O DIÁRIO DE JOE - PARTE 4

Um conto erótico de Wont Power Produções™
Categoria: Homossexual
Contém 2658 palavras
Data: 04/01/2014 00:38:58
Assuntos: Gay, Homossexual

O DIÁRIO DE JOE – PARTE 4

Agora sim... Meu mundo havia se tornado mais obscuro e sombrio. Será que iria ficar pior? Meu melhor amigo estava confessando para mim que estava apaixonado por mim. Sai de perto dele. É claro que eu nunca havia sentido á mesma coisa por ele. Ele era meu amigo, era um irmão para mim.

- Jeferson, você está bravo? – Ele perguntou parecendo preocupado.

- Você vem falar as coisas para mim de que eu não confio em você e tudo mais... Mas olha você. Somente agora vem me contar isso. – Eu disse evitando olhar na cara dele. – Agora é tarde. Eu não nunca tive interesse em outro homem... Eu nunca consegui me imaginar com outro homem, mas o Felipe mudou isso. Eu sinto uma coisa diferente por ele... Uma coisa que eu não sinto por você.

- Você é muito idiota Joe! – Exclamou Eduardo se levantando do sofá e me encarando. – Felipe já aprontou com você e vai continuar aprontando até que você se toque e leve um tapa na cara dele. Você vai se ferrar com ele Joe!

- Mas eu escolho o que eu quero Edu! – Eu exclamei alto. – Felipe me faz sentir coisas diferentes. E alías, ele me pediu em namoro hoje e eu estou pensando em aceitar. Você me disse a verdade muito tarde Eduardo.

Vi as lágrimas caírem pelo rosto dele. Ele provavelmente nunca iria me perdoar, mas eu queria aquele que me fazia sentir medo. Eu queria aquele que me aproximava do perigo, aquele que conquistou meu coração. Eduardo era somente meu amigo e nada mais. Ele saiu da minha casa e foi embora e depois disso eu fiquei me sentindo mal. Me joguei na minha cama e comecei á chorar. Por que aquilo tinha que ser tão difícil. Eu liguei várias vezes no número do Eduardo e ele não atendia. Pensei até em ir conversar com ele na sua casa, mas era melhor deixar passar um tempo primeiro. Depois de alguns minutos pensando e chorando na cama, eu consegui dormir um pouco e quando acordei já era quase 15h. Passei a tarde inteira tentando achar á melhor solução que eu pudesse tomar. Liguei mais uma vez para o Edu e quando ele atendeu, também desligou. Eu estava com fome, então fui preparar alguma coisa para eu comer e quando eu estava quase terminando eu ouço um barulho alto de pneus de um carro parar na frente da minha casa. Eu dei uma olhada pela janela e vi um carro preto luxuoso estacionado. Vi um garoto que devia ter a minha idade sair do carro pela porta esquerda do carona e dar á volta e abrir porta da direita. Eu o vi puxando alguém de lá e então ele retirou o corpo do Felipe para fora e o arrastou no chão até o no meu quintal e o jogou lá. Eu fiquei apavorado e sem saber o que fazer por que eu tinha medo do garoto, que logo entrou no carro novamente. Então vi á porta do motorista se abrir e um homem que devia ter uns 40 anos de idade encarar minha casa e depois ele entrou no carro e saiu rasgando o pneu. Sai da minha casa correndo e fui até onde o corpo do Felipe estava jogado. Ele estava todo machucado de tantos socos que ele havia levado. Ele estava desacordado e os seus olhos estavam roxos. Eu tentei pegar ele no meu colo para levá-lo para dentro, mas ele era muito pesado. Ele resmungou algo que eu não entendi.

- Fê, meu deus o que fizeram com você? – Eu perguntava apavorado dando tapinhas no rosto dele para ver se eu conseguia impedir que ele desmaia-se. – Fique de olhos aberto, por favor. Preciso que você fique em pé para eu te ajudar á chegar lá dentro. Eu não aguento pegar você Fê.

