Comum & Extraordinário - Capítulo 52

Um conto erótico de Matheus N & Jonathan S
Categoria: Homossexual
Data: 02/10/2015 17:00:42
Última revisão: 02/10/2015 17:15:21

Bem, eu passei horas tentando pensar no que eu escreveria para vocês hoje, qual assunto eu abordaria antes de iniciar o capítulo 52, mas simplesmente não deu. Minha cabeça não está no lugar agora e não estou conseguindo pensar a respeito de muita coisa, então me desculpem por simplesmente não comentar nada.

Eu quero então agradecer a todos vocês pelos comentários, pelo retorno positivo em relação ao conto e para dizer que ainda não, não decido qual dos dois contos começo quando postar o último capítulo de ‘Comum & Extraordinário’, mas não se preocupem, até lá eu resolvo tudo.

No mais, fiquem todos bem e se sintam abraçados. Rsrsrs.

- Belspie: Eu mal posso esperar para que você veja esse capítulo. Rsrsrs. Eu amei o que fiz.

- diego campos: Obrigado por sempre comentar nos dois sites. Rsrsrs. Eu fico feliz que esteja gostando da história, sério. E mais uma vez, obrigado...

- JUJU_gordinha_sapeca: Juju, como eu prometi não dar spoilers, não posso te contar isso, mas fique tranquila, você vai amar o que eu fiz, pelo menos eu amei o que escrevi. Rsrsrsrs.

- Rose Vital: Rose, muito obrigado pelo comentário, mesmo. Rsrsrsrs. Eu mal vejo a hora de você ler tudo, de ver o que eu planejei para a Rafaela, para o Delegado e para o Thallison. Quero muito que me diga depois o que achou. Rsrsrsrs. Eu amei o que eu fiz para o três, e espero que você ame também.

- Guiiinhooo: Muito obrigado, de coração. Rsrsrs.

- Mrr. M: Obrigado mais uma vez. Rsrsrsrs. Eu também fiquei triste pelo que aconteceu com ele depois que acordou, mas o Jonathan não poderia sair completamente ileso depois do que aconteceu, seria irreal de mais, então tive que fazer tudo isso... E eu também espero... Opa, eu sei o que vai acontecer com ele, desculpa. Rsrsrsrs.

- Arthurzinho: Calma, a hora do Thallison já vai chegar, e eu espero que você goste do que fiz, porque eu lavei minha alma escrevendo essa parte. Rsrsrs. E obrigado pela nota, mesmo.

- esperança: E eu estou ansioso para saber se você vai gostar ou não. Rsrsrs.

- isabela^^: Obrigado, sério, fico muito feliz em saber que está gostando... Rsrsrsrs. ‘Dias Utópicos’ é muito importante para mim, até hoje, então eu me sinto feliz e realizado por você gostar tanto dele... Mais uma vez, obrigado pelo comentário.

- LC..pereira: Obrigado. Rsrsrs. Nota 10 para você também, por me acompanhar...

- Lipe*-*: Bem, isso você só vai saber nos próximos capítulos. Rsrsrs. Obrigado por comentar.

- Ru/Ruanito: Bem, acho que não teria outro motivo para ele ter feito o que fez com o Jonathan a não ser a chantagem, mas se ocorreu outra coisa você vai saber depois. Rsrsrsrs. Mais uma vez, obrigado pelo comentário.

- S2DrickaS2: Bem, outros leitores também reclamaram da explicação dele, mas eu fiz o que pude, desculpa... Quem é que não odeia o Thallison, eu mesmo o odeio. Rsrsrsrs. Quero muito que você veja o que fiz para ele... E mais uma vez, obrigado por comentar.

- Isztvan: Obrigado, de coração.

- Smashing Girl: O que aconteceu fez com que ele mudasse bastante, não só a aparência, mas como o psicológico também. Acho que consegui retratar com respeito o que acontece com as vítimas de uma brutalidade dessas, pelo menos eu espero que tenha conseguido o feito... Rsrsrs. Sim, eu sei que você gosta muito do conto, e ele também é meu preferido, e eu acho que já comentei com você o por que... E sobre a demora, com certeza vai demorar um pouco. Só vou postar o primeiro capítulo quando o conto estiver pronto e revisado, então... Mas no mais, muito obrigado por comentar aqui. Não ando tendo tempo para responder e-mails, e peço perdão a você por isso.

Obs: Nesse final de semana eu não estarei em casa. Chego no domingo, mas não sei em qual horário, então para não correr o risco de não postar o capítulo 53 nesse dia, vou alterar a dada para segunda feira, dia 05. Reafirmando. Vou postar o próximo capítulo dia 05, segunda feira, não no domingo... Me desculpem, mas realmente não sei se chego a tempo de postar, por isso mudei a data.

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Comum & Extraordinário - Capítulo 52

Hoje finalmente era o dia. Eu finalmente estava indo para casa depois de passar duas semanas em observação médica. Eu finalmente iria poder dormir na minha cama, ver o meu quarto novamente, e graças a Deus, alguns pontos que já tinham começado a cicatrizar, estavam desaparecendo. Meu cabelo havia crescido um pouco e já tinha coberto os pontos, e meu rosto já havia desinchado bastante, apesar de ainda estar um pouco estranho.

Eu já estava de pé, arrumando a minha cama com os lençóis novos que a enfermeira havia me entregado. Eu fiz questão de organizar tudo porque queria sair daqui com a lembrança de que tudo ficou bem, de que tudo foi bem, e essa foi uma maneira meio tosca de eu encerrar essa parte da minha vida. Uma coisa que me surpreendeu nessas duas semanas foi a vinda de um casal para me visitar. No começo eu demorei um pouco para os reconhecer, mas logo me lembrei, inclusive do nosso momento no banheiro da boate. Douglas e Fernando passaram um dia inteiro comigo. Conversamos sobre minha vida, sobre a vida deles de casado e sobre o que aconteceu no banheiro. Rimos um pouco e então eu os agradeci por terem me salvado, realmente agradeci. Eles apenas sorriram e disseram que aquilo que fizeram por mim qualquer um teria feito, e eu também sorri.

Eu estava voltando a conversar normalmente, mas ainda travava em algumas coisas, mas olhando por fora, eu estava muito melhor. Minhas lembranças não estavam mais falhando e eu conseguia me lembrar de tudo, a não ser a agressão que me fez parar aqui, mas o médico me disse que com o tempo isso ia acontecer, e que eu teria que manter a calma quando acontecesse, porque eu poderia surtar.

Quando eu finalmente saí pela porta do quarto, eu sorri. Eu não teria que voltar outra vez, não teria que passar por tudo o que passei de novo, e além do mais, eu não teria que ficar tanto tempo deitado. A regra passada por mim pelo médico era de que eu devia me exercitar um pouco, acostumar o meu corpo com os movimentos novamente. Eu deveria começar com caminhadas e depois intensificar um pouco, e eu faria isso. Eu queria voltar ao que eu era antes, nem que eu demorasse, mas eu iria conseguir.

O primeiro a me receber com um abraço fora do quarto foi o meu pai. Ele chorava tanto, mas tanto, que acabou me fazendo chorar também. Ele me abraçou forte, me beijou, me rodou pelo corredor e então me colocou no chão. Minha mãe fez a mesma coisa, com a exceção de me levantar. Carol e Caio também estavam ali, e eu amei ver o sorriso de felicidade nos rostos deles. Eles me abraçaram ao mesmo tempo, me machucando um pouco, mas eu não me importei, eu amei o fato de eles não estarem me tratando como uma boneca de porcelana, principalmente o Caio, que brincava a respeito das minhas cicatrizes, e isso me acalmava. Ele também estava ali, mais lindo do que nunca. Rodrigo havia cortado o cabelo para ficar parecido comigo, e somando isso a sua barba de uma semana, seu rosto tinha um ar tão sexy que me fez sorrir como um bobo. Ele também me abraçou, e eu entendi o fato de não ter recebido um beijo, afinal de contas, a Rafaela podia estar por ali, e mesmo um abraço significando muita coisa, para ela poderia ser algo comum, não sei. O médico também se despediu de mim com um abraço e um sorriso, e eu tive a leve impressão de que os braços deles ficaram tempo de mais nas minhas costas, e o Rodrigo também percebeu isso, e quando ele fechou a cara, o homem ficou completamente sem graça.

