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A História de Caio, completa e revisada para leitura on line e download e contos inéditos no meu blog:
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Não sei quanto tempo durou o silêncio após meu pai ir embora. Poderia ter durado semanas ou segundos. Quando retornei a mim e me recuperei do impacto que as palavras ásperas do meu pai me causara, ouvi Yoh perguntando se Daniel estava bem. Este confirmou que sim, o que também me aliviou.
- Dan, me perdoa. Você entrou nessa querendo me ajudar e quase morre. Me perdoa também Yoh. E o que foi isso que você fez? - Inquiri.
- Hipnose, é uma coisa bem simples. Foi assim também que resolvi a parada com o seu irmão.
- Você nunca tinha me falado que sabia fazer isso. - Alfinetei.
- Não é a única coisa sobre mim que você não sabe. - Riu ele. - Mas como você imaginou que eu tinha dominado seu irmão? Ele tem o dobro da minha massa muscular.
- Não sei. Eu imaginei muita coisa e coisa nenhuma. Na verdade eu estava te vendo como uma espécie de bruxo, sei lá.
- Andou lendo Harry Potter demais, Caio. - Falou o Daniel.
- Nunca li Harry Pòtter. - Respondi.
- HEREGE. - Responderam os dois em uníssono.
- Tenho dificuldade em ler coisa que todo mundo gosta. - Expliquei. - Sou meio do contra mesmo.
- Leia Harry Potter. - Senão não vou mais amar você. - Falou Daniel me fazendo corar e olhar apressado para Yohan para verificar se ele havia entendido a indireta, mas ele não demonstrou haver percebido nada, apenas riu da brincadeira do Daniel.
- Caio, ainda está com fome?
- Não.
- E você Dan?
- Parece que ter armas apontadas para você é uma excelente forma de fazer dieta. Também perdi a fome. Quais as ordens?
- Eu vou com Caio até o advogado. Você tem que ir em casa dar notícias à sua mãe. Ela deve estar preocupada.
- Posso apenas ligar.
- Melhor você ir, está cansado. Volte aqui a noite que eu tenho uma coisa muito importante para conversar, que não pode mais ser adiada.
- Vai me deixar morrendo de curiosidade é?
- É.
Daniel saiu contrariado pela porta, e então Yoh se voltou para mim:
- Tome um banho e troque de roupa. Estarei te esperando aqui.
Fui até o quarto dele onde estavam minha coisas exatamente da forma como havia deixado. Peguei uma calça jeans normal e uma camisa social. Percebi que a grande maioria das minhas roupas ficou. Só tinha duas camisas sociais agora. De repente imaginei como minha situação ficaria difícil se meu pai bloqueasse meu acesso à minha poupança, mas afastei esses pensamentos da mente e fui me arrumar.
Quando estava de cueca colocando a calça ele entrou.
- Estou preocupado contigo. Você parece estar normal depois do que ocorreu ontem. Mas está bem mesmo?
- Estou Yoh, sério. Esse susto de agora com papai armado me traumatizou novamente. Mas eu to superando bem.
- Você não tinha nenhum trauma sobre ficar com homens pelos abusos na infância?
- Tinha. Eu percebi que tinha medo de caras mais bem dotados que o normal. Medo de sentir dores como as do estupro. Mas você tipo me curou disso, você transou comigo do jeito que quis. Doeu pra caralho mas eu me acostumei. - Falei olhando para ele. - