Keep Calm, Work Hard and Stop Mimimi (9) – Trouble For Me

Um conto erótico de Leo
Categoria: Homossexual
Contém 1164 palavras
Data: 08/06/2012 03:35:17

Espero que dê tudo certo.

Ele me olhou com a cara meio estranha, tipo ele falou coisas lindas e eu disse aquilo, mas ele nem falou nada, mas não falou nada.

Ficamos ali abraçados um tempo, até que eu ouço um nome que não gostaria de ter ouvido naquele momento.

-Eric?

-Danilo? O que você está fazendo aqui? – meu coração disparou, parecia que ia sair pela garganta, o ar faltava, palavras já não saiam mais, meus olhos arregalados de medo, na hora a única coisa que estava pensando era que eu teria algo terrível pela frente depois do flagrante.

-Félix? Caraca, fala sério, dois gays, não acredito que eu cheguei a ser seu amigo, droga cara, eu já dormi na sua casa – ele olhava bravo pra mim, estava revoltado, nós não éramos muito amigos, mas ele era um dos meus colegas da turma, falava com todo mundo.

-Danilo, não é bem assim, isso não tem nada a ver.

-Como não tem nada a ver, aposto que ficava me olhando enquanto eu dormia, você é uma aberração.

-Eu acho melhor você calar a boca, você não sabe do que está falando, é um idiota.

-Eu acho que você devia apanhar, talvez apanhando você aprenda uma lição e deixe de frescura - ele fez uma breve pausa seguido de uma risada - ou talvez você goste.

Ele então veio caminhando em direção a mim, seus punhos estavam fechados, estavam prontos para me golpear, mas antes que ele chegasse perto, Félix entrou na frente.

-Se for bater nele, vai se ver comigo.

-Bom que eu bato nos dois agora.

No mesmo momento Danilo atingiu o Félix que caiu no chão na hora, seu nariz começou a sangrar, ele não estava se mexendo, estava inconsciente, eu não sabia se ficava preocupado com o meu namorado no chão ou com o gigante monstruoso que vinha pra cima de mim.

Ao chegar mais perto, me pus em posição para me defender, devido aos conhecimentos de artes marciais, fiquei bem centrado quanto a mim e seguro, quando ele tentou um golpe, desviei e o golpeei no estômago, fazendo-o abaixar um pouco, nessa hora dei um chute no seu rosto que ficou todo vermelho e inchado, sua boca levou um pequeno corte.

-Seu gay, você vai se dar mal – disse ele caído no chão.

-Acho que vou te bater mais, é melhor sair daqui.

-Pode esperar, vai ter volta! - ele saiu correndo, desaparecendo na noite.

-Corre seu idiota, medroso – não sou de ficar implicando, mas tinha que sair por cima, após a briga fui ver o Félix caído no chão, coitado.

-Félix, acorda! – dei uns tapinhas no seu rosto, tentando fazê-lo acordar.

-O que aconteceu? – seus olhos estavam semi-abertos.

-Ele foi embora.

-Você está bem?

-Estou ótimo, nem estou machucado, levanta – ajudei a levantá-lo.

-Ele não te bateu?

-Eh… Não – coitado, já tinha apanhado, machucou o nariz e namorado tem essa coisa de por ser mais velho ter que proteger, então dei um crédito a ele – Depois que ele te bateu, ele foi embora, acho que ele machucou a mão ou algo assim.

-Ainda bem que você está bem.

-Você foi muito corajoso, obrigado por me ajudar.

-É, da próxima vez eu prometo que não vou apanhar.

-Tudo bem, espero que não tenha uma próxima vez – dei uma risadinha irônica, devido a sua condição pós-briga.

-Vamos sair daqui.

Não chegamos a voltar pra festa, deixamos Alana sozinha lá, no dia seguinte diria que houve uma briga, por isso fomos embora, só não iria dizer a verdade sobre o motivo real.

Enquanto íamos pra casa, conversávamos.

-O que você acha que vai acontecer agora? Você acha que ele vai espalhar o que viu?

-Eric, sinceramente eu não sei, mas pelo menos ele saiu ganhando a briga, não deve ter ficado com tanta raiva.

Na hora que ele falou aquilo, eu não consegui controlar uma expressão de “ferrou!”.

-O que foi?

-Então… - dei uma risadinha – é que na verdade, eu dei uns tapinhas nele.

-Tapinhas?

-Na verdade um soco e um chute.

-Nossa, que namorado violento que eu tenho.

-Eu sou bad boy – cruzei os braços e tentei fazer uma cara de mau.

-Você fica muito gato de bad boy.

-E você está ficando mentiroso… - dei uma risada com a brincadeira – agora tenho que entrar, você vai ficar bem? Isso está tão feio!

-Só um pouco, vou sobreviver, mas preciso de um beijo pra melhorar.

-Só se for um… Monte.

Ficamos lá fora nos despedindo, o que era pra ser um tchau normal de 1 minuto, o nosso durava 20, 30 minutos, entrei em casa e o Caio estava no sofá.

-Oi, onde estava?

-Saí com a Alana e o Félix.

-Aconteceu alguma coisa onde você estava? Alguma briga?

-Briga? – fingi não saber de nada, se falasse que teve briga, ia sobrar pra mim.

-Aquele moleque estava com o nariz inchado, olho meio roxo.

-Não acredito, você espiou a gente.

-Eu não… Não espiei.

-Claro que sim, como você sabia de tudo isso? Pra que essa bobeira agora? É Big Brother?

-É só que não é bom ficar se agarrando na rua, alguém pode te ver e sei lá, tentar te machucar.

-Eu sei me virar sozinho, não preciso da sua ajuda, nem da sua preocupação – eu não costumo tratá-lo desse jeito, mas ele pedia.

-Calma bravinho.

-Vou subindo – eu era bem estressadinho e não deixava quieto, disse uma coisa que o deixaria pirado – ah, ainda não te contei a novidade, estou namorando.

-O que? – ele quase caiu do sofá ao ouvir.

Não dei ideia pra ele, continuei a subir as escadas e fui pro meu quarto, tranquei a porta para ele não entrar, não estava a fim de conversar mais, estava muito nervoso com toda a situação com o Danilo, eu nem acreditava que tudo isso tinha acontecido, eu vim protegendo minha identidade por tantos anos e agora tudo fora revelado.

No dia seguinte eu estava indo pra escola, como sempre fazia, passei na casa da Alana para irmos juntos, mas dessa vez ao chamá-la, sua mãe respondeu que ela já tinha ido, o que era estranho, sempre íamos juntos, só em casos extremos que íamos separados.

Ao chegar à escola, passei pelo portão e notei alguns olhares tortos, não me preocupei, pois o número de pessoas mesquinhas e convencidas que tinham naquela escola era tremendo, no caminho até a minha sala percebi que os olhares eram mais diretos, as risadas eram audíveis e os cochichos eram inevitáveis, sabe aquela sensação, quando você sabe que estão falando de você, mas no fundo você está torcendo pra que seja apenas impressão, era isso que estava sentindo, depois de muito andar cheguei à sala, a professora não estava lá ainda.

Ao chegar à porta, a primeira coisa que notei era que o Félix ainda não tinha chegado e outra coisa era que a Alana não estava no seu lugar de costume, estava ao lado do Danilo, no momento em que eu entrei, todos perceberam minha presença.

CONTINUA…


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Comentários

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eits ferrou espero que tenha dado tudo certo

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Muito bom...continua logo.Ficou ótimo, mas e o Caio?

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