Ladrilhos 18

Um conto erótico de Igor Alcântara
Categoria: Homossexual
Data: 21/11/2015 22:37:33

[Victor]

Os próximos dias passaram muito rápido... Muito rápido! Mas basicamente o que ocorreu foi isso:

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[César]

Entrei em casa rompendo pela porta e vendo Rômulo no sofá deitado com uma taça com sorvete nas mãos.

- Eu possa saber que merda você foi falar pro Victor? – eu falei atirando os óculos no outro sofá.

- Eu só devolvi o celular dele.

- Só devolveu uma ova! Você foi falar coisas sobre mim pra ele?

- Eu só não sei qual é a sua intenção com ele.

- Que se dane minha intenção! O que você tem a ver com isso?

Ele levantou.

- Victor é meu amigo. Eu não quero que você pegue ele e faça como faz com outras pessoas.

- Isso não é da sua conta! Você tá com ciúmes!

- Não é ciúmes! Eu só sei muito bem com quem tô lidando, o Victor é que não!

- Rômulo, o Victor gostava de você. O Victor te deu uma chance e vocês hoje poderiam estar juntos. Se você não quis nada com ele então sai da frente porque agora é a minha vez. Eu gosto dele! Gosto muito! A fila andou!

- O Victor não é pra você! Você só tá brincando com ele!

- Quem você é pra dizer isso? O Victor fica com quem ele quiser e quer ficar comigo. Você acha mesmo que nos últimos dias ele não tem me conhecido de verdade? Não tem visto quem eu sou e mesmo assim quer ficar comigo? Alguém pela primeira vez prefere o grosso aqui que o “príncipe” que você banca ser.

- Se você só tiver enganando com ele...

- Continua sem ser da sua conta! Para de atrapalhar. O Victor é meu. Você o perdeu! Você o perdeu, Rômulo! A partir de hoje nós estamos namorando e você vai ter que aceitar isso gostando ou não.

- Que gritaria é essa aqui?

- PAI?? – nós dois exclamamos juntos vendo o papai surgir do corredor com cara de quem havia acabado de acordar

- O que está acontecendo? Vocês estão brigando?

- Não pai! Só não sabíamos que o senhor estava aí. Nem eu sabia. – Rômulo disse.

- Sim. Estávamos brigando sim! Estávamos brigando porque o Rômulo não aceita que perdeu no vídeo game e fica mendigando segunda chance quando na verdade não há. Ele perdeu e pronto. Agora aceita que dói menos.

Eu catei meu óculos do sofá e subi as escadas.

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[Victor]

Eu havia passado os últimos dias convencendo a minha mãe sobre viajar com o César. Nós até íamos procurar a mãe dele e tal... Mas eu não estava ligando muito pra isso, pra ser bem sincero. Eu queria muito ir até Fortaleza pra conhecer uma das cidades mais turísticas da minha região. Eu via muitas pessoas falando das praias e eu queria muito conhecer. Seria uma oportunidade única porquê, afinal, quando eu poderia ir de novo?

- Então vocês vão juntos? – minha mãe perguntou vendo eu e César lado a lado no sofá.

- É mãe... Que nem expliquei.

- Sim. Vamos e voltaremos juntos. Vamos só passar uns dias. Eu já tenho um hotel certo, perto da praia e vamos nos cuidar. – César disse.

- Quanto o Victor precisa levar?

- Não precisa de muito. A hospedagem sou eu quem vou pagar.

- Na quinta que vem?

- É mãe... Eu já expliquei mil vezes... – eu falei sem paciência me sentindo uma criança.

- Bom... Se vão juntos... Victor não viaja há um bom tempo nas férias... Posso pedir um adiantamento no salário.

- Eu tenho um dinheiro na poupança... – eu disse.

- Vamos fazer o seguinte... Não peça adiantamento. De lá o Victor liga e diz quanto precisa, daí a senhora deposita na conta dele. É mais seguro que viajar com muito dinheiro em espécie. – César disse.

