Era pra ser só amizade, mas... Capítulo 6

Um conto erótico de Higor Gonçalves
Categoria: Homossexual
Data: 18/05/2015 16:58:25
Última revisão: 22/05/2015 16:48:23

— Éééé.... Digo... Claro... Sem dúvidas, não estaria com ele se não amasse. — Respondi gaguejando, estava nervoso, essa era uma situação que jamais havia passado, minhas estranhas se contorciam de nervosismo, Gustavo me olhou com aqueles olhos verdes idênticos ao do irmão.

— Será mesmo??? tenho medo de ser só uma paixão, e meu irmão acabar sofrendo. — Notei o tom de preocupação em sua voz,era nitido como gostava do irmão.

— Olha, posso te garantir que farei de tudo pra fazer seu irmão feliz Gustavo, a gente ta dando certo, e to feliz com isso, isso é tão novo para mim,quanto é para ele, mas está funcionando, e vou lutar muito para que continue assim, pode confiar. — Falei convicto, minhas palavras eram sinceras.

— Você me transmite ser uma ótima pessoa Higor, e a julgar pelo o que meu irmão fala de você, realmente deve ser,então vocês tem todo meu apoio, mas quero deixar algo claro. — Essa última parte me deixou ainda mais nervoso.

— Claro, pode falar. — Embora eu parecesse seguro de mim por fora, por dentro eu tava quase borrando as calças.

— Magoe meu irmão, e quebro todos os ossos do seu corpo, sem querer assustar é claro. — Não parecia brincadeira, minhas calças já eram.

— Claro, entendi, eu preciso ir ao banheiro. — Impossível não tremer, o cara parecia um tanque de guerra.

— Claro, fica a vontade. — Ele falou entre risos.

No banheiro, notei que por mais que ele falasse em tom ameaçador,no fundo só queria proteger o irmão, assim como o meu faz comigo, mas dizer que vai quebrar meus ossos é sacanagem, tão me achando medroso??? experimentem ser ameaçados por um tanque de guerra daqueles,mas que ele era lindo ele é, não contém pro Artur. Voltando para a mesa,Artur já estava sentado junto ao irmão, aos risos.

— Já voltou amor. — Artur falou mesmo com seu irmão ali, e notei que Gustavo não se incomodou nem um pouco.

— Não, to lá no banheiro ainda. — Dei uma risada.

— Morri de rir engraçadinho.

— Um dia sem sarcasmo, é um dia desperdiçado. — Falei.

— Verdade. — Respondeu Artur.

— Vocês dois são uma comédia. — Disse Gustavo por fim.

— Isso ainda é um dia normal, tem que ver quando um dos dois ta de mal humor. — Respondi tomando mais um pouco de suco.

— Vish, tu atura esse chato de mal humor. — Gustavo falou brincando,passando a mão no cabelo do irmão, bagunçando o mesmo.

— Tenho que aturar né. — Disse rindo.

— Olha quem fala né. — Artur falou pra mim.

— Tu é pior. — Respondi.

— Sabendo que é tu. — Ele respondeu.

— Sabendo que é os dois. — Falou Gustavo.

— É tem razão Gustavo. — Falei.

— Pode me chamar de Gu. — Ele respondeu.

— Pode deixar.

— Ele já chegou na parte que disse que ia quebrar teus ossos se tu me magoasse,sendo que ele não mata nem mosca. — Artur disse rindo, olhando pra mim.

— Já sim. — Comecei a rir junto.

— Eu tenho que passar a imagem de irmão Durão né. — Disse Gu também rindo.

— Claro que tem mano.

— Você só quer o bem dele, respeito isso, meu irmão também é assim.— Eu disse por fim.

— Você também tem irmão? — Gu me perguntou.

— Tenho, mas ele não é tão legal como você.

— Como assim?

— Ele não sabe de mim,por que ele e meu pai não... — Não consegui terminar a frase.

