A minha avó amputada

Um conto erótico de RFreitas
Categoria: Heterossexual
Contém 4240 palavras
Data: 07/04/2024 19:50:06

1.

Sou inteligente, mas visceralmente preguiçoso. Não me empenhei muito no Secundário e acabei com notas relativamente baixas. Quando me candidatei à Universidade só encontrei vaga em Évora, a quase 250 km de casa.

Tinha forçosamente que encontrar um alojamento. Encontrei um quarto acessível no bairro da Malagueira, o famoso bairro projetado por Siza Vieira, o que, por si só, despertou a minha curiosidade. Contactei a proprietária, uma tal Eugénia Contreiras, e marquei uma visita para ver as instalações no sábado seguinte.

Lá fui até Évora, que eu só conhecia de passagem. Toquei a campainha e quando a porta se abriu fiquei absorto. Deparei com uma mulher na casa dos 60 anos, talvez, mas o motivo da surpresa é que ela estava apoiada em duas muletas axilares e abaixo da saia só se via a perna esquerda.

“Bom dia, vem para ver o quarto, certo?” Levei umas centésimas de segundo para responder e continuei embasbacado, o que criou uma situação algo embaraçosa.

“Uhhh, sim, sim, claro, desculpe não estava à espera… isto é…” mais valia ter continuado calado porque é caso para dizer que ‘foi pior a emenda que o soneto’.

A Dª Eugénia riu-se e disse “Não se preocupe, há 8 anos que deixo muita gente sem saber o que dizer quando me vê. Já estou habituada. Entre, por favor!” e deu um passo atrás.

“Então é o jovem estudante?”

“Sim, fui colocado aqui em Évora no curso de Engenharia Informática”.

“Muito bem, então vamos lá, o quarto é este”. Abriu a porta para me deixar passar. Era um quarto espaçoso e bem iluminado, com uma cama de casal, um guarda-fato e uma escrivaninha. Depois pediu-me para a seguir. “Aqui fica a casa de banho. Eu não utilizo esta, portanto é para uso exclusivo do jovem… se optar por ficar, claro”. Continuei a segui-la, “Aqui é a cozinha… E aqui a sala de estar. Estas é que têm que ser comuns porque não há outras” disse sorrindo. “Se o jovem tiver automóvel pode utilizar a garagem que está praticamente vazia”. “Não tenho, mas talvez traga uma bicicleta para me poder deslocar, se não se importar”. “Claro que não, pode guardá-la na garagem”.

Gostei da casa. Estava muito limpa e organizada e o quarto correspondia inteiramente às minhas necessidades, pelo que selei o acordo e combinamos que me instalaria no sábado seguinte.

Nunca revelei este segredo a ninguém, mas, por qualquer razão que desconheço, desde sempre que sinto uma atração enorme por mulheres amputadas e pés femininos em meias de nylon e há anos que, quando as vejo na internet ou, melhor ainda, ao vivo, isso se manifesta sempre com uma enorme ereção seguida da inevitável masturbação. Por isso levei a semana toda a pensar na Dª Eugénia. Desta vez era uma amputada de carne e osso… com um pedaço de carne e osso a menos. Estava ansioso por começar a nova vida em Évora.

Logo no primeiro dia que passei em casa da Dª Eugénia ela convidou-me a partilhar o seu jantar. Aceitei, claro, mais por delicadeza que por outra coisa.

“Venha, faça-me companhia enquanto acabo o jantar”. Falámos de coisas banais, para quebrar o gelo, mas eu prestava mais atenção a estudar a minha companheira que ao diálogo. Era uma mulher corpulenta, com uns grandes seios e uma linda e única perna roliça. Vestia uma blusa que deixava vislumbrar o ‘soutien’, uma saia pelo joelho que ocultava o coto e a única perna estava envolta numa meia de nylon da cor da pele. No pé calçava um chinelo de quarto com umas plumas, aberto à frente deixando ver as unhas pintadas de vermelho, um arco plantar pronunciado, assim como o joanete pronunciado. Desenvencilhava-se muito bem com as muletas e quando se movimentava para as tarefas culinárias, a forma do coto aparecia por vezes por baixo da saia. Eu já estava com dificuldade em conter-me.

Jantámos, eu ajudei-a a levantar a mesa, o que visivelmente lhe agradou e depois fomos para a sala sentados cada um numa ponta do sofá. Ela ligou a TV para ver qualquer coisa que já nem me lembro, porque eu tinha o coração a bater como se tivesse corrido e a cabeça a rodopiar.

