Domando o Cowboy (CONTO INCOMPLETO)

Um conto erótico de Tiago/
Categoria: Gay
Data: 16/08/2014 05:38:56
Última revisão: 31/03/2020 13:13:30
Nota 9.82

ESSE CONTO ESTÁ MOMENTANEAMENTE INCOMPLETO PARA REVISÃO

ATENÇÃO: Caso tenha interesse em outras histórias mais profissionais minhas, inclusive livros completos, podem consegui-las na Amazon, através desse link:

/>

Hoje em dia estou publicando no Wattpad, meu perfil é esse, se quiserem dar uma olhada:

/>

_________________________________________________________________________________________________

Eu estava chegando naquela fazenda, para onde a minha tia me mandara, eu não ia feliz, pois sempre gostei da cidade, mas o meu tio disse que eu precisava aprender como tudo funcionava por ali, pois eu era o herdeiro daquele lugar

Vou me apresentar a vocês, meu nome é Lucas, tenho dezoito anos, sou moreno, cabelos muito negros, olhos castanhos, porte atlético, pernas fortes, e uma bunda que me deixa muito orgulhoso.

Deixei-me explicar melhor a minha história, eu fui mais ou menos criado a força pelos meus tios, não que eles realmente se importassem comigo, mas minha mãe me largou e foi embora quando eu ainda era um bebê. Ela me deixou com os meus tios, o irmão dela e a mulher dele. Eu nunca conheci meu pai, nem sei o nome dele. Meus tios têm três filhos, um rapaz de 24 anos, uma moça de 21, e outro garoto de 16. Nossa família tem duas fazendas bem imponentes. Essas fazendas são o legado do meu avô materno, então um dia eu herdarei a parte que diz respeito a minha mãe, que é fazenda para qual eu estava indo. A outra fazenda pertence a família do meu tio. Meu tio é quem administra essas duas fazendas, a minha tia passa a maior parte do tempo na cidade, junto com os três filhos. Eu vim primeiro para cá, e eles ficaram de vir alguns dias depois.

Enfim, o motorista me deixou no portão da fazenda, eu decidi ir a pé até a casa grande pra conhecer melhor o lugar. Pelo caminho, que não é pequeno, avistei alguns lindos cavalos correndo livres pelo campo, bois, porcos, ovelhas e demais animais de fazenda também eram avistados ao longe. Pelo visto o patrimônio era maior do que eu pensava. Eu estava tão distraído que nem percebi quando um grande cavalo cor de mel se atravessou na minha frente, quase esbarrando em mim. Nele estava montado um homem que me turvou a visão, na verdade eu não sei se foi a imagem daquele homem ou do sol forte, mas eu tive vertigem. O homem perguntou:

— Quem é você garoto? O que faz aqui nessa fazenda?

Eu fiquei meio petrificado, não medo, mas de admiração, aquele homem era um macho como eu nunca havia visto na cidade. Pele bronzeada e avermelhada pelo sol, cabelo loiro queimado, cortado bem baixo, chapéu na cabeça. Seu corpo era forte moldado pelo trabalho braçal na lida da fazenda. Camisa xadrez de cor vermelha meio aberta, mostrando os pêlos do seu peito forte e suado. Barba cerrada bem baixinha, quase imperceptível. Deveria ter 30 anos. Era a imagem do típico cowboy tesudo que conhecemos. Eu perdi até a voz. Ele perguntou de novo, agora com mais severidade e aumentando o tom da sua voz que já era bem grave:

— Responda! Quem é você?!

Eu falei meio surpreso:

— Você é muito rude!

— Com desconhecidos perambulando por essas terras eu sou sim. Eu perguntei o seu nome, responda logo!

Quando eu fui responder, ele olhou para frente, arregalou os olhos e falou:

— Ah! Droga! Isso de novo não! Eu já mandei consertarem essa merda.

Ele saiu disparado com o seu cavalo, a imagem daquele homem me causava um arrepio na espinha. Parecia um deus cavalgando sobre a terra. Alguns cavalos estavam fugindo por uma falha na cerca, e ele se apressou para capturá-los e prendê-los outra vez. Só que mais cavalos saiam à medida que ele prendia outros. Parecia que ia demorar, eu resolvi seguir meu caminho e deixá-lo trabalhar em paz. Eu fui o resto do caminho pensando naquele homem, se todos os homens da fazenda fossem iguais a ele, pelo menos fisicamente, eu nunca mais voltaria pra cidade, eu ri comigo mesmo. Quando cheguei na casa grande, meu tio me recebeu muito bem. Eu guardei minhas coisas em um quarto no andar debaixo e voltei pra sala para conversar com o meu tio. Meu tio era um homem baixinho e gordinho, aquele tipo que é bem fofo, e sempre usava umas roupas no estilo fazendeiro pomposo, tentando parecer um genuíno cowboy, ficava bem engraçado às vezes. Ele se chamava Geraldo, tinha 45 anos, não era um homem feio, só estava acima do peso. Nós ficamos conversando sentados na sala, até que um homem apareceu, o mesmo de antes, ele chegou falando:

— Seu Geraldo, eu preciso falar com você.

Meu tio olhou para ele e sorriu dizendo:

— Alberto, que bom que você apareceu. Esse é o meu sobrinho Lucas, ele veio passar um tempo com a gente.

Alberto falou olhando sério para mim:

— Nós já nos conhecemos, o garoto entrou na frente do meu cavalo e quase foi atropelado.

Eu senti um ódio fulminante quando ele disse isso. Meu tio sorriu e falou olhando para mim:

— É que ele é da cidade e não sabe andar muito bem por essas terras, mas agora ele veio aprender.

Meu tio voltou a olhar para Alberto e disse:

— Mas o que você queria falar comigo homem? Deve ser importante.

Alberto respondeu:

— Mais ou menos, a cerca frontal no lado esquerdo da fazenda está se desintegrando. Precisamos de madeira para mandar consertar tudo. Só vim pedir a sua autorização para iniciar os procedimentos.

Meu tio sorriu e falou:

— Ora homem, você é o capataz dessa fazenda, suas decisões são minhas decisões. Você pode fazer como tiver vontade.

— Tudo bem seu Geraldo, reunirei alguns homens e eles começarão a trabalhar agora mesmo.

