Comum & Extraordinário - Capítulo 57

Boa Tarde...

Bem, eu não sei vocês, mas eu passei o meu feriado todo arrumando casa. Dei uma limpeza daquelas aqui, cheguei a usar aquelas máquinas de alta pressão para lavar o banheiro, que estava imundo. Rsrsrs. Fiquei tão cansado a ponto de nem conseguir mexer os braços. Era para o meu irmão ter ajuda, já que minha mãe viajou, mas o avulso foi pra cachoeira, então acabei limpando tudo sozinho, mas em fim.

‘Comum & Extraordinário’ está chegando ao fim, e com isso, o fim de mais uma história, mas eu não quero ficar falando sobre isso hoje, até porque, não estou postando o último capítulo agora...

Fiquei muito feliz com os comentários do último capítulo, e fiquei ainda mais feliz ao saber que gostaram da surra que o Jonathan deu na Rafaela, porque eu amei aquela parte.

Não vou ficar me estendendo não, porque tudo o que estou escrevendo nesse momento estou fazendo na segunda feira, depois de ter acordado as nove da manhã, tomado café da manhã, começado a arrumar casa e terminar as três da tarde, e depois disso, ainda tive que rodar meio mundo para colocar crédito no celular, então... Rsrsrsrs.

No mais, fiquem todos bem, e mais uma vez, agradeço a todos vocês pelo apoio. Um beijão.

- Jardon: Oi... Rsrsrs. Fico muito feliz que esteja gostando da história e que esteja acompanhando desde o começo, é muito bom saber disso... E pode deixar, vou continuar com a criatividade, ainda mais para o próximo conto, porque eu vou precisar, e muito. Rsrsrsrs.

-AllexSillva: Só você? Arrumei casa na segunda feira ouvindo o álbum várias vezes, e depois fui ouvir Miley Cyrus And Her Dead Petz’ da Miley, outro que eu amo... Também achei foi pouco. Hahahaha. Queria deixar ela careca, mas preferi por ficar assim mesmo, é mais realista... Que horror, pobre Demetria. Hahahahahaha. Quando acabar o conto a gente conversa. Rsrsrs. Beijão, e mais uma vez, obrigado.

- Guiiinhooo: Sério? Rsrsrs. Eu escrevi essa parte imaginando tudo também, e fico feliz que consegui causar esse efeito. Um beijão pra você também, e um abraço bem apertado.

- Ru/Ruanito: Lindo é você. Rsrsrs. Obrigado, e um beijão.

- Belspie: Querida, o Jonathan fecha, lacra, destrói, tomba e derruba. Hahahaha. Fico feliz que tenha gostado, e espero que acompanhe até o final.

- S2DrickaS2: Obrigado... Rsrsrs. Triste? Eu espero que esteja tudo bem com você e que o motivo não seja tão grave, porque eu também estou meio para baixo mesmo, mas o meu problema é que eu tenho problema mesmo, no psicológico sabe. Rsrsrs. Uma hora eu estou bem e na outra estou me acabando de chorar. Vai entender...

- Pe_Henrique: Foi tiro, porrada e bomba. Rsrsrsrs. E sobre o Miguel, espere mais um pouco... E mais uma vez, obrigado por tudo.

- Isztvan: Destruímos ela. Rsrsrsrs. Pois é, a coitada deve estar se cortando toda nesse momento. Saiu sem nada e ainda com a cara toda marcada de dedo, e como bônus, sem cabelo. Se ferrou bonito... Calma, as coisas ainda vão esquentar para esse lado, não esquecemos essa parte, não se preocupe. Rsrsrs. Na mesma cela seria ótimo mesmo. Hahahahaha... Então, infelizmente teve que ser desse jeito. O personagem as vezes prefere esconder o que sente, guardando as coisas em um canto, e as vezes tudo explode de uma só vez... Episódio? Estou me sentindo uma Shonda Rhimes. Hahahahaha. Beijão.

- Arthurzinho: Muito maravilhosa. Hahahahaha. E sobre o Thallison, espere porque a vez dele irá chegar... Pois é, infelizmente teve que ser desse jeito. O Jonathan foi vítima de estupro, e desde o ocorrido ele não esteve com ninguém, então é de se esperar que algo do tipo aconteça. E a cena de sexo ainda vai chegar... Olha, se não me engano, faltam uns 5, mais ou menos. Já está no fim...