“Dª Eugénia, agradeço-lhe o jantar, não era suposto…”. “Géna, por favor. É como toda a gente me chama e o ‘Dª’ faz-me parecer ainda mais velha, só Géna, ok? Há tanto tempo que não tinha companhia que eu é que agradeço a paciência para aturar uma velha senhora perneta.”

“OK, Géna… nesse caso eu sou o João”, ri. Vacilei antes de me aventurar “Posso perguntar-lhe uma coisa?”

“Porque é que só tenho uma perna, aposto”

“Uauu! Tem uma bola de cristal?!” perguntei, meio envergonhado.

“Não é preciso. O João passou o tempo a olhar para a minha perna e para o meu coto…” disse sorrindo. “Tivemos um acidente muito grave há oito anos. Um camião desgovernado bateu de frente, o meu marido morreu imediatamente e eu passei umas férias no hospital. Quando saí tinham-me trocado a perna por isto”. Colocou a mão sobre o coto, cuja forma eu já tinha adivinhado por baixo da saia.

“Já alguma vez viu o coto de uma perna amputada?”, menti, e disse que não. Ela levantou a saia e revelou aquela magnífica meia coxa envolta na meia de nylon. “Não é nada de especial. Só o bocado que deixaram da minha perna. A meia não deixa ver bem, mas aqui é a cicatriz. Basicamente, serraram o fémur e envolveram-no costurando os músculos e a pele da parte de baixo da coxa com os da parte de cima. Dê cá a sua mão. Vá, o coto não morde!”

Pegou-me na mão e colocou-a sobre a extremidade. “Que tal? Acho-o macio ao toque, não é? E até acho que o cirurgião lhe deu uma forma bonita”. Eu estava doido e ela percebeu, certamente. Começou a movimentá-lo e perguntou “Sente a ponta do osso lá dentro? Às vezes dói-me tanto! Bem gostava de ter alguém que me massajasse o coto, mas ninguém quer saber de uma velha sem uma perna!”

“Géna, quando a dor voltar conte comigo”.

“Tem a certeza?! Tão querido… é bem possível que venha a precisar” e piscou-me o olho.

“Bem, se quiser fique mais um pouco, eu estou cansada e vou-me deitar. Boa noite, se precisar de alguma coisa chame”. “Não, também vou. Boa noite, Géna”. Fui… fui à casa de banho masturbar-me e a erupção foi violenta.

2.

Como só começava as aulas daí a dias, ofereci-me para ajudar a Géna no que precisasse - na verdade o que eu pretendia era estar perto dela. Ela disse que ia dar uma arrumação na garagem para eu poder por lá a bicicleta ou o que quisesse e que uma ajuda realmente dava jeito.

Acompanhei-a até lá, seguindo na sua retaguarda. Quando avançava com as muletas levantava ligeiramente o coto, o que me deixou em transe.

Havia caixotes para deitar fora e outros para arrumar em estantes. Disse-lhe para se sentar num banco e dar-me instruções que eu faria o trabalho e assim foi, ela sentou-se e por baixo da saia percebia-se que o coto ficava pendurado para fora do assento e que de vez em quando se mexia em movimentos, aparentemente, involuntários.

“Esse caixote está cheio de sapatos do pé direito. Tenho-os guardado, mas acho que não me vão fazer falta. Podem ir fora. Aquele, se fazes o favor, pões naquela prateleira”, ela estava a tratar-me na segunda pessoa do singular o que eu gostei verdadeiramente.

Depois de carregar alguns volumes para o lixo e de arrumar outros tantos, olhei de relance para avaliar o meu trabalho e quando lhe perguntei se tudo estava como ela desejava, fiquei petrificado. Do lado da perna que não tinha, a direita, pendia a meia de nylon vazia. Ela fez um ar de admiração, olhou para baixo e disse “Ora bolas, a meia soltou-se da cintura. Já a ponho no lugar. Vamos para dentro?” Levantou-se e começou a andar com a meia pendurada ao sabor dos movimentos. Eu já não conseguia esconder a ereção!

“Olha, estás farto de trabalhar, vai tomar um duche que eu faço qualquer coisa para comermos”. Mas antes do duche, tive que libertar aqueles espermatozoides que estiveram prestes a sair descontroladamente dentro das minhas calças, à frente da Géna.