A medida que eu caminhava pelos corredores do hospital, mais aliviado eu ficava. Eu via pessoas caminhando por ali, enfermeiras, pacientes, médicos, e tudo o que eu mais queria era sumir desse lugar e não voltar nunca mais, para nada, nem para uma gripe sequer. Sei que foi aqui onde eu fui curado, onde eu me recuperei, mas eu também vim parar nesse lugar da pior maneira possível, e resultando de um ato completamente frio e grotesco.

Quando eu passei pela porta, minhas duas mãos foram seguradas pelos meus pais, e eu me senti como uma criança prestes a atravessar a rua, e isso foi reconfortante para mim, fez com que eu me sentisse seguro, e eu amei. Eles balançavam as mãos, como uma gangorra, e eu me divertia com tudo aquilo. Depois que atravessamos a rua e fomos para o estacionamento, o Rodrigo me pegou pela mão e andou um pouco comigo, até estarmos atrás de um enorme caminhão, e ali me beijou calmamente, até eu estar de olhos fechados e entregue ao seus beijos. Minha boca ainda estava doendo, e por ele saber disso, ele apenas selou seus lábios nos meus, me causando cócegas na boca. Quando ele olhou para mim eu sorri.

- Eu só vim aqui para acompanhar sua saída. Tenho que voltar para o serviço.

- Tudo bem. - Eu digo sorrindo.

- Promete que vai ficar bem? - Ele beija a minha mão.

- Eu prometo. - Lhe dou mais um sorriso. - Te amo.

- Eu também te amo...

Depois que o Rodrigo me deixou com meus pais e com meus amigos novamente, nos entramos no carro do meu pai e fomos em direção a minha casa, de onde eu já morria saudade. O caminho foi mais curto do que eu pensava, mas eu acho que é pelo fato de eu estar conversando com a Carol e com o Caio e rindo das palhaçadas deles. Eu estava me sentindo bem com esse carinho excessivo, não só deles, mas dos meus pais e do Rodrigo também. Eu me sentia amado, querido, protegido, e eu ainda estava com medo, por isso tratava de me manter perto de pelo menos um deles.

Quando chegamos, meus pais desceram do carro primeiro, e depois Carol, eu e Caio desdemos pela mesma porta. Quando entrei, só de sentir o cheiro da casa eu me senti completamente bem, porque foi aqui que eu passei todos os anos da minha vida, e era aqui que eu passaria mais alguns até eu me formar e me mudar com o Rodrigo para onde quer que ele queira ir, porque ao lado daquele homem eu ia até o fim do mundo sem ao menos reclamar.

Eu subo as escadas com a Carol e com o Caio enquanto meus pais guardam algumas sacolas na cozinha. Eles tinham passado no supermercado antes de me buscarem no hospital para comprar algumas coisas. Eu então chego no corredor de frente para a porta do meu quarto, e assim que a abro, tudo estava do jeito que eu tinha deixado, inclusive minha toalha molhada que e havia esquecido em cima da cama. Eu me aproximo e finalmente me deito ali, naquele colchão tão macio e confortável e estico os meus braços. Caio então se deita também, do meu lado esquerdo, com o pescoço em cima do meu braço, e Carol faz o mesmo do lado direito. A gente simplesmente sorri.

Depois que me instalei novamente em meu quarto, tomando conta de tudo, Caio, Carol e eu descemos até a cozinha para comermos porcaria. Carol e eu ficamos estourando pipoca enquanto o Caio fazia uma calda de chocolate com leite condensado, leite e achocolatado, e depois da pipoca ter ficado pronta, o Caio despeja toda a calda em cima dela, a deixando bem melecada. Assim que eu coloco um pequeno monte na boca, deixo escapar um gemido baixo. Estava uma delícia, e há tempos eu não comia chocolate, ou pipoca, então aproveitei bastante.

Quando comemos tudo e limpamos as vasilhas que sujamos, subimos para o meu quarto com uma jarra de suco de maracujá natural, e o engraçado é que nos três tínhamos esse suco como preferido. Acho que pelo fato de termos crescido juntos e sempre estando juntos, acabamos nos adequando aos gostos do outro.

