A HISTÓRIA DE NÓS TRÊS - 03X21 - "ENQUANTO O SOL BRILHAR"

Então moçada, mais uma temporada chegou ao fim. Estou muito feliz pelas amizades conquistadas durante toda esse periodo. Prometo que não vou parar de escrever... é

algo que faz bem... não só para mim, mas como para vocês. Senti falta dos comentários de algumas pessoas, mas talvez não tenham tempo... eu entendo... Quero agradecer

também a rapazeada (mulhereda) do msn... adoro conversar com vocês não tenham dúvida...

um abraços especial para os camaradas -

atena35, Ariel Lancaster, Duds_Rodrigues,Filha da lua, rb_pr, hyan, Diêguito'o, Geo Matheus, Krikasx, Krikasx, jajazinho, CrisBR, Nah delicia, KrisRibeiro,Comportadinhaa, Maniacal Compulsion, Velton, grimm, , haley quin, PeqPrincipe, jedinn, Hique, japa_angel, kirasex, henryferrer, magno18(Ruam),Marcos montana, DeBemComAVida, gordinhosex Lucca§, hyan, Louquinho, Tazmania, geo_76, Le moonlight ,gatinha-s2, Vito® Hugo, Bella_Kiss, SaSilva, E.w, BReally,marquinhoo, PatoS2, ana20sp, Erica C.

OBS - Perdão se eu esqueci alguem!!!

- Preciso de você!!! Vem aqui em casa agora!!! – disse Luciana ao telefone.

- O que foi amiga?! – perguntou Pedro quando chegou na casa de Luciana.

- Eu estou gorda... feia... e o Carlos não vai querer casar comigo. – disse ela.

- Eita... calma. – disse Pedro tentando controlar o riso.

- Você fala assim porque não é com você... – disse ela.

- Vixi... que dia do mês é hoje.. humm. Dia 30... está explicado. – ele falou olhando para o celular.

- E agora?! Se eu manchar o vestido? – perguntou Luciana.

- Usa absorvente. – disse Pedro fazendo cara de nojo.

- Não... meu Deus... vou cancelar o casamento! – ela gritou.

- Relaxa... respira! Tudo vai dar certo... você vai casar com o Carlos nesse final de semana... e eu vou estar ao seu lado.

- Obrigada Pedro! – ela disse abraçando o amigo.

- Ei, tudo bem... você sabe que eu faço isso com prazer. Você é a minha melhor amiga... e sabe disso... pode contar comigo sempre! – falou Pedro segurando as mãos de Luciana que não parava de chorar.

- Obrigada! Deus não poderia ter me dado amigo melhor que você.

- Ei... te deu um marido lindo... sua família de volta... sei que a vida é dura, mas ela também sabe ser justa.

- Hoje vamos pegar o vestido né? Pedro eu to com medo de sujar ele de sangue...

- Vamos dar um jeito querida... pegamos um tampão extra grande. – ele disse fazendo cara de nojo.

- Mulher é um bicho nojento né?! – ela falou rindo.

- Graças a Deus que não são a minha praia. – falou Pedro.

- Ei... temos que combinar a dança...

- Dança?

- Sim dos padrinhos e dos noivos... quero vocês dançando ao meu lado.

- Mas... mas você sabe que terão pessoas conservadoras... o que vão achar de dois homens dançando juntos?

- Manda tomar no olho... é a minha noite e eu que faço as regras, pouco me importo se a minha tia vai reprovar... ou a minha avó vai se escandalizar... você salvou a minha vida... serei grata para sempre.

Vinicius naqueles últimos meses vivia uma virada em sua vida. Estava namorando, profissionalmente ganhou o seu espaço e se tornou amigo de Priscila Soares. Mas noticias de seu amado teriam um peso extra em sua consciência, uma escolha difícil para quem já passou por esse tipo de situação.

- Quando você vai? – perguntou Vinicius com um semblante triste.

- Vou hoje, mas volto para o casamento da Luciana e do Carlos. – disse Jean triste.

- Ok... sabíamos que isso ia acontecer, tudo bem...

- Não... não está tudo bem e você sabe disso. Mas vou tentar reverter essa situação. Quero ficar ao seu lado... aqui é um ótimo recanto para os gays. – ele disse rindo sem obter o mesmo de seu namorado. – Desculpa pela piada.

- Eu sou louco por você... – disse Vinicius beijando Jean.

- Mas antes você era louco pelo Pedro... tenho minhas fontes. – ele disse rindo.