- diego campos: Ela merecia até mais. Hahahahaha. E eu quero muito que o capítulo da vingança chegue, muito mesmo. Infelizmente eu tive que escrever essa parte, é a realidade... No mais, um beijão.

- JUJU_gordinha_sapeca: Acho que é a triste realidade de quem passa por uma coisa horrível dessas, mas tudo fica bem... Ela merecia apanhar mais. Hahahaha. Beijão.

- Rose Vital: Ele não podia só bater né, até porque, a mulher levantava 300 quilos com as pernas. Hahahahaha. Eu pensei em deixar ela careca, mas seria surreal de mais, então preferi por deixar assim mesmo... Sim. A situação ficou complicada. Ele achou que já estaria bem, mas no momento em que começou a sentir tudo de novo ele desmoronou, e infelizmente, essa é a realidade de quem passa por algo assim. Conheço uma mulher que passou por isso, e ela me contou que foi difícil superar o acontecido, mas que hoje está bem... E sobre os outros, querida, vai ser tiro, porrada e bomba. Hahahahahaha. Beijão.

- esperança: Eu também quero que vocês leiam essa parte... Rsrsrsrs. Um beijão para você também.

- Smashing Girl: Há um tempo atrás eu conheci uma vítima de estupro, e ela me conto como foi superar o que aconteceu com ela, como foi a primeira vez depois do ocorrido, e mesmo me baseando apenas no depoimento dela, acho que as vítimas realmente passam por isso, por esse conflito interno, ainda mais se forem espancadas, o que também é o caso dela... Você teve uma boa ideia, e eu já havia pensado também em um final alternativo, mas no momento eu estou sem tempo nenhum para escrever. Rsrsrsrs. Já estou terminando de planejar meu novo conto também, ou seja, não tenho tempo nem para respirar... No mais, um beijão pra você, e obrigado, mais uma vez e sempre.

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Comum & Extraordinário - Capítulo 57

Aos poucos eu fui abrindo os olhos e deixando a claridade invadir a minha retina. Rodrigo estava na minha frente, sentado sobre as pernas. Ele usava uma camisa social azul marinho que ficava linda no seu corpo, e sua calça tinha um corte perfeito. Foi então que eu me lembrei que ele teria que ir trabalhar, e eu resmunguei um pouco. Estico minhas mãos para ele, e Rodrigo logo vem para cima de mim, me beijando, não se importando se sua roupa iria amaçar ou não. Ele me dá tantos beijos que eu começo a rir. Ele se levanta, olhando para mim.

- Você também tem que se levantar. Vou te levar para casa.

- Mas para que?

- Ordens do seu pai, além do mais, você tem que estudar.

- Ordens do meu pai? Como você falou com ele?

- Muita coisa aconteceu nesse tempo em que você esteve fora meu bem, e uma delas é que eu me aproximei dele. - Ele sorri. - Nós damos muito bem.

- Fico feliz por isso. - Eu me sento, sorrindo.

- Vá tomar um banho então que a gente vai descer para tomar café.

- Eu estou tão fedendo assim?

- Não, você está muito cheiroso, e que... - Ele pega o meu rosto. - O que aconteceu com o seu rosto?

- Com meu rosto?

- Sim. Tem um arranhão aqui...

- Sério? Só um arranhão?

- Sim, bem aqui... - Ele coloca o dedo no lugar e olha para minha cara, que não estava nem um pouco assustada. - Mas você já sabia disso...

- Eu estou surpreso por ter só um arranhão. - Eu começo a sorrir.

- Jonathan, quer me contar o que aconteceu?

- A Rafaela aconteceu. - Eu me sento de frente para ele.

- O que? O que aquela vagabunda fez?

- Eu desci essa madrugada para tomar água e a encontrei lá em baixo roubando as coisas da sua mãe.

- O que? - Ele parecia não acreditar no que estava aconteceu.

- Pois é, e resumindo, ela me bateu, eu bati nela, e por isso o arranhão.

- Eu vou jogar aquela piranha na cadeia!

- Rodrigo, já está tudo resolvido.

- E se ela voltar?