— Ahh entendi. — Ele compreendeu sem fazer mais perguntas. — Bom gente, o papo ta muito legal, mas preciso ir, tenho bastante coisas pra cuidar, Tchau Higor, foi um prazer, e desculpa por aquela hora, foi só brincadeira.

— Não esquenta, foi um prazer também, até a próxima. — Apertei sua mão.

Gustavo e Artur deram um abraço apertado, que mostrava a saudade que sentiam um pelo outro. Artur acompanhou Gustavo até a porta da padaria, enquanto eu fiquei ali pensando. Eu tentava entender como a família do Artur era tão compreensiva, os pais dele já aceitaram e apoiaram ele, e querem me conhecer. O irmão dele aceitou e achou tão normal, e era um cara tão gente boa. Já a minha família, tirando minha mãe, ninguém iria aceitar, por que eles tinham que ser tão ignorantes, por que não podiam aceitar as coisas, mas olha eu aqui chamando eles de ignorantes, sem nem saber direito, afinal meu pai nunca demonstrou ser contra, mas como diz minha mãe, dentro da família é diferente, ainda mais do filho que ele tem tanto orgulho. Eu preciso parar de pensar tanto.

Artur já havia voltado, pagamos a conta, e fomos pra casa dele. Chegamos no apartamento, que não muito diferente do meu, tinha um quarto, sala, cozinha, banheiro e sacada. Sentei no sofá, e ele logo sentou junto comigo, deitou sobre minhas pernas.

— Gostou do mano? — Perguntou ele.

— Adorei, ele é muito gente boa.

— Não visse nada ainda, ele vai ser a melhor pessoa que você já conheceu, o mano é o melhor. — Nas palavras ele mostrava o quanto a ausência do irmão o machucava.

— Sente muita falta dele né.

— Demais, desde pequeno, ele sempre foi meu melhor amigo, ele e meu pai, sempre estavam comigo.

— Se afastou dele quando veio morar aqui?

— Na verdade só um pouco mais, ele se afastou mais quando começou a trabalhar, mas só fisicamente, por que ele sempre fala comigo, seja por mensagem, ligação, o jeito que der.

— Ele trabalha em que?

— Ele é representante da empresa do meu pai, dai ele viaja muito, mas muito mesmo. — Pera ai, o pai dele tinha uma empresa.

— Teu pai tem uma empresa?? — Eu tava chocado, ele não tinha falado isso.

— Sim, de materiais de construção, eu não tinha contado?

— Não amor, você esqueceu esse pequeno detalhe. — Ele riu.

— Agora você já sabe, te contei que meus pais vão vir morar pra cá. — What?????

— NÃO, desde quando. — Impossível não mostrar meu choque.

— Já faz umas semanas que eles decidiram, semana que vem eles chegam, já até compraram a casa. — Ele tava bem feliz.

— Caramba.

— Você vai finalmente conhecer eles, isso não é maravilhoso, eles tão loucos pra te conhecer, ainda mais depois que o Gu falar bem de ti. — Artur estava eufórico de tanta alegria, eu por outro lado estava quase infartando.

— Claro é maravilhoso.

Naquela noite eu quase não dormi, milhões de pensamentos passavam pela minha cabeça, e isso me tirou o sono legal, por mais que eles fossem legais e tal, eles poderiam não gostar de mim, e aquele acordo de que ninguém iria saber?? . Isso me atormentou a noite toda, Se os pais dele me conhecerem, provavelmente vão contar a Victoria, e ela jamais vai perdoar eu e o Artur quando souber, meu deus por que eu não contei pra ela logo no inicio, agora corria o risco de perder uma grande amiga.

Ainda tinha o Thiago que tinha sumido, e não tinha notícias dele, o cara evaporou, ninguém sabia dele. Esses pensamentos me atormentavam demais, eu tinha que parar de pensar tanto, ia acabar pirando, estava quase conseguindo dormir, quando meu telefone tocou, com tanta raiva peguei o celular e vi que era o Lucas, ele nunca ligava a essa hora.