- O Pedro foi uma paixão... você é mais do que isso... o jeito como você me olha me deixa de pernas bambas... e pensar em ter você em outro lugar faz o meu coração derreter...

- Alguém realmente me ama... olha só! – disse Jean brincando.

- Para bobo... – falou Vinicius.

- Tudo bem Vinny... eu tenho você aqui. – disse ele pegando a mão de Vinicius e colocando no seu coração.

- Eu sei... eu sou irresistível. – brincou Vinicius.

- Hummmm!!! Você sabe que é... quem diria... eu apaixonado por um estrangeiro. – falou Jean rindo.

- E eu louco por uma soldado... que medo!

- Não precisa ficar com medo, eu te protejo!

- Posso te levar até o comando? – perguntou o Vinicius.

- Que tipo de pergunta é essa? Você deve....

- Meu gato! – disse Vinicius o beijando.

Phelip tentava esquecer seus problemas com Duarte jogando futebol. Algumas quadras da cidade estavam em reforma e havia apenas uma próximo a casa de Duarte. Ao sair para comprar comida no supermercado o jovem viu seu ex-namorado e não resistiu, ficou o observando. Só de olhar, Duarte tremia nas bases. Mas o seu orgulho falava mais alto do que o desejo. Phelip tirou a camisa e resolveu tomar banho em um chuveiro próximo. Duarte tentou se esconder, mas não foi rápido o bastante.

- Oi? – perguntou Phelip.

- Oi... oi... tudo... tudo bom? – disse ele tentando se equilibrar.

- Cuidado... tudo bom? Estou jogando futebol com o time da faculdade... eu consegui ingressar. – disse Phelip.

- Que bom eu fico feliz....

- Eu ia lá na tua casa quando o treino acabasse... estamos sem quadra... os desquadrados... – ele disse rindo.

- Bacana... agora eu tenho que ir...

- Não... – disse Phelip segurando forte o braço de Duarte e aproximando ele de seu corpo.

- Opa...

- Fica... me assiste jogar um pouco... prometo que eu faço um gol exclusivo para você!

- E os seus amigos? O que vão dizer? – perguntou Duarte com sarcasmo.

- Eu entendi... olha Duarte... só porque eu tomo algumas atitudes que me resguardam, não quer dizer que eu te ame menos... eu não gosto de ser chamado de viadinho por aí... será que você é tão incompreensivo assim? – perguntou ele.

- A questão não é essa...

- Então qual é... me explica!! Pelo Amor de Deus!! – ele gritou... olhando para os lados para ver se alguém estava vendo.

- Viu... é isso!! Está com medo de que alguém nos veja junto... por conta do teu medo... eu já apanhei... quase morro afogado... o que mais falta acontecer? – perguntou ele chorando.

- Quer dizer que eu não valho a pena?

- Não ponha palavras na minha boca... o que eu vivi com você foi lindo, mas eu preciso de mais... uma relação funciona aE nós não estamos funcionando? – perguntou Phelip segurando os dois braços de Duarte e o aproximando mais de seu corpo.

- As aulas atrasaram por causa da chuva, mas ano que vem quando eu ingressar na faculdade... e ai? Vou ser o teu amigão... companheiro de bola... eu odeio futebol!!!! – ele gritou. – Eu não sei mais o que estou falando... me deixa ir...

- Só vou te largar quando você disser que não me ama... olhando nos meus olhos...

- E ai!! Phelip!!! O que está acontecendo? – perguntou um rapaz um pouco gordo.

- Oi?! – disse Phelip assustado.

- Quem é esse? Tá arrumando problema? – perguntou o garoto.

- Não... é... é o... é o meu amigo. – disse ele desviando o olhar de Duarte.

- Sim... somos amigos... quer dizer... éramos... com licença! – disse Duarte correndo e chorando.

- Nossa... que estressadinho. – disse o garoto gordinho arrumando a meia. – Vamos!! O Técnico está chamando.

- Vamos! – disse Phelip procurando Duarte.

Mauricio, Carlos e Caleb foram experimentar os smokings para a noite do casamento. Eles se sentiam idiotas experimentando roupas daquele jeito.

- Sério... eu pareço um pinguim. – disse Carlos ao se olhar no espelho.

- Ei... Mauricio... é melhor esse ou esse? – perguntou Caleb segurando dois ternos.

- Esse da direita... o marrom. – disse ele enquanto experimentava a calça.

Carlos e Caleb se olharam e começaram a rir.

