Eu e ELES... 7
- Neto, ta pedindo a senha - Eu disse e ele se levantou da cama e ficou atrás de mim na cadeira, sua mão pegou na minha pelo mouse e eu retirei fazendo meu cotovelo ir para trás e triscar em sua bermuda, no meio das pernas. e me assustei, porque ele estava completamente exitado e aqueles breves segundos fez com que eu ficasse exitado também, e isso não iria prestar, até porque ele percebeu e olhou pro meu rosto com os olhos brilhando e quando dei por mim, seus lábios estavam tocando os meus.
10 de fevereiro de 2013, Eu e Neto nos beijamos pela primeira vez
7.
Nossos lábios ficaram se tocando por muito tempo, ele me puxou da cadeira e nós deitamos na cama sobre os livros e os cadernos, eu estava completamente envolvido naquele beijo doce e sereno, sua boca percorria a minha de uma forma delicada que foi parando aos poucos, e ele estava em cima de mim e nossos olhos estavam namorando um ao outro.
- O que foi? - Ele me perguntou e ficou meio encabulado.
- Não sei o que fazer - Eu disse. Estava totalmente sem reação.
- Não precisa falar nada - Ele disse e me deu um selinho, e outro... e outro... e outro.
E os selinhos voltaram a ser beijos novamente, ficamos ali nos beijando. Seus braços sendo pressionados na cama pelas minhas costas, mas não estávamos deslizando as mãos nos corpos um do outro, era somente beijos inocentes, embora eu sentisse nossos membros completamente duros tocando um ao outro sob a bermuda. Mas esse momento foi interrompido com alguém batendo na porta, nós dois nos levantamos rapidamente e ajeitamos a cama e os cadernos e ele foi abrir a porta, era o irmão dele. E me preocupei, a porta não estava trancada, se ele tivesse simplesmente entrado iria nos ver se beijando na cama.
- O que você quer Cristiano? -Neto perguntou com cara de poucos amigos.
- Só quero que você me empreste seu all star maninho - Ele disse com um ar que não demonstrava essa meiguice que ele falou e Neto entregou o All star dele e Cristiano acenou para mim e saiu. Neto fechou a porta novamente.
- Vamos terminar logo essa última questão para assistirmos alguma coisa - Neto falou indo para o computador sem tocar mais no assunto daquele beijo. Eu levantei da camaDepois da atividade, nós fomos para sala e resolvemos assistir Harry Potter e o enigma do príncipe, seguido de Senhor dos anéis o retorno do reiA mãe dele fez pipoca para nós enquanto ainda estávamos assistindo Harry Potter,e nossas mãos se tocavam de vez em quando dentro do recipiente e eu estava gostando daquilo,de vez em quando a gente se olhava e o tempo foi passando, quando me dei conta já ia dar 18 horas.
-Putz, tenho que ir, já está ficando tarde e eu vou para casa andando hoje - Eu disse.
- Espera, levo você até a entrada do Vale dos lagos - Neto disse se levantando do sofá.
- Não precisa - Eu disse, mas doido para que ele realmente me levasse e mencionasse o que havia acontecido no seu quarto.
-Faço questão - Neto disse.
-Então vamos - Eu disse e nós dois saímos da casa dele e já estávamos na avenida São Rafael, muitos carros passando e as luzes vermelhas iluminavam a noite. Caminhamos em silêncio por alguns segundos.
- Você gostou? - Ele perguntou e pude ver o quanto ele se esforçou para fazer aquela pergunta, estava tão constrangido quanto eu.
- Sim - Eu disse timidamente e ele deu um sorriso tão fofo. Mas será possível que basta um menino sorrir para mim eu fico abobalhado?
- Lucas, isso não pode sair daqui tá? Ninguém pode saber -Ele disse todo preocupado.
-Ei, não se preocupe com isso, não vai sair da gente...Vai ser nosso segredinho - Eu disse e sorrir para ele e ele olhou para mim.
- Curtir você sabia? Beija bem, quer dizer é o primeiro menino que eu beijei - Ele falou e eu me senti importante.
- Você é meu segundo - Eu disse
- Nossa que rodado - Ele falou e deu uma risada.
- Rodado nada, oxe - Eu disse.
- Nunca beijei outro menino, até agora só peguei meninas - Ele disse
- Você é bi? - Eu perguntei
- Sim, na verdade eu nunca havia me interessado por garotos, mas quando você chegou na escola despertou algo em mim
- Ele disse e eu fiquei pasmo, eu havia despertado algo nele.