- É verdade... Por mim tudo bem então. Espero que se divirtam e tentem gastar pouco.

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[César]

- Não acredito que minha mãe deixou... – ele disse sugando milk-shake.

- Porquê não deixaria?

- Sei lá... Pensei que ela fosse fazer mais imposições.

- Eu sou muito convincente, tenho cara de um bom rapaz e tomo conta de você sempre. O que mais ela quer? – eu o puxei pela mão até uma local para alugar DVDs no shopping.

- Vamos alugar e assistir filmes?

Eu revirei os olhos.

- Não Victor... Ninguém aluga e assiste. Vamos alugar e depois comê-los. Então escolhe algo que você ache “gostoso”.

- Gosto de aventura. – ele disse.

- Gosto de comédia.

- Não existe aventura com comédia.

- Por isso a gente combina, Victor. – eu falei passeando pelo lado contrário da mesma prateleira que ele. Pela altura dela apenas via seus olhos do lado contrário.

- Pessoas que combinam normalmente gostam da mesma coisa, César. – ele disse tentando me imitar. Escutar sua voz sem ver sua boca se movendo e apenas vendo a expressão dos seus olhos era engraçado.

- Você gosta de terror? – meus olhos se arregalaram.

- Não. – ele franziu as sobrancelhas.

- Nem eu. Então “desgostamos” da mesma coisa. Pra você que gosta de combinar isso é uma combinação, admita.

- Gostamos de motocross. – seus olhos diminuíram de tamanho denunciando um sorriso.

- Gostamos de caipirinha. – os meus também.

- Gostamos de velocidade e adrenalina.

- Gostamos de frio na barriga. Motocross é tão bom! – eu disse.

- Gostamos do restaurante onde minha mãe trabalha. – os olhos dele faltavam pouco fechar pelo sorriso.

- A comida é ótima. Nós gostamos de piscina.

- Gostamos de quartos organizados.

- Gostamos um do outro. – eu soltei.

Nossos olhos ficaram fixos. Eu olhei rapidamente pra trás e não vi nenhum funcionário. Dei a volta rápido na prateleira até encontra-lo do outro lado. Minhas mãos seguiram inconscientemente pra sua cintura o levando até a coluna que havia alí. Tomamos o cuidado de abaixar um pouco pra que nossas cabeças não fossem vista pelo resto da locadora, apesar de vazia.

Nosso beijo apressado começou já com nossos corpos apertados um contra o outro num desejo desesperado de sentir mais e mais o calor emanado.

- Gostamos disso. – ele disse rindo com a boca vermelha e úmida.

- Em Fortaleza vamos estar a sós. Sem nada pra nos preocupar, sem ninguém pra interromper...

- Não vejo a hora.

Sorrindo e me abraçando ele exibia aquele rosto rubro de vergonha levando o nariz em seguida ao meu pescoço na tentativa de se esconder.

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DIAS DEPOIS

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[César]

“Tô chegando.”

“Tô na porta” – ele respondeu.

Parei o carro e destravei a porta. Era impressionante como tinha medo daquela rua do Victor mesmo de dia.

- Bom dia. – ele disse entrando no carro.

- Bom dia. – eu o cumprimentei com um selinho rápido.

Naquele dia eu o levei pra minha casa pra que combinássemos os detalhes da viagem e também curtíssimos um dia juntos já que a mãe dele passava todo o dia fora e meu pai iria sair mais tarde. Quanto ao Rômulo, bem, se ele não quisesse nos ver juntos que também saísse então.

Eu já havia limpado e deixado a piscina enchendo. Combinei com o Rômulo de pedir o almoço mais tarde mas antes eu tinha uma surpresa pro Victor.

- Vai passar onde antes? – ele perguntou vendo o caminho diferente.

- No shopping.

- Vai comprar o que?

- Você vai ver...

Entramos e fomos caminhando até uma loja de celulares.

- Escolhe um.

- Você tá maluco? Já viu quanto custa um celular aqui?

