Cap. 9 – Enfim Paz
- Espera.
- O que foi?
- Desculpa pelo que fiz.
- Eu poso desculpar, mas o que você fez não pode ser mais desfeito.
- Não seja por isso.
- Não acredito.
- Pode acreditar.
Ele não tinha queimado a carta. Nossa dessa vez ele conseguiu me deixar muito, mas muito surpreso mesmo.
- Se essa é a carta então o que você queimou?
- Uma prova minha antiga.
- E então você me perdoa?
- Não totalmente.
Antes que ele fosse falar alguma coisa, meu celular tocou e era meu pai pra dizer que um amigo dos EUA tinha ligado e queria falar comigo. Eu não entendi muito bem só falei que depois ligava pra ele (meu pai), pois estava ocupado no momento. Despedi-me do Eithan e fui pra casa mais feliz, por causa da carta, é claro.
Claro e evidente que eu tinha que ligar pra minha nova melhor amiga, a Bel. Cara, quando eu falei o que houve ela simplesmente ficou passada na manteiga, simplesmente ela não acreditava que realmente aquilo tinha acontecido..
Eu estava voltando pra casa já morto de fome (grande novidade!) quando meu telefone toca, dei uma olhada no número e achei estranho o código de área, mas não tinha me tocado de que a ligação era de fora do Brasil, atendi e...
- Oi Lynn?
Não estava acreditando no que acabara de ouvir. Tinha que ter certeza.
- Lynn é você?
- Jason? Não acredito.
- Pois pode acreditar.
- Nossa, quanto tempo!
- Pois é. Como tá ai no Brasil?
- Bem e ai?
- Acho que do mesmo jeito.
- Como assim?
- Eu não estou nos Estados Unidos.
- E onde você está? – perguntei isso caminhando em direção a minha casa maravilhosa.
- Aqui.
Quando ele falou isso justamente na hora que eu estava chegando à porta de casa e eu o vi, lindo como sempre ou talvez melhor, mas deixava jamais de ser lindo. Ali estava mostrando um sorriso impecável e verdadeiro.
- Não acredito no que meus olhos estão vendo.
- Pois acredite sou eu.
Nossa! Que surpresas aquele sábado ainda tinha pra mim, porque se continuar assim vou ter que chamar um cardiologista.
Entramos e eu o apresentei a Socorro. Lanchamos e fomos para o meu quarto. Eu estava muito impressionado era com o português dele, se duvidar ele falava o português brasileiro até melhor que eu.
- Como você me achou aqui?
- Eu vim pra Fortaleza e seu pai disse que você tinha se mudado, pedi o endereço daqui e vim assim que pude.
- Faz tempo que você tá aqui no Brasil?
- Uns dias. Me responde uma coisa você tá namorando alguém?
- Quase. – Não sei por que falei aquilo, mas saiu naturalmente e no momento eu estava pensando no Eithan.
- Como assim quase?
- É complicado.
- Tá certo.
- E quanto a você?
- Eu namorei, mas já terminei.
- Sei.
Conversamos por horas até a noite quando ele disse que tinha que ir pro hotel porque no outro dia ele ia voltar pra Fortaleza. Valeu muito à pena ter visto ele novamente, meu amigo querido. Nossa parecia até coincidência que ele apareceu justamente no dia em que eu acaba de recuperar sua carta.
No domingo tudo aconteceu como sempre, não tinha sol pra variar e eu não senti vontade de sair de casa. Fiquei junto com mamãe vendo uns filmes o dia todo. Naquele domingo fui dormi mais cedo do que o costume. Sonhei com o Eithan me pedindo em namoro, foi muito lindo.
Já era manhã de uma segunda feira e meu despertador tocava sem parar me tirando de um dos melhores sonhos da minha vida. Mais um dia e eu não tinha certeza sobre o humor de Eithan, não tinha mesmo.
Alguns dias se passaram e entre mim e o Eithan, digamos que tínhamos um tratado de paz temporário, o que significaria sem guerras até segunda ordem. Nem preciso dizer que arrasamos no trabalho, arrancamos muitos elogios da professora