Eu mesmo arranjei forças para colocar ele de pé e então coloquei os braços dele por trás do meu pescoço e fui caminhando com ele para dentro. O coloquei deitado no sofá. Ele estava gemendo de dor. Eu já estava começando á chorar ao vê-lo daquele jeito. Deitei na barriga dele e comecei á chorar. Ele resmungava algo, mas eu não estava entendendo. O desespero tomou conta de mim. Eu não sabia o que fazer com o Felipe. Eu não tinha como levá-lo ao hospital por que eu precisava de um carro e o único pessoal que eu conhecia que tinha carro era á família do Eduardo. Peguei meu celular e disquei o número do Edu.

- Por favor... Atende... Atende... – Eu dizia para mim mesmo chorando.

Nada. Tocava e ninguém atendia. Corri até o telefone fixo e disquei novamente o número do Edu. O meu telefone fixo o Edu não tinha registrado no número do celular dele. Então se eu tivesse com sorte ele iria atender agora.

- Alô. – Disse Edu com á voz meio tensa. – Quem fala?

- Du, por favor, não desliga... – Eu disse desesperado e chorando enquanto eu via o corpo do Felipe estirado no sofá. – Por favor...

- Joe? – Resmungou Edu. – Você está chorando?

-Du, me ajuda... Você precisa me ajudar... Por favor. – Eu disse sem parar de chorar. – Preciso do carro do seu pai. Você pode pedir pra ele vir aqui urgente?

- Joe, o que aconteceu? – Ele perguntou preocupado. – Me diz...

- É o Felipe... – Eu disse. – Ele precisa ir ao hospital.

- Droga Joe! – Ele exclamou nervoso. – Olha não posso ajudar...

- Por favor Edu... Se você realmente me ama, então me ajude com isso. – Eu disse engolindo as lagrimas. – Edu, ele foi espancado. Por favor, eu estou te implorando...

Edu ficou alguns segundos em silêncio.

- Tudo bem. – Ele disse. – Vou falar com meu pai.

Ele desligou celular e então coloquei o meu telefone no gancho e fui para perto do Felipe. Ele parecia inconsciente agora. Eu dei um pequeno beijo no rosto dele e depois um selinho no pescoço dele. Felipe era do tipo muito durão e machão. Quem é que estivesse feito aquilo com ele, provavelmente era um bandido dos duros e sabia de mim, por que ele sabia de algum modo onde eu morava. Dez minutos depois um carro buzinou na frente da minha casa. Era o Edu. Ele saiu do carro e veio me ajudar á levar o corpo do Felipe até o carro. Depois eu fechei á casa e corri de volta pro carro e entrei no banco do carona na frente. Eduardo acelerou o carro, e ele ficou em silêncio durante uma boa parte do trajeto.

- Obrigado... – Eu disse para ele. – Eu estava com medo que você não fosse me ajudar.

Ele não disse nada, mas depois de alguns minutos ele encarou em uma fração de segundos o corpo do Felipe que estava deitado nos bancos de trás e então ele voltou a olhar para á avenida.

- O que aconteceu com ele? – Ele perguntou.

- Eu não sei. – Respondi. – Eu estava fazendo um lanche quando um carro parou lá em casa e um garoto arrastou o Fê até o meu quintal. Ele parece ter apanhado muito.

- E quem era o garoto que deixou ele lá na sua casa? – Ele perguntou.

- Eu não sei. – Eu respondi. – O Felipe deve ter se metido em uma briga com alguém e deve ter perdido... Olha eu não sei!

O carro estacionou na frente do hospital e o Eduardo me ajudou á levar o Fê para dentro da enfermaria e logo tivemos ajuda dos enfermeiros e das enfermeiras que levaram o Felipe para dentro. Eduardo ficou na sala de espera e eu acompanhei o Fê até o quarto. O médico o analisou e então veio falar comigo.

- O garoto está bem. – Disse o médico. – Ele parece ter lavado uma surra bem grande. Ele está apenas com dores pelo corpo e só precisará de alguns remédios para aliviar as dores. Olha ele não precisa ficar aqui no hospital, por que serão os remédios que vão fazer ele melhorar.