Ele se virou para ir embora e meu tio o chamou de volta:

— Alberto, espere. Quando tiver tempo eu gostaria que você mostrasse a fazenda ao meu sobrinho. Você conhece tudo aqui melhor do que ninguém, eu não posso pensar em alguém mais indicado do que você para fazer isso. É um pedido de amigo.

Alberto concordou sério com a cabeça e respondeu:

— Tudo bem, não se preocupe, eu comunicarei ao garoto quando chegar a hora. Espero que ele não tenha frescuras com relação à vida em uma fazenda.

Ele deu ênfase nas “FRESCURAS”, e aquilo me corroeu de ódio. Eu nunca fui afetado, mimado, ou metido a riquinho. Sempre tive os pés no chão, sabia muito bem como era uma fazenda e o cotidiano que encontraria naquele lugar. Meu tio riu e disse:

— Não, é claro que não. Meu sobrinho é um bom rapaz, você vai gostar dele.

Alberto concordou indiferente com a cabeça, virou-se e saiu sem dar importância para mim ou meu tio. Ao que parece ele era dono do próprio nariz, meu tio o tratava como um grande amigo, e não como um empregado.

Eu passei o resto do dia dentro de casa, estava meio cansado e acabei dormindo a tarde inteira. Quando a noite chegou, eu resolvi passear pelos arredores da casa, tomei banho e saí. A fazenda era muito movimentada, cheia de peões com suas mulheres e filhos, que moravam por ali mesmo. Além de outras pessoas de cidades próximas que trabalhavam por lá. Eu fiquei sentado em um banco de balançar perto de uma árvore, observando o movimento. Tinham crianças correndo, homens conversando, outros com suas namoradas. A noite era bem agradável por ali. Eu fiquei atento a cada detalhe, foi quando eu vi o tal Alberto passando um pouco ao longe com uma morena do lado, ele estava agarrado na cintura dela, ela era a típica gostosona. Por algum motivo ele olhou para mim também. Foi passando todo o caminho olhando em meus olhos, eu não desviei nem por um segundo. Finalmente ele deixou a mulher próxima a um carro preto. Ele se beijaram e ele agarrou a bunda dela com força, depois ela entrou no carro e foi embora. Ele olhou para mim de volta, sempre sério e com um olhar desafiador. Foi nesse instante que eu senti algo tocar minha perna. Eu olhei para baixo e havia um carneirinho ao meu lado. Eu simplesmente na resisti, era uma coisa muito fofa, eu nunca tinha visto um assim de pertinho. Peguei no colo e fiquei acariciando-o, ele era muito dócil e não tentou fugir nem nada. Eu fiquei passando a mão nele até que percebi que a luz do poste havia desaparecido de repente. Eu olhei para frente e lá estava ele, aquele homem grandão fazendo sombra em mim. Alberto falou:

— Eu pensei que você tivesse nojo de bichos assim.

Eu não sabia por que ele insistia em ser tão hostil para mim. Eu respondi:

— Pelo visto você tem pensando muitas coisas irreais sobre mim. Eu não sou esse idiota que você pensa.

Ele respondeu com um meio sorriso:

— Não, você não é. É só um garotinho mimado da cidade que foi obrigado a vir para cá. Deve estar odiando não é?

— Você continua enganado. Eu não sou um garotinho mimado, e eu não fui obrigado a nada. E na verdade eu até estou apreciando o ambiente dessa fazenda.

Eu falei me sentido vitorioso. Ele respondeu.

— É mesmo? Vamos ver quanto isso dura.

— Escuta, porque você tá sendo tão cretino comigo. Você sempre me provoca, e eu só estava aqui observando o lugar.

Ele respondeu erguendo só um pouquinho a voz:

— ME observando você quer dizer. Eu percebi os seus olhares para mim enquanto ia deixar a minha acompanhante no carro dela.

— Observando você? E por que eu faria isso? E além do mais, você me olhou de volta o tempo inteiro, eu não fiz nada que você também não tenha feito. Foi apenas uma casualidade.

Ele deu uma pequena risada, debochando de mim. Depois falou me olhando de cima:

— Tudo bem. Vamos fingir que você está certo.

Ele se abaixou e pegou o carneirinho dos meus braços, depois o colocou no chão e deu uma palmadinha de leve na bunda dele. O bichinho saiu correndo para longe. Eu falei levantando do banco:

— Por que você fez isso seu idiota?!

— Porque eu quis! E é melhor você ir dormir agora. Amanhã acorde cedo que eu lhe mostrarei a fazenda, como o seu tio me pediu.

Pareceu que ele ia embora, mas ele parou de repente e falou de novo:

— Me espere aqui às seis da manhã. É bom que esteja pronto, eu não tolero atrasos.

Ele se virou sem nem me dar a chance de protestar pelo horário tão incômodo. Acordar nesse horário é um inferno. Eu só fiquei parado lá com cara de idiota observando ele ir embora.

Mas enfim, eu fui resignado para casa tentar dormir, fiquei me revirando na cama sem conseguir muita coisa. Quando deu cinco e meia, eu levantei, tomei banho, me arrumei e fui esperá-lo no local marcado. Só esperá-lo mesmo, pois o cretino não apareceu. Eu fiquei horas e horas a fio plantado ali aguardando o desgraçado, e nada dele dar as caras. Quando desisti, fui bufando para casa, encontrei meu tio e contei tudo a ele. E ele sempre sorridente falou:

— Calma sobrinho. Ontem ele trabalhou demais e eu disse que ele poderia descansar um pouco hoje. Ele deve estar dormindo, ou andando a cavalo por aí.

Eu falei indignado:

— Como assim? Se ele não viria então porque marcou comigo?

— Ah, ele deve ter esquecido ou coisa assim. Mas não se preocupe, ele é o meu homem de confiança, você está em boas mãos. Logo, logo ele vai te mostrar tudo que você quiser ver.

Eu entreguei os pontos, meu tio não ia enxergar mesmo. Eu concordei com ele e fui para o meu quarto dormir, era o melhor que eu podia fazer. Acordei às cinco da tarde e fui dar uma volta pelos pastos. Andei bastante, fui bem longe, até chegar onde alguns animais estavam. Eu gostava de observar os cavalos, mas não ousava me aproximar, ficava a uma distância que eu considerava segura. Até que uma voz conhecida me chamou.

— O que você ta fazendo garoto?

Eu me virei no mesmo instante, lá estava ele, Alberto, montado em seu grande cavalo cor de mel. Eu falei furioso:

— Seu desgraçado! Porque me deixou esperando por você a manhã inteira?

