Sinestesia

Um conto erótico de Leliouria
Categoria: Heterossexual
Contém 2065 palavras
Data: 16/04/2024 17:14:57

In For The Kill - La Roux

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Atendi certa vez uma moça, jovem, de 23 anos, dos olhos claros acinzentados, traços finos e delicados, mas ângulos firmes, mandíbula, mento, característica de uma estrutura longelínea clássica, 1,70, 59 kgs, pele clara, cabelos castanhos claros, com tons de branco, grisalhos, naturais permeando o tom da pelagem natural.

Na ocasião era uma gripe simples, e ao exame pude notar as discretas elevações causadas pelos ossos costais enquanto a auscutava, o tórax mais evidente, pelo baixo peso, acabando em uma cintura fina, os dedos frágeis e finos, lábios finos, nariz com cartilagens proeminentes, mas de uma delicadeza feminina perfeita, levemente arrebitado.

Como de praxe, o caso simples, auto limitado, que se resolveria por si só, mas pude notar durante nosso contato como era tímida. Tímida, porém confiante, fala firme, respostas bem sedimentadas, nada de alma frágil, exposta, apenas calma, e tímida.

No dia não percebi nada, nem um sinal, ou indicativo, e tudo transcorreu da maneira mais profissional possível.

Nosso segundo contato se deu em uma noite diferente. Na época eu estava pra baixo, tinha acabado de terminar um relacionamento de anos, e quando fico assim geralmente me isolo, não que deixe de sair, ou fazer o que preciso fazer, mas fico isolado dentro de mim, reflexivo.

Nesta noite havia saído do serviço, e me sentei em um boteco pequeno, daqueles onde você conhece o dono, que tem 3 mesas no máximo, e quase sempre é povoado pelos de mais idade.

Sozinho, e bebendo. Dizer que pensava no que fiz de errado seria uma mentira, mas tudo era uma amalgama de conjecturas que incluía até mesmo isso.

Ouço a voz atrás de mim:

-Dr!

Me viro e a vejo, lembrava dela, mas o nome me fugia, são tantos, enquanto olhava tentando acessar a gaveta na memória ela me ajuda:

-Sou eu, a Vitória! O senhor me atendeu mês passado, lembra?

-Lembro sim. E aí? Melhorou?

-Melhorei sim.

Repousando a mão sobre a cadeira, ela me indica e pergunta:

-Posso sentar?

-Claro.

Olho pra trás, para o rumo de onde ela veio, e vejo o barzinho mais clássico ao fundo, tocando o sertanejo abafado pela distância, enquanto 3 amigas desviam o olhar rapidamente quando percebem a minha visada. Imagino (veio dali).

Ela se senta, vou até o balcão e trago um copo pra ela, coloco a cerveja e enquanto brindamos e damos aquele primeiro gole, olhando um nos olhos do outro, o que ela pensava eu estava prestes a descobrir, o que eu pensava era o que uma moça tão jovem queria com alguém da minha idade.

Não que achasse a distância abissal, mas imaginava que estaria em uma fase de faculdade, festas, e amores fugazes.

Ela logo quebra o silêncio:

-Sabe doutor, naquele dia, achei o senhor muito atencioso, no jeito que conversou, explicou, examinou.

-Olha Vitória, eu poderia até te dizer que eu sou assim, mas o cliente tem que sair satisfeito.

Respondo enquanto dou uma risada discreta:

-Mas eu vejo muito mais além doutor, e eu sei que o senhor é assim.

-É vidente?

Ela sorri com seu rosto belo:

-Não.....é algo......diferente.

Nessa hora eu fico intrigado, curioso, como um animal que tenta entender a situação. Também sou bom de leitura, corporal, de intenção, sempre fui, mas ela, aquilo, era algo indefinível para mim:

-Posso dizer algo pro senhor?

Ali debaixo da árvore, na única mesa ocupada por nós dois, o dono idoso no fundo do bar aos roncos:

-Você pode dizer o que quiser, com detalhes, não vou cobrar.

Ela ri, e começa um discurso do qual eu nunca vou me esquecer.

Ela conta sobre a vida, sobre seus traumas, abusada na infância, sempre tímida, mas calma, firme e no controle da situação como comentei antes, é um enigma para mim.

Enquanto ouço atentamente, participando secundariamente com respostas curtas, e dando mais linha, ela continua, e bebemos, devagar, copos após copo.