Lá pelas seis e meia, quando o sol começou a se por, Carol e Caio começaram a se despedir de mim para irem embora. Eu estava sentado na cama, de frente para eles, que estavam encostados na cabeceira. Eu os implorava para não irem quando seus olhos se fixaram na porta do meu quarto. Eu estranhei o fato de terem se calado e resolvi me virar para trás. Quando eu o vi, meus olhos se encheram de lágrimas. Ele estava parado ali, com a mão direita ainda na maçaneta, olhando para nós. Ele chorava controladamente, derrubando suas lágrimas de dor, assim como eu fazia. Quando eu me levantei da cama com pressa, parei, o encarando, e assim que nossos olhos se encontraram, choramos ainda mais. Eu corri para os seus braços e o abracei tão forte que ouvi ele reclamando. Ele também me apertou, mas foi como um pedido de desculpas, como se estivesse me pedindo perdão. Depois que cesso o abraço, lhe dou vários beijos no rosto e alguns em uma cicatriz em sua sobrancelha. Começamos a chorar ainda mais quando ele viu o meu estado e começou a chorar outra vez. Nos abraçamos de novo e ficamos ali, nos apertando.

Quando Matheus finalmente se solta de mim, ele tenta parar de chorar, mas não consegue.

- Me perdoa, por favor! - Sua voz era roupa, envolvida em sofrimento. - Eu não deveria estar tão bêbado, eu não deveria. Se eu não tivesse talvez a gente tivesse conseguido correr!

- Não foi sua culpa, não foi... - Eu tento o parar.

- Você devia ter corrido e me deixado lá. Porque não correu?

- Porque eu nunca iria deixar você para trás Matheus.

- Mas deveria ter deixado, assim não teria acontecido tudo aquilo com você! Aqueles monstros! Eles acabaram com a gente!

- Matheus, calma, por favor...

- Eu me lembro Jonathan, eu menti, eu me lembro de tudo o que aconteceu até antes de eu desmaiar.

- Porque você mentiu?

- Por vergonha. Eu estava com medo deles, eu não queria que eles voltassem para matar a gente... Eu me lembro deles me espancando, deles espancando você... Eu me lembro de tudo, de toda a dor que eu senti. Eu vi você sendo pisado, chutado, socado... Eu não consigo me lembrar do rosto deles por causa da máscara, mas eu lembro de todo o resto!

- Eu estou bem agora, eu estou bem, não fiquei com sequela nenhuma...

- Meu Deus! Eu fui um covarde por não ter contado! Me perdoa Jonathan! - Ele parecia estar descontrolado.

- Matheus! Matheus! - Eu começo a sacudir seu corpo até ele se calar e olhar para mim. - Não foi sua culpa. Se eu estivesse no seu lugar, eu faria a mesma coisa.

- Não... Você é corajoso, não tem medo das coisas...

- Eu não tinha medo... - Eu começo a chorar novamente. - Eu não tinha, mas agora eu não consigo mais deixar de achar que tem alguém atrás de mim, eu não consigo.

- Eu sei, eu passei pela mesma coisa, por isso eu fugi, me perdoa... - Ele se ajoelha.

- Levanta! - Eu o puxo. - Não foi sua culpa, não foi minha culpa... Você precisava descansar, não pensar no que aconteceu, e eu entendi quando me disseram que você tinha ido embora.

- Mas eu devia...

- Você não devia nada Matheus. Você foi espancado, assim como eu, e é completamente racional e humano o que você fez. Você queria se proteger, e por isso foi para longe desse lugar.

- Eu queria ter ficado, mas...

- Você estava com medo, eu sei.

- O Caio ficou do meu lado... - Ele fala baixinho a medida que começa a chorar novamente. - Mas eu não queria que ele me visse deformado do jeito que eu estava, eu não queria...

- Ele te ama Matheus, você sabe disso.

- Eu sei, e eu o amo de mais também, só que eu não queria o fazer passar por tudo aquilo, então eu fui embora. Eu senti tanta falta dele Jonathan, mas eu fui covarde...

- Você não tem que falar isso comigo Matheus.

- Eu estou com vergonha de olhar na cara dele de novo depois do que eu fiz. Eu fugi sem avisar, deixando apenas uma mensagem no telefone dele.

- Ele vai entender. - Eu sorrio, tentando o animar.

- Você tem certeza?

- Sim...

Matheus finalmente olha para cima, perdendo o seu olhar em Caio, que quase chorava. Eu me virei e o vi indo em direção ao Caio, que já estava se levantando da cama. Eles ficam parados um em frente ao outro por alguns segundos, apenas se olhando. Matheus chorava muito, já o Caio era mais contido, ele sempre foi.