Quando cheguei à cozinha ela estava sem as muletas e saltitava de um lado para o outro segurando com uma mão os seios volumosos. Mais uma vez esse panorama, o som da chinela a arrastar pelo chão e o coto a levantar-se a cada pulo eram uma combinação explosiva. Mas lá me acalmei quando nos sentamos para comer.

Depois fomos novamente para a sala, sentados no sofá. Fingi estar interessado no programa de TV mas não conseguia tirar aquelas visões da Géna da cabeça. Daí a pouco ela voltou a atacar, perguntando se eu me importava que se reclinasse um pouco, pois estava com sono. Descalçou o chinelo e deitou-se sobre uma almofada com os olhos fechados. O pé estava a centímetros da minha perna e a saia deixava a ponta do coto à mostra. Pude ver que ela tinha a meia dobrada, mas enfiada por dentro na parte posterior do coto e desta forma nunca se poderia soltar, portanto, quando a meia saiu cá para fora, ela tinha-o feito intencionalmente. Daí a pouco ela começou a ressonar levemente e eu, pensando que já estava a dormir, não resisti a apalpar-lhe a sola do pé carnuda, macia e quente. Mas ia-me dando um ataque quando a ouvi perguntar-me, sem abrir os olhos, “Hummm, também gostas do meu pé? Ainda bem. Podes massajar que me sabe bem” e esticou a perna para colocar o pé no meu colo.

Aí não me fiz rogado e apalpei-lhe o pé descaradamente e sem rodeios. Percorri a sola, o calcanhar, o joanete e os interstícios dos dedos e, não satisfeito, levantei-lhe o pé e levei-o à cara, esfreguei-me nele e inalei o ligeiro odor a transpiração, longe de ser desagradável, pelo contrário. Quando lhe chupei os dedos, um a um, ela gemeu de prazer.

“Joãozinho! És um poço de surpresas! E que inchaço é este que tens nas calças? Tira-o cá para fora que quero vê-lo!” Agora era ela que estava sem rodeios e como já não valia a pena estar com mais pruridos, abri as calças e puxei-as para baixo, juntamente com os boxers. “Que bonito, o teu pénis, e que grande! Deixa-me senti-lo” e começou a fazer-lhe festas com o pé, a todo o comprimento, nos testículos e a tentar puxar-me o prepúcio para trás”. “Não consigo sem o outro pé. Ajudas-me? Segura-o para o pé da Géna”.

Eu estava prestes a ter outro orgasmo e num repente, com uma ligeireza que não condiz com a sua corpulência, a Géna levantou-se, colocou a minha mão esquerda na ponta do coto e com a mão direita começou a masturbar-me “Anda, vem-te na mão da Géna! dá-me esses Joãozinhos todos!” e explodi.

Quando me recompus, ela olhava para mim com um sorriso de triunfo “Já viste as coisas boas que descobrimos?”

3.

As aulas iniciaram e comecei a ficar todo o dia na Universidade, sempre desejoso de voltar ‘a casa’. Embora não estivesse previsto no contrato, passou a fazer parte da rotina jantar com a Géna.

Naquele dia, quando cheguei, fui deixar a mochila no quarto, ela estava na cozinha e gritou “Então, não cumprimentas a avó?” Aproximei-me por trás, pretendendo dar-lhe um beijo na face, mas ela virou a cara no último segundo e acertei em cheio nos lábios, “Claro que sim avozinha”, entrando no jogo.

Invariavelmente, depois de jantar íamos para o sofá (nunca tinha visto tanta telenovela na minha vida!) e, invariavelmente, ela dava-me o pé para eu brincar… ou para ele brincar comigo. Aquele serão não foi exceção e estive todo o tempo a massajar-lhe o pé, a beijá-lo e a ‘snifá-lo’.

No fim da telenovela fomos para os respetivos quartos e como tinha um exercício para resolver deitei-me mais tarde. Quando desliguei a luz reparei que ainda havia iluminação no corredor. A porta do quarto da Géna, ao fundo, estava escancarada e a cama ficava ao fundo no enfiamento da porta, pelo que se ela estivesse deitada poderia observá-la. Protegido pela escuridão fui sorrateiramente espreitar.

A Géna estava iluminada por um candeeiro na mesa de cabeceira e outro do lado contrário do quarto porque não havia sombras a ocultá-la. Estava completamente nua, encostada à cabeceira, a ler. A perna esquerda fletida e o coto inerte em repouso, mas ligeiramente afastado para o lado, permitiam ver os pelos púbicos e a vulva completamente exposta. Com o dedo médio ela massajava lentamente o clitóris. O livro aberto, era um obstáculo, mas mesmo assim pude ver o enorme seio direito e o mamilo saliente, muito escuro, característica das mulheres morenas.