- É justamente por isso que só posso te dar um.

- Não vou aceitar um celular desse preço de presente.

- Victor, você já tá há semanas sem celular. Você quer ou não um novo?

- Claro que quero.

- Então... Escolhe.

Ele continuou parado olhando as vitrines. O puxei pelo ombro e o vendedor foi auxiliá-lo. No fim ele escolheu um aparelho que além de ter uma câmera muito boa ainda tirava fotos embaixo d’água. Até eu fiquei com uma certa inveja.

- É lindo. – eu disse do seu lado.

- É mais que lindo... – ele dizia virando o aparelho nas mãos.

- Agora vamos?

- Vamos.

Seguimos pra minha casa com o Victor vidrado no novo celular apertando em todos os cantos da enorme tela. Ao chegarmos Rômulo já estava na piscina.

Eu estacionei o carro ao lado do dele no jardim. Temos um trato sobre estacionamento dos carros. É que o papai reclama muito quando chega e encontra os carros mal organizados, o impedindo de entra ou sair com o dele. É uma das poucas coisas que o irritam.

Descemos do carro e fomos em direção à piscina. Victor colocou a mochila que levava nas costas numa mesa e se sentou numa das espreguiçadeiras. Rômulo sorriu da piscina.

- Já tá poluindo a água da piscina que eu acabei de limpar? – eu falei chutando as sandálias.

- Você fez um ótimo trabalho. Parabéns! Poderia limpar a piscina com essa boa vontade assim sempre.

- Não é todo dia que eu acordo bem humorado assim não... – eu o respondi e me virei pro Victor que não nos dava atenção ainda mexendo no celular – Pode entrar na piscina se quiser, não espere mordomias. Você tem a vida toda pra mexer nesse celular.

- Se um celular e uma piscina não são mordomias então não sei o que pode ser. – ele disse rindo.

- Você comprou o celular pra ele? – Rômulo perguntou.

- Sim. – eu disse e saí em direção à casa.

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[Rômulo]

- Parece ser um ótimo aparelho. – eu disse me aproximando da lateral da piscina onde estava sua cadeira.

- É sim. E foi super caro... O César é doido. Eu jamais compraria um aparelho desse.

- É um baita presente mesmo... Foi ele quem me deu o meu celular também. No meu último aniversário. Posso ver?

Victor tirou a camisa e pela primeira vez eu percebi que ele tinha sim um corpo bacana. Ele tinha braços levemente fortes na parte do tríceps, coisa que eu só consigo com academia. Não tinha um peitoral como o do César ou como o meu – que diga-se de passagem é a minha parte do corpo preferida – mas dava pra perceber as divisões naturais do corpo dele. Seu abdome era levemente definido em volta do umbigo, apesar de magro. Meses de academia não o fariam mal.

Ele entrou na água e se eriçou pela temperatura me fazendo rir. Me entregou o celular que eu conhecia o modelo então sabia que poderia ser molhado. Começamos a falar das funções do celular lado a lado e eu fui dizendo o que sabia sobre ele. A câmera era muito boa e aproveitamos pra tirar uma selfie. Eu não sou muito fã de selfies, mas até que saiu legal.

César retornou de casa, agora só de sunga preta, no mínimo pra se exibir pro Victor. Era claro. Ele veio correndo e se jogou perto de onde estávamos com um grito. Todo o clima de diversão com o celular novo foi cortado. Eu e Victor nos separamos. Ele surgiu da água rindo.

- A intenção era testar o seu celular. Sobreviveu?

- Siiim! – Victor riu recebendo um selinho rápido de César.

Eles... O que? Acabaram de trocar um selinho? Porra! Eu dei um passo pra trás surpreendido. Alí? Na minha frente? Assim? Como assim?

Eles se olhavam de uma forma diferente. O César o olhava de uma forma diferente. De uma forma que eu ainda não tinha visto ele olhar pra ninguém. Eles se separaram naquele breve momento e o Victor começou a mostrar as fotos que havíamos acabado de tirar. Eu estava alguns passos distante ainda sem saber se podia me aproximar.