- Cara... você é meu amigo, mas é o pior gay que eu já vi... era melhor ter trago o Pedro. – brincou Carlos.

- Eu queria que isso acontecesse... ai você veria o que é bom pra tosse... quando se trata de roupa o Pedro testa todas as possibilidades. Porque tu achas que eu adoeço quando ele vem comprar roupas? – perguntou Mauricio.

- A Priscila é da mesma forma... – riu Caleb. – Chegamos ao shopping às 13h para comprar o vestido dela, saímos quase 19h.

- Esses amores da nossa vida. – brincou Mauricio.

- Mas que bom que vocês vieram... meus três companheiros de bola e chopp.

- Sim unidos pelos irmãos soares. – disse Caleb. – E pela Luciana também que é da família.

- Graças a Deus, tenho amigos de verdade dentro desta família. – falou Carlos. – No meu antigo casamento... meus cunhados fizeram o inferno... Deus me deu sorte de conhecer a Luciana... agradeço muito.

- Ei vamos parar com isso... depois o gay sou eu. Quero alegria Carlos... alegria. – brincou Mauricio.

- Verdade! – disse Carlos rindo.

Phelip estava muito triste nos últimos dias e seu irmão Pedro notou. Ele entrou no quarto do teu irmão que assistiu a um filme. E se deitou sem falar nada e se arrumou no deitando sob o ombro dele.

- Eu já disse o quanto você é importante para mim? Eu não imagino a minha vida sem você nela. – falou o Pedro.

- Você também é importante para mim Pedro... – ele disse rindo para o irmão.

- Como estão as coisas entre você e o Duarte? – perguntou Pedro.

- Mal... ele não quer saber de mim... e eu não tiro a razão dele... fui um péssimo namorado... ainda tenho medo... tenho medo da sociedade... das pessoas...

- Sei que é complicado... e sei que vai demorar para você se acostumar com a ideia. Mas, eu estou aqui... sempre que você precisar...

- Eu sei mano. – disse Phelip abraçando Pedro.

Passaram a tarde assistindo ao filme e Pedro adormeceu. Ao acordar, foi direto para casa, onde Dora e Isabel já haviam dado banho nas crianças e feito o jantar. As duas estavam morando na casa de Pedro. Mauricio construiu um pequeno quarto no fundo da casa para Dora. Ela ainda estava com o coração partido, devido à perda de seus filhos, os corpos nunca foram encontrados. Mas era uma mulher guerreira e nutria um amor grande por aquela família.

- Gente então está tudo certo para esse fim de semana? – perguntou Pedro.

- Sim... eu tenho apenas aula pela manhã. – disse Isabel.

- Seu Mauricio... o senhor vai querer algo especial para o almoço? – perguntou Dora.

- Não Dora. Acho que nem vou almoçar... vamos todos comer o banquete da Luciana. – ele disse rindo.

- Nem vem... Dora faz apenas um franguinho para as crianças, nós vamos passar o dia na rua. Mas, de noite se aprontem para a festa hein. – falou Pedro.

- Claro... obrigado por nos deixar ir Pedro e Mauricio. – disse Dora.

- Ahh... para com isso... somos uma família certo? – perguntou ele.

- Boa noite gente... vou subir. – falou Pedro.

Ao chegar no quarto Pedro começou a arrumar o seu smoking para a festa. Mauricio chegou e deu um beijo na nuca de seu Marido. Pedro apenas riu e se virou.

- Como você pode ser tão maravilhoso? – perguntou Pedro.

- É culpa de Deus.

- Estou falando sério bobo... você é lindo, bem sucedido, humilde... eu fico querendo saber o que eu tenho de especial. – disse Pedro.

- As mesmas qualidades que as minhas e muitos mais. Eu não poderia ter tido mais sorte de estar de plantão naquele dia em que você chegou com a Luciana no hospital.

- Sim.. eu lembro que a primeira coisa que eu vi sua foram os seus olhos. – disse Pedro.

- A primeira coisa que eu me lembro foi – Merda. – ele disse rindo.

- Valeu... pela parte que me toca.

- Não, mas esse merda foi porque eu pensei que você estivesse com a Luciana... fiquei decepcionado... mas quando você abriu os olhos e me encarou eu perdi o chão...

- Lembro que você ficou um pouco nervoso, mas tentou disfarçar. – disse Pedro levando o marido para a cama.

- E hoje temos 3 filhos, uma vida boa juntos, nossas famílias não poderiam se dar melhor... amigos incríveis. Eu tenho até medo. – disse Mauricio.