Ele riu cinicamente e respondeu:

— Eu precisava descansar um pouco, fui à cidade próxima me divertir. Cuidar de um pirralho como você deve ser exaustivo.

Eu tive vontade de puxá-lo do cavalo, mas eu me contive, pois só quem acabaria ferrado era eu. Eu disse:

— Mas o que você ganha com tudo isso? Porque me irrita tanto?

— Ora, eu me divirto bastante. E você fica uma graça quando está zangado.

Ele riu e eu me virei de volta para observar os cavalos, estava indignado. Ele falou:

— Vamos lá, deixa de ser rancoroso. Eu quero te mostrar até onde essas terras vão.

— Eu já estou vendo.

Ele riu mais uma vez e falou:

— Você ainda não viu nada. Anda, deixa de ser mal criado, vem comigo.

Eu respirei fundo, me virei de volta para ele e falei:

— Tudo bem, uma hora eu vou ter que fazer isso mesmo. Vamos lá então.

Ele estendeu a mão para mim e falou:

— Vem, sobe aqui.

Eu fiquei surpreso e respondi:

— O quê? Eu não vou andar a cavalo com você. Eu nem sei cavalgar. E alguém pode nos ver, o que pensariam de mim?

Ele respondeu se divertindo:

— Nada que já não tenham pensado antes.

Eu arregalei os olhos surpreso, me perguntei o que ele queria dizer com aquilo, eu fazia de tudo para não dar bandeira. Ele estendeu a mão outra vez, dizendo:

— Venha, não precisa ter medo. Eu cuido de você.

Eu ainda queria resistir. Mas era a primeira vez que ele estava sendo legal comigo, resolvi aceitar de uma vez. Agarrei a mão dele com força e ele me ajudou a subir no cavalo. Consegui realizar esse feito com muita dificuldade, mas deu tudo certo. Eu falei:

— E agora? – Ele disse:

— Agora você segura em mim e vamos em frente.

— Eu preciso mesmo segurar em você? Não tem outro jeito?

— Se você quiser cair tem muitos modos. Mas se quiser ficar em cima desse cavalo é melhor se agarrar em mim.

Com muita relutância eu acabei envolvendo meus braços em seu peito. Em minhas mãos sentia o seu suor e os seus pêlos através dos botões abertos da camisa. Não vou mentir, dele emanava um enorme calor, e estava realmente muito bom sentir aquele cheiro de suor de macho que agora se impregnava em meu corpo. Ele virou a cabeça de lado e falou com um sorriso debochado:

— Sei que você tá gostando. Mas é melhor não se aproveitar muito.

— Eu te odeio!

— Não odeia não.

Ele pôs o cavalo para andar através do imenso pasto. Primeiro foi devagar, mas depois o bicho acelerou e logo estava galopando a plenos pulmões. Eu me agarrava forte ao corpo de Alberto para não cair. Estaria mentindo se dissesse que aquela situação estava ruim.

Nós chegamos à margem de um riacho e ele parou o cavalo. Ele desceu e depois me ajudou a descer também, me agarrando pela cintura. Já estava escurecendo. O cavalo se dirigiu ao riacho para beber. Eu perguntei ao Alberto:

— É aqui? Aqui é o limite da fazenda?

Ele falou contemplando o horizonte:

— Não, nós não chegamos nem na metade ainda. Você ficará surpreso com a extensão dessas terras.

— Já está quase escuro, é melhor irmos embora.

— Não precisa ter medo, eu não sou o lobo mau.

— Eu não estou com medo, só acho que já está muito tarde para sairmos cavalgando por aí.

Ele falou se aproximando de mim:

— Tem medo de ficar sozinho comigo?

— Do que você está falando? E claro que não, eu não ligo pra você.

— O jeito que você agarrava o meu corpo, as suas mãos deslizando pelo meu peito me diziam outra coisa.

— Oh seu idiota, eu me segurei em você para não cair do cavalo, você sabe disso.

— Sim, eu sei. Mas eu estaria mentindo se dissesse que o seu toque não me deixou de pau duro.

Nesse instante, por impulso, e porque eu não queria perder para ele, eu levantei a mão para lhe dar um tapa. Mas durante o movimento ele segurou o meu braço com força. Com a outra mão ele agarrou o meu cabelo por trás. Eu arregalei os olhos de medo, e perguntei meio trêmulo:

— O que... O que você vai fazer?

Ele aproximou a boca da minha e disse:

— Uma coisa que eu quero muito, desde ontem.

Ao dizer isso ele selou os seus lábios nos meus em um beijo caloroso e intenso. Inicialmente eu tentei resistir, mas ele segurou os meus braços sem muito esforço e continuou me beijando. Eu fui me rendendo devagarzinho, enquanto a língua dele passeava entre meus lábios. Logo ele me abraçou com seus fortes braços, enquanto o sol desaparecia no horizonte. O gosto da boca dele era tão bom. Seus lábios eram fortes e macios, eu estava completamente entregue, ele não parava de mexer a sua língua quente junto a minha. Eu passei minhas mãos pelos seus cabelos fazendo o seu chapéu cair no chão. Não sei por quanto tempo ficamos nos beijando assim, mas estava bom demais. Quando nossos lábios se separaram eu o abracei com força e enfiei o nariz em seu ombro, sentido o seu cheiro forte de homem. Eu queria esquecer do mundo e ficar abraçado daquela forma com ele para sempre. Depois de um tempo eu o ouvi dizer com um sorriso na voz:

— Eu não disse? Eu sabia que você ia gostar de se agarrar em mim.

Nesse instante eu meio que acordei de um sonho, o empurrei para longe dizendo:

— Já chega! Me larga!

O que mais me irritava era a prepotência dele. Por mais gostoso que ele fosse, e por mais atração que eu sentisse, eu não ia me deixar dominar dessa forma. Eu tinha meu orgulho. Ele ficou meio zangado quando o empurrei, não disse nada, mas ficou respirando forte e olhando sério para mim, eu estava da mesma forma. Só o barulho do riacho misturado ao som das nossas respirações se ouvia, enquanto os últimos raios de sol desapareciam de vez. Ele fez menção de voltar a me agarrar outra vez. Mas quando deu o primeiro passo, a luz do farol de um carro se impôs sobre nós. Era um dos peões da fazenda a mando do meu tio. O peão falou para Alberto:

— Alberto, me disseram que você estava por essas bandas, o patrão está chamando por você. Tem alguns compradores de gado na casa grande e ele precisa da sua ajuda agora. A família dele também acabou de chegar. Ele quer que você esteja lá urgentemente.