César se virou e me olhou rindo como se o que ele tivesse acabado de fazer fosse a coisa mais comum do mundo.

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[César]

Eu só queria marcar território. É a coisa mais comum do mundo. Todo mundo quando tá namorando faz isso. Além disso, eu não confiava plenamente no Rômulo. Esse papo de que não era gay não colava comigo. Até colava antes, mas depois da reação dele ao me ver se aproximando do Victor a coisa mudou.

Rômulo era inseguro. Eu sabia disso. Aqui em casa nós dois sempre fomos o completo oposto um do outro. Além disso eu queria deixar claro que ele havia perdido. Victor era meu e nada ia mudar isso.

Ao terminar de selar os lábios rapidamente com o Victor eu me virei apenas pra constatar a expressão do Rômulo, que eu já esperava. Por favor, não me achem sádico. Rômulo mordia os lábios há uma leve distância de nós dois. Victor estava vermelho.

- Então... Alguém quer drinks? – Rômulo perguntou.

- Eu já ia propor.

Rômulo se distanciou e foi para a cozinha.

- Você não deveria ter feito isso na frente dele. – Victor disse.

- Porquê não?

- Ele ficou todo sem jeito.

- E daí? Tô beijando meu namorado. O que ele tem a ver com isso?

- Ele não pareceu gostar.

- Tanto faz... – eu disse o abraçando e colocando meu nariz em seu pescoço úmido. Senti Victor se encolher. – Quando a gente viajar... Não vai ter Rômulo... Não vai ter ninguém pra atrapalhar a gente. Nós vamos ter todo o tempo do mundo pra ficarmos juntos.

- Vai ser muito bom. – ele apertou o nariz contra meu ombro.

- Vai ser mais que bom. – eu rocei minha barba rala em seu pescoço. – Eu tô super ansioso.

Minha ereção começou a ficar aparente na sunga e eu apertei Victor contra mim já prevendo que ele iria querer escapar.

- O Romulo tá logo alí.

- Tô tão preocupado com ele que você não imagina... – eu mordi sua clavícula o fazendo tremer.

- César...

- Hum... – eu rocei mais nele.

- Por favor, com ele aqui não. Nem eu me sinto bem fazendo isso...

Ok. Eu tinha que concordar.

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[Victor]

Quando você não tem namorado e está perto de um casal que fica se pegando é desagradável. Uma pessoa que passou tanto tempo solteira sabe bem do que estou falando. Além disso de alguma forma ter o Rômulo alí do lado me intimidava. Ele não fez uma cara muito agradável ao ver César me beijando.

Na ideia de tomar drinks de frutas acabamos os três indo pra cozinha.

- Você precisa cortar as frutas em pedaços menores Victor. – Rômulo disse do meu lado.

- Menor que isso?

- Menor.

César ia abrindo uma nova garrafa de Vodka.

- Menor mesmo. – ele completou.

Rômulo pegou uma espécie de aparelho que servia pra espremer as frutas dentro de um copo.

- Agora você joga tudo nesse copo e espreme. – ele demonstrou.

- Daí é só botar a bebida. – César virou a garrafa no copo. – Tampar... E agitar. – ele agitou o copo vedado e jogou pro Rômulo. Ele aparou e abriu virando no primeiro dos nossos três copos de vidro enfileirados.

- Pronto! – César disse.

- Vocês dois são bem dinâmicos hein...

- Aprendemos desde muito cedo como fazer isso. – Rômulo explicou jogando o copo com o espremedor de volta pro César sobre minha cabeça.

- Em Fortaleza deve vender muitos drinks dessa na praia né? – eu perguntei.

- Fortaleza? Meu Deus, lá vende muito mais que só isso aqui. – Rômulo disse limpando a pia.

