O Legado (Capitulo 24)

Porque ele fez isso? Eu sei que estávamos dando um espaço entre nós para podermos nos organizar emocionalmente, mas precisava desse gelo todo? Nós sempre fomos tão próximos eu nunca imaginei que um dia iríamos estar em uma situação como esse. Mas a vida é uma caixinha de surpresas, e a única coisa que temos que fazer é jogar conforme as cartas que a ela nos oferece... Porém mesmo assim, não sei se iria agüentar toda essa distancia principalmente nesse momento tão confuso da minha vida...

Perdidos nesses pensamentos as horas passaram mais rápidas que águas de um rio, e quando percebi já era hora do almoço, tinha que me apressar pois logo em seguida seguiria para treinar com os outros, porém queria estar sozinho então decidi almoçar fora, para espairecer mais um pouco. Me troquei rápido, coloquei algo super confortável, um short de Oxford preto acima do joelho, uma camisa de malha com estampa de onça preta e branca, um chinelo básico da Ipanema. Assim sai de casa pensando onde poderia parar, até que uma voz familiar vinda por trás de mim me faz parar...

...: Parece que hoje e destino resolver sorrir pra mim, me colocando mais uma vez no seu belo caminho – Me virei para confirmar que era Rodrigo, ele estava lindo com uma bermuda lisa preta e uma camiseta do nirvana. Com aquele sorriso tão lindo capaz de derreter até as calotas polares, caramba parecia o sol brilhando de tão lindo que era...

Eu: Olá Rodrigo – Disse em sorriso também – O que faz por essas bandas aqui?

Rodrigo: Apenas caminhando, e você?

Eu: Ah, bem eu estava indo há um restaurante almoçar...

Rodrigo: Se importaria que eu te acompanhasse? – Embora a minha idéia seja ficar sozinho para refletir, eu não consegui dizer não a ela, aquele olhar, aquele sorriso era como se eu estivesse completamente hipnotizado...

Eu: Claro que não, seria bom ter uma companhia.

Rodrigo: E em qual você pretendia ir?

Eu: Bem dizem que o Santo Gole serve um ótimo almoço (Eu sei esse nome não é normal pra um restaurante, mas na verdade era um bar contemporânea que servia almoço...)

Rodrigo: Ah sim, bem então vamos... – Começamos a caminhar em silencio, porem ele quebra isso em poucos minutos – Vejo que você ainda está perdido em problemas ainda... Tem certeza que não quer compartilhar?

Eu: Sim, é complicado demais para explicar, e não quero tomar seu tempo com isso...

Rodrigo: Mas eu queria poder te ajudar, quem sabe assim posso estar mas perto de você fisicamente e emocionalmente...

Bem eu não esperava essa investida tão fofa, tanto que demorei uns belos segundos para processá-la... Porém contudo que estava acontecendo, a ultima coisa que eu queria era dar esperança há alguém sobre um romance cujo eu sei que não poderia rolar, pelo menos não tão cedo então me limitei em uma resposta um pouco mais rude.

Eu: Olha aqui, não acho que isso vá te aproximar, muito menos me conquistar...

Rodrigo: Desculpe se te ofendi não foi minha intenção - falou ele com uma voz uma pouco cabisbaixa e abaixando a cabeça.

Eu: Não, eu entendo que suas intenções são boas, no entanto não quero de dar expectativas entende?!

Rodrigo: Completamente, mas espero que pelo menos tenhamos um belo caminho onde podemos construir uma amizade pelo menos, pois pra mim qualquer proximidade contigo é algo me traz grande contento.

Ele realmente era diferente de todos que eu conheci, talvez por ser um pouco mais culto do que despojado, e ter o charme de um lorde inglês com o sorriso de um príncipe, enfim, algo nele mexia comigo, não sabia como explicar, só que toda vez que pensava nisso calafrios percorriam minhas costas...

Eu: Claro, eu adoraria sua amizade... Bem olha já estamos chegando, vamos nos apressar que estou faminto... – Peguei em sua mão, tão quente e puxei em direção do restaurante depois disso apenas conversamos amenidades e nos conhecemos melhor, logo após disso nos despedimos, ele foi embora e eu fui para casa do Dieh de lá iria para minha avó, mas antes queria conversar com ele, algo me dizia que ele me traria um pouco de consolo...

Claus Narrando...

A viagem toda foi um martírio, da minha cabeça não saia a imagem de quando eu e ele nos despedimos, a toda hora me arrependia de ter atendido esse maldito pedido de me afastar, até agora não tem me ajudado em nada, e duvido que tenha ajudado o meu anjinho também... Ahh mas tenho certeza que deve ter sido muito útil para o babaca do Marcos que com certeza vai partir pra cima do meu amado com tudo, ainda bem que tenho o meu amigo Dieh para ficar de olho nele enquanto eu ficar fora...