— Tudo bem, eu já estou indo. Daqui a pouco eu chego.

Ele pegou o chapéu no chão, olhou para mim e ordenou com sua voz grossa:

— Vamos embora!

Ele subiu no cavalo e me deu a mão. Eu respondi:

— Na verdade, eu estou cansado de cavalgar. Eu vou voltar de carro, não se preocupe.

Ele tremeu os lábios de ódio pela minha atitude e falou com desprezo:

— Tudo bem, como você quiser.

Virou o cavalo e saiu cavalgando a toda velocidade pelo caminho de volta. Eu entrei no carro com o outro peão e fui embora com ele. Pelo caminho nós víamos Alberto logo à frente, em cima do seu vigoroso cavalo. Seu cavalo corria tanto que até mantinha uma distância considerável diante do carro.

Quando cheguei em casa, o cavalo de Alberto estava parado na frente. Eu entrei e encontrei meus primos e minha tia na sala. Os cumprimentei, mas não dei muita conversa, fui para o meu quarto tomar banho e me deitar, apesar de ainda ser extremamente cedo. Alberto estava no escritório com meu tio e os compradores. Não consegui ficar no quarto e voltei para sala onde fiquei conversando com meus primos. Quando Alberto saiu do escritório, meu tio veio atrás todo sorridente junto com os compradores. Alberto passou por mim olhando sério e com uma expressão de raiva, e minha prima lançou um olhar sensual e demorado para ele. Ele pareceu não notá-la, e saiu furioso pela porta.

Eu fiquei meio triste com tudo aquilo. Acho que magoei os sentimentos dele. Mas no meu pensamento ele só queria zombar de mim e me fazer de palhaço. Eu resolvi ir dormir de vez, fui para o meu quarto, me tranquei e me enfiei debaixo das cobertas. A noite estava bem fria. Quando deu seis horas da manhã alguém bate na porta do meu quarto. Era a empregada, todos os funcionários da casa dormiam e acordavam bem cedo. Ela me disse que o Alberto estava esperando por mim na sala junto com meu tio. Eu estranhei aquilo, mas não discuti, tomei banho, me arrumei e fui para a sala meio sonolento. Ao me ver, meu tio falou:

— Aí está ele. Alberto me disse que combinou de mostrar o funcionamento da fazenda hoje cedo para você, mas parece que você esqueceu o compromisso meu sobrinho.

Eu fiquei sem reação. Como assim? Que história era aquela? Nós não tínhamos combinado nada. Parece que ele estava fazendo isso para me punir. Eu decidi fazer a vontade dele e respondi:

— Mas é claro, nós combinamos isso, é que eu acabei dormindo além da conta.

Meu tio olhou para o Alberto e falou animado:

— Então está tudo bem. Tenho certeza que vocês vão se divertir.

Ele olhou para mim outra vez e continuou:

— Eu vejo você no almoço sobrinho. Como os seus primos já conhecem tudo por aqui eles ainda estão dormindo, daqui a pouco eu vou levá-los para passear pela cidade vizinha. Quero encontrar todo mundo aqui na hora do almoço. Até lá, e bom dia pra vocês.

Ele falou subindo a escada e nos deixando sozinho. Eu olhava furioso para Alberto, ele parecia meio indiferente. Eu me aproximei dele e falei impaciente:

— Porque você fez isso?! Nós não combinamos nada! Você gosta de me torturar?!

Ele respondeu dando de costas:

— Pare de discutir e vamos embora. Seu tio me incumbiu de mostrar o funcionamento dessa fazenda a você. Quanto antes eu fizer isso, mas rápido eu me livro de você. Vamos logo!

Eu o segui meio magoado com aquelas palavras. Nós fomos em silêncio pela fazenda inteira, ele só falava o essencial quando me explicava o funcionamento de algo por ali. Me mostrou a ordenha totalmente mecanizada das vacas. O treinamento e a inseminação dos bois e cavalos. A granja com centenas de galinhas. O rebanho de ovelhas e a grande quantidade de porcos criados para o abate e fabricação de diversos produtos. Eu achava meio cruel tudo aquilo, mas não ousava discutir. Ele me mostrou inúmeras coisas até chegarmos a um senhor que estava ordenhando uma vaca manualmente perto dos estábulos. Ele pegou um copo em uma bandejinha em cima de um tronco cortado, encheu com o leite, apontou para mim e perguntou ironicamente:

— Você quer leitinho?

Era primeira vez naquele dia que ele fazia alguma gracinha. Eu cerrei os olhos reprovando a chacota dele, mas não me fiz de rogado. Peguei o copo da mão dele, dizendo.

— Eu quero sim. Se tem uma coisa que eu gosto de tomar é leitinho quente.

Bebi o leite de uma só vez, imaginando o que o senhor que ordenhava a vaca estaria pensando de mim e da minha frase de efeito. Quando terminei de beber ficou o famoso bigodinho de leite formado sobre os meus lábios, eu lambi lentamente o fazendo desaparecer. Alberto ficou meio incomodado com a minha atitude desafiadora. Eu entreguei o copo para ele e ele pôs de volta onde estava. Nesse momento eu ouvi o relinchar de um cavalo. Olhei para o lado, e lá um pouquinho distante havia um peão tentando domar um enorme cavalo brabo. O cavalo era forte e não parava de levantar as patas dianteiras. O peão tentava acalmá-lo sem violência, meu tio proibia maltrato aos animais na fazenda. Dois outros peões olhavam a cena. Eu corri para lá e fiquei junto deles, Alberto me seguiu e ficou logo atrás de mim, quase me tocando. O cavalo relinchava sem parar e parecia cada vez mais imponente. Eu decidi provocar Alberto e ver a reação dele. Eu dei uma cotovelada de leve no braço de um dos peões e falei:

— Olha só o tamanho daquele animal. Eu fico tão excitado! Quando é grande assim eu adoro montar com força e energia.

Eu vi essa frase em um filme e sempre quis usá-la algum dia. Alberto perdeu a paciência e me puxou violentamente pelo braço me levando para longe de toda aquela cena. Quando já estávamos um pouco longe eu falei enquanto ele continuava a me puxar:

— O que você ta fazendo? Me solta!

— O que eu to fazendo?! Eu vou encontrar um padre pra te exorcizar. Você me tira do sério garoto!