- Caio, me desculpa... - Matheus diz aos prantos.

- Só me beija, por favor...

Quando Caio puxou Matheus para o seu peito, os dois deram um abraço tão forte, que eu cheguei a achar que estavam se machucando, mas eles apenas sentiram alivio ao se tocarem outra vez, e quando se olharam novamente, o beijo aconteceu. Matheus tomou os lábios de Caio com uma vontade impressionante, como se não tivessem se visto há anos e depois de todo esse tempo voltaram a se reencontrar. Caio o segurou pela cintura enquanto deslizava sua outra mão pelas costas do Matheus, que parecia tremer a cada toque. Quando eles se olham pela terceira vez, eu conseguia ver aquela faísca, aquele fogo que os consumia, e eu soube que eles nunca ficariam separados outra vez.

- Eu estava com tanta saudade de você... - Caio diz ao colar sua testa a de Matheus.

- Eu também Caio, muita... - Ele sorri.

- Eu sei. - Caio sorri.

- Me desculpa, por favor...

- Não precisa pedir desculpas Matheus, não peça...

- Eu sei, é que eu fiquei com medo de você não me querer mais. Meu rosto ficou todo torto, você lembra...

- Sim, eu me lembro, mas eu iria continuar te amando mesmo assim.

- Não ia... - Matheus parecia estar com a autoestima abalada.

- Matheus, olha para mim. - Caio pega o queixo do Matheus e o faz manter contato visual com ele. - Você é o cara mais bonito que eu já vi na minha vida, e eu não estou mentindo. Seus olhos, seu cabelo, seu rosto, sua boca, suas orelhas, tudo é tão perfeito para mim que eu não me importo com uma pequena cicatriz... - Caio toca a pequena cicatriz acima da sobrancelha do Matheus. - Ou com um pequeno corte... - Ele passa os dedos na orelha esquerda do Matheus, onde havia um corte. - Eu não te amo apenas por fora, eu te amo por dentro, ainda mais por dentro. Um rosto bonito a gente encontra em qualquer lugar, mas uma alma bonita é difícil de achar, e eu encontrei a sua, e para falar a verdade, ela é linda... - Ele ainda encarava o Matheus, que chorava e ria ao mesmo tempo, assim como eu e a Carol por causa da pequena declaração. - Sei que tem muito pouco tempo que a gente está junto, e sei também que estamos indo rápido de mais, mas foda-se, o tempo não vale nada quando se ama de verdade, e eu te amo de verdade.

- Caio... - Matheus mal conseguia falar. - Eu sou afeminado, e ninguém gosta...

- Não fala isso... E daí se você usa salto, se é afeminado, eu não me importo com isso, e sabe porque? Porque você é muito mais homem do que qualquer viado metido a machão por aí. Para ser quem você é, é preciso ter muita coragem, e você tem muita, e eu te idolatro por isso. Não me importo se você é afeminado, não faz diferença. E cá entre nós, afeminados são ainda melhores... - Caio sorri genuinamente. - Se lembre de como a gente funciona na cama. Sabe do que eu estou falando... - Ele para por um momento, como se tentasse a todo custo controlar uma ereção. - Eu não preciso de um metido a machão que não vai me beijar direito, que não vai tocar meu corpo, que não vai me chupar, que não vai me lamber, me cheirar todo. Eu não preciso de um metido a hetero que não vai andar de mãos dadas comigo na rua. Eu preciso de você, porque é você quem me completa, quem me faz feliz, então foda-se o resto, só você importa.

- Eu sei... - Matheus o encara com lágrimas nos olhos, sorrindo.

- Então pare de se inferiorizar por causa de uma cicatriz ou de sua forma de se portar. Você é lindo, incrível, uma delícia e é só meu.

- Eu te amo de mais Caio, muito mesmo, e nunca mais quero ficar longe de você de novo.

- Eu também te amo meu bem... - E novamente eles se beijam e logo em seguida se abraçam.

- Tem espaço para mais dois aqui. - Matheus diz sorrindo, e claro, Carol e eu nos juntamos a eles.