Alguns minutos mais tarde, fechou o livro e os olhos e começou a beliscar e a massajar com mais vigor o clitóris e o mamilo. Levantou a perna e o coto, muito afastados, introduziu os dedos na vagina e em segundos atingiu o orgasmo.

Algum tempo depois, levantou-se e pulando foi ao lavabo contíguo. Em cada pulo, as mamas, os músculos e os tecidos adiposos estremeciam e saltavam descontroladamente.

Enquanto ela estava dentro da casa de banho, aproveitei para regressar ao meu quarto e foi a minha vez de me masturbar.

De manhã, saudou-me com “Bom dia! Tiveste bons sonhos?!”, enquanto me olhava jocosamente, o que me fez pensar que ela sabia que a tinha estado a observar. Aquela mulher era… é manipuladora!

4.

O desejo andava a perseguir-me constantemente e a Géna sabia como acicatá-lo. Uns dias depois de a ter visto nua, encontrei-a muito queixosa com a dor fantasma.

“Deve estar para vir uma mudança de tempo, o meu coto hoje não me tem dado sossego. Queres fazer-me uma massagem? Era tão bom…”

“Claro, Géna deite-se que eu trato do seu cotinho”, que na verdade era um coto massivo. Comecei a massajar por cima da meia de nylon, o que era muito agradável ao toque. Ela ia-me instruindo “Aperta um pouco em torno do osso… Isso, hummm, sabe tão bem! Espera, vou lá dentro buscar o creme… Ou melhor, vem comigo que me fazes o tratamento lá dentro”. E lá começou o meu ritmo cardíaco a disparar…

Dei-lhe a mão para a ajudar a levantar do sofá, apanhei-lhe as muletas e seguimos para o quarto, onde nunca tinha entrado. Pegou o creme de cima da cómoda (já ali estaria de propósito?...), deu-mo para a mão e sentou-se na cama. “Tenho que tirar as meias” e, para surpresa minha, abriu o fecho da saia, despiu-a e atirou-a para uma cadeira sem se importar com a minha presença. A seguir despiu os ‘collants’ começando pelo lado do coto, depois a perna e em vez de os atirar para a cadeira atirou-mos com um indiferente “Põe para aí…”. Seria para ficar com eles?

Recostou-se sobre uns almofadões e esperou que iniciasse a massagem coçando o coto distraidamente. Enquanto espalhava o creme nas mãos, reparei que usava uma “cullote” de renda preta, muito ‘sexy’, que contrastava com a pele. Comecei lentamente a espalhar o creme e, a avaliar pelo sorriso, a massagem estava a ser tão agradável para ela quanto para mim.

“Isso, aperta um pouquinho aí na ponta do coto! Siiimmm, ao longo da cicatriz. Mais para cima, a dor começa na virilha e apanha o coto todo…” e eu levei os dedos ao limite, até sentir os pelos púbicos. Sem meia, a cicatriz era bem visível, assim como as mudanças de forma que o coto apresentava de acordo com os sítios onde eu exercia pressão… Aquela perna decepada era uma perdição!

“Ahhh, tens umas mãos miraculosas, querido, a dor está a aliviar e já não sinto o formigueiro. Já agora, não queres dar-me uma massagem nesta perninha, coitadinha, que aguenta sozinha o dia inteiro?”.

Comecei por massajar-lhe o pé que fui apreciando pormenorizadamente, agora que estava desnudado. Um pezinho pequeno, mas com uma sola larga, macia e quente. O dedo grande, enviesado por causa do joanete proeminente e os restantes dedos gordinhos e muito bem alinhados, com o ‘indicador´ ligeiramente sobreposto ao dedão. Estava muito bem tratado, sem peles mortas, gretas ou calosidades e a forma pontiaguda conferida pelo joanete era tão fascinante à vista quanto ao toque. Enquanto isso, ela olhava-me com um sorriso de dominador triunfo.

Prossegui, levantando-lhe a perna e apoiando a sola do pé no meu peito para espalhar o creme na canela, nos gémeos e depois o joelho. A coxa, embora não tão excitante quanto o coto, também era muito agradável ao tato e quando me inclinei para chegar às virilhas, o pé da Géna descaiu para cima do meu pénis ereto.