- Então eu posso levá-lo para casa novamente? – Eu perguntei nervoso por ter ido ali para nada.

- Sim, é só ele tomar os remédios de seis em seis horas e as dores vão sumir completamente em seis dias, talvez menos. – Disse o médico. – E as manchas vermelhas vão sumir também.

- Tudo bem. – Eu disse.

O médico entregou á receita dos medicamentos para mim e depois dois enfermeiros colocaram o Felipe numa cadeira de rodas para que nós pudéssemos levá-lo até o carro do Edu novamente e assim que colocamos ele deitado nos bancos de trás, Edu entrou no carro e eu me sentei na frente, no banco do carona. Edu acelerou o carro.

- Você pode parar em alguma farmácia? – Eu perguntei encarando ele. – Preciso pegar os remédios que o médico receitou para o Felipe tomar.

- Pow Joe, pra que tudo isso? – Ele perguntou. – Ele só está pagando pelo o que ele fez com você.

- Você não entende Dudu. – Eu disse olhando para fora da janela e vendo as luzes da cidade. – O Felipe pode ser um canalha como você diz, mas ele tem um coração bom.

- Se ele fosse mesmo assim como você diz então ele não teria te esculachado na rua. – Ele disse mantendo os olhos á frente. – Eu não confio nesse cara de jeito nenhum.

- Para com esse ciúme Dudu. – Eu disse encarando ele. – Você não quer admitir que só odeia o Fê por que descobriu que ele estava me agarrando.

- Nada ver, eu já não fui com á cara dele desde que você apanhou dos colegas dele na rua. – Ele respondeu. – Não sei como ele te deixou tão cego.

- Ele não me deixou cego... – Eu disse. – Ele me deixou... Diferente, mas não cego. Dudu, você tem que entender que eu estou gostando dele.

- É, mas eu não consigo entender. – Ele disse lançando um olhar de nervoso para mim e depois voltando á olhar para á frente. – Eu não consigo entender por que você o escolheu. Não foi ele que passou á vida toda ao seu lado, não foi ele que te ajudou em tudo que você precisou e não foi ele que esteve com você nos momentos que você estava triste e magoado.

Eu não queria dizer nada que magoasse o Edu, mas eu gostava do Felipe e não queria mudar de opção. O Felipe não escondeu que ele gostava de mim, ele veio e me disse, de um modo meio estranho e machão, eu admito, mas ele veio falar comigo. Já o Edu só falou comigo por que descobriu que o Felipe tinha me agarrado e por que ele iria me perder se não contasse á verdade.

- Edu, eu te amo de mais... – Eu disse olhando para ele. – Eu te amo de verdade, mas você é o meu melhor amigo. Você chega á ser um irmão para mim, e eu não consigo me imaginar... Tipo beijando uma pessoa que esteve ao meu lado sempre que eu precisei. Puxa, você é diferente do Felipe...

- Diferente como? – Ele perguntou. – Infelizmente eu não passo de um amigo para você.

- Eu não disse isso. – Falei. – Eu disse que você é meu melhor amigo e que chega á ser meu irmão. Poxa Dudu, eu não amo você desse jeito que você quer. Eu te amo como se fosse meu irmão.

- É, eu posso ver isso... – Ele disse meio tenso.

- Olha desculpa ta. – Eu disse.

Ele estacionou o carro em uma farmácia e eu comprei os remédios que o médico passou e depois voltei para o carro. Ele ficou em silêncio até quando chegamos á minha casa e quando chegamos, ele me ajudou levar o Felipe até o meu quarto e colocá-lo na minha cama e depois o acompanhei até o carro. Antes que ele pudesse entrar no carro eu o chamei e me aproximei dele e o abracei.

- Obrigado por me ajudar. – Eu disse.

Eu me preparei para dar um beijo no rosto dele, mas quando eu ia beijar, ele virou o rosto e então me beijou na boca. Eu não lutei contra, apenas deixai o beijo rolar. Edu me beijava diferente. O beijo dele era mais intenso. Quando ele parou de me beijar, eu o encarei.

- Eu te amo Joe. – Ele disse e depois entrou no carro e acelerou.