— O quê?! Eu só estava conversando. Tentando interagir com as pessoas.

— Não! Você estava se insinuando pros outros peões, e me provocando também.

— Você não é o centro do meu mundo. Eu não faço as coisas pensando em você.

— Eu tenho sérias dúvidas quanto a isso!

— Você se acha demais. Foi pura prepotência desde a primeira vez que nos vimos. Eu não me importo com você.

Ele parou e se virou de uma vez, falando bem alto e extremamente furioso:

— Mas eu me importo com você!

Nós ficamos parados, um de frente pro outro, respirando ofegantes. Os olhos dele pareciam que ia saltar do rosto. Eu abaixei os olhos e falei meio choroso:

— Eu quero ir pra casa.

— Eu te levo até lá. E depois eu me afasto de você para sempre, meu trabalho já foi cumprido.

Eu concordei com a cabeça, sempre com os olhos abaixados. Nós fomos até a casa grande, ele me deixou lá e nem disse tchau, só se virou e foi embora. Eu tinha um monte de emoções dentro de mim naquele momento. Entrei no meu quarto e comecei a chorar.

Na hora do almoço, estava toda a família reunida na sala. Meu tio começou a falar comigo dizendo:

— Sobrinho eu tenho uma grande surpresa para você. Hoje a tarde vá até o Alberto e fale com ele.

Eu perguntei sem entender nada:

— Porque tio? O que está acontecendo?

— Eu estive pensando, todos os seus primos já sabem cavalgar e tem o seu próprio cavalo, Só você que ainda não. Ainda não TINHA. Eu falei agora a pouco com Alberto e o encarreguei de escolher um cavalo para você e te ensinar a cavalgar. Ele relutou bastante, nunca discutiu tanto comigo, mas eu acabei convencendo ele a te ensinar. Você tem sorte sobrinho, ele é o melhor cavaleiro que eu já vi, nenhum dos seus primos foi ensinado por ele.

Eu ouvia aquilo sem acreditar. Porque isso sempre acontecia? Não sei como iria encará-lo agora. Eu forcei um sorriso falso para o meu tio e falei:

— Obrigado tio. O senhor é muito bom para mim. Hoje mesmo eu irei falar com ele, não se preocupe.

Eu fiquei pensativo o resto da tarde. Tinha medo de encontrar Alberto e da briga quase certa que mais uma vez teríamos. Quando deu umas cinco horas um peão me levou de carro até um campo onde Alberto estava me esperando. Ele me deixou lá e foi embora. Alberto estava do lado de um belo e grande cavalo negro, mas que parecia extremamente dócil. Ele acariciava o rosto do animal. Nada mais se via além de grama e de cavalos pastando ao longe, o campo era enorme.

Quando cheguei bem perto, Alberto falou:

— Escuta, eu não quero mais brigar. Eu nem mesmo queria estar aqui, mas seu tio insistiu demais e eu não pude recusar a ele. Então eu proponho uma trégua durante esses dias, eu te ensino tudo o que você precisa saber e depois nós seremos completos estranhos de uma vez. Você concorda?

Eu respondi tentando parecer calmo e compreensivo:

— Está bem, eu também não quero mais brigar. E eu quero pedir desculpas se te magoei hoje mais cedo.

Ele concordou inquieto com a cabeça e falou olhando para o lado, onde os cavalos pastavam:

— Eu também te devo desculpas. Eu sempre te irritei de propósito e isso não é certo.

Eu balancei a cabeça rindo um pouquinho, eu respondi a ele com uma voz alegre:

— Viu só? Eu disse que você gostava de me maltratar.

Ele deu um meio sorriso, olhou para o cavalo o segurando pelo cabresto e me perguntou:

— Ele é seu agora, eu mesmo escolhi. Você deve dar um nome a ele, fica mais fácil criar uma conexão dessa forma.

— Ele é muito bonito, obrigado por escolhê-lo.

Ele acenou a cabeça em acordo e me perguntou:

— E então, qual nome você vai dar?

— Eu não sei ainda. Deixe-me vê-lo mais de perto.

Eu me aproximei do animal e toquei em seu rosto. Fiquei alisando, depois olhei para Alberto e falei:

— Eu vou chamá-lo de Atlas, porque ele é o cavalo mais imponente que eu já vi.

Alberto riu consigo mesmo, acho que ele me julgava uma criança boba. Ele mostrou as rédeas do cavalo para mim e disse:

— Vamos começar?

— Sim, é claro, mas eu nunca fiz isso.

— Não se preocupe. Esse cavalo é muito dócil, foi um dos motivos da minha escolha. E além do mais eu estou aqui com você. Nada de ruim vai te acontecer.

— Tá bom... Então... O que eu devo fazer?

Eu perguntei meio sem jeito. Alberto respondeu, me chamando:

— Vem, suba no cavalo. Eu seguro você dessa vez.

Ele me ajudou a montar, e disse:

— Segure-se firme, tente manter o equilíbrio sobre o animal, principalmente quando ele estiver andando.

Eu concordei com a cabeça. Ele continuou:

— Eu vou começar a andar. Você está pronto?

— Sim. Você pode fazer.

Ele começou a puxar o cavalo andando em direção reta pelo campo, durante o percurso ele ia me dizendo como eu devia tratar o animal e como deveria agir enquanto estivesse sobre ele. Eu não ouvia nada, só olhava para aqueles ombros largos enquanto ele andava.

— Você está me ouvindo? Lucas, você está me escutando?

Eu saí do meu transe ao ouvir ele me chamar, eu respondi:

— Sim. É claro que sim.

O que vou dizer a seguir parece ter segundas intenções, eu falei meio sem pensar, jamais imaginei que ele sugerir aquilo, mas eu estava realmente incômodo em cima do cavalo, então eu perguntei ao Alberto:

— Alberto, eu não me sinto muito seguro aqui, eu fico completamente desequilibrado, está meio desconfortável, parece que eu vou cair pelos lados a qualquer instante.

Ele me olhou meio receoso de dizer o que pretendia, mas acabou falando mesmo assim:

— Olha, eu posso montar com você. É mais rápido pra você aprender, e mais seguro também. Eu só não fiz isso por causa do atrito que costuma existir entre nós dois. Então eu nem me atrevi a sugerir, por que eu sei como você, e o que ia pensar.

