Estocolmo 9
Capitulo 9 – Mais Um dia No Paraíso
Eu não aceitava, como eu poderia aceitar um absurdo daqueles?
A historia de Alexei com minha família, da família de Alexei com minha família remetia a gerações. Era algo shakespeariano. Digno de uma tragédia.
Depois que ele me contou toda a historia ele se retirou do quarto, a porta agora estava aberta pois afinal, eu não poderia ir a lugar nenhum. Alexei não voltou mais durante aquele dia, agora já estava na metade da manha, quando sai na varanda ele estava sentado na areia, sua pele estava totalmente avermelhada do sol.
Eu me aproximei dele, enquanto encarava suas costas largas e trincadas de músculos ele observava o oceano, podia ser impressão minha, mas eu sentia sua tristeza mesmo não vendo sua face.
-Você pretende continuar com sua vingança?
Ele ficou em silencio por um tempo, então se levantou e veio em minha direção, seus olhos estavam vermelhos e com olheiras. Parou na minha frente e acariciou meu rosto com uma mão áspera.
-Não faz mais sentido, é besteira.
-E o dinheiro do sequestro?
-Sua mãe já depositou.
-Você vai devolver?
-Vou, mas não da maneira como você espera.
Ele estava escondendo algo de mim, eu podia ver isso.
-Você não vai desistir, eu posso ver isso.
Eu dei um passo para trás, me livrando de seu toque.
-Eu não vou deixar você machucar minha família.
Ele estava encima de mim antes que eu pudesse reagir.
-Se eu devolver esse dinheiro eu não vou poder me aproximar de você mais, confie em mim.
-Depois de tudo que você me contou, tudo que você fez comigo nessa ilha, eu preciso de mais do que sua palavra Alexei.
Ele esticou o braço e me agarrou pela nunca, me puxou contra si e me beijou.
Não, foi mais que um beijo, eu não consigo descrever o que aconteceu, mas eu me abri para ele, meu corpo todo perdeu força e quando dei por mim eu estava deitado de costas na areia, com o gigante nórdico encima de mim. Usando suas pernas ele abriu as minhas, se livrou da bermuda e então senti algo gelado entre minhas pernas, tentei fazer um comentário sobre ele andar pela praia com lubrificante, mas meu cérebro era uma sopa naquele momento. Ele entrou em mim com força, não foi rápido ou certeiro porque ele era muito grande para isso.
Eu gritei em sua boca, meu olhos arregalados pela surpresa encarando seu lindo rosto de olhos fechados e tomados de tesão com o céu azul como plano de fundo. Eu tinha noção da areia quente sob minhas mãos que tentavam em vão procurar algo para se segurar, o vento do mar nos coqueiros e o barulho das ondas quebrando contra a praia.
-Isso é prova o suficiente para você? Você tem duvida de que tem meu corpo, minha alma, minha vida?
-N-não!
Apoiado na areia pelos cotovelos ele fazia seu membro enorme deslizar em meu interior, eu conseguia sentir todo o trajeto que a cabeça rombuda fazia dentro de mim. Ele se segurava o quanto podia, mas as vezes se descontrolava e bombava com força, afundando nós dois na areia da praia.
-Eu não espero que você entenda o que eu faça Phil, nem sempre vou ter tempo para te explicar também, mas espero que você me apoie, confie em mim. Eu te amo.
Sua voz estava afobada e sofrida pelo esforço, quando ele falou a ultima frase não aguentei e gozei entre nós dois, seguido por ele. Caímos exaustos lado a lado na areia da praia, observando o céu com as mãos entrelaçadas.
Depois de um tempo ele me puxou para junto de si, fazendo com que minha cabeça se apoiasse em seu peito. Tentei retomar o assunto, mas fui impedido.
-Ainda temos alguns dias, vamos esquecer o mundo por enquanto, ok?
Eu fechei os olhos e aproveitei a força do coração batendo sob mim.
Seu mamilo róseo acabou por chamar minha atenção, emoldurado pelos músculos poderosos de seu peitoral, suguei um entre os lábios e senti Alexei se contorcer na areia, apesar disso sua mão se fechou em minha nuca, impedindo que eu abandonasse a tarefa.
Eu mudei de posição e subi encima dele, apoiando os joelhos na areia, logo eu podia sentir seu membro duro deslizando entre as polpas da minha bunda.
Alexei gemia, se contorcia e seu quadril disparava para o alto, tentando ter mais fricção com meu corpo. Ele segurou no meu quadril para me ancorar e continuou a se movimentar enquanto eu mordiscava o mamilo direito, que era bem mais sensível que o outro.