Percebo que ela enrola, e enrola, dando voltas, e decido intervir:

-Mas Vitória....porque exatamente você veio até aqui? Fico agradecido pelo elogio, mas não acho que seja só isso, ou é?

Ela para um pouco e pela primeira vez percebo a sua confiança minar um pouco, e pender mais para o lado da timidez.

Esfregando as mãos entre as pernas, agora mais encolhida, diferente da segurança anterior, com a mão sobre a mesa:

-Não é só isso não.....é que eu achei o senhor muito bonito.....e o exame, no dia....nossa....

Ela começa a corar e continua;

-Foi muito intenso pra mim....

-A auscuta?

Ela torce o pescoço como entendendo a minha confusão e continua:

-Sim....só aquilo.

Paro, analiso, e na minha cabeça de homem, que funciona igual a do senhor leitor, calhordamente penso (quer dar pra mim):

-Olha Vitória, eu to meio na bad, nem sei se iria conseguir fazer nada com você....

Ela volta a se impor e me interrompe:

-Mas é isso, essa é a questão....Eu não quero sexo, eu não consigo pensar em querer ou fazer sexo.....mas eu sinto falta do toque, do calor.....do cheiro....do som....de alguém....eu fui estuprada....mas eu sou virgem....pra mim eu sou.....eu não quero isso....mas quando vi o senhor, achei que podia ser a pessoa certa, depois daquilo nunca fiquei com ninguém. Ninguém da minha idade, da minha turma, entenderia isso.....eu tenho medo, de acontecer de novo, eu preciso de alguém sensível.

Ouvindo isso meu cérebro foi pego desprevenido. Dar pra mim? Não exatamente, sim, e não. Mas decido aceitar a escolha dela:

-Eu entendi, perfeitamente, mas você vai ter que me ensinar Vitória, eu sou homem, tem coisas que eu tenho certeza que vou fazer, e que vão te desagradar.

-Eu te ensino.....mas você promete me obedecer?

-Prometo.

O rosto de felicidade é claro, mas dá pra perceber uma partícula de safadeza. Pagamos a conta, e ela me leva ao apartamento onde está morando.

Apesar de mulher, percebo, um certo grau de desorganização, e penso que o mental reflete o material, mas o cheiro é agradável, aromático, ela me leva ao quarto, e ali em pé parado, espero a orientação, sabendo de todo histórico, é como manobrar um navio cargueiro, qualquer mínimo detalhe e o prejuízo é brutal.

Ela com uma calça jeans, uma blusa de moletom, uma botinha, se aproxima, e enfiando os braços por baixo dos meus me abraça. Da minha altura quase, ela encosta o corpo contra o meu e repousa o rosto no meu pescoço, próximo a nuca.

Sinto ela apertar, afagar meu tórax, e a pele do rosto dela me tocando ali, enquanto ela cheira fundo pede:

-Pode me abraçar, doutor.

Retribuo o abraço, e ali parados ficamos assim um bom tempo enquanto ela continua a absorver meu cheiro.

Ela se afasta, me puxa para cama, nos deitamos eu de barriga pra cima, e ela se apoia coma cabeça no meu peitoral, começa a desabotoar os primeiros botões da minha camisa, os dedos percorrem a pele, tocando os pelos, e ela aproxima o rosto, cheirando, encostando a pele do rosto, os lábios tocam de esgueio quando sinto a mucosa grudada sendo puxada, pegajosa.

Ela toma o tempo devagar, às vezes beijando de leve, e absorvendo o salgado da pele nos lábios, às vezes tocando de leve com a ponta da língua, e mais um botão, e repete, e mais um botão.

Logo estou com a camisa inteira aberta enquanto ela fica ali deitada e sinto os dedos finos dela passando pelo meu peitoral, mamilos, abdômen, pressionando, arranhando de leve.

Todo o estímulo já me deixa duro, mas ela me ignora da cintura pra baixo, sobe o rosto ao meu pescoço e continua. A sensação é de uma gazela recém capturada sob as presas de uma Leoa, que lambe, lambe mas não morde ainda, não come.

Ela se levanta, e o pau já está me mandando sinais claros de que está indignado.

Olho ela de pé se despir, pouco a pouco, me recordo da figura magra, comprida, das costas levemente marcadas pelas costelas, o bumbum não é enorme, mas é lindo na sua forma de ser, os pés são perfeitos, as pernas finas, mas não ao ponto de serem erradas, tem o tônus perfeito da juventude, e afastadas.

Ela vai até o computador, e coloca uma música calma, e acende mais algumas velas, dentre as dezena ali presentes.