- De que? – perguntou Pedro com curiosidade.

- De acordar deste sonho... e ter a mesma vida que eu sempre tive.. vazia... e miserável.

- Eu já senti isso... lembra quando bati minha cabeça... foi o pior pesadelo de todos... não quero sentir aquilo novamente. – falou Pedro encostando a mão no peito de seu marido.

- Quero sempre te fazer feliz, mesmo nos momentos tristes.... você é meu...

- Essa também é a minha missão... te amar, fazer você feliz e ter uma vida repleta de alegrias.

No hospital a Dra. Alexis estava realizando um trabalho esplêndido e todos os funcionários estavam satisfeito que ela estava alcançando as expectativas. A reforma do hospital estava completa e uma nova ala seria inaugurada e se chamaria Emanuel Pacheco.

- E ai cabeção! – disse Priscila batendo na cabeça de Vinicius.

- Estava demorando... – ele disse rindo.

- E ai... me conta tudo... tens 5 minutos antes da minha próxima cirurgia. – ela falou sentando e tomando um copo de chá.

- Bem... ele foi embora resolver alguns problemas no Rio, mas vai voltar amanhã para o casamento... eu sabia que isso ia acontecer... – ele falou.

- Calma ferrugem... ele não falou que te ama... então dá um tempo para ele resolver as coisas... você é igual ao

Pedro... afobado... Deus sabe... o que eu já passei nessa vida e te digo uma coisa, vocês nasceram para viver juntos... e eu vou ser a madrinha deste matrimônio... ahhh se vou.

- Priscila... obrigado por tudo... você é uma das minhas melhores amigas... quem diria. – ele falou.

- Não se alegra muito não que eu ainda to te zuando cabeça de fósforo. – ela disse abraçando o amigo.

- Ei... essa tua cirurgia vai demorar? – ele perguntou

- Acho que não é entrar e sair... porque?

- Quer carona para a festa? Meu smoking está dentro do carro e eu não quero voltar para casa agora, vou dormir aqui no hospital.

- Pode ser... eu te ligo amanhã quando eu estiver saindo. – disse ela saindo.

- E ai Dr. Vinicius... – disse Mauricio.

- Dr. Mauricio tudo bom? – disse Vinicius ficando nervoso.

- Sim... estou bem... eu soube há alguns meses atrás que um pouco antes da enchente você havia beijado o meu esposo?

- Bei...be...ja...beijado? – disse Vinicius nervoso.

- Sim!

- Olha... Dr. Dr.. Mauricio... eu... quer dizer eu o beijei, mas... mas... ele... não... ele não retribuiu. – disse Vinicius.

- Hummm..... – disse Mauricio fazendo uma cara de poucos amigos.

- Pode bater.... vai... eu mereço! – disse Vinicius fechando os olhos. – Só não bate na mão... eu posso precisar dela para uma cirurgia.

- Relaxa... rapazinho. Não teria motivos para te bater... eu sei que você está em outra agora. Mas vou ficar de olho no senhor!! – ele falou se levantando.

- Nossa! – disse Vinicius nervoso.

Luciana acordou feliz naquele dia. Ela tomou um banho demorado, fez uma maquiagem simples e tomou um café reforçado, pois, sabia que sua rotina seria diferenciada naquele.

- Bom dia Sol!!! – disse ela acordando e indo para o banheiro. – Bom dia.... AAAAHHHHGGGGG!!!!! – ela gritou.

Pedro que havia passado a noite com a amiga acordou assustado e correu para ir ajuda-la.

- O que? Quem? – gritou Pedro assustado.

- Olha isso!! Uma espinha.... quer dizer... uma montanha no meu rosto!!!! Está tudo arruinado... – ela disse chorando.

- Céus!! Calma!!! Pensei que fosse outra enchente! – disse ele sentando na cama.

- Eu quero um véu maior. – ela disse.

- Como assim?

- Não sei... tenho que esconder essa montanha ambulante... – ela disse chorando.

- Ei relaxa... uma maquiagem vai dar certo... vem cá. – disse Pedro pegando um estojo, abrindo e tirando maquiagem e passando no rosto da amiga.

- E ai? Como ficou? – perguntou ela ansiosa.

- Bem... ficou... simpático... – ele disse segurando o riso.

- Meu Deus!!! Agora parece uma montanha coberta de neve!! – ela disse chorando. – Não ri de mim... eu to falando sério.

