CAMINHOS - I

Um conto erótico de Gabriel
Categoria: Homossexual
Contém 1606 palavras
Data: 07/11/2017 01:24:51
Última revisão: 07/11/2017 01:26:37

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Depois de me beijar e compartilhar a minha própria porra comigo, seu Carlos se levantou e começou a se vestir. Não tinha nenhum banheiro por perto então a escolha que tive foi engolir aquele negócio. Não que fosse a primeira vez, mas todo mundo sabe que as coisas são diferentes depois que o tesão baixa...

- Bom, se precisar de mais alguma coisa, é só me avisar, garoto... - seu Carlos disse, complemante vestido, sentando-se na cadeira e adotando o ar frio com que me tratara naquele dia.

Não sabia se era em razão do ambiente de trabalho ou se ele resolvera adotar uma nova tática. Na verdade, tinha certeza que era a segunda opção, mas não queria admitir que estava funcionando - aquele jeito sério, aquele falar grosso, só me deixava arrepiado e mai excitado. Me despedi, ele respondeu com um aceno de cabeça já voltando a atenção para o computador e saí.

Desde esse dia eu e seu Carlos não conversamos mais. Agora, estava em casa, no final da tarde, pensando no que responder para o Lucas, quando me lembrei da mostra de profissões. Receoso, mandei uma mensagem para seu Carlos.

18h45

Fala, seu Carlos, beleza? Então, passando para lembrar que a mostra é amanhã... será que o senhor conseguiria dar uma passadinha lá?

Enviei e esperei. Seu Carlos, que estava on-line enquanto eu digitava, misteriosamente ficou off-line. Puto, joguei o celular de lado e fiquei imaginando a minha cara no dia seguinte quando aparecesse no colégio com metade do trabalho feito. A parte boa do dia foi que finalmente consegui decidir o que mandar para o Lucas.

22h13

Cê acha? Achei que fosse meio gay...

O Lucas ficou imediatamente on-line no WhatsApp e me respondeu prontamente.

22h13 Lucas: Cala a boca, Gabs

22h13 Eu: Pode vir

22h14 Lucas: Posso ir o que???

22h14 Eu: Calar, porra - e um emoji com aquele sorrisinho safado

22h14 Lucas: Cala a boca e vai dormir, Gabriel...

Sorrindo, deixei o celular na mesa de cabeceira e deitei. Estava quase pegando no sono quando a mensagem de seu Carlos chegou no Messenger.

Pode deixar

22h31

Acordei ansioso e cansado no dia seguinte, já que fiquei ansioso na noite e demorei a pegar no sono. Estava tão transtornado que acabei me atrasando e cheguei no colégio poucos minutos antes de bater o sinal de entrada. No pátio principal, coberto, a multidão de alunos e de adultos acompanhando-os esperava para se posicionar. Ali, vestindo um terno azul marinho, uma camisa branca e gravata listada azul escuro e claro, e acompanhando o seu filho - que coincidentemente costumava ser meu amigo - estava seu Carlos. Fiquei na dúvida se deveria ir até ele ou não, principalmente por causa do Daniel. Por sorte, ele pareceu encontrar seu profissional - uma engenheira conhecida da família - e saiu de perto do pai. Me encaminhei até seu Carlos.

- Opa - falei, chamando a atenção dele. Seu Carlos olhava em votla, as mãos cruzadas em frente ao corpo, parecendo deslocado.

- Ah, bom dia, Gabriel - ele me respondeu, estendendo a mão.

Aceitei o cumprimento e me virei para a professora que começava a falar.

- Gente, gente, a atenção de vocês, por favor. Obrigado. Queria agradecer a presença de vocês aqui hoje, por terem aberto uma brecha na agenda para participar dessa mostra. Vai funcionar da seguinte forma: como os alunos do terceiro ano já compartilharam suas pesquisas em sala, vocês e os acompanhantes ficarão em stands montados pelo colégio. Os alunos dos nonos anos e primeiros e segundos do Ensino Médio serão chamados para descer em cada aula e vão passear pelos stands, fazendo pergunta, correto. Alguma dúvida? Os acompanhantes estão livres para ficar o tempo que puderem. Agoram podem procurar o stand com a plaquinha da profissão de vocês.

Eram muitos. Por stands a professora queria dizer duas carteiras lado a lado cobertas com um TNT preto de toalha. Em cima, folders com as principais informações que nós reunimos sobre a profissão. Fiquei feliz em cruzar com o Daniel e a engenheira indo em direção oposta a minha e do seu Carlos. Com o intuito de fazer os alunos circularem em vez de ficarem só nas profissões mais óbvias, aquelas mais procuradas - arquitetura, medicina, engenharia, advocacia e por aí vai - ficaram em cantos opostos. Eu e seu Carlos acabamos em frente à lateral de um dos blocos do colégio, na encruzilhada com os muros que circulavam a escola. Sentamos lado e lado e ficamos esperando. Seu Carlos sentou-se com a perna cruzada sobre a outra, o que fez sua calça apertar e franzir na virilha, marcando a mala. Lembrando da visita ao seu escritório, puxei a cadeira mais para frente, tentando me esconder embaixo do TNT.