“Huuumm, este malandro também está a gostar!” Endireitou-se, sentou-se com a perna fletida e o coto sobre a sola do pé e começou a tirar-me a ‘t-shirt’ e a desabotoar as calças. Sem hesitar, facilitei-lhe a tarefa e eu próprio descalcei os ténis, despi as calças, os boxers e as peúgas e fiquei como vim ao mundo.

“Deita aqui que agora a Géna vai tratar de ti”. Virou-se ao contrário e encostou o pé à minha cara. Depois tirou uma porção de creme e começou a massajar-me o pénis e os testículos, enquanto o pé se passeava pelo meu rosto, pelas orelhas, pelo cabelo, a ponto de quase não me aguentar… mas ela sabia quando parar! Bombeava devagar, intensificava a ação e parava no limite. Várias vezes… e eu louco de desejo! Loucura que aumentou de intensidade quando ela me começou a beijar o pénis, ainda mais quando me envolveu a glande entre os lábios e ainda mais quando senti o fundo da sua garganta. Numa dessas paragens para que eu não me viesse, a não ser quando ela entendesse, apertou-me o nariz entre os dedos do pé e disse “Tenho uma surpresa para ti!”, levou a mão à boca, tirou a dentadura de cima e de seguida a de baixo. A Géna era perneta e desdentada!

Então começou a chupar-me sem parar e a mordiscar-me a glande com as gengivas. Em pouco tempo atingi um orgasmo que parecia não ter fim. Mesmo quando já não tinha mais sémen para expelir, ela continuou a chupar e a morder dando-me um prazer como nunca tinha sentido!

“Que grande descarga, querido!”, disse a Géna com o sorriso engelhado pela falta dos dentes e, sem pensar, lancei-me a ela, beijei-lhe os lábios, explorei a língua e as gengivas nuas daquela caverna e senti o meu próprio sabor. Se antes me tivessem dito que o faria eu, certamente, negava, mas naquele momento foi mais forte a emoção que a razão.

“Gostaste?”

“Adorei… era capaz de me habituar!”. Ela colocou de novo os dentes e disse, com aquele ar de triunfo que já lhe conhecia, “Hoje já não precisas de te masturbar. Vá, agora deixa-me dormir que estou cansada”.

Quando saí, levei comigo os “collants”.

5.

Todas as noites, antes de adormecer, inalava os ‘collants’ roubados à Géna para sentir o odor natural do sexo e do pé esquerdo, já que o direito era inócuo. Isto depois de, como se tornou hábito, lhe namorar o pé, a perna e o coto, sempre que estávamos no sofá da sala. Eu estava cada vez mais afoito e quando passeava as minhas mãos pelas coxas, a intacta e a decepada, frequentemente invadia a pelve. A Géna nunca me repreendeu e, pelo contrário, dava sinais de prazer.

De vez em quando mudava a cor dos ‘collants’. Certo dia, em que tinha escolhido o preto, perguntou “Gostas desta cor, querido?”

“Gosto mais das transparentes que me permitiam ver melhor os pormenores deste delicioso e ‘sexy’ coto e desta linda perna.” Ela riu e deu-me o pé para beijar “Huummm, sabes o que dizer a uma mulher!”. E a partir daí, nunca mais usou outras meias que não as transparentes.

6.

Uma noite, tive trabalho com colegas na Universidade e cheguei mais tarde. A Géna já estava no quarto, mas ainda acordada porque se via a luz pela porta entreaberta. Desejei-lhe uma boa noite em voz alta e fui para o meu quarto. De repente, enquanto estava a inalar os ‘collants’, como de costume, ouvi um barulho tremendo de coisas a cair que vinha do quarto dela. Fui rapidamente, tal como estava vestido, ou seja, só com os ‘boxers’, indagar o que se passava.

“Géna, está tudo bem?”

“Caí. Entra, por favor, preciso de ajuda”. A cena era surreal, a Géna vestida com um ‘negligé’ vermelho semitransparente, que praticamente revelava o seu corpo, estava estendida no chão. As muletas uma para cada lado, a cadeira tombada e o vidro do candeeiro da mesa de cabeceira estilhaçado por todo o lado.

“Então, como é que fez isso? Magoou-se?”, perguntei. “A muleta escorregou no tapete, desequilibrei-me e caí para cima da cadeira e da mesa. Bati com o coto no chão e estou cheia de dores!”. Ajudei-a a levantar-se e a encaminhar-se aos pulos para a cama. Depois endireitei a cadeira, apanhei as muletas e outras coisas que caíram e fui buscar a vassoura e a pá para apanhar os vidros.

“Está melhor, Géna?

“Sim, já passou, foi mais o susto! Mas bati com o coto e está muito dorido. Fazes o favor de ir ao armário que está por cima do lavatório e trazes-me o Voltaren?” Quando abri a porta a primeira coisa que vi foi um enorme pénis de borracha e esforcei-me para não desatar a rir.

“Géna, quer que lhe ponha a pomada?” perguntei enquanto me sentava na borda da cama. “Sim, por favor. Devagar que ainda dói”. Afastou o “negligé”, apontou o coto na minha direção e apoiou o pé na minha coxa. Enquanto espalhava a pomada na extremidade do coto via claramente a vulva e claro que todo este ‘cocktail’ me provocou uma ereção difícil de esconder. A Géna enfiou o pé pela perna dos boxers e apanhou-me a ponta do pénis com os dedos. Ao mesmo tempo, pousou a sua mão sobre a minha e começou a guiá-la em círculos cada vez maiores, até que a colocou sobre a vulva. Os lábios vaginais estavam muito húmidos, assim como o clitóris que é muito maior e saliente do que eu imaginava. Continuei a estimulá-los e a Géna a arfar, num repente, puxou-me pelo braço para me baixar e colocar o meu rosto de fronte do seu sexo. Afastou o coto e a perna o mais que pôde e pousou o pé sobre as minhas costas, o que foi extremamente agradável. Mordisquei-lhe os lábios, introduzi a língua na vagina o mais fundo que consegui e chupei-lhe o clitóris que estava extremamente lubrificado e intumescido. A vulva da Géna era doce, muito gostosa, e continuei a estimulá-la até ela gritar de prazer em êxtase. O coto, meio elevado no ar, tremia!

Momentos depois, já recuperada, ela pediu para me deitar ao seu lado “João, a vovó vai querer mais! Foi tão bom, tão bom! És sem dúvida o melhor amante que tenho desde há muitos anos”. Eu agradeci, e dei-lhe um beijo na boca “Menino! Respeitinho pela minha provecta idade!”. Ignorei-a e introduzi a língua explorando a dela e os dentes que sabia serem ‘fake’. “Queres que os tire?”, acenei que sim e adorei sentir-lhe as gengivas nuas.

Depois virou-se na cama, tirou-me os boxers e com a boca desdentada começou a chupar-me e a morder-me suavemente. Com uma mão capturei-lhe o pé, que levei à cara, e com a outra agarrei a extremidade do coto. Percebendo que estava prestes a explodir, ela fez um compasso de espera. Depois passou o coto por cima de mim e com as mãos apoiadas nos meus ombros ajeitou a perna para aproximar a vulva do meu pénis. “Ajudas-me? Segura-me o coto… isso, preciso de apoio desse lado” e com a mão esquerda começou a passar a minha glande pelos lábios e pelo clítoris. Sentia-lhe a humidade e aquela suavidade aconchegante que me estavam a deixar louco. Enchi a mão livre com um daqueles seios enormes e ela começou a engolir o meu pénis com a vagina, lentamente, mas cada vez mais fundo. O coto ia mudando de forma consoante os movimentos. Aumentou a cadência e segundos depois quase gritou “Vem-te! Vem-te dentro de mim! Enche-me com o teu leitinho!”

E tive o maior orgasmo da minha vida.

7.

Passei a dormir com a Géna uma, duas e mesmo três vezes na semana, mas era sempre ela que decidia quando. Estava tão insaciável quanto eu e eu estava tão viciado no sexo com a Géna que só pensava em viver o momento.

A febre durou um semestre porque, quando soube que iria reprovar a três das cinco disciplinas, percebi que, a bem do meu futuro, tinha que procurar outro alojamento. Quando lhe comuniquei, não pareceu muito surpresa nem chocada… afinal eu era mais um objeto de prazer.

Uns dois meses depois, passei pela casa da Géna e, à distância, observei-a sentada num banco à entrada da garagem, com uma mão a segurar as muletas e outra a coçar a ponta do coto, enquanto dava instruções sobre o destino de uns caixotes a um tipo mais ou menos da minha idade. Devia ser o meu substituto.

Mas ainda hoje recordo com saudade aquele pé solitário e aquele coto sexy… e ainda guardo os “collants” da Géna!


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