- Eu quero experimentar todos quando a gente... – Não consegui terminar a frase. César largou o copo rápido e pegou um pedaço de maçã quase empurrando em minha boca.

- Oi? – Rômulo disse com uma cara de incrédulo.

César olhou pra baixo e suspirou. Eu os olhava sem entender.

- Eu não acredito nisso... – Rômulo disse voltando a atenção pra pia visivelmente irritado.

- Eu te avisei. – César disse.

Rômulo apenas lavou as mãos e saiu em direção a casa.

- Rômulo... – César chamou mas não adiantou.

César me olhou triste.

- Ele ainda não sabia que íamos?

- Agora sabe...

- Me desculpa.

- Tudo bem... Já havia conversado com ele que ia te levar. Ele precisa entender. – César disse e me beijou me levando de volta pra piscina. Rômulo não veio nos encontrar mais pelo resto daquela manhã.

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[César]

- Rômulo? – eu bati na porta do quarto. – Eu já fiz o pedido da comida e já chegou. Vem comer.

- Podem comer. Eu não quero.

- Não tem como eu passar o prato por baixo da porta. Por favor, abre.

- Já disse que não quero César. Me deixa. Toda vez essa apelação no pé da porta.

- Vem ficar com a gente... Victor tá perguntando por você.

- Não... Aproveita que o papai não tá em casa e fica com ele como você quer. Não preciso ficar segurando vela. Leva ele pro seu quarto como da vez passada...

- Isso não é da sua conta, idiota... Se eu quiser levar ele pro meu quarto eu levo.

A porta abriu tão rápido que eu dei um passo pra trás pelo susto.

- Cuidado com essa boca! Você tá me estressando mais que o normal! – ele bradou.

- Cuidado você com suas atitudes infantis. – eu disse calmo. – Você me deixou com o Victor lá embaixo e veio se trancar no quarto. Isso não vai adiantar. Eu vou pra Fortaleza atrás dela. O Victor vai comigo. Nem você nem ninguém vai mudar isso. Se ele não fosse eu iria sozinho da mesma forma.

O rosto do Rômulo ficou rubro.

- Você tá cometendo o pior erro da sua vida. Ainda vai enfiar o Victor nessa burrada.

- A comida está enfriando... Eu só vim te chamar. Não quero discutir. Não há o que ser discutido aliás. Quem tá envolvendo o Victor aqui é você. Anda muito preocupado com MEU namorado pro meu gosto.

Rômulo saiu do quarto e empurrou minhas costas contra a parede do corredor me fazendo ficar sem ar pelo tremendo baque.

- Agora tá tudo lindo. Mas se você por acaso machucar o Victor, se você fizer mal pra ele de alguma forma com sua irresponsabilidade, você me paga, tá ouvindo? Eu só quero um deslize seu. Unzinho que seja César!

Eu procurei as palavras mas minha falta de ar era mais preocupante. Eu puxava o ar sem conseguir e minhas costas doíam. Ele me soltou e me deixou respirando apressado procurando ar com os olhos marejados.

Ele voltou a bater a porta e eu desci as escadas ainda procurando ar.

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[Victor]

- Ele não vem mesmo? – eu perguntei ao ver César se aproximando.

- Não... – ele sentou do meu lado.

- Seus olhos estão vermelhos.

- É o álcool... – ele levantou e entrou na piscina.

Passamos o resto da manhã na piscina. Almoçamos. Entramos no início da tarde e nada do Rômulo sair do quarto. Nos momentos em que eu esquecia a presença do Rômulo eu conseguia aproveitar com o César. Mas definitivamente alí não era o local pra ficarmos completamente à vontade. Era por volta das 14h quando decidi ir embora.

Achei estranho César não reclamar. Assim que propus ir embora, ele assentiu e já seguiu pro carro. Eu segui em direção à casa.

- Pra onde você vai? – César disse me vendo entrar em casa.

- Falar com o Rômulo.

Eu subi as escadas e bati na porta do seu quarto.

- Rômulo?