Vem na minha direção, e se senta, sobre as minhas canelas ainda de calças, e tênis.

Ela abre devagar a minha calça, tirando o cinto da frente, desabotoando, e abrindo a braguilha. Meu pau salta sob a cueca de tecido mais fino, elástico como uma arco retesado, curvo com a cabeça beijando minha barriga por debaixo da cueca:

-Eu vou fazer isso por você doutor.....por favor....não faz nada.

-Me mostre Vitória.

Ela engatinha por cima de mim, abre o quadril, e encosta a buceta molhada no corpo em arco do meu pau. Sinto o calor das secreções dela invadir o tecido na hora, e começar a se acumular chegando a pele do meu pau. Os seios dela tocam o meu peito, ela gruda e sinto a aderência dos nossos corpos levemente suados.

Ela fica assim em cima de mim, e volta a cheirar meu pescoço.

Tomando uma iniciativa arriscada, toco as costas dela, e é como se a ponta dos meus dedos seguido da palma das minhas mãos fizessem ondas gravitacionais intensas que percorrem o corpo todo dela. Sinto a buceta apertar contra meu pau, os dedos dos pés dela agarrando o tecido grosso da minha calça, enquanto ela treme, e vai se acostumando com o toque.

Começo a passar a mão sentindo a textura da pele dela da mesma maneira que ela fez no meu peitoral, e a cada pressão, passada leve, e entre os gemidos baixos e ofegantes dela no meu ouvido:

-O senhor cheira tão bem.

Quando toco na nuca sinto ela se arrepiar, os pelos finos, em baixo e em cima, ouriçados.

Ela levanta a cabeça e me olhando nos olhos se aproxima, toca o nariz no meu, vai esfregando pele com pele, do rosto, os lábios apenas se tocam, e tentam se manter unidos, sem que nenhum de nós esboçe um beijo.

Ela começa a tocar a ponta da língua mos meus lábios, tímida, espalhando seu pouquinho de saliva na mucosa externa, às vezes arriscando entrar, mas só tocando a minha mucosa interna e voltando.

Eu com a mão no pescoço dela, não forço, apenas massageio enquanto ela desempenha aquilo que queria.

A respiração, o hálito, tudo parece potencializado.

Quando arrisco descer uma das mãos até seu cuzinho, ela se tensiona, mas sem dizer nada entendo, e retrocedo, voltando aos afagos mais puros.

Ela volta a se deitar sobre meu peito, e sinto ela colocar os braços por trás dos meus ombros, ainda com a camisa, ela invade e engata, e começa um movimento gostoso com o quadril, como se quisesse meter, mas sem a penetração.

A essa altura as secreções delas já encharcam minha cueca, sinto o molhado no ventre, no saco, escorrendo.

Ela aplica pressão, se masturbando no meu pau vestido, como se eu fosse seu boneco de pelúcia, ou seu travesseiro da foda, o corpo duro do pau abre os lábios da buceta dela, e serve como âncora contra o qual esfrega o grelo.

Ela começa a ofegar mais e mais, e sentindo que ela está quase lá, aperto firme ela, pela nuca e pelas costas, trazendo bem coladinha no meu corpo. Ela se arqueia com o orgasmo que se transmite pelo tronco, mas mantenho ela colada.

O gozo é intenso, e la tem espasmos logo em seguida, o mel que me cobre em todo ventre se mistura com a baba do meu pau que foi roçado contra minha barriga no processo.

Ela fica ali na posição "engatada", enquanto faço carinho nela, o suor proeminente e ela diz ofegante:

-Obrigada doutor.....que delícia.

E apesar de não ter gozado, penetrado, ou sentido o clássico do sexo, entendi o que significava o sexo pra ela.

Se ela um dia se entregaria, adentraria mais fundo na experiência sexual, eu não sei dizer, acredito que com cuidado, paciência, sim, mas pude perceber que o que ela atingiu ali, não difere em nada do prazer absoluto do sexo.

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Comentários

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Sinceramente a história parece interessante mas devido a linguagem do texto não seguir o digamos o bom português, desisti. Sugiro textos com linguagem menos rebuscada, menos literaria ,palavras com significados que não se sabe o significado e que provavelmente pode passar batido por muitos.

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Compreendo amigo, obrigado pela crítica, entendo que talvez não alcance a maioria.

Mas tenho outros mais rebuscados a disposição, e talvez em produção ;p

Sinto por não ter agradado, mas obrigado mesmo assim pelo feedback.

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