O beijo dele podia ter sido bom, mas eu já estava gostando de uma pessoa que me fazia sentir coisas diferentes. Eu gostava de desafiar o perigo. Eu voltei até o meu quarto e me sentei na beirada da minha cama e fiquei vendo o Felipe dormir. Depois de alguns minutos eu o acordei para que ele pudesse tomar o remédio. Ele me encarou e depois se sentou na beirada da cama. Eu entreguei á ele um copo de água fria e uma cápsula do remédio. Ele tomou e depois me entregou o copo.

- Jeferson... – Ele disse baixinho e me encarando. – Obrigado por estar me ajudando.

- Está tudo bem, você vai ficar bem logo. – Eu disse dando um abraço não muito apertado nele e depois um beijo no rosto.

Ele deu um sorriso rápido e depois eu pedi que ele se deitasse para que pudesse descansar. Eu peguei um colchão de solteiro que minha mãe guardava no quarto dela para quando chegassem visitas, e coloquei no lado da minha cama. Eu havia perdido á fome então deitei e fiquei olhando o teto e pensando. Eu não consegui dormir e no meio da madrugada eu levantei e acordei o Felipe para que ele tomasse o remédio novamente e depois eu deitei novamente, mas não consegui dormir fácil.

De manhã acordei e a primeira coisa que eu fiz foi dar um beijo no rosto do dele, que ainda dormia. Ele acordou alguns minutos depois e sorriu para mim quando me viu arrumando as coisas no meu quarto.

- Está se sentindo melhor? – Eu perguntei me aproximando dele. Ele se sentou na beirada da cama e depois se levantou.

- Pelo menos consigo me levantar agora. – Ele disse, e a voz dele parecia bem melhor. – E você? Está bem?

- Você me deu um susto, mas fora isso eu estou bem. – Respondi.

- Desculpa por isso. – Ele disse.

- Está tudo bem. – Eu disse. – Você não tem culpa de ter apanhado daqueles babacas.

Ele me abraçou e me beijou. Depois que ele parou de me beijar, eu o beijei novamente. Um beijo demorado e que estava sendo muito bom. Fiquei alguns minutinhos abraçado com ele e então depois fui limpar á casa. Ele queria me ajudar, mas eu não deixei. Quando terminei de limpar á casa toda, tomei um banho e troquei de roupa, então fui até a sala onde ele estava assistindo TV e entreguei á ele o remédio para tomar. Ele fez uma careta.

- Nada disso. – Eu disse. – Pode tomar o remédio. Não quero mais ver você igual estava ontem, por que dói muito.

- Tudo bem, eu tomo se você me der outro beijo e um abraço bem forte. – Ele disse sorrindo.

Eu sentei ao lado dele e o beijei rapidinho e o abracei forte, mas ele deu uma gemida de dor. Eu ri, e então segurei á mão dele e o encarei.

- Fê, me diz o que aconteceu para você ter apanhado tanto daqueles caras. – Eu disse pedindo que ele me contasse.

Ele pareceu não querer me contar o ocorrido, mas respirou fundo e se preparou para falarContinua

Wont Power - Produções™ apresenta em parceria com Eduardo Sampaio e a Casa dos Contos ©, o mais novo conto de romance, recheado de conflitos. Um conto divertido, atraente e perigoso. Aproveitem.

Atenção: As partes continuativas podem ser postadas dentre 1 á 15 dias. Informamos que os erros de ortografia e gramatical são de inteira responsabilidade do roteirista. Em breve a empolgante continuação da leitura do Diário de Joe.

Em breve: Contos cheios de perigos e de mistérios se aproximam. Não deixe de conhecer á verdadeira vingança que pode também ser divertida. Aguardem!

COMENTÁRIO DO AUTOR:

Dedico esse conto á dois grandes amigos meu. Dois amigos que eu considero meus irmãos. Para Ighor Alexs e Jonh Kleivers, meus anjos.


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Comentários

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Eu nao ti conseguindo ler a parte final

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Perfeito...espero pelo proximo....bjs

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Muito bom uhhh proximo capitulo o conto ta dez

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