Alguns instantes e a porta abriu. Ele ainda vestia o mesmo short e estava sem camisa. A cama bagunçada com o celular conectado aos fones grandes denunciavam o que ele fazia nas últimas horas. Ele abriu a porta e se distanciou.

- Você não foi almoçar.

- Não tô com fome.

- A gente já vai... Na verdade, eu já vou.

- Ainda é cedo.

- Não... É melhor. Você tá bem?

Ele não me respondeu. Se sentou na cama.

- Vocês vão juntos procurar por essa mulher?

Dessa vez fui eu quem me calei. Eu via o quanto aquilo o machucava.

- Não deixa ele fazer isso Victor.

- Eu sinto muito...

- Não! Não deixa! Por favor! Victor, o César vai apenas trazer um problema enorme pra vida dele. Não deixa ele ir procurar por ela, eu te imploro! Você é a única pessoa que pode mudar a cabeça dele.

- Ele já está decidido. Não importa quem é a favor ou não. Ele vai atrás dela com ou sem ajuda.

- Victor, por favor! Não deixa meu irmão fazer isso... – ele chorou cabisbaixo.

- Não é algo que eu possa mudar. E encarar essa verdade vai ser bom pra ele. Se ele quebrar a cara, deixa ele quebrar. A gente aprende assim. É só um vazio que ele quer preencher.

A buzina do carro soou no jardim.

Ele se levantou limpando os olhos e segurou o trinco da porta.

- Só me prometa que vai cuidar pra que ele não faça besteira.

- Prometo.

Eu me aproximei da porta e o observei olhando pro chão. Rômulo estava magoado. Por impulso o abracei rapidamente. Ele não retribuiu apesar de suspirar muito fundo e pesado quando nossos peitos se encontraram.

- Tchau. – eu disse me distanciando.

- Tchau.

Eu saí escutando o som da porta sendo trancada novamente.

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Oi gente! Desculpem o atraso. Meu TCC mandou um beijo pra todos vocês.

marcelo8486: Marcelo, tudo pode acontecer. Não posso adiantar nada. Mas o conto gira em torno deles três. Vctor, Rômulo e César.

AllexSillva, B Vic Victorini, Tozzi, Monster, lu6454, #Léo!, Joshfontescdc: Adorei aquele final. Surgiu do nada na minha cabeça.

Helloo: Fiz isso hoje, tive que revisar pra conseguir. Ficou melhor?

Menina Crítica: Obrigado!

Jardon: Ah Fortaleza é linda... Então é bom saber que já tenho acomodação em Recife! kkkkk

loirinha25: kkkkkk QUe violência!

Higor Gonçalves: Vamos por partes. Turn down for what foi foda! kkkk Dava pra encaixar a música aí mesmo. Obrigado pelos elogios, os cntos são escritos com muita dedicação, que bom que ajudam tanto você como outras pessoas. É legal saber disso. Eu já fui mais leitor que autor muito antigamente e sei bem como é quando nos apegamos a um conto específico. É bem assim mesmo. Calma, que uma hora vai rolar entre Victor e César! Só quero matar vocês mesmo do coração.

Malévola: kkkkkkkkk QUe comentário lindo! kkkk

Matt sousa: Escrever mais sobre eles seria legal. Um estranho é o meu conto favorito dos meus contos. QUem sabe...

loirinha25: Pra você ver como anda minha cabeça, eu postei naquela quinta jurando que era sexta. Tava exausto e pensei Poxa, não vou deixar o pessoal na mão, daí vim aqui caindo de sono e postei. Daí fui dormir pensando que era sexta. QUando menos espero o despertador me acorda 7h e eu fiquei sem entender pensando que era sábado. Daí percebi que era sexta! kkkkk

Lytah: De forma alguma! Relaxe. E eu não sei cadê o pai deles não. Mas vai aparecer porque eu sei que escrevi mais sobre ele.

Drica (Drikita): Aaaaaaaahhh... Então tá!