Ao desembarcar no aeroporto esperava que minha avó viesse me buscar, mas o que eu encontrei foi uma linda mulher loira de seios fartos, um belo par de coxa bem torneadas, um rosto digno de uma miss, segurando uma placa escrita meu apelido, ao vê-la percebi que talvez vir para casa da minha vó poderia me trazer mais problemas do que resolver os antigos... Essa linda mulher era Suzana, uma das minhas primas por parte de mãe, o pai dela era o irmão mais velho da minha mãe, nos dois fomos criados juntos, até que minha mãe faleceu e meu tio resolveu morar na Bahia para cuidar dos meus avos... Com o passar do tempo todos diziam na época das festas que Suh tinha uma grande queda por mim, porém sempre levei na esportiva no entanto eu comprovei esse fato quando eu a apresentei ao meu Anjinho, ela foi super rude e preconceituosa, coisa que surpreendeu a todos, principalmente ao ser irmão mais novo que era bi... Desde então, toda vez que nos encontramos ela dá uma jeito de se jogar pra mim, porém sempre deixei claro que meu coração tem dono...

Suzana: Olhá Só o que os bons ventos me trouxe de presente... Obrigado papai Noel o senhor atrasou, mas trouxe realmente o que eu queria...

Eu: É bom te ver também Suzana, mas eu espera pela vovó aqui...

Suzana: Ah você sabe como a vovó é, sempre procurando fazer muitas coisas ao mesmo tempo pra não aparentar ser velha, assim ele falou que te buscaria e prometeu ao padre que o ajudaria com o jardim paroquial e outras coisas que nem lembro mais, e como meu pai trabalha e Juninho está na escola, só sobrou eu... Mas vamos admitir néh, eu sou bem melhor que a veia....

Eu: Isso é jeito de falar da vó sua doida, olha o respeito...

Suzana: Tava só brincando, mas vem Ca, não vai me dar um abraço não – Disse ele abrindo os abraços e chegando mas perto de mim, aquilo parecia mais uma movimento de demostração de força com erotismo do que um abraço, mas para não deixa - lá no vácuo também a abracei, só que de maneira mais singela...

Fomos ao carro no estacionamento e de lá mesmo peguei meu telefone e liguei para casa, meu pai deveria estar preocupado, mas principalmente precisa ouvir a voz do meu anjinho e me certificar que estava tudo ok...

Ligação...

Eu: Alô pai... Estou ligando pra falar que já cheguei, estou bem e já estou a caminho da casa da vovó...

Pai: Ah meu filho graças a Deus, já estava preocupado com a demora, quem foi ai te buscar?

Eu: A Prima Suzana pai...

Pai: Vish meu filho pensei que ela tinha ido com alguns amigos para Nova York... Você tem certeza que vai ficar bem ai?

Eu: Eu também pai, e sim vou ficar bem aqui, não se preocupe, e... eh... o Alan ta ai? Queria falar com ele pra ver se ta tudo ok?!

Pai: Bem meu filho creio que você ligou um pouco tarde, ele chegou aqui agora pouco, porém só tomou banho e se deitou, ele parecia bem cansado, e um pouco abatido também... Mas se você quiser eu o acordo, tenho certeza que ele quer falar com você também...

Eu: Não pai não precisa, depois eu converso com ele, bem pai agora eu vou desligar... Até mais

Pai: Até meu filho, de noticias...

Desliguei o telefone e a minha querida prima não deixou passar sem esguichar seu veneno.

Suzana: Vejo que você finalmente assumiu esse amor não tão de irmão que você sente pela coisinha chata e acabou levando um belo fora que o fez parar aqui, bem eu sempre te avisei que nunca daria certo mais você nunca escutou e...

Eu: Cala boca garota, você não sabe da missa a metade e já quer entrar de gaiato no assunto, eu vim aqui pra espairecer minha mente, e não pra ficar ouvindo fosse falar esse monte de merda – Aquilo já tinha sido o estupim pra liberar toda a raiva que sentia por estar próximo de perder a pessoa que mais amava, e ainda ter que aturar alguém a falar mal dela ou do meu sentimento... depois disso o resto da viagem foi um silencio, ao chegar na casa ela só esperou eu retirar a mala e saiu sem falar nada... Entrei e não tinha ninguém, então resolvi tomar banho e descansar...

No outro dia eu peguei meu notebook e me conectei no skype a espera de encontrar Alan online, porem ainda era muito cedo, então resolvi tomar uma banho para despertar de vez, ao voltar pro quarto, vejo Suzana Mexendo em meu notebook...

Eu: O que você pensa que esta fazendo mexendo nas minhas coisas? – Ela se assustou e deu um pulo saindo da frente da tela possibilitando eu ver que ela conversa com meu anjinho e estava pronta pra mandar uma mensagem cheia de mentiras sobre o que acontecia naquela casa... Rapidamente fechei meu notebook e olhei para ela furiosamente...

Eu: Agora você me pagar... – Luzes piscam porta e janelas se abrem e um verdadeiro furacão parece se apossar do quarto... Eu estou fora de controle...

Olá pessoas, desculpem pelo atraso, mas e que voltei a trabalhar então meu tempo encurtou um pouco, por isso minhas postagem não serão tão frequentes porem para compensar estou fazendo capitulos maiores, bem esse daí conta com mais um aparição do garoto misterio e conta a versão do Claus sobre sua viagem e o estranho acontecimento, no proximo capitulo já adianto que Claus vai continuar a contar sobre suas experiencias na Bahia, e também viver algo tão quente quanto o sol daquele lugar... Beijinhosz gente!!!