Nesse instante eu comecei a ficar irritado de novo, ele realmente me tratava como uma criança idiota. Eu respondi a ele tentando não parecer incomodado:

— Escuta, você é o meu professor agora, estou aqui para aprender com você. Me ensine como você faria com qualquer outro, faça o que tem que fazer sem me poupar de nada.

— Então está bem.

Ele montou no cavalo muito rápido, sem nem soltar o cabresto. Eu estremeci quando senti o peito dele encostar-se em mim, e as suas coxas roçarem nas minhas. Seu calor esquentando as minhas costas, a sua respiração no meu pescoço, o seu cheiro se instalando ao meu redor, tudo era meio mágico. Uma espécie de choque percorreu o meu corpo. Ele me deu as rédeas do cavalo, e as segurou junto comigo, e pôs o animal para andar outra vez. Eu não consigo explicar, mas foi o melhor momento da minha vida até aquele dia. Nem quando eu andei com ele pela primeira vez, e nem mesmo quando nos beijamos foi tão mágico. Tê-lo logo atrás de mim, me protegendo com seu corpo, e me guiando com suas mãos me fez sentir a pessoa mais querida e desejada do mundo. Nada poderia me ferir naquele momento. Éramos apenas eu, ele e o nosso cavalo, passeando por aquele imenso campo ao entardecer.

Depois de um tempo caminhando dessa forma, ele põe a cabeça ao lado da minha, me olha e pergunta:

— Você está mais confortável assim? Se não estiver me diz que eu desço.

— Não, eu estou bem. Só tem uma coisa, será que nós podemos ir um pouquinho mais rápido?

Ele me deu um sorriso terno e disse:

— Mas é claro, do jeito que você quiser.

Ele pôs o cavalo para correr, e foi absolutamente incrível sentir o vento gelado no meu rosto enquanto a escuridão começava a pairar sobre nós. Mas o melhor de tudo era ter aquele homem atrás de mim e sentir o seu peito bater com força nas minhas costas, eu estava sinceramente feliz naquele momento. Ele fez o cavalo voltar e correr de volta, até o ponto de onde saímos. Quando chegamos, ele desacelerou o cavalo e o fez andar tranquilamente outra vez. Ele falou próximo ao meu ouvido:

— Já escureceu, é melhor voltarmos agora. Amanhã nós continuamos está bem?

Eu concordei triste e respondi meio decepcionado:

— Sim, realmente já é um pouco tarde, será melhor continuar amanhã.

Nós voltamos para casa montados no cavalo, iluminados pela luz da lua, e com ele atrás de mim o tempo todo.

No dias que se seguiram nós repetimos a mesma cerimônia, todos dos dias da semana. Até que eu finalmente aprendi a cavalgar, quer dizer, mais ou menos, eu era meio trapalhão nessas coisas, mas amava o meu cavalo, e amava muito mais o meu professor. Fiquei bem triste quando acabou, e Alberto também demonstrou certo incômodo com o término das nossas aulas. Os meus primos continuavam na fazenda, parece que não iriam embora tão cedo. Só a minha prima Isabela me incomodava, ela era uma mulher muito bonita, e eu já havia notado seus olhares para Alberto e umas conversinhas suspeitas entre eles. Eu não tinha nada haver com aquilo, não era dono dele e nem dela, mas eu ficava irritado e com ciúmes. Me odiava por sentir aquilo, mas não conseguia evitar.

O meu relacionamento com Alberto melhorou bastante, eu o tratava como um bom amigo, e ele me ensinava muitas coisas sobre a fazenda e os animais. Me ensinou a cuidar direitinho do Atlas e fez eu me apegar àquele cavalo.

Todas as tardes eu ia escovar o Atlas como sempre fazia desde que o ganhei. Numa dessas tardes, ao entrar no estábulo, eu ouço uns barulhos estranhos, ando com calma para não ser percebido. Quando me aproximo mais um pouco vejo o Alberto agarrado na cintura da minha prima, próximo ao quartinho de um dos cavalos, ele dizia a ela:

— É melhor irmos para outro lugar, o seu primo pode aparecer a qualquer momento.

Ao que ela respondia:

— E o que é que tem? Por acaso você tem medo dele?!

— Não, não é isso, eu só não quero que ele nos veja.

— Não se preocupe. Se ele aparecer eu dou um jeito. Mas agora eu preciso que você dê um jeito em mim, eu sou doida por você desde que cheguei aqui. E você nunca me deu bola, está na hora de me compensar por isso.

— Garota, você não sabe com quem está lidando.

— Então me mostra Alberto, me doma como você faz com os seus cavalos, ou com as suas éguas.

Eles riram um para o outro e quando Alberto foi beijá-la eu deixei o balde que carregava cair sem querer. Nesse instante eles olharam para mim. Alberto arregalou tanto os olhos que parecia um bicho acuado. Eu juntei toda a coragem que eu tinha, e o meu bom senso também, e agi como se nada estivesse acontecendo, dei um pequeno sorriso e falei para os dois. Falei sem nenhuma ironia ou maldade na voz:

— Me desculpem, eu não queria incomodar. Eu só vim aqui cuidar do meu cavalo. Ma eu volto outra hora.

Eu me virei para sair e Alberto me chamou:

— Lucas, espera! Espera, nós precisamos conversar.

— Eu acho melhor deixar vocês dois sozinhos agora. Nós conversamos outra hora, eu venho ver o meu cavalo depois.

A minha prima interveio e falou pondo as mãos no ombro de Alberto:

— É isso mesmo peão. O meu primo não vai contar nada pro papai. Não é Lucas?

— Não, mas é claro que não. O que vocês dois fazem não é da minha conta. Eu preciso ir agora.

Eu saí do estábulo e ainda ouvi Alberto chamar meu nome mais uma vez. Eu andei apressado até em casa, senti que ele estava vindo atrás de mim lá ao longe. Eu entrei em casa e saí pela porta dos fundos. Alberto entrou me procurando, mas não me encontrou.