- Ela não vai voltar. Eu deixei muito claro as consequências caso ela tente algo contra a família outra vez, e ela não é burra.

- Não sei...

- Rodrigo, ela não vai voltar. A Rafaela sabe o que pode acontecer se ela aprontar de novo, ela não vai cometer o mesmo erro outra vez.

- Tem certeza?

- Absoluta.

- Ótimo, então vá tomar seu banho, vestir sua roupa porque vamos tomar café e depois eu vou te deixar em casa.

- Tudo bem... - Rodrigo me carrega até o banheiro e me deixa lá na porta, com um sorriso no rosto.

- Agora pode entrar.

- Obrigado meu príncipe nórdico.

- Não há de que meu príncipe italiano... - Ele sorri e fecha a porta do banheiro.

Depois de eu tomar um rápido banho, troco de roupa e desço as escadas. Todos já estavam lá em baixo, sentados a mesa, inclusive o Miguel, que assim que me vê descendo as escadas, desce da cadeira e corre até mim, pulando nos meus braços. Eu pego ele no colo e dou um beijo na testa dele, e então me sento em meu lugar, com ele ainda sobre mim. Eu comia junto com o Miguel enquanto conversava com todo mundo ao mesmo tempo. Eva havia abrido a boca e espalhado a fofoca da minha briga com o Rafaela para todo mundo, e até mesmo o prefeito riu e me olhou com orgulho. Alessandra também comentou, e como ela tinha mais informação, acabou falando muito, e como o Rodrigo estava pensando que havia rolado apenas uns dois tapas, eu vi seu rosto cheio de surpresa quando a Alessandra começou a contar o que viu, e o único que não se envolveu no assunto foi o pequeno Miguel, que estava ocupado de mais tomando o meu iogurte.

Depois que Eva e o prefeito saíram para os seus respectivos trabalhos, Rodrigo deixou o Miguel com a mulher que trabalhava na casa deles, mas antes de irmos, o menino nos deu um abraço muito apertado, sorrindo e conversando muito. Quando Rodrigo e eu estávamos saindo pela porta, ele nos deu tchau nos chamando de ‘Papais’. Eu sorri e Rodrigo também e então fomos para casa. Quando chegamos, ele tirou o cinto e se virou para mim.

- Você não me contou que a briga havia sido tão séria.

- Eu ganhei, então... - Eu o faço sorrir.

- Bobo, mas é sério. Você machucou o rosto... - Ele toca a minha pele.

- Rodrigo, não foi nada é sério. Eu lavei a minha alma dando uma surra naquela mulher. Eu precisava disso.

- Eu sei. - Ele sorri.

- Agora eu estou muito melhor, mais leve até... - Eu começo a rir.

- Eu estava com saudade das suas risadas...

- Agora você vai as ouvir todos os dias, para sempre.

- Obrigado por isso...

- Eu que lhe agradeço por voltar a colocar um sorriso em meu rosto.

- Eu te amo Jonathan.

- Eu também te amo Rodrigo... - Ele me dá um beijo demorado, muito demorado, mas sem avançar os limites, me respeitando, e eu curti cada segundo dos seus lábios nos meus. - Agora eu tenho que ir e deixar você trabalhar. Quando tiver um tempinho, me liga.

- Sempre. - Ele sorri e me dá um selinho.

- Bom trabalho.

- Bons estudos...

Depois que eu entro em casa e fecho a porta, Rodrigo dá partida no carro rumo a escola, lugar para o qual eu voltaria em breve. Quando passo pela sala, meus pais descem as escadas, sorrindo para mim. Minha mãe é a primeira a descer todos, me dando um beijo no rosto, e meu pai chega depois, beijando a minha testa. Eles vão para a cozinha e eu vou atrás deles, sorrindo. Eles preparam algo para o café da manhã e se sentam, um ao lado do outro. Me sento na ponta da bancada, enquanto eles comem.

- Não vai tomar café não meu filho? - Minha mãe pergunta.

- Eu já tomei mãe. - Eu digo sorrindo.

- E o que é isso no meu rosto? - Meu pai pergunta depois de mastigar um pedaço de bolo.

- Eu estava correndo atrás do Miguel e acabei arranhando o rosto em um dos puxadores do armário. - Resolvo mentir e poupar meus pais de tudo o que realmente aconteceu.

