Ei medo! Eu não te escuto mais... ( Capítulo 5)
Dureza, dificuldade, complicação, tristeza, sofrimento, tragédia. Seria cômico se não fosse verdade, mas aquelas eram as palavras que definiam a vida de Felipe, como era possível padecer tanto e não ter ao menos uma decorreria de dias felizes.
Enquanto estava embaixo da água do chuveiro o garoto pensava e lembrava da época em que seu choro era apenas decorrente das quedas em dias felizes no parque, do sorriso confortante de sua mãe ou do olhar compassivo de seu pai. Por qual motivo apenas quilo tinha que acabar? Por que a vida vida e o destino eram tão duros com ele? Não entendi a ao certo a vida ou as coisas que lhe diziam e afirmavam, sua tia em toda sua doçura já lhe dizia que Deus não dá julgo maior do que podemos suportar ou que tudo coopera para o nosso amadurecimento. Mas sinceramente o que o garoto imaginava e as vezes até ria era a imagem de Deus o vendo como burro de carga, pois nascer para carregar todo o julgo que se possa existir não é para qualquer um.
Sua vida depois da morte de seus pais passou a ser de pura tristeza, desgosto, não lembra nem como conseguiu passar na escola aquele ano ou nos anos seguintes, mas passou, não teve animo algum para se esforçar nos estudos, sendo considerado aluno mediano, mas conhecer tudo de todas as anos lunares era ser mediano? Ele apenas não tinha interesse de chamar atenção, de ser cobrado mais do que queria, de querer que sonhassem que ele tivesse uma ótima oportunidade para ingressar no ensino superior, ele queria passar pela vida sem ser notado.
Para que possamos entender, a lama jogada nele, mesmo naquele fia que tudo parecia bem, foi mais um motivo para o desencorajar, ele foi pego de surpresa quando foi chamado para a vaga, achava que não tinha se saído bem na entrevista, mas por incrível que pareça ele foi o mais bem visto e colocado na melhor vaga. Pena que para ele aquele era o fim do seu sonho.
Ao perceber que já ficara demais debaixo do chuveiro, saiu enrolado na toalha, lembrara que não tinha roupa limpa para vestir.
- Droga, minha vida com certeza é uma droga. Ele dizia isso enquanto olhava no espelho.
Felipe sem dúvida alguma era lindo. Um sorriso branco e dentes perfeitos (fruto de longos anos de aparelho), lábios perfeitamente desenhados e cheios o que dava uma ar mais sexy a ele, a pela morena morena e corada do sol, não por praias ou algo do tipo, mas por sempre trabalhar limpando quintais e terrenos dos vizinhos o que lhe rendeu um belo corpo também é por fim os olhos, um mel tão claro e profundo que fazia qualquer um se derreter instantaneamente. Vale frisar que ele não se achava atraente, até então nunca tinha se quer beijado alguém, era escola-casa e nada mais que isso, exceto o trabalho que realizava na rua em que morava.
Enquanto pensava e se martirizada pela vida ouviu alguém bater na porta.
- Felipe? Você está bem? Já terminou?
- Já sim.
- Demorou, achei que tivesse acontecido algo. Já vai sair?
- Temos um problema. Não tenho roupa para vestir.
- Isso não é problema eu já providenciei, pode sair aqui na cama tem uma muda de roupa para você, vai ficar um pouco folgada mas creio que dará para chegar em casa - Disse isso sem nenhum interesse de que o garoto partisse.
Felipe abriu abriu porta e sentiu seu corpo ser avaliado por Leonardo e corou no mesmo instante, o que ocorreu com o Leonardo também, ficando os dois totalmente sem graça.
- A roupa está ali, vou sair para te dar privacidade e também tenho que ligar para o trabalho, afinal eu chegarei bem atrasado.
- Pelo menos você pode, eu vou ter que provavelmente procurar outro.
- Não diga isso, Amélia sempre diz: sorria para a vida e tu ele a ira sorrir para você. Ele disse isso de uma forma bem engraçada, parecia querer imitar imitar voz da governanta, o que fez Felipe rir.
- Você é mais lindo sorrindo. Ficou sem graça com o que disse e tule e saiu logo do quarto não dando tempo para ver ou ouvir qualquer reação do garoto.
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Boa tarde. Espero que gostem.