Eu fui para um lugar bem distante. Me sentei num tronco caído embaixo de uma árvore, e fiquei observando as ovelhas pastando ao longe. Estava com uma dor no coração e com um ciúme enorme me dilacerando por dentro. Um ciúme completamente irracional. Não havia sentido aquele tipo de sentimento já que Alberto não tinha nenhum tipo de compromisso romântico comigo, só nos meus sonhos impossíveis mesmo. Teve o beijo que ele me deu, mas na minha cabeça aquilo era só zombaria dele, mais uma forma dele me desestabilizar e me irritar, me mostrar que ele fazia o que quisesse comigo. Eu estava realmente triste, me sentia traído, apesar de não ser realmente assim. Eu fiquei sentado naquele lugar até anoitecer. Quando a noite começou a esfriar eu decidi voltar para casa. Cheguei em casa na hora do jantar, mas estava sem fome, então só cumprimentei a todos e fui para o meu quarto. Tomei um longo banho e fiquei na cama esperando sono chegar. Mas o sono não vinha, quando deu 11 horas eu ouvi um relinchar próximo a minha janela, eu a abri instantaneamente, quando olhei para fora vi Atlas correndo em círculo próximo da casa e depois sair correndo através da fazenda. Alguma coisa estava errada, eu fui atrás dele, saí pela janela mesmo, já que meu quarto era no primeiro andar da casa. Segui Atlas chamando pelo nome dele, mas não o vi mais. Eu estava próximo a algumas casas dentro da fazenda, cada casa pertencia a um peão ou a outro empregado. Fiquei procurando Atlas sem sucesso, não conseguia encontrá-lo de forma alguma.

De repente eu senti alguém tapar a minha boca com a mão e me arrastar com força para dentro de uma casa, uma casa que eu conhecia mas nunca tinha entrado, a casa de Alberto. Ele abriu a porta e me jogou lá dentro, entrou junto e virou a chave para que eu não saísse. Ele me falou meio ofegante:

— Nós precisamos conversar.

Eu respondi exaltado:

— Você ta louco?! Me deixa sair, eu preciso procurar o meu cavalo.

— Eu sei, fui eu que o libertei e o aticei próximo a sua janela para chamar a sua atenção. Eu sabia que se eu chamasse por você, você não atenderia. Então eu precisei ser criativo.

— Seu idiota! Me deixa sair, eu preciso encontrá-lo, ele não pode ficar solto por aí nesse frio.

— Não se preocupe, enquanto você o procurava eu já o prendi no estábulo de novo. Ele está seguro agora.

Eu me acalmei um pouco e falei:

— Tudo bem, de qualquer forma, eu preciso voltar para casa. Abra a porta, por favor.

— Não até você me escutar. Eu preciso conversar com você.

— Escuta, Alberto, eu sei que você pensa que eu estou chateado por que vi você com a minha prima, mas eu não estou. O que você faz não é da minha conta.

— Então por está me evitando? Porque não quer falar comigo?

— Porque não há nada para ser dito. Você pode fazer o que quiser. Namorar quem você bem entender. Definitivamente eu não tenho nada haver com isso.

Ele se aproximou lentamente de mim, me olhando nos olhos, e falou com um sorriso meio amargo:

— Você nunca entendeu não é? Nunca percebeu a conexão que nós temos. Sempre agindo na defensiva mesmo quando eu levanto a bandeira branca. Você é a pessoa mais cabeça dura que eu conheço.

— O quê? Do que você ta falando? Nós não temos conexão alguma, aliás, temos sim, o seu prazer doentio em me deixar zangado.

Ele riu abaixando e balançando negativamente a cabeça, e com os olhos começando a lacrimejar. Ele me disse:

— Como pode ser tão cego? Abaixa a guarda por favor, pelo menos por um instante.

— Alberto, eu não tenho a mínima idéia do que você quer dizer. Me deixa ir embora, por favor.

Ele falou com uma expressão meio boba no rosto:

— Lembra do dia em que nos conhecemos? Sabe por que eu tirei aquele carneirinho dos seus braços?

Eu falei completamente na defensiva, eu não queria ser assim, mas ele me causava esse efeito.

— É claro que sei: porque você é um completo idiota. Pare de inventar histórias e diga a verdade.

Eu falei já meio chorando e olhando nos seus olhos, ao que ele me respondeu:

— Não, não é por isso. Eu tirei aquele animalzinho do seu colo por que eu percebi que naquele momento eu estava me apaixonando por você. E eu queria cancelar aquilo de alguma forma.

Eu recuei um pouco, estava surpreso com aquela revelação, não queria acreditar, mas as palavras dele pareciam sinceras. Ele continuou a falar:

— Por isso eu te tratava mal, por isso eu irritava você. Por que eu não queria admitir o óbvio: que você estava me mudando por dentro de alguma forma. Me causando um sentimento diferente. E mesmo agora, depois de conhecer o gênio de cão que você tem, eu sei que eu te amo. Te amo mais do que eu posso dizer aqui. É essa a verdade que você queria ouvir?!

Eu estava estarrecido com aquilo tudo. Eu simplesmente não sabia o que fazer. Eu perguntei qualquer coisa que me veio à mente só para ter o que falar:

— Se é assim, então porque estava se esfregando na minha prima?

— Porque ela sempre deu em cima de mim. Por que ela sempre me tratou bem. E alem do mais eu sou homem, e ela é uma mulher muito bonita.

Eu fiquei possesso de ciúmes outra vez, eu estava completamente perdido ali. Eu falei tentando ir até a porta:

— Mas é claro, você é homem. Isso é típico de um machão pegador como você.

Quando passei por ele, ele agarrou meu braço e me segurou forte, e disse zangado:

— Depois de tudo o que eu falei, isso é tudo o que você escutou?

Eu o olhei nos olhos, com lágrimas caindo pelo meu rosto. Eu não podia mais resistir, nem controlar. Eu acho que morreria se continuasse a brigar com ele. Então eu entreguei os pontos. Não tinha mais o que fazer. Eu fui de uma vez em direção a sua boca, e o beijei com força, o agarrando pelo pescoço. Ele não esperava aquela atitude, então ficou surpreso por alguns segundos, mas logo correspondeu ao meu beijo.

Ele envolveu seus braços em mim, me abraçando forte enquanto eu me agarrava em seu pescoço. Nós não parávamos de nos beijar nem por um instante, era bom demais sentir a língua dele junto a minha. Eu passava a mão pelos seus cabelos enquanto tentava devorar os seus lábios, e ele me apertava com mais força à medida que nosso beijo se prolongava.

Ele foi beijando o meu rosto, minhas bochechas e próximo ao meu olho esquerdo. Parou de me beijar e falou sussurrando com o rosto colado ao meu:

— Percebeu agora? Eu te amo, seu cabeça dura!