- O filho do Rodrigo é muito fofo... - Minha mãe fala sorrindo.

- É sim mãe... E quando a senhora viu ele?

- Eu vi a Eva passeando com ele pelas ruas dia desses, toda orgulhosa do neto.

- Entendi. - Eu começo a sorrir.

- E você Jonathan, está se lembrando da autoescola hoje?

- Claro, as duas, eu não esqueci.

- Ótimo. Faça quantas aulas puder hoje e adiante a matéria. Sei que você consegue passar de primeira na prova de legislação.

- Obrigado pai.

- De nada... Quer que eu venha te buscar?

- Não, eu posso ir de ônibus mesmo, não tem problema.

- Tudo bem... - Ele termina de comer e se levanta, e assim que minha mãe termina, faz o mesmo.

- Pode deixar que eu arrumo. - Eu digo quando meu pai junta as louças para lavar.

- Obrigado. - Minha mãe diz sorrindo.

- Não há de que. - Eu vou até a pia da cozinha e começo a lavar as louças da janta deles de ontem e as do café da manhã.

- Agora tenho que ir. Vou acabar me atrasando... - Minha mãe pega a pasta dela.

- Mãe, antes que eu me esqueça, obrigado... - Eu olho para ela.

- Pelo que meu filho?

- Por ter ajudado o Rodrigo com os papeis de divórcio e da guarda total do Miguel.

- Não precisa agradecer por isso meu filho, fiz por vocês dois. - Ela sorri.

- Mas obrigado, mesmo assim.

- Eu não ganho um obrigado não? - Meu pai me pergunta.

- Obrigado por tudo pai, tudo mesmo, você e a mãe. - Eu realmente sou muito agradecido por tudo o que os dois fizeram e ainda fazem por mim. - Obrigado por existirem.

- Estamos aqui pra isso. - Minha mãe sorri.

Depois que os dois saem, eu termino de arrumar a cozinha, onde lavei as vasilhas, limpei a bancada, o fogão e o forno, já que ele estava um pouco sujo. Quando coloquei tudo em ordem, subi para o meu quarto e abri a matéria de estudo onde eu havia parado e troquei de roupa, vestindo apenas um calção folgado e confortável. Me sentei no chão, escorado na cama e comecei a tomar nota de tudo, fazendo e refazendo atividades enquanto escutava música. Havia feito uma playlist com alguns dos álbuns que eu amava, como ‘A Good Idea’ da Elliphant, ‘LP1’ da FKA twigs e ‘Pseudo Visions’ do Asbjørn.

Quando deu por volta de meio dia e meia, fui para o banheiro tomar um banho rápido. Fiquei debaixo do chuveiro por cerca de vinte minutos, e depois que saí, coloquei uma camisa leve na cor amarela e uma bermuda azul marinho. Calcei um tênis confortável e peguei minha carteira com minhas chaves de casa. Depois disso, fui para a frente do computador olhar o horário de ônibus. Anotei os dois próximos que iam para lá e alguns de volta, depois das cinco da tarde. Depois que desliguei o computador, fui fechando janela por janela que estava aberta e fechei a porta dos fundos a chaves. Por último, fechei a porta de entrada depois que já estava do lado de fora da casa. Caminhei até o ponto cantarolando ‘DTF’ da Adore Delano. Enquanto a música rolava em meus fones de ouvido e me sentei no banco de madeira.

Esperei por quinze minutos olhando para a rua e os carros que passavam até o ônibus aparecer. Dou sinal, e quando ele para, eu entro. Ele estava lotado por causa do horário, então tive que ficar em pé mesmo, apenas me segurando para não cair. Aos poucos ele foi esvaziando a medida que todos desciam, e eu consegui achar um lugar para me sentar há quatro pontos de distância de onde eu deveria estar, então acabei ficando em pé mesmo.

Quando cheguei na autoescola, já fui logo sendo recebido por uma mulher simpática, mas não aquela simpatia forçada onde a pessoa se mostrava falsa logo nas primeiras palavras trocada. Ela era na dela, mas muito educada e solícita. Eu me sentei na mesa dela para que eu pudesse entender algumas coisas, algumas regras, e fiquei ali por uns dez minutos, até que ela me pediu para aguardar a aula e me entregou uma apostila de trânsito. Cerca de quinze minutos depois, o professor convoca os outros alunos e eu para entrarmos na sala, e com isso, abro minha primeira aula, assim como os outros.