- Amiga calma...ainda temos o dia todo para resolver o seu pequeno problema. – disse Pedro indo se arrumar. – Vamos ao salão de beleza... ficar lindos para a noite.

Phelip resolveu não treinar naquele dia e ficou em casa pensando em Duarte. Paula percebeu que o filho estava cabisbaixo e foi lhe oferecer carinho. Ela sentou e colocou a cabeça do filho em cima de seu colo, durante alguns minutos ela ficou brincando com o cabelo dele.

- Mãe... a senhora acha que eu estou errado?

- Filho, você é novo e tem medo... mas não quer dizer que você não seja corajoso. Você quer apenas proteger aqueles que você ama, eu entendo... precisa fazer as coisas no momento certo... é o meu bebê.

- Obrigado mãe... por sempre me tratar como filho, mesmo eu sendo um fruto de...

- Nem ouse terminar essa frase... você é meu filho... meu menino... enviado de Deus para me fazer feliz e me dar orgulho. – ela disse beijando ele. – E cuida de fazer essa barba que Jesus não gosta de te ver feio desse jeito. – ela disse rindo.

- Obrigado mãe! – disse ele subindo as escadas.

- E aproveita e liga a banheira para mim... vou subir daqui a pouco. – ela falou levantando o braço e sentindo um pequeno desconforto nos seios.

- Pode deixar! – ele gritou.

Cabelo, maquiagem, hidratante no corpo, sobrancelhas são tantas coisas que uma mulher precisa para ficar linda que Pedro até esqueceu que era um homem... e aproveitou o dia. A grande preocupação de Luciana era a maldita espinha. Ela e seu amigo correram metade da cidade atrás de um véu maior, mas não encontraram.

- Isso é loucura... falta menos de uma hora para o casamento e você precisa por o vestido! – disse Pedro.

- Não!! Eu preciso encontrar o meu véu! – ela disse. – Olha!! – falou apontando para uma vitrine.

- Onde? – perguntou Pedro olhando para todos os lados.

- Dentro daquela loja... um manequim usando véu... eu quero para mim. – ela falou correndo em direção a loja.

- Boa tarde! – disse uma simpática vendedora. – Em que posso ajuda-los.

- Eu quero aquele véu! – disse Luciana.

- Senhora... aquela peça é apenas para mostruário.

- Eu quero aquele véu! – falou Luciana novamente.

- Senhora... já lhe falei é apenas para mostruário.

- Eu quero aquela peça – disse ela ficando com os olhos cheios de lágrimas.

- A gente pode ficar o dia todo nisso... sabia. – falou o Pedro.

- Moça... hoje é o dia mais importante da minha vida... eu estou há três horas procurando um véu... e o único foi desta loja... a senhora não tem coração? – perguntou a Luciana.

- Olha só porque você não fez escândalo, vou ser camarada com você... pode levar.

- Obrigada! – disse Luciana gritando e beijando a vendedora.

- Obrigado moça!! Obrigado!!! – disse Pedro pegando o véu e correndo para o carro.

Os pais de Luciana estavam desesperados, ligaram para o Pedro e ele contou o que estava acontecendo. Todos os convidados já estavam na igreja e a Luciana estava se arrumando no carro. Quando chegaram os pais de Luciana e sua priminha já estavam na frente da igreja, haviam fotógrafos e cinegrafistas pegando todos os takes possíveis.

- Estou me sentindo no Big Brother – disse Pedro rindo.

- Amor... estou aqui. – falou Mauricio.

- Boa sorte. – disse Pedro abraçando a amiga.

- Obrigada... valeu por tudo.

O grande momento de Luciana chegou e para ela não poderia ser melhor todos os seus amigos e familiares reunidos para celebrar o amor. Pedro, Mauricio, Caleb e Luciana eram os padrinhos do casamento. A entrada um tanto engraçada. Phelip sentou próximo a Duarte, mas notou que o seu amigo Jorjão do futebol estava lá também e pouco fez... em sua cabeça havia uma constante luta.

Luciana se surpreendeu ao chegar no altar e perceber que Carlos também estava com uma espinha no rosto, que ele cobriu com band-aid do Ben 10.

- Desculpe estragar tudo. – ele disse.

- Você não estragou nada... eu te amo! – ela disse.

O casamento aconteceu normalmente... o Padre falou, ninguém se levantou e os noivos tornaram-se marido e mulher. Carlos riu ao levantar o véu e ver a montanha no rosto de Luciana. Delicadamente ele beijou a espinha da esposa.