HISTÓRIA MOMENTANEAMENTE INCOMPLETA

Caso tenha interesse em outras histórias mais profissionais minhas, inclusive livros completos, podem consegui-las na Amazon, através desse link:

/>

Hoje em dia estou publicando no Wattpad, meu perfil é esse, se quiserem dar uma olhada:

/>


Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Tiago/ a escrever mais dando dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Entre em contato direto com o autor. Escreva uma mensagem privada!
Falar diretamente com o autor

Comentários

Comente!

  • Desejo receber um e-mail quando um novo comentario for feito neste conto.
14/03/2019 14:50:56
lindo
22/11/2018 00:21:06
Olá, amigos, aqui é o Tiago, autor dos contos. Essa é minha página no facebook, darei atualizações sobre novas histórias por lá. />
23/05/2018 22:59:21
amo demais este conto. bjs.
08/03/2018 17:24:33
Nunca me canso de ler hehehe
21/10/2016 19:52:25
Magnifico! Longo? Que nada! Perfeito! Aos invejosos apenas um lugar: o fastio da vulgaridade. Parabéns.
19/09/2016 01:40:57
Muito bom este conto. Ficou extenso, mas bem completo e com detalhes inteligentes em locais inteligentes do texto. Parabéns.
16/09/2016 21:43:12
Ótimo maravilhoso
16/09/2016 03:15:43
Ótimo seu conto, parabéns. Nem deu pra notar que ele era longo, a história é fantastica... continua com ela... abraços
18/07/2016 13:22:54
Legal.
17/06/2016 17:46:51
show
26/01/2016 23:17:11
bom d +
01/01/2016 11:59:33
Maravilhoso! Bela história, com a parte erotica muito boa tbm... Adorei!!!
31/12/2015 10:24:35
Mara! Escreve um romance gay!
29/12/2015 19:48:03
LI outra vez teu conto ,pois tu escreves maravilhosamente e outra coisa vou me repetir não liga não ,pois tu é nota millllllllllllll :beijos e posta mais amor
28/12/2015 22:50:56
amei
24/12/2015 02:24:11
Mano, melhor texto... Sem mais palavras para isso tudo ❤
21/12/2015 21:35:11
Nota 10 mano
26/11/2015 02:17:18
10
04/11/2015 12:13:03
Cara muito bom adorei. . . Bom geralmente eu sempre gosto dos contos a nota mais baixa que já dei akiii foi 7 mais isso foi só pq achei que o autor esta se perdendo na história. . . Mais a pessoa que gostam de depreciar os contos dos outros só para tirar onda dos outros e acho que uma pessoa assim só pode ser bem medilcre e muito baixa. . . Seu conto é 10 adorei!
03/05/2015 01:08:34
Fica assim não ! Pra mim será sempre nota mil querido....


padrasto enganou novinha rachando no meio das pernas dele por empurrou a p***** todinha e gozou dentroconto porno provoquei meu filhomulheres da bunda grande dando cu de bruço pro kid bengalaconto erotico gay cunhadosxvideos menina se mastorbando com giz de ceraconto erotico policiais revistaram minha esposaputinha do titioconto porno amor em londres guilherme e felipecontos eroticos casadas que gostam de fuder com dois novinhos e o marido vendoxv inacreditavel as novinhas baby trasandoNinfeta relatando que senti muita dor dando o cu mas aguenta firme conto eroticojogadoras de volei bonitas dando pornodoidoconto de sexo com cunhadatarada nuonibuwww encoxadanovinha virgem leiloa virgindade e fudida pelo maior pau do mundo/texto/200905250/denunciacomendo um viadinhocontos eroticos nudismoquero assistir vídeo pornô estupro anal com vibradores e zoofilia misturadoconto porno o mastro santo do padreconto erotico gay novinho fimoseincesto mãe devassa da xana famintao pinto do meu filho e maior do do pai rele contos eroticosxvideos cosseiroswwwxvideos.mulhe.com.amate.mote.geitano.na.rolaContos eróticos Wagner ll só loirinha magrinha a pererec do ChacrinhacontoeroticonovinhosafadoContoerotico eu e minha cunhada dando no onibus lotadonifetihha loira levado no cu amarada sei domundobicha.historia de matuto brasileirocontoprofessoragostosacachorro comendo o cu do doni gay xvideoxnxx/texto/201204352chifruda voyeur cuckqueancontoseroticoputasdiguinho eroticoveterinaria zoofilia conto eroticomelhor punheta da minha vidaloira gostosa foi mandar comsertar ou carro na oficina i o negao comeu elasou corno mansocontos eroticos vodka na buceta da tiacontos de viadinhpsconto erotico dando pro patrao na cooperativa/texto/2016081037conto porno esposa apanhandopopas da casadaginecologista dilatando o cuzinho dá mulher pra gozar dentroxvideos alisando buceta ida erosatadinha chorou pra na da o cu xvidiox cabaco/texto/201106179novinha espia negao pisudo fudendo sua mãe pornocontos eroticos primaincesto com meu vô contoscasada no analperdi minha vingindade com meu cunhado ele mim fe gozar de tanto tesao desabadaminha madrasta vaca pornoler conto erotico de padre reaiscontos a.freira viu meu paueu quero pornografia pornografia as meninas retada os cabelo achando tudo grandevideo porno loirinha dano pra nomoramos e amigosxvideos gostosas esbugalhou os olhos quando o pau grande entrou tudo de uma vezcontos eroticos cabaninhasexo homens gozando e.falandopalavroescasa dos contos meu cachorro comeu minha maegostosa fazendo borquete no carromorena arregalou os olhos dando cu e gozandohomenzão da porra xvideo gayLoirinha flagada cagando bem grosso no banheiro da Tiakid bengala com meno abuçeta de brazileriafotos copinhos e peitinhos e bucetinhas das mulheres de todo mundacontos eroticos de incesto eu minha irmarelato "arrancaram minha calcinha" bucetaxvideo.ianara rabaoconto erotico encostou a lingua na linguinha da minha bucetasexo.mulher tranzando com o cara da pizza.braseirocontos eroticos de primeira vez anal masculinacomi a esposa do meu amigoMeu irmao tirou minha virgindade da minha buceta no motel conto erotico de incesto de irma virgem e irmao no motelchupano ateta dela ela fodendo com tesaoBaixar Videos Porno Mulheres Bem Gostosas da Bunda Grande Querondo rola e Loca de Tesao Baixarcomendo o cu da tiachantagem com entiada xvidioscontos sex fui enrrabado na adolescencia e gamei