O clima dentro da sala era divertido e bem descontraído. O professor sabia explicar corretamente tudo o que sabia, e sempre que algum aluno tinha uma dúvida, ele respondia com a maior calma e educação do mundo. Logo na primeira aula, comecei a conversar com uma menina de cabelo roxo que acabou tendo as mesmas dúvidas que eu. Acabei descobrindo através dela que o professor na verdade era dono da autoescola e que era gay, e a radio fofoca correu toda a sala, mas ninguém se importou com isso, muito menos eu. Eu parei para o observar e ele era um homem bonito. Tinha por volta dos trinta e oito anos. Alto, cerca de um metro e oitenta e cinco. Olhos escuros, negros mesmo, e pele branca, branca mesmo. Seus cabelos também eram muito escuros, e isso fazia um contraste muito bonito. Seu corpo já era um pouco mais forte, com alguns músculos, mas nada exagerado, apenas no lugar. Logo depois de notar tudo, fui na rádio fofoca para saber se ele tinha namorado, e a menina de cabelo roxo disse que não, e eu logo pensei nele com o Carlos, não sei por que, mas eu veria isso depois. Só no final da aula que descobri que o nome dele é Eduardo.

Eu abri e fechei várias aulas nesse dia, assim como aprendi muita coisa. Não cheguei a ficar cansado de estar sentando em uma sala cheia com o ar condicionado no máximo, eu até gostei de aprender coisas novas, foi interessante.

Quando deu sete horas da noite, a última aula se iniciou, e eu ainda estava prestando atenção, e algumas pessoas a minha volta já estavam com os olhos quase fechando. Vários alunos da primeira aula foram embora logo após fecharem ela por motivos de trabalho, escola ou coisa parecida, e poucos alunos ficaram até a última aula como eu.

Depois que finalizei a última aula de legislação do dia, saí da sala e fiquei no saguão da autoescola. Liguei para o Rodrigo, para conversar com ele um pouco e acabei falando com o Miguel também, que ficou muito feliz de estar falando ao telefone pela primeira vez. Diz o Rodrigo que ele não parava quieto, andava para lá e para cá que nem gente grande enquanto conversava comigo, e eu achei muito fofo. Despedi dos dois com um beijo e desliguei o telefone. Liguei então para o meu pai para ele me buscar, mas ele estava em uma reunião e iria demorar para chegar. Liguei para minha mãe e ela atendeu no primeiro toque, mas estava em um salão de beleza cortando o cabelo. Fui para a porta e comecei a procurar um ponto de táxi, mas não tinha. Eu tomo um susto quando alguém diz meu nome do outro lado da rua, e quando vejo, era o prefeito, que assim que chegou na minha frente, se desculpou.

- Não foi a minha intenção.

- Não tem problema, é que eu realmente estou me assustando atoa... - Eu digo, sorrindo.

- Está esperando o Rodrigo?

- Não. Ele está com o Miguel... Eu liguei para o meu pai e ele deve demorar, e como a autoescola fecha em dez minutos, saí para procurar um táxi.

- Eu te deixo em casa.

- Não precisa...

- Eu faço questão Jonathan. - Ele caminha na minha frente, mas eu ainda estava parado. - Vamos.

- Vamos.

Eu começo a o seguir com os passos apressados até estar do seu lado. Ele conversava comigo sobre alguns projetos que ele tinha em mente para a cidade, como se estivesse com aquelas ideias há muito tempo na cabeça e não tinha encontrado tempo ou solução para as colocar no papel.

- Eu estou pensando em demolir a usina desativada e iniciar um projeto para substituir o local, para dar mais visão ao lugar, a nossa cidade.

- E o que tem em mente?

- Eu pensei de trazer uma rede famosa de supermercados para cá.

- Supermercado?

- Sim. Eu sei que o que nós temos é bom, mas não tem nome.

- Eu não acho que seja adequado.

- Eu sei, eu tenho as minhas dúvidas. É uma ideia que ainda está no começo e precisa ser desenvolvida.

- Nós temos dois ótimos hospitais na cidade.