— Lucas aconteceu alguma coisa?

— Higor, é o Henrique, o Lucas tá mal,e não sabia mais pra quem ligar. — Ele tava apavorado ao telefone.

— Calma cara, o que aconteceu??

— A gente tava tranzando e de repente ele começou a tremer e agora não acorda, pelo amor de deus me ajuda.

— Leva ele pra um hospital imediatamente.

— Pra qual??

— Sei lá porra, qualquer um. — Falei impaciente.

— Ta bom, vou levar pro hospital regional, é o mais perto.

— Ta, to indo pra lá.

Saltei da cama e me troquei rapidamente, eu não conseguia acreditar como alguém não teria levado outro ao hospital, não entrava na minha cabeça isso, embora já imaginasse o motivo. Desci, peguei minha moto e fui correndo pro hospital. Cheguei lá e fui até a recepção, me falaram que ele estava sendo atendido, e eu podia esperar na sala de espera, e pediram pra que eu preenchesse uma folha com as informações do paciente, já que a pessoa que o trouxe se negou a se identificar. Como imaginei, Henrique não queria trazer o Lucas, com medo de ser visto, e ter de dar explicações, afinal sempre bancava o machão, só deixou Lucas e sumiu, me irritava saber que meu amigo andava com gente assim.

Depois de preencher a folha fiquei esperando na sala, demorou mais do que imaginei. O tempo passava e nada do médico trazer notícias, estava agoniado já, tomei tanto café que não ia dormir por dias. Algumas enfermeiras eram muito gostosas, e tinha cada uma com um rabão, Higor para com isso, tens namorado e amas ele pensei comigo mesmo, mas era força do costume.

Finalmente o médico chegou.

— Higor?? — Ele perguntou ao me ver.

— Sim senhor. — Apertei a mão dele.

— Pelo que me falaram você não foi quem trouxe ele, certo? . — O médico era um senhor já, aparentava uns sessenta anos, mas muito simpático, cabelos grisalhos, e voz forte.

— Sim, não fui eu, sou amigo dele e vim assim que soube, o cara que trouxe ele não queria ser visto com ele doutor.

— Imaginei, esse pessoal de hoje em dia adora aprontar, agora assumir o erro que é bom nada, parabéns por ser um bom amigo, agora queira me acompanhar por gentileza. — Ele saiu andando pelo corredor e eu o acompanhei.

— Seu amigo acabou exagerando na dose, se é que me entende.

— Sim.

— Ele acabou bebendo demais e tranzando demais, o coração não aguentou tanta pressão, ele não morreu por sorte, ainda estou esperando os exames pra ter certeza absoluta, mas seu amigo demonstra todos os sintomas de problemas cardíacos, ou ele sossega ou é caixão, desculpe a indelicadeza.

— Não tem problema, não gosto de enrolação, e o senhor foi direto ao ponto, posso vê-lo agora?

— Pode sim, mas terei que avisar a família dele sobre o ocorrido, já que terá de ficar internado até sair o resultado dos exames.

— Claro, faça isso, deixei todas as informações na folha.

— Ok, quarto cento e doze,a esquerda.

Entrei no quarto e Lucas estava deitado na cama, com uma cara péssima e desanimada.

— Daew cara. — O comprimentei.

— Daew. — Ele falou tão desanimado que quase não ouvi.

— Ta melhor?

— O que você acha. — Ele respondeu com ignorância.

— Para de responder com ignorância que não te fiz nada, quem fez foi aquele otario, que te jogou aqui, e só trouxe por que eu mandei.

— Desculpa amigão.

— Olha Lucas, o que ta acontecendo com você cara, eu sei que você sempre gostou de farra e fuder, mas tudo tem limite, to preocupado contigo.

— Eu sei que exagerei, desculpa.