- Estamos juntos em tudo agora... sua espinha... minha espinha. – ele riu.

A festa do casamento aconteceu em uma casa de eventos. E todos se divertiram com as homenagens ao casados. Pedro, Mauricio, Caleb e Priscila, tiveram que fazer um pequeno discurso e todos aplaudiram. Luciana pegou o microfone e anunciou a dança dos noivos. Um momento emocionante, Pedro imaginou seu irmão Paulo dançando com Luciana e não conteve as lágrimas.

- Não chora amor... – disse Mauricio beijando o rosto de Pedro.

- Agora! – disse Luciana pegando o microfone. – Eu quero dedicar essa música para todos aqueles que acompanharam a minha história com o Carlos. Em especial, três pessoas que praticamente salvaram a minha vida, eu nunca canso de contar essa história, mas Pedro, Mauricio e Luciana... essa é a dança da celebração do amor.

Todos foram tímidos para o centro do salão e uma música começou a tocar.

- Momento interativo 0 (colocarei o texto amanhã de manhã ou seja/>

Priscila olha para Vinicius que chegou atrasado por pegar o seu namorado no aeroporto. Ao chegar perto de seu amigo, ela escuta Jorjão debochar de seus irmão e tentando tirar uma foto de Phelip e Duarte. Vinicius olha para amiga e faz sinal de positivo com a cabeça.

- Escuta bem gorducho. Aquele dois ali dançando com homens são os meus irmãos, são lindos e sarados... uma loucura! Mas eles são gays... eu tive um ano muito... muito difícil também, meu útero não segurou o meu filho, eu lutei com um jacaré albino durante a enchente e ainda estou com espasmos involuntários, e isso me deixa muito, muito chateada. Ninguém tem culpa se tu não consegue enxergar o teu pinto. Eu sou médica. E Se você ousar em tirar essa foto eu juro que pego esse celular e enfio no teu ânus, mas tão longe... tão longe que vai ser preciso chamar o exercito novamente para tirar. E enquanto isso eu vou espalhar o teu número para toda a torcida do flamengo e eles vão ficar te ligando dia e noite, dia e noite, o engraçado é... que as tuas banhas vão ficar balançando e ninguém vai saber se é apenas o celular tocando no teu reto ou se você está com fome. – disse ela pegando o celular do rapaz e jogando no copo de champanhe.

- você é louca... – disse Jorjão.

- Além de gordo é surdo? Ou é a banha que sobe do teu coração para o teu cérebro. Esses meus dois amigos são do exercito e por um acaso são gays... e eles adoram pegar sangue novo como o seu para fazer um bacal... dá para aproveitar... – ela disse olhando para Jean e Vinicius que se controlavam para não rir. - E tentem tirar a banha que fica debaixo do peitinho dele, dá pra fazer uma tonelada de sabão... e quando terminarem coloquem uma maça na boquinha dele e vai ficar pronto a nossa ceia de natal!!!! – ela disse rindo.

- Se eu fosse você eu a ouvia. – disse Jean fazendo cara de mau.

- Desculpa. – falou Jorjão saindo.

- Como você é perversa! – disse Vinicius.

- Eu adoro esse meu novo, eu. – ela disse rindo.

- Puxa pena que não dançamos juntos. – disse Vinicius.

- Teremos a vida toda para dançar... – disse Jean se aproximando e beijando o namorado.

- Meu Deus! – disse uma senhora deixando o salão.

- Xii!! – riu Jean.

- Como assim a vida toda? – perguntou Vinicius.

- Me transferi para o quartel general dessa cidade, para ficar do lado da pessoa que eu mais amo nessa terra. – ele disse no ouvido de Vinicius.

- Meu Deus! Preciso de uma sala vazia. – ele falou levando o namorado para os fundos da casa de eventos.

- Gente!! Chegou a hora do buque. – anunciou a mãe de Luciana.

Todos se reuniram e Luciana jogou o buque. Para a surpresa de todos quem pegou foi Isabel, que ficou feliz da vida.

Pedro, Phelip, Priscila, Mauricio, as crianças, Caleb, Paula, Rodolfo, Antônia e Raimundo, confraternizaram a noite toda. Depois de um ano particularmente difícil para todos que ali estava, ainda havia o amor. E a cumplicidade daqueles que se amam. E enquanto o sol brilhasse na vida daquelas pessoas eles nunca se sentiriam sozinhos.

Continua.....

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