- Sim, temos.

- Temos boas escolas de ensino fundamental e ensino médio.

- Sim.

- Mas não temos um bom centro de cursos técnicos ou uma boa faculdade.

- Eu realmente ando recebendo reclamações... - Ele disse quando parou em um sinal vermelho.

- Quando o ensino médio na cidade é concluído pelos alunos, eles não procuram o que há de disponível na cidade porque não há muita opção. Temos cursos de Solda, Metalurgia, Edificações... Só temos cursos especializados voltados para a área industrial. Nossa cidade não é pequena, logo eu não vejo o motivo de não haver expansão quando a isso.

- Você está certo...

- Outra coisa. A única faculdade que temos está decaindo aos poucos. As opções também estão diminuindo. Perdemos a Medicina Veterinária, Arquitetura, Psicologia, e não foi por falta de interesse dos estudantes, e sim pelo método de ensino, que decaiu bastante.

- Eu sei...

- Então. Eu acho interessante pensar em um projeto que englobe um centro de cursos técnicos ou uma faculdade, e porque não os dois juntos? Seria algo diferente, que chamaria atenção dos jovens da cidade, e com uma excelente divulgação, atrairia as cidades vizinhas, e quem sabe tudo se torne um centro visto pelo estado.

- E quais seriam os cursos eu você sugeriria para o centro?

- Bem, nós podemos iniciar com os básicos, nos focar neles. Temos os cursos de beleza, como cabelereiro profissional, maquiagem... Temos também designer gráfico, que é um curso já presente em alguns dos centros por aqui, mas como eu disse, não é procurado por falta de profissionais competentes. Podemos entrar também com o turismo e hotelaria, que são cursos muito procurados nas cidades centrais. Tem também o curso de projetista, que já é meio caminho andado para aquele aluno que quer seguir a área da engenharia ou arquitetura. Enfim, temos muitos cursos importantes que só precisam de incentivo do governo para seguirem em frente. E em relação aos cursos da faculdade, temos um leque ainda maior de opções que no momento não funcionam aqui.

- Eu gostei... - Ele sorria.

- Vai ser difícil conseguir verba do estado? Sim, até porque já temos um centro de cursos e uma faculdade aqui, mas não é impossível. As ideias têm de ser escritas e o projeto tem de ser feito, completinho. Se você chegar apenas com um esboço ou uma ideia momentânea, eles vão ficar desanimados. Se as coisas já chegarem nas mãos deles completamente prontas, o empenho será maior, porque aí eles já vão estar cientes do que você realmente quer.

- Garoto... - Ele sorri ainda mais. - Eu nem sei o que dizer depois de tudo isso.

- Foi só uma ideia, nem precisa considerar...

- Não preciso considerar? O seu nome vai fazer parte do projeto quando eu vier com isso a público.

- O que? - Eu olho para ele, assustado.

- A empresa do seu pai irá ficar responsável pelas obras, tenha certeza disso, e eu quero você ao lado deles ajudando com o processo de criação.

- Mas eu vim com a ideia dos cursos, não dá área técnica e construtiva.

- Eu sei que você é capaz Jonathan, é inteligente como o seu pai.

- Obrigado, mas...

- Está definido. Eu vou começar a selecionar o pessoal e contratar um especialista. No final do ano quero que tudo esteja pronto para as obras iniciarem.

- Meu Deus... - No que eu fui me meter.

- Não precisa esquentar a cabeça com a situação, tudo vai caminhar bem.

Depois de ter sido praticamente intimado a fazer parte de um projeto que eu não tinha a mínima ideia de como se iniciava, o prefeito me deixou em casa, e assim como o Rodrigo, esperou até que eu entrasse e trancasse a porta para dar a partida no carro. Assim que entrei, fui logo preparando o jantar, já que meus pais chegariam por volta das nove e meia. Fiz algo bem simples e leve, apenas para matar a fome mesmo. Afoguei o arroz, preparei o feijão. Passei um bife de fígado de boi com bastante cebola. Fiz uma salada de batata cozida com cenoura e ervilha verde. Cozinhei um pouco de macarrão e o temperei com alho e óleo apenas e fiz um suco de manga natural, que já estava murchando em cima da fruteira.