Criei coragem heroica e mudei o ângulo de meu quadril, de modo que quando ele subiu com o quadril novamente acabou se enterrando dentro de mim.
Enquanto eu gritava em dor e êxtase, Alexei abaixo de mim era puro êxtase.
-Wow, deus... eu... wow, que delicia!
Quando me recuperei acabei constatando que ainda havia mais da metade dele fora de mim ainda, mesmo quase sem forças nas pernas comecei o cadenciado movimento de subida e descida, observando o rosto de Alexei que me olhava atentamente, suas mãos desceram até meu membro e começaram a acaricia-lo para me incentivar a continuar.
Seus olhos azuis estavam semicerrados e escuros, seu rosto agora estava emoldurado por uma barba dourada, seus lábios não eram grossos, mas era o suficiente para providenciar um beijo divino.
Eu acariciava cada parte do seu poderoso corpo com uma das mãos enquanto com a outra eu me apoiava na areia quente. Não faço ideia de quanto tempo ficamos nisso, mas tinha noção que algumas nuvens faziam sombras no chão ao nosso redor enquanto passavam, tornando o cenário ainda mais lindo, mas a verdade é que eu só tinha olhos para o viking que se embargava de tesão abaixo de mim.
***
Quando terminamos o sol já sumia no meio do oceano, que se coloria como fogo líquido.
A vida não poderia ser mais perfeita que isso, a única mancha era o mundo real que nos aguardava fora da ilha. Fui arrancado dos meus devaneios por Alexei que me arrastou para o mar e me jogou na água. Até a noite se aprofundar ficamos brincando feito duas crianças na água.
Mais tarde eu estava na cozinha, lavando as vasilhas da janta (visto que cozinhar não era meu forte, a limpeza da bagunça que Alexei deixou para trás ficou por minha conta) me pus a pensar no que Alexei tinha me dito mais cedo.
Era um ciclo, ele veio atrás de mim para tentar reaver a fortuna de sua família, que acreditava terem sido roubados por um antepassado de meu pai, aparentemente meu pai previu isso pois a empresa era cercada de proteções judiciais.
O que eu sentia por Alexei era um fascínio insano, não era natural. Ele poderia parecer muito apaixonado agora, mas e quando essa paixonite passasse, ele não me atacaria novamente?
E tinha Marcus, eu não pretendia abrir mão dele, eu o amava de verdade. Ou pelo menos eu achava isso. O que aconteceu naquela ilha poderia ter começado forçado, mas agora eu procurava Alexei, isso era traição. Como eu poderia encarar novamente o homem que me dizia amar acima de tudo todos os dias carregando a marca de Alexei comigo, as memórias de nossas transas nessa ilha que com certeza não se apagariam mais.
Seria eu capaz de voltar ao continente e negar que tudo isso existiu?
Isso seria guardar um segredo, um pecado ou carregar uma sina?
E no fim não seria justo com Marcus, ele não poderia ser permitido continuar amando alguém infiel. Quando a falta de Alexei pesasse o que eu faria? Procuraria outros, eu veria Alexei fora dessa ilha, teríamos um relacionamento ou algo do tipo? Minha cabeça começou a girar e tentei afastar esses pensamentos, cada coisa a seu tempo, mas o correto é que uma decisão deveria ser tomada, se eu fosse continuar com Marcus deveria acabar com essa coisa com Alexei antes que ela evoluísse mais, isso se é que Marcus iria me perdoar depois que eu lhe contasse toda essa loucura, e ainda tinha o vídeo, do capanga de Alexei me violentando, se Marcus tivesse visto aquilo com certeza ele não iria querer mais nada comigo, o que será que ele estaria fazendo naquela hora?
Pela janela observei Alexei caminhando pela praia, apenas de sunga, seu corpo perfeito passeando pela areia, iluminado pela lua que refletia furiosamente no mar, o observei até que ele entrou na água, soltando um grito de prazer que fez com que meu corpo todo vibrasse, e fácil assim todo o mundo além de Alexei deixou de existir.
Ouvi um barulho atrás de mim e pensei ser Alexei, afinal, éramos os únicos nessa ilha, mas como era possível, se da janela eu tinha visão de Alexei se banhando no mar?
Eu virei assustado para trás, na entrada da área que servia como cozinha ele estava parado, me olhando furioso e com uma arma apontada para mim.
-Então ele se livrou de mim só para te fazer a putinha dele?
Meu sangue congelou.
Capitulo 10 –Brutalidade