— Não tens que pedir desculpas pra mim, e sim pra você mesmo.

— O que o doutor falou?

— Que tu exagerou demais, bebeu muito, dai mais o sexo, seu coração quase não aguentou.

— Mas Higor, mal bebi ontem a noite, mas fiquei doido muito rápido.

— Provavelmente o Henrique te drogou.

— É também acho.

— Então ta na hora de sucegar né, fazer igual a mim, achar alguém especial, que esteja sempre do teu lado, não somente nas horas boas.

— Concordo contigo, e obrigado por tudo.

— Que isso cara, somos amigos.

— E ex amantes né. — Ele deu uma risada safada.

— Essa parte é melhor você esquecer, foi maravilhoso foi, mas é passado. — Falei sério.

— Concordo.

Sai do quarto e fui até a lanchonete comer alguma coisa, meu celular tocou e era o Artur preocupado comigo. Expliquei o que aconteceu e ele disse que daqui a pouco estava chegando.

Artur chegou, conversamos um pouco, expliquei o que tinha acontecido. Depois a mãe do Lucas me ligou querendo saber o que aconteceu, disse pra ela ficar tranquila, que o Lucas tava bem, como a família dele era de muito longe, eu disse que cuidava de tudo aqui, e ela mandou depois eu mandar a conta do hospital pra ela.

O doutor me disse que atarde o Lucas já teria alta, pois os exames deram bons, ele não tinha problemas cardíacos, tinha sido drogado mesmo, mas a droga já havia saído do organismo.

Em casa, eu estava ferrado de sono, e só queria dormir, mas antes.

— Amor? — Artur me chamou.

— Fala.

— Precisamos conversar. — Ele falou sério e essa frase me dava arrepios.

— Aconteceu alguma coisa?? — Perguntei nervoso.

— É sobre a gente.

— O que que tem?

— Eu tava pensando numa coisa e..

— E o que amor?

— Quando vai rolar nossa primeira vez??

Aquelas palavras me pegaram de jeito, não tinha pensado nisso ainda, e com certeza isso seria o problema, já que Artur era hétero, e eu sempre fui o cara da relação, ou seja nunca dei,então qual dos dois aceitaria ser a bagagem???

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'Cause I'm back! Yes, I'm back! Well, I'm back! Yes, I'm back! Well, I'm baaack, baaack... Well, I'm back in black, Yes, I'm back in black!

Bom pessoal, como já expliquei, tive uns problemas, e precisei me afastar, só tenho desculpas a pedir, mas agora as coisas tão se ajeitando, espero que gostem desse capítulo, essa semana já posto o sete, voltei e pra ficar, até a próxima.

Obs : Danny Fioranzza eu sei que o abraço do Artur é uma delícia, e sinto ele todo dia, acompanhado de muitos beijos é claro hehehe.


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Comentários

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13/06/2015 00:30:04
Amei. :)
12/06/2015 22:33:34
complicou...
19/05/2015 02:08:25
Que bom, você voltou!!!! =]
18/05/2015 22:32:24
Kkkkkk vdd! Falta a primeira vez, como dizem a primeira ninguém esquece kkkkk espero q não demore muito, e um abração pra vcs
18/05/2015 19:30:31
Não demora pra postar o próximo, nota 11.
M/A
18/05/2015 18:20:55
Faz reversamento uma hora de cada com pau no ...
18/05/2015 17:48:50
Que bom que voltou! Adoro seu conto! E agora? Quem vai ceder? Quem sabe os dois nao se descobrem versateis ao longo da relaçao né? Passada com o Lucas rs. Safadinho...
18/05/2015 17:37:41
kkk's e tomara que sinta por muito tempo ainda, eu sempre vou esperar por você e mais um capitulo, e seu conto fez uma coisa maravilhosa em minha vida, eu agora tenho um chinelo velho para meu pé cansado graças a seu conto kkk's


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