Ficamos ali por mais horas e horas conversando e sorrindo juntos. Rodrigo se juntou a nós por volta das oito, me trazendo um buque de flores, coisa que eu nunca havia ganhado. Chorei mais um pouco quando ele me entregou e ficamos nós cinco ali, sentados na minha cama, jogando conversa fora e conversando como se o dia nunca fosse clarear, sem se importar com o tempo, com as horas e com o que tínhamos que fazer amanhã. Ficamos ali juntos, sabendo que nada de ruim iria acontecer novamente, porque a gente se protegeria dali pra frente, blindando a nossa amizade e o nosso amor daqueles que querem acabar com tudo, e a gente iria conseguir, e se alguém se atrevesse a tentar algo novamente, ia se dar mal, e isso é uma certeza que eu tenho, e sempre terei daqui pra frente.


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Comentários

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04/10/2015 21:43:01
Lindo capítulo, a história inteira é. Amei o reencontro com o matheus, tadinho dele gente. Estou mega ansiosa para o próximo e não tenho nem palavra definir o quão maravilhoso é está história. bjo e muito sucesso.
04/10/2015 10:57:34
Nossa, maldade do tipo"eu sou o criador" e não darei spoiler rsss. Agora esse capítulo foi lindo. O começo da recuperação do Jonathan. A demonstração de amor nas amizades e claro a pontinha de ciúmes que o Rodrigo sentiu do médico. Foi ótimo!!!
03/10/2015 22:26:27
Perfeito como sempre
03/10/2015 19:53:37
Perfeito!
03/10/2015 14:40:05
Querido, não precisa se desculpar... Eu entendo que na época que você posta os contos fica tudo muito corrido, por isso eu volto a escrever e-mails quando acabar. Lindo o apoio que C. deu ao M., estou amando como a família, os amigos e namorados estão sendo carinhosos com os meninos! Ah, fiquei com vontade de comer a tal pipoca! Rsrsrs...
03/10/2015 12:40:32
Já comentei lá no romance gay agora é a hora de comentar aqui rsrs, amei o matheus e o caio muito fofos e o Rodrigo eo Jonathan mais ainda nunca fiquei tão ansioso para uma segunda feira chegar rsrs
03/10/2015 04:44:49
Eu tô louco pra q o Thales se ferre... Aim Matheus e Caio ❤👬 Faltam mais ou menos quantos Capt's???? Bjos e vc nos surpreende cada vez mais...😘
02/10/2015 23:16:23
De novo só na segunda?? Desse jeito esse vai ser o meu dia mais esperado hahaha...Amei essa cap ta muito lindo!! A volta do Matheus foi emocionante. E saiba q amo e vou amar suas historias, pois elas são fantásticas!!! Beijão ^^
02/10/2015 23:13:26
Porra!!! Que declaração linda.Vc se supera a cada capítulo... Matheus tu é sensacional... Vc me fez chorar aqui... Obrigado por dividir teu talento conosco. E pensar que esta acabando... Bjos e até maisA.
02/10/2015 22:36:55
Sua História e perfeita!!!! Amando cada cap
02/10/2015 21:07:52
Emoção pura, e o Caio que declaração de amor mais linda esta que ele fez para o Matheus, chorei muito e tb o reencontro com o Jonathan, fiquei arrepiada com este laço de amor e amizade que une estes cinco. Teus adorando cada vez mais e com certeza vou amar o que vc preparou para a Rafaela, pro Delegado e seu filho enrustido Thallison e seus comparsas corruptos.Bjs mil pra vc e pro Jonathan.
02/10/2015 19:55:29
A cada capítulo fica mais incrível. Abraços.
02/10/2015 18:45:31
Vai escrever tao bem e saber transmitir sentimentos pela escrita na PQP. Cara foi mais perfeito esse capitulo que o anterior. Se eu for internado por desidratação, meus advogados vao te procurar, hahahahahahah. obrigadao pelo capitulo. PERFECT!
02/10/2015 18:38:30
fdjdfkjfdkjfkd
02/10/2015 18:38:22
MEU DEUS ESTOU MORTA X) AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA meu amigo que cap foda caramba , esse momento foi ótimo de se ler , espero por muito mais kkkkkkkkkk,NOTA 10 como sempre
02/10/2015 18:25:33
Pula pra segunda nao aguento de ansiedade amando o conto 😍😍😍
02/10/2015 18:21:06
Olá sua história está perfeita como sempre, eu já li seus outros textos e conheço o seu talento.


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