Um adolescente aos 15 anos (part.9)

Marcelo: aquele amigo seu não vem mesmo?

Eu: não, acho que não, e, aliás, ele merece um pouco de diversão afastado de mim.

Marcelo: vocês são realmente amigos?

Eu: sim, o que mais a gente poderia ser? Rsrsrs

Marcelo: ah sei la, parentes, ou até.. namorados..

Eu: não é pra tanto kkkk

Marcelo: foi que hoje vocês chegaram la de braços dados rs

Eu: ah é mais uma forma de carinho entre amigos

Marcelo: você é gay?

Eu: sim...

Reinou um silêncio entre nós e fomos caminhando desse jeito até chegar na minha casa, estava toda escura, somente a janela do meu quarto e janela da sala tinham luz, paramos em frente a minha casa e Marcelo pegou o celular no bolso

Marcelo: te vejo amanhã?

Eu: acho que não, amanhã talvez eu não tenha tempo pra ir na praça

Marcelo: nesse caso me passa teu cell

Passei meu celular, anotei o dele, ele me abraçou e me deu um selinho na bochecha e foi embora, entrei em casa, a luz do quintal estava apagada, tirei o tênis, entrei na sala e levei um susto, a primeira razão foi por minha mãe estar em casa, e a outra foi por ela estar me encarando.

Mãe: quem era?

Eu: Marcelo, um colega meu

Mãe: da escola?

Eu: não, na verdade conheci ele hoje

Mãe: hum, tome cuidado, boa noite

Eu: boa noite...

OK, eu estava paralisado, ela não tinha brigado comigo, ela não tinha implicado com Marcelo, ela sequer botou defeito na faxina que eu tinha feito no dia anterior, fiquei pasmo, fui até a cozinha e preparei um lanche pra levar pro quarto, onde eu sabia que Nikolas estava me esperando pra conversar, quando abri a porta me deparei com ele sentado na janela chorando, deixei o lanche na cama e fui em direção a ele, não fiz nada apenas abracei sei pescoço enquanto ele apoiava os braços sobre os joelhos e chorava

Eu: o que aconteceu? – perguntei sussurrando no seu ouvido

Nikolas: não sei, me diz você, pra onde foi meu primo?

Eu: como assim Nick? Continuo aqui do seu lado pro que der e vier!

Nikolas: nem você mesmo se deu conta do quanto mudou, do quanto esta diferente, você ao menos se lembra da ultima vez que saímos os dois como a gente fazia antes? – ele disse com a voz calma enquanto chorava. Era verdade, fazia muito tempo que eu e ele não fazíamos algo junto como era de costume.

Nikolas: sabe eu não queria privar você, e não quero, você não é propriedade minha, mas... Desde que o Caio começou a te incluir em tudo da vida dele, você priorizou a amizade dele e a nossa aos poucos foi esfriando cada vez mais – a voz serena dele já tava me fazendo chorar, ele falava tudo isso olhando pro nada enquanto chorava.

Eu: me perdoa Nick, nem eu mesmo percebi o que fiz com você!

Nikolas: você não precisa me pedir perdão, eu não vi isso como um erro seu, e sim meu, se eu tivesse contado antes, se eu tivesse confessado pra você antes...

Eu: confessado o que?

Nikolas: Jonathan, você nunca percebeu? Te vejo mais que um amigo, mais que um primo, te vejo como o cara que eu amo, sempre quis ta do teu lado porque as coisas parecem sempre mais simples, e você faz tudo parecer fácil.

Eu me soltei dele e sentei ao lado dele na janela, ele olhou pra mim, os olhos dele estavam vermelhos e inchados, ele continuou olhando pra mim

Nikolas: eu nunca te contei porque você é parente meu e isso é errado

Sabe, naquele momento eu percebi que o sentimento que eu nutria pelo meu primo havia mudado, aquele amor de primo era na verdade a cumplicidade de duas pessoas que se amavam de forma totalmente diferente.

Eu: Nikolas, não há nada de errado, você gosta de mim, e qual é o problema? Eu te adoro! Tua companhia me faz bem, e sinceramente nem mesmo o Caio desperta isso em mim, não sei definir o que eu sinto por você, mas pode ter certeza, não é só um amor de primo...

