UM AMOR INVULGAR II - XXIII

Por fim chegou o dia em tinha que viajar para a Suíça. Os rapazes estavam muito empolgados com a viagem.

Stuart tinha tratado de tudo, passagem, hotel, passeios e muitos outros momentos de diversão.

No início pensou em passarem apenas o fim-de-semana prolongado, mas depois conseguiu com a ajuda de Jotapê e de Luck adiantar o trabalho por isso resolveu fazer uma surpresa a todos. Iam passar uma semana a mais na Suíça. A reunião de negócios era na sexta-feira a noite e no sábado de manhã teria mais um encontro para acertar tudo. A partir do almoço era com ele e a família.

Chegou em casa por volta das sete e meia. Stive ainda não tinha chegado. A casa estava num completo silêncio até que a Jacintha apareceu.

- boa noite, menino, então como foi o teu dia? – cumprimentou – ela sorridente.

- Muito cansativo, mas valeu a pena. Deixei rudo acertado para a viagem e vou fazer uma surpresa para a família. Só tem um problema, que só agora me dei conta.

- o que foi? – Perguntou Jacintha com preocupação.

- é que tratei para que a nossa viagem se prolongasse por mais semana na Suíça, mas esqueci-me completamente que o meninos tem a escola.

- é verdade, mas ainda vais a tempo de ligar para a escola e explicar que trata-se de uma viagem em família e que precisam muito deste tempo como os filhos e em principio não haverá problemas e se for necessário a professora que os acompanhou antes de irem para o colégio pode sempre dar-lhes uma aulas particulares.

- Jacintha, tu és um anjo – e aproximando dela beijou-lhe com carinho- muito obrigado pela dica.

- de nada menino, tu sabes que eu sempre estive aqui para te ajudar. E continuas a ser sempre o meu menino que ainda faz as coisas e só depois é que pensa nos detalhes.

- é verdade – disse Stuart – e tu continuas a chamar-me menino até depois de me casar.

- mas é isso que és – disse Jacintha sorridente – mas deixa-se ir terminar o jantar…

- e onde estão os meus filhos, isto está muito silencioso!?

- bem ao que parece estão nos respetivos quartos. O Lucas disse que tinha que adiantar um trabalho antes da viagem. O Gabriel deve estar com ele a fazer os deveres de casa.

- ok, muito bem. Eu vou dar-lhes um beijo e depois vou tomar um banho antes do jantar. Até já.

- até já menino.

Tal como disse Jacintha os rapazes estavam no quarto do Lucas a trabalhar cada um nas suas tarefas escolares. A porta estava entre aberta e ficou por alguns minutos a admirar a concentração dos filhos. Ali encostado a porta reparava como cada se dedicava a aquilo que faziam. Disse para si mesmo que os amavam tanto que não suportaria a vida sem eles. Agradeceu a Deus a sorte que teve por ter encontrado Stive. Foi graças a ele que hoje tinha em casa o que podia chamar uma verdadeira família. Eles podiam até ter sofrido muito, mas agora teriam direito a tudo e nada lhes faltaria. Olhou para Gabriel, a forma como ele movia o lápis no papel o jeito como pedia ajuda ao irmão de vez em quanto, fez com os seus olhos se enchem-se de lágrimas de alegria.

No desses momentos em que Gabriel se ia levantara para pedir ajuda ao irmão viu o pai de pé encostado a porta.

- Pai… - e correu a seu encontro. Porquê está ali parado cara essa cara de bobo.

- estava a admirar os meus filhos não posso? - Disse ele agachando-se para abraçar o menino. – agora dá um beijo no papai.

- só um? Pode ser dois? – perguntou o menino.

-os que quiseres, mas vou querer mais uma abraço também, gosto de sentir os teus bracinho a volta do meu pescoço.

- ok, pode ser.

- Ah, e para mim nada? – perguntou Lucas com ciúme?

- há para todos, anda vem aqui.

- hummm, assim é que ‘tá bem’ – disse ele. – mas porque é que já está em casa pai? não devia sair mais tarde?

- eu tenho uma surpresa para vocês….

- oba, surpresa, adoro surpresa – disse Gaby empolgado.

- mas vai ser só depois do jantar, quando o Stive e o João Pedro chegar…

- só, e vai-nos nos deixar só na curiosidade?

- sim, bem vou tomar um banho fazer um telefonema, seus cuscos. Até já.

continua