- Putz, cara. Isso é serio? - Eu perguntei.
- É sim, mas eu gostei de beijar você - Ele disse e eu dei um sorriso interior. Ele havia gostado de me beijar, mas ele só pegava meninas? Queria dizer então que eu tinha feito ele virar gay. Meu Deus.
- Eu também curtir, que pena que já chegamos no vale, vejo você na aula amanhã? -Eu perguntei.
- vai ver sim - Ele me respondeu e deu um aperto de mão se despedindo.
Comecei a andar para casa com um sorriso bobo no rosto, eu havia me deitado na cama com outro garoto, nossos lábios haviam se tocado e definitivamente era uma sensação mais do que perfeita, era outro garoto igualmente a mim, era algo considerado pecaminoso e errado, mas era algo incrivelmente bom e naquele momento eu havia achado belo. E queria que rapidamente chegasse o dia seguinte, para que eu o encontrasse novamente. NetoCheguei em casa e estavam todos já jantando na mesa, quando eu entrei, minha mãe deu um pulo da cadeira.
- Menino, onde foi que diabos você se meteu? Não liga, não atende o celular - Minha mãe falou gritando.
- Eu estava fazendo uma atividade da escola na casa de um colega - Eu disse baixinho.
- Mas poderia avisar não é? - Minha mãe disse ainda no mesmo tom
- Certo, não vai mais acontecer isso - Eu disse - Vou tomar um banho e volto para jantarMinha mãe ficou na mesa comigo enquanto eu jantava,ela ficava me olhando com os olhos preocupados por um tempo até que começou a falar.
-Seu pai e eu não vamos para Berlinque nesse carnaval, mas se você quiser ir, o Luan vai está lá -Ela disse.
- E minha tia? - Eu perguntei engolindo a comida
- Ela vem passar o carnaval aqui em Salvador, ligue pro Luan se quiser ir,acho que ele já está lá - Ela falou.
- Já já eu ligo, tem o número dele? Ainda não salvei no celular novo. Acho que nem ele tem o meu, assim eu ligo e mando ele gravar também - Eu disse.
-Quando acabar de comer, lave o prato - Minha mãe falou e saiu. Terminei de comer e lavei os pratos rapidamente, peguei meu celular e sair de dentro do AP e fui para o jardim. E apressadamente liguei para o Bruno.
- Alô? ahh ahh - Bruno falou no outro lado da linha, havia um som forte de algo batendo.
-Bruno? - Eu falei com uma voz fanhosa.
- Fala, Lu... Não para porra - Bruno deu um grito e eu me assustei.
- Parar com o que? - Eu perguntei, estava estranha aquela conversa.
- Não foi com você... ahh ahh - Bruno deu outro gemido e então tudo surgiu na minha cabeça.
- Bruno? Você está TRANSANDO? - Eu perguntei enraivado.
- Caralhooo continuaa - Bruno falou alto -Estou sim, fala o que você quer falar- Ele disse.
- Eu não estou acreditando, Bruno. Se você esta transando não precisava atender, não vou ficar aqui ouvindo isso, depois te ligo. Thau - Bati o celular, mas deu tempo de ter ouvido um último gemido do Bruno.
- Mas que descaração desse menino -Eu disse para mim e depois rir imaginando Bruno em algum banheiro, dando para algum menino. Bruno definitivamente nao tinha noção nenhuma.
Então resolvi ligar logo para o Luan, e lembrei que não tinha pegado o número com minha mãe, resolvi entrar em casa para poder pegar e fui me aproximando do quarto dela, a porta estava entreaberta e eu podia escutar a conversa que saia.
-Estou preocupado com esse menino - Minha mãe disse.
-O que te preocupa, Celeste? -Meu pai perguntou
- Olha o jeito dele, Gonçalo. Estou realmente com medo que ele se torne... - Ela disse sem completar a palavra.
- Celeste o que é isso? Ele só é tímido. Calma, quando o carnaval passar vou dar um jeito nisso - Meu pai disse e eu resolvi bater na porta, nõa queria ouvir aquela conversa que estava me deixando triste.
- Mainha, me da o número do Luan- Eu disse e ela pegou o celular dela e me passou, sai rapidamente do quarto e voltei para o jardim e liguei para meu primo.
- Quem é?- Ele perguntou
-Lucas, seu primo. Esse é meu novo número, grave ai - Eu disse.