Depois que terminei, coloquei os descansos sobre a mesa e coloquei as panelas quentes por cima, e quando terminei tudo isso fui lavar as vasilhas que sujei. Meus pais chegaram quase dez da noite, mortos de cansados e com fome, e ficaram extremamente felizes quando tudo já estava pronto. Sentamos todos juntos na mesa para comer e para conversar sobre o dia que tivemos. Falei sobre o primeiro dia de autoescola, que eu realmente estava gostando. Meu pai falou sobre alguns projetos e minha mãe comentou algo a respeito da demissão de uma mulher na sua empresa por justa causa.

Ficamos ali naquela mesa até onze da noite, e depois disso meus pais subiram para tomarem banho e dormir, e eu fiquei de doméstica terminando o serviço de casa, coisa que nunca me importei de fazer e nunca irei me importar. Tiro a mesa, guardo as panelas com o resto de comida na geladeira e tomo o restinho de suco que estava na jarra. Eu então lavo as vasilhas, limpo a mesa, arrumo as cadeiras e organizo tudo, deixando muito limpo. Passo então a conferir as portas e janelas do andar de baixo, e quando termino, ativo o alarme. Subo para o meu quarto morto de cansado e tomo um banho longo e relaxante. Assim que me deitei, resolvi fazer as minhas ligações.

Conversei com um bom tempo com a Carol e um pouco com o Felipe, seu namorado. Depois liguei para o Matheus, e foi o Caio que atendeu. Conversei com ele por um tempo e depois o telefone foi passado para o Matheus, que parecia estar melhorando a cada dia mais, e eu fiquei muito feliz com isso. Por último liguei para o Rodrigo e fiquei quase uma hora ao telefone com ele, contando tudo o que tinha aprendido na autoescola e o perguntando sobre seu dia. Eu fui dormir mesmo por volta de meia noite e meia sabendo que eu teria que estudar muito amanhã e ainda teria a autoescola, porque a minha prova que diria se eu estava apto para prosseguir com os estudos estava chegando, e eu tinha que me preparar mentalmente e psicologicamente para o que quer que aconteça naquele lugar, já que provavelmente alguém saberia do que aconteceu, mas eu estava ficando forte, eu estava forte, e o que eu precisava para finalmente levantar a cabeça e me sentir corajoso de novo aconteceu na briga com a Rafaela, e agora eu tinha certeza que eu iria tirar de letra, que eu iria conseguir e que eu finalmente não ficaria mais pelos cantos amedrontado.