Quase caímos da janela, ele puxou minha nuca e segurou minha cabeça

Nikolas: eu te amo

Foi tudo muito rápido, a boca dele já tava colada na minha e eu não sabia como retribuir aquele beijo, eu estava paralisado, era a melhor coisa do mundo, a língua tocava minha boa e eu sentia leves arrepios com ele acariciando minha nunca com a mão, ele me deu um selinho, colou a testa na minha e me observou por alguns segundos.

Eu: posso te pedir uma coisa?

Nikolas: o que quiser

Eu: me faz entender o que eu to sentindo! Fica comigo?

Nikolas: já estou com você, e sou todo seu!

Continuamos nos beijando, tomei um banho, e deitamos juntos, foi minha melhor noite de sono em anos, nunca me senti tão confortável nos braços de alguém como eu estava confortável nos braços do meu primo, no outro dia acordamos e ficamos no quarto trocando beijos e quando a coisa esquentava demais eu dava um stop, ele me entendia e dizia que também não estava preparado.

Eram umas 15:30 da tarde quando minha mãe bateu na porta, ela queria que eu fosse ao mercado comprar umas coisas, Nikolas estava dormindo, então preferi deixa-lo como estava, no caminho pro mercado, tinha uma rua com alguns terrenos de uma construtora que não tinha concluído as obras ou seja, estavam baldios, ouvi alguns gritos, fui em direção aos gritos e tinha um grupo de garotos batendo em outro no chão, gritei e todos eles correram, um deles caiu e eu conseguiu acompanha-lo com a bicicleta, o agarrei pelo braço e o torci pra traz.

Eu: o que o menino la atrás fez pra vocês?

Garoto: ahhhiirr nada solta meu braço ahhhh

Eu: alguma coisa ele fez, O que foi?

Garoto: já falei que nada, ta me machucando ahhh

Eu: então você bateu nele por nada? Posso te denunciar sabia?

Garoto: não por favor, não faz isso ahhh meu braço filha da puta!

Eu: então vamos voltar e você vai pedir desculpas pra ele!

Garoto: ta, tah vamo logo, mas por favor me solta!

Chegamos perto do menino e ele estava deitado de costas, a camisa estava cheia de sangue e ele estava todo ralado com grandes falhas no cabelo, provavelmente eles tinham cortado o cabelo dele, nem me preocupei em forçar o garoto a pedir desculpas, ainda segurando ele, peguei meu celular no bolso e disquei o numero da emergência, disseram que estavam a caminho.

Eu: vou te soltar, mas se você sair daqui eu juro que faço um retrato falado teu pra policia, você vai me ajudar a cuidar dele até a ambulância chegar, e te deixo sair daqui como um herói.

Soltei, e ele me ajudou a virar o menino, quando vi quem era perdi as forças e cai de joelho, Caio estava agonizando, sua boca estava toda cortada e ele, começou a chamar meu nome baixo.

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Voncrimson: você que me surpreende cara! Você é o primeiro leitor que vejo que conta o tempo que a leitura do conto leva, achei interessante, desse jeito fica muito mais fácil eu avaliar o tamanho do conto, tentei aumentar um pouquinho mais, espero que goste, bjss

Junnior: obrigado1 que bom que gostou, vou melhorar cada vez mais, o conto a partir do capt.10 vai trazer muitas intrigas, amor, brigas, segredos, e entre outras coisa, espero que continue acompanhando!

JONNY MORENO: muito obrigado por ler, votar e comentar, bjs

Thiago (HPD): nossa pensei que você tinha desistido de mim, li tua história esses dias, e acredite me identifiquei totalmente contigo! Minha vida anda melhorando aos poucos, mas mesmo assim tenho que me batalhar a cada dia pra continuar vivendo essa porcaria de vida, dizem que tudo isso é fase, e que logo tudo passa, mas o engraçado é que ninguém passa na pele o que nós passamos, abraço, bjss

Mix832: desculpe pela demora, vou me esforçar pra postar com mais freqüência!!!

Geo Mateus: muuuitissimo obrigado por acomcanhar, bjs!!!

Só você: CADEEEE VOCÊÊÊÊ MEU LINDO?????