-E ai cara, como tá? vai vim pra ilha não? - Ele perguntou - Está um saco ficar aqui sozinho.
-Por isso que estou ligando para você, só tenho amanhã de aula e ai vai dar o recesso de Carnaval e eu vou amanhã mesmo. Meus pais não vão e não sei se o Leonardo vai - Eu disse para esclarecer logo.
-Fechou... err... Aquele seu amigo não vai vim não né? -Luan perguntou
-Não, ele vai visitar uns parentes em Paranaguá, no Paraná - Eu disse.
-Ah certo, que bom- Ele falou com um alivio e eu rir - A casa é toda sua, é só chegar primo - Ele disse.
- Falou, vou desligar aqui. Abraço - Eu disse e ele mandou outro, eu bati o celular.
Me deitei sobre o banco e fiquei olhando as estrelas, ou era elas ou era a minha visão que estava deixando tudo triste. Aquela conversa de meus pais mexeu de forma negativa comigo, então minha mãe desconfiava e tinha medo que eu fosse gay, mas meu medo com certeza era maior, decidir empurrar esse pensamento para bem longe da minha mente e focar na melhor coisa que me aconteceu hoje, o beijo de Neto. Seu corpo sobre o meu, meu cotovelo triscando em seu membro duro. Como seria tocar com a mão? Como seria sentir...? Eu estava pensando longe demais, foi só um beijo inocente, eu não deveria continuar pensando nisso, eu não tinha nem certeza se eu era gay, pelo que eu sei, poderia ser algo passageiro, ainda bem que Bruno não estava aqui ou eu iria receber um murro na cara, ele odeia quando eu falo que eu poderia virar hétero uma hora. Seria mais fácil se eu fosse hétero, minha mãe não estaria preocupada nesse momento... E novamente a tristeza se abateu sobre mimAcordei no dia seguinte e me arrumei rapidamente para escola, era a última aula antes do carnaval e nunca estive mais animado para isso. Queria encontrar Neto, eu não fazia idéia do que seríamos agora, depois de ter ficado com ele na casa dele ontem. Mas minha ansiedade foi bruscamente cortada quando cheguei na sala e Jéssica me deu uma noticia.
- Neto não vem hoje, ele mandou entregar a atividade dele - Ela disse quando eu havia perguntando se ele havia chegado.
- Mas por quê? O que houve? - Eu perguntei claramente triste
- Ele e os pais viajaram, vão passar Carnaval no Rio. Eles iam amanhã, mas apressaram para hoje.
-Então eles só voltam depois do Carnaval? - Eu perguntei
- Sim - Jéssica falou e ela parecia triste também.
Aos poucos a aula foi passando e minha tristeza ficava evidente, ia demorar para eu vê-lo ele novamente e até lá eu iria morrer de ansiedade. Neto não estando ali já estava fazendo grande diferença pro meu dia e aquilo me assustava.
Quando o sinal da última aula tocou, todos na sala deram um abraço um no outro e se despedimos no portão. Quem iria ficar em Salvador, marcaram de se encontrar em algum bloco na Barra. E eu estava com vontade de cair no mar da ilha, pena que seria somente eu e o Luan lá ou assim eu achava...
- Seu celular está tocando - Disse Dailane que estava indo pro ponto de ônibus, enquanto eu andava para casa.
- Nem escutei - Eu disse e tirei o celular do bolso, era um número desconhecido.
- Alô?! -Falei estranhando.
- E aii guri - Uma voz falou
- Quem é??? - Perguntei sem reconhecer a voz.
- Não lembra mais de mim? Vou dar um dica, se você não correu atrás de mim, eu corri atrás de você - Ele falou e eu descobrir quem era.
- Alaor? - Falei com um sorriso.
11 de fevereiro de 2013, Alaor entrou de vez em minha vida
Eu e ELESPalavras do Autor-----
Galera, vocês estão gostando da história? Espero que sim. Votem e comentem, é importante eu saber a opinião de vocês. O conto demorou para sair, pois eu estava resolvendo uns problemas com documentos. A noite tem o capítulo 8. Bem vou responder aos comentários agora:
- ale.blm
Desculpe a demora, mas ai está o retorno do Alaor.
- (Al)
Não conheço o San cation kkkkkk. Espero que o corretor já esteja colaborando kkk
- BDSP
O dotado kkkkkkkk
-Lucas Lemos
Obrigado xará, espero que continue gostando.
- Kayo B
Ainda vão ter muitas coisas bafonicas, Kayo. É só continuar lendo.