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Comentários

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15/10/2015 12:31:20
Matheus e Jonathan, por quê o J. não sente medo? Ou, ao menos, não sentia? Não vale me responder porque ele é corajoso...rsrsrs... 10 como sempre!
15/10/2015 02:23:20
Perfeito como sempre 10
14/10/2015 16:51:32
Não comentei no cap anterior, pois estava viajando, mas foi um dos melhores... Eu achei OTIMO o q o Jonathan fez com a Rafaela rsrsrs Sei q ele vai superar esse trauma bem rapido, já q ele tem o amor do Rodrigo ❤. Não sei se quero logo o final pra saber o q vai acontecer com o Thalisson ou fico triste pq está perto do final... Mais uma vez: Matheus e Jonathan vcs escrevem muito bem, quero mais histórias e o mais rápido possível. Beijos ^^
14/10/2015 05:40:28
Show
14/10/2015 01:56:50
Olá meninos, tenho acompanhado a história desde o início e só pude comentar agora (Vida curta, escraviane me define). é a melhor coisa da casa nesse ano pra mim, sinceramente. Uma época tão rasa pra contos bons. O de vocês é uma luz no fim do túnel (não estou desmerecendo os outros Pelo amor de Deus). A história é tão amarrada e tão incrível que o vício é inevitável. A comparação com a Shonda é Válida pois vocês conseguem fazer exatamente o que ela faz: Histórias de pessoas de verdade. Enfim, eu podia rasgar uma seda gigante que não ia ser o suficiente pra definir o quanto essa história fez e faz bem pra mim. Costumo ler pela madrugada é a hora que da pra ler e imaginar cada linha como uma cena rs. Muita luz pra vcs meninos vcs merecem! bjs de um leitor quase anônimo :) Ah, as indicações musicais São fodas! Que gosto classudo vcs tem. Era "Só" isso bjs!
13/10/2015 22:48:19
Muitooooo booooom!!! Carlos merece um novo Amor!!!! Eu espero que vc revele nos proximos capitulos quem fez essa barbaridade com o Matheus e o Jonathan!!!!Beijuuuuss eum Abraço pra vc e pro Jonantan!!!!
13/10/2015 20:38:27
"Aquele avulso foi ótimo rss. Esse Jonathan gosta de cuidar de uma casa hein, quanta disposição rss. Gostei de verdade que apareceu alguém para o Carlos. Ele merece e já estou na torcida rss. Agora ansioso pelos últimos capítulos e pela nova história que concerteza irá nos surpreender. Preciso ler as anteriores também, já que a primeira que comecei a acompanhar no site foi essa rss.
13/10/2015 19:53:07
Cara eu estou quase chorando só de saber que esta acabando. Eu amei o capítulo de hoje, estava incrível como sempre. Eu concordo com o Jardon, mal posso esperar pela hora do Talisson. PS:Vai demorar muito pra rolar sexo??? Xoxo
13/10/2015 19:51:59
Maravilhoso como sempre. Abraços fofo.
13/10/2015 18:59:47
Não vejo a hora do encontro com o Talisson, tenho certeza que ele que fez isso com o Jonathan, quero vê tudo que ele vai aprontar p poder dar o troque digno do jeito que só o Jonathan sabe fazer. Muito bom o capítulo como sempre.
13/10/2015 18:25:45
Meninos, boa noite. SIM EPISODIO, pois o conto esta uma obra de arte, ok? e essa Shonda Rhimes, que nunca ouvi falar, pq nao assisto televisao fazem uns 14 anos, so assisto filmes e series, sou assiduo do netflix, hahahahhaha, nem chefa aos seus pes, seja a gordinha quem for, hahahahahhahahaha. Esse capitulo abriu muitos campos de ataque para vcs, nossos jovens escritores. Vai ficar cada dia melhor, sinto cheiro de sucesso completo. Infelizmente, tenho de concordar com o NARCISO, vcs fuderam tudo com o negocio do figado nao sei o que. Que putal mal gosto culinario rapazes. Hahahahahahhaha. Obrigado pelo capitulo, episodio, etc etc etc. Amei o capitulo, realmente pelas possibilidades que ele abriu. Obrigadao mesmo. P,S,: Sou antigo e na minha epoca eram chamados efetivamente de EPISODIOS, hahahahahhahahahahah. Abração
13/10/2015 18:16:32
Jonathan deu muitas idéias ao prefeito que ficou super empolgado, será que agora em sua casa e pensando com mais calma sobre o local o Jonathan se lembrará da gravação e monte o dossie contra a delegado e apresente ao prefeito? Contando nos dedos para ver estes sacanas recebendo o que merece, o delegado e o Thalisson deveriam conhecer a anaconda do preso que dividiu a cela com o Jonathan a seco pra ver o que é bom, rsrsrs. Espero que a alergia aos produtos químicos não tenha te atacado. Bjs
13/10/2015 17:57:18
Como falei lá no romance gay e muito bonito ver a relação do Jonathan e do Rodrigo, espero que a vingança do Jonathan contra o delegado e o filho dele chegue logo rs estou ansioso rsrs, a ccda capítulo da história eu fico mas ansioso para o próximo, a história de vocês e uma das melhores histórias que já li voces escrevem muito bem espero que façam outras obras juntos vocês são maravilhosos.
13/10/2015 17:43:25
Oi !!!Foi uma Tristeza momentanea...Mulheres... Então, o tão esperado encontro do Jonathan cm o Talisson vai chegar. O Rodrigo é tão fofo. Carlos e Eduardo.Parece nome de dupla sertaneja kkk mas gostei quem sabe o Carlos não se arranja heim, kkk Bjos e até a próxima. Ai gzuis táh acabandooo. Até. A.
13/10/2015 17:17:00
So tenho duas ressalvas sobre este capítulo: Odeio bife de fígado e odeio cebola. Fora isso, está perfeito. Abração. Narciso.
13/10/2015 17:02:59
Socoor, eu to parecendo um psicopata atualizando a página esperando você postar KKKKKKKK


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