Marcos Costa: Olha, nem eu. Porque eu já pulei do time do Rômulo pro time do César e não tenho mais cara pra voltar pro do Rômulo não. kkkk

É isso meus queridos. Até o próximo.

Abraço.

Igor.


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Comentários

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27/11/2015 08:40:23
Muito bom!!!!! Continua logo!!!
27/11/2015 00:58:14
Um capítulo mais leve, porém bem emocionante, com uma dose certa de drama, pra fazer o leitor sentir e entender os sentimentos e motivações dos personagens, principalmente o do Rômulo, é irônico que o bonitão, pegador, saradão, rico, inteligente e o bam b am bam da turma, que tem todos, no fundo é uma pessoa triste e solitária, isso da mais humanidade ao personagem, faz a gente se identificar com ele, ainda acho que ele o pai sabem alguma coisa e não querem contar. Victor e César continuam lindos demais, e espero muita coisa dessa viagem, um abraço.
26/11/2015 17:11:13
Adorando o conto, e sim o César é o seu Felix sem a quebra de munheca😂. Quanto tempo né? Após dois dias de internação, uma cirurgia de emergência e dezessete dias de CTI, estou de volta a vida e bem ao lado de quem mais amo com a graça de Deus. Amem. Beijos ao casal.
24/11/2015 00:45:33
meu deu uma dô do romulo agora!!! ele teve a sua chance e jogou por agua agora é partipra outra.quanto ele não querer que l cezar encontre a mãe biologica é um pouco compriensivel .na cabeça dele isso é uma traiçãi a mulher que o criou e ele como filho biologico dela deve doer bastante beijo seu lindo.
23/11/2015 19:15:05
Sério, eu tó muito encucado com o que vai acontecer nessa viagem (a primeira vez dos dois ?) e o suposto encontro com a mãe do César. Aguardanda e abracos man...
23/11/2015 16:45:44
Ficou melhor para compreender... Ansiosa por essa viagem...
23/11/2015 14:07:05
Amei! será que Rômulo e o pai sabem de algo? Abraços!
23/11/2015 13:33:48
Como já te falei antes, sem pressa, espero o tempo necessário pra ler outra vez sobre Bernardo e Lucas. 'Agora o Rômulo vai querer o Victor, Mas o César vai marcar ainda mais o território, muito bom cara! Abraço Igão!
23/11/2015 07:45:12
Seu conto é incrível.
22/11/2015 02:41:40
Sofrencia * maldito corretor 😂😂
22/11/2015 02:37:52
Aí, tomara que ele não fique com Rômulo. No início até que eu gostava dele mais depois dessa frescura de não trepar nem sair de cima (eu sei que essa expressão eh horrível mais minha mãe sempre fala e eu acho engracado😁😁)ahe eu disgostei. Seria tão bom se vc conseguisse postar mais vezes, eh que eu fico contando os dias pra uma nova pastagem A história tá tão boa que eu queria que tivesse um livro com ela pq aí eu comprava e lia tudinho. Eh muita sofreria ficar na espera até sexta kkkkkkk Bjux te adoro viu😘😘😘💓💓💓
22/11/2015 01:10:35
Desculpa, era 10
22/11/2015 00:35:38
Ainnn que capítulo lindo! Tenho pena do Rômulo ele é muito carente e o medo do César encontrar a mãe é um desses exemplos, mas tbm entendo ele já perdeu a mãe e o medo de perder mais alguém deve realmente assustar ele. O César é um safado fica se amostrado pro irmão kkkkkk, embora eu faria o mesmo, ansioso p vê o desenrolar na viajem. TCC é UO, sei como é isso e te entendo. Mas please não nos deixe tanto tempo sem sua história. Xerooooo
22/11/2015 00:02:41
Muito bom
21/11/2015 23:15:46
show bom de mais pra ser verdade esse Rômulo não para de ser um grande idiota, ele poderia deixar César fazer o quiser se vai ou não procurar sua mãe em fortaleza. Essa viagem promete muitas coisas


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