Começaram a descer os primeiros nonos anos. Por serem os mais jovens, pareciam os mais interessados e passamos duas aulas explicando aos alunos coisas que eles encontrariam facilmente na internet. A partir da primeira aula, porém, começaram os alunos do Ensino Médio, o que fez o público rarear bastante, uma vez que o pessoal só queria uma desculpa para perder aula e passear por aí. Acabamos sozinhos, eu e seu Carlos, e a lembrança daquele dia voltou a minha mente...

- Por que está tão inquieto, guri? - seu Carlos perguntou, apoiando a mão na minha perna.

Abaixei os olhos em direção a sua mão e ele me acompanhou, viu o volume na minha bermuda e tirou a mão, colocando-a no colo e olhando para o lado. Apesar de ter tentando disfarçar, não pude deixar de perceber que o volume dele tinha crescido tanto quanto o meu. Meu coração disparou e senti a adrenalina correndo pelo sangue no minuto em que decidi agir. Com o pretexto de alcançar um dos folhetos na ponta da mesa do lado do seu Carlos, apoiei a mão no alto da sua coxa e me inclinei para a frente. Minha mão ficou tão próxima ao seu pau que senti o tecido da calça se erguendo quando o caralho do seu Carlos pulsou. Satisfeito, voltei para o meu lugar e fingi ler o folheto.

- O que está escrito aqui? - seu Carlos perguntou, apontando. Antes que eu respondesse, porém, foi a vez dele de se inclinar - mais discreto, sem sair do assento, mas da mesma forma apoiando a mão em mim: só que, nesse caso, enchendo-a com o meu pinto duro.

- On-onde? gaguejei.

- Aqui em cima, olha.. - ele respondeu, descendo a mão para a minha coxa e subindo novamente, agora por dentro da bermuda, do mesmo jeito que fizera no escritório, apertando o meu pinto por cima da cueca melada.

- Ah, sim, aqui... então... - comecei.

- Bom dia, rapaz! - num átimo, seu Carlos já estava de volta ereto, encostado na cadeira e cumprimentando os dois alunos do primeiro ano que se aproximavam. Os garotos ficaram um pouco encabulados com a abordagem tão prematura e se sentiram obrigados a visitarem o stand. Seu Carlos começou a falar e a atrair a atenção dos garotos para o folheto, explicando as áreas de atuação de um advogado e eu me desliguei, tentando deixar a mente limpa e amolecer meu pau. Estava na metade do caminho para conseguir isso quando me assustei com seu Carlos baixando a mão sobre a minha coxa novamente. Eu tinha certeza de que não ouvira os meninos irem embora, então ergui o olhar e eles estavam ali ainda. Seu Carlos apertou minha perna e prestei atenção no que ele dizia.

- O Gabriel aqui ficou bastante interessado quando me ouviu falar, não foi? Até conheceu meu escritório - e deu mais palmadas na minha coxa. Percebi o olhar de um dos meninos baixando para aquela cena e, pela cor que manchou a sua bucheca, percebendo a minha ereção. Seu Carlos olhou de um para o outro e depois tirou a mão. Respirei aliviado, acreditando que ele voltara a ter bom senso, quando ele se levantou um pouco da cadeira, claramente excitado e tirou a carteira do bolso.

- Por que vocês não dão uma passada lá para conhecer também? - e entregou um cartão a cada um deles. Os dois se despediram e, no caminho, percebi que aquele que tinha notado minha rola dura guardou discretamente o cartão do seu Carlos no bolso.

- O senhor tá maluco? - eu disse, baixo, para ele.

- Por quê? Não fiz nada de mais, guri, relaxa - e acrescentou, malicioso e mais baixo - ficou com ciúmes, foi?

Estava prestes a responder quando o sinal bateu. Seu Carlos se levantou e esfregou as mãos.

- Finalmente! Eu 'tô faminto, acredita, Guri? - e saiu, rindo.

Fiquei ali, esperando estar em condições de levantar para encontrar os caras, mas eles me contraram primeiro. Lucas ocupou com naturalidade a cadeira do meu lado: por causa da mostra, não teria fute no recreio... não queriam a gente todo suado ao lado do pessoal de fora. Mal sabiam que alguns iriam adorar...

- Mano, quem é aquela gostosona que 'tá contigo? - Breno perguntou para o Lucas.

Lucas sorriu de orelha e orelha e começou a contar sobre a 'gostosona' amiga dos pais dele. Não fingi prestar atenção; não porque estivesse incomodado, mas estava preocupado com o que o seu Carlos estaria fazendo. Percebi, porém, que o Lucas parara de falar e apontara uma outra mulher no pátio, desviando a atenção dos caras e olhando para mim. Fiquei surpreso e um pouco confuso: aquela mudança toda estava me deixando com medo. Não tive tempo, entretanto, de trocar mais do que um olhar com ele e receber um sorriso. O sinal tocou e seu Carlos se materializou do lado do Lucas. Os caras saíram se arrastando, o Lucas os seguindo lançando olhares demais para trás.


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Comentários

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seus contos são ótimos, mas queria que você fizesse, se possível um plano de postagem diário, semanal ou algo do tipo. Realmente goso muito com seus contos. parabéns.

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Teus contos me deixam tão confuso quanto excitado. Só queria que fosse mais regular. Adoro essa Versão putona e indiferente do Dr Carlos

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