e eu falei que achava lindo. Sai de lá. Não queria ficar ali segurando vela. Principalmente pra Dayana. Thiago tinha levado uma garrafa de Vodka escondida e tinha deixado no jardim. Toda hora íamos um a um até lá e colocávamos em um copo escuro para que meus pais não percebessem que tinha bebida alcoólica na festa. Quando eu já estava indo pela terceira vez vi que Dayana destravava o alarme do carro:

-Já vai embora sem se despedir de mim?

-Acho que nessa festa não há espaço para mim. Seus pais já subiram e acho que seus amiguinhos adolescentes te divertirão melhor que eu. Não vai sentir minha falta.

Ela estava furiosa.

-Aconteceu alguma coisa Dayana?

-Nada que eu já não esperava. E outra, seu tio é um idiota e eu não preciso que ninguém arrume parceiros para mim. Aliás, diga para sua mãe que nem de homem eu gosto.

Olhei para ela surpresa. Ela falava sem respirar. Eu disse:

-Desculpe pela minha mãe, eu não estava de acordo com essa palhaçada. Mas adoraria que você ficasse. Fica? Não pelo meu tio, mas por mim. Prometo não sair do seu lado, não vou deixar ninguém te perturbar mais.

Falava com voz meiga e já puxando sua mão.

-Ta certo! Mas não vou demorar muito. E o que você faz aqui no jardim com essa garrafa na mão? Que eu saiba não teria bebida alcoólica nessa festa?

-É que... Que... Ah! Não conta pra mamãe, a gente só trouxe uma garrafa pra animar a galera. Ninguém vai ficar bêbado.

-Cuidado ein, pessoas bêbadas tendem a perder o juízo. Principalmente vocês crianças.

Fiquei furiosa por ela me chamar de criança.

-Então adulta, junte-se a esses jovens que sabem se divertir.

Eu lhe ofereci o copo e ela não aceitou. Fomos para a pista de dança e ela dançava comigo. Thiago me olhava e balançava a cabeça. Meu tio chegou por traz dela dançando, eu ia intervir. Ele me olhou surpreso e disse:

-Calma sobrinha linda do titio. Só vim trazer um suco pra sua amiga. Não vou morder ela. A não ser que não aceite minha cortesia. Ela pegou o copo e sorriu. Acho que ele entendeu o recado e saiu sorrindo. Inicialmente ela estava toda tímida, mas depois se soltou e eu percebi que ela dançava muito bem. As luzes batiam no rosto dela e deixava a festa que já estava linda, MARAVILHOSA. Depois de um tempo percebi que Dayana não estava bem. Levei para se sentar. Ela parecia estar bêbada, mas ela não tinha bebido. Quando tentou se levantar, quase caiu e todos riram. Meu tio correu e pegou-a no colo. Disse que iria cuidar dela. Não gostei daquela situação. Conhecia o caráter do meu tio e não sabia o que ele poderia fazer com Dayana sem que ela pudesse se defender. Fiquei louca só de imaginar. Falei que ele poderia ficar tranquilo, pedi para que Camila ajudasse a leva-la pro meu quarto. Resolvi dar-lhe um banho. Tinha receio de encostar em seu corpo. Mas como se dá banho em alguém sem esfregar? Ela reclamava de cócegas, até que escorregou e caiu sentada me puxando e eu cai também. Ficamos rindo até que o riso cessou e ela foi aproximando o rosto no meu até que me beijou. Ela tinha uma boca maravilhosa. Eu bem que poderia ter interrompido o beijo. Mas eu queria tanto e vai saber se teria aquela oportunidade outra vez. Ela estava bêbada, mas parecia estar muito consciente do que fazia. Pediu pra que eu tomasse banho com ela, eu recusei. Afinal, já tinha me relacionado com outras mulheres, mas morria de vergonha de ficar nua na frente delas e eu havia sido apenas ativa, ainda era virgem. Acabado o banho lhe emprestei um pijama e ela se deitou em minha cama. Preparei um colchonete no chão, afinal se tivesse que rolar alguma coisa não queria que fosse bêbada, pois amanhã ela poderia acordar dizendo que só fez porque estava bêbada e eu não suportaria isso. Tomei banho e perguntei:

-Vou na cozinha. Quer alguma coisa?

-Você! E soltou uma gargalhada.

-Não. Eu não estou no cardápio.

-Então não preciso de nada.

Desci para ver se estava tudo em ordem. O pessoal já estava indo embora. Thiago e Camila iriam dormir por lá mesmo. Subi com um jarro de água, pois sabia que Dayana acordaria com uma baita ressaca.

Chegando no quarto coloquei água no copo e levei até ela que olhava o teto e piscava sem parar como se estivesse com dificuldade para enxergar. Cheguei perto e ofereci, ela me puxou e novamente me beijou. Minha consciência pesou, mas que mal teria um beijo? Era só um beijo. Deitei ao seu lado e correspondi. Ela se afastou sorrindo e disse:

-A vários dias eu estava sonhando com isso. Te subestimei pirralha. Seu beijo é maravilhoso. E voltou a me beijar.

Durante o beijo tentou colocar a mão dentro de meu baby dool. Retirei e voltei a beijá-la. Ela me olhou com a sobrancelha levantada:

-Você não quer?

Eu não queria falar que eu era virgem.

-Não é isso, só acho que você está bêbada e só por isso está querendo transar comigo.

-Não, já tenho essa vontade a dias. Fico em casa pensando e como seria ficar com você. Minha pele queima quando você me olha. Fico louca com seu cheiro Tarine. Você exala jovialidade.

Aquilo foi como jogar gasolina no fogo. Eu já estava a ponto de explodir de tanto tesão que emanava naquela mulher, mas deveria agir com a razão. Ela não deveria estar falando a verdade. Não estava sã, começou a falar coisas sem nexo. A beijei e ela adormeceu. Desci para meu colchonete no chão pensando no que ela me disse. Amanhã tiraria a prova desse assunto que tanto me atormenta.


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Comentários

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Obrigado meninas. Peço que comentem com dicas para que eu possa melhorar cada vez mais.

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Nossa, que agora esquentou de vez :) está ótimo o conto, parabéns!!

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