O DEMONSTRADOR DE PRODUTOS DE BELEZA

Um conto erótico de Ehros Tomasini
Categoria: Heterossexual
Data: 02/03/2015 07:42:11
Última revisão: 02/03/2015 21:53:19
Assuntos: Anal, Heterossexual, Oral

AS CRÔNICAS DE MONA - VIII

Detestava atender televendas. Sempre a convenciam a comprar alguma coisa. Não tinha coragem de desligar o aparelho na cara de quem tentava lhe vender, e acabava adquirindo algo apenas para se livrar da voz irritante do outro lado da linha. Dessa vez não fora diferente. A moça a convencera a testar uma linha de produtos de uma empresa nova no ramo. O bom é que não pagaria nada por isso. Mas sempre foi desconfiada que o barato muitas vezes sai caro...

Parara de chover uns dias e agora fazia muito calor. Marcara com a representante de produtos de beleza para uma sessão às quatro da tarde, e faltava apenas uns dez minutos para a hora combinada. Tomara um banho demorado e esperava deitada no sofá, lendo alguns rabiscos escritos num livro de capa de couro velho, com letras antes douradas titulando-o: Os Contos de Mona. Passara a escrever de grafite, ultimamente, pois dessa forma poderia descartar o que não lhe interessasse mais sem desperdiçar papel. Pegou uma borracha e ia apagar um poema com algumas frases incoerentes, quando a campainha da porta tocou...

Levantou-se de um salto e correu até a porta. Abriu-a e deparou-se com uma das maiores surpresas da sua vida. Estava à sua frente um homem vestido num conjunto rosa, tendo bordado no bolso da camisa a marca de um produto de beleza ainda desconhecido: Avalon - prazer em ter. Quase riu daquela figura metida naquele conjunto rosa claro, mas conteve-se a custo. No entanto, olhou com mais atenção para o espécime masculino à sua frente. Aparentava uns quarenta anos, cabelos bem cortados e penteados, corpo esbelto, unhas bem aparadas... Aí lembrou-se que já lera algo sobre metrossexuais, uma nova "espécie" humana. Homens sempre antenados com tudo que existe de atual, cultuadores da beleza e boa saúde física, bom gosto no vestir e essas coisas tão criticadas pelos machões de plantão, mas tão adoradas pelas mulheres. O que não combinava era aquele conjunto rosa. Não que não gostasse de rosa, mas nunca tinha visto homem vestido todo naquele tom, então estava estranhando...

Apresentou-se como Juliano e, depois de repetir toda a fala da vendedora ao telefone, colocou sua valise sobre uma mesinha na sala e pediu amavelmente para que ela tirasse toda a roupa. Mona tomou um susto com aquele pedido indecoroso, mas ele parecia estar seguro do que dizia. Então, não se fez de rogada: despiu-se inteiramente, sob o olhar profissional dele. Ficou até frustrada por não perceber nenhuma reação libidinosa por parte do moço. Ele armou uma espécie de maca portátil muito higiênica na sala e pediu para que ela se deitasse de barriga para cima. E começou passando um creme em seu rosto, dizendo ser um poderoso hidratante facial. O cheiro era maravilhoso, e um pouquinho que ficou perto da sua boca fê-la notar um sabor de cerejas. Adorava cerejas. Depois ele passou um outro creme em seus seios, e sentiu imediatamente os biquinhos ficarem excitados. Primeiro por conta do creme, depois porque as mãos de Juliano eram muito hábeis. Ele não mudava sua expressão profissional, dissertando sobre as propriedades do produto. Até que pediu para ela fechar os olhos e sentir os prazeres do novo creme vaginal...

Mona não acreditava no que acabara de ouvir. Se ele pensava que ela iria abrir as pernas para ele lhe passar tal creme, estava muitíssimo enganado! Abriu a boca para dizer-lhe uns desaforos, mas ele parecia nem dar por sua presença. Estava ocupado em despir-se totalmente e a aplicar um pouco de líquido no próprio pênis, massageando-o levemente de modo a espalhar por todo o membro... que era enorme. Fazia-o como se estivesse esterilizando-o contra germes. Depois, pedindo mais uma vez que Mona cerrasse os olhos, pegou outro punhado de creme mais espesso, de um outro pote, e passou entre as pernas dela, umedecendo seus grandes e pequenos lábios. Ela quis dizer alguma coisa, mas a voz não saía. Aí começou a sentir um frescor na vagina...

Juliano continuava a explicar sobre as propriedades do creme, mas sua voz estava longe, quase inaudível. Além do frescor, Mona começou a sentir uns comichões na vulva, como se estivesse muito excitada. Mas na verdade, estava incomodada com a desenvoltura do demonstrador de produtos para com ela, diante do seu corpo nu. Ele separou três potinhos de cores diferentes, abriu-os e pediu para que ela aspirasse seu perfume. Todos tinham cheiro de frutas, maravilhosos. Ele pediu para ela escolher um e ela o fez. Em seguida, Juliano passou um pouco na própria glande e pediu gentilmente que ela provasse o sabor. Era justamente o que ela estava pensando no momento, e foi logo abocanhando aquela glande tesa, cheirosa e... saborosa.

Lambeu, chupou e até mastigou de leve aquele membro lambuzado de creme com sabor de fruta, e cada vez sentia mais um frescor na vagina, como se tivesse introduzido uma pastilha de menta ali. À medida que sugava o membro de Juliano, esse parecia ficar cada vez mais quente, liberando um odor que excitava seus sentidos. Não aguentava mais de tanta tesão, então sentou-se rapidamente na maca improvisada, ficando com a boca na altura daquele pênis gostoso. Colocou-o todinho na boca, quase sem evitar que engasgasse. Depois puxou aquele membro que parecia já queimar-lhe a boca de tão quente e introduziu em sua vagina, que agora parecia enregelada. O choque térmico levou-a à loucura, tendo imediatamente um orgasmo...

Ele, Juliano, continuava seu papel de demonstrador de produtos. Dizia ao seu ouvido que, se movimentasse o pênis mais lentamente, ela sentiria um orgasmo múltiplo em poucos segundos. E sabia bem o que estava dizendo. A mistura química do creme que ele passara na glande com o que passara na sua vulva parecia causar um efeito afrodisíaco intenso. A sensação de calor invadindo suas entranhas era muito gostosa. Quando ele empurrava aquele pênis enorme dentro dela, subia-lhe um calor intenso. Quando ele retirava-o quase que totalmente de sua vagina, excitadíssima e lambuzada de creme, batia-lhe um frio na espinha. Quis saber qual seria a sensação em seu ânus...

Virou-se de costas, arreganhando as pernas e empinando a bundinha arredondada. Juliano limpou o pênis com um pedaço de gaze, retirando todo o excesso, deixando o membro limpinho, e tornou a untá-lo com outro tipo de creme, dessa vez um com coloração de uva. Depois, com o dedo, untou também o buraquinho de Mona, enfiando-lhe o dedo quase todo dentro, mas de forma bem cuidadosa. Ela não sentiu nenhuma dor, apenas uma quentura no reto. Pegou o membro dele e apontou ansiosa a glande para seu buraquinho lambuzado. Ele empurrou devagar, fazendo-a gemer de prazer. Aos poucos, a quentura foi aumentando, como se aquele pênis estivesse pegando fogo dentro do rabinho dela. Então ele começou a fazer movimentos suaves, profundos mas gentis. E seu ânus começou a ficar molhado, como se o creme se transformasse em água...

era uma sensação estranha... parecia que ela havia introduzido uma grande quantidade de água dentro de si, pelo reto. À medida que ele copulava, a água ia saindo daquele buraquinho encharcado. Molhava-lhe as nádegas, as entre-coxas, escorria-lhe pelas pernas. Geladíssima. Contrastando com a quentura do pênis dele dentro de si. Era uma sensação gostosa demais, e a libido aumentava quando ele explicava cada sensação que viria depois. De fato: sentiu primeiro a frieza do gelo dentro de si, depois a água escorrer morna, depois o despejar de dentro de si de uma verdadeira cachoeira d'água morna, e por fim aquele membro escorregar num vai e vem dentro de si, pegando fogo. Pra aumentar o seu prazer, percebeu também que sua vagina parecia congelar, mas com um frescor gostoso, misturando seu líquido vaginal com a viscosidade do creme que ele passara antes de penetrá-la por ali. Foi quando teve um orgasmo intenso, depois outro, depois outro muito demorado e prazeroso...

Sentiu Juliano ejacular dentro do seu buraquinho, cada jato parecia uma labareda dentro das suas entranhas. Gritou alto, de prazer intenso, sentindo a cabeça girar, as pernas fraquejarem. Pressentiu que iria desmaiar, então pegou aquele pênis com uma das mãos e segurou-o firmemente, temendo perdê-lo para sempre. Ainda sentiu as mãos de Juliano massagearem suave sua bunda, suas costas, e pensou que ele estava passando um outro tipo de creme nela. Mas logo percebeu que ele havia ejaculado sobre ela, e agora espalhava o sêmen em seu corpo. Bateu-lhe uma forte tontura, mas não largou o pênis dele. Queria acordar segurando-o ainda...

Acordou deitada de bruços no sofá, totalmente despida. Segurava o lápis grafite em uma das mãos e, fortemente, um pênis de borracha, na outra. Um pote de creme vaginal, quase pela metade, estava jogado no chão, perto do livro de capa de couro. Tentou clarear a mente, e só depois de alguns minutos lembrou-se que recebera uma representante da Avalon, muito simpática, que indicara-lhe aquele creme vaginal que estava em lançamento. Assim que ela saíra, resolveu experimentar a eficácia do produto. Testado e aprovado, com a participação especial de seu consolo de borracha. Restava agora escrever um poema sensual em uma das páginas em branco do seu livrinho. A noite se aproximava. E prometia ser muuuuuuuuito agradável, pois marcara um encontro com alguém que havia algum tempo vinha paquerando-a online. Levaria o creme e o livro consigo.

" Não saio sem meu creme

Valorizo minha beleza

mas meu corpo também geme

Fazendo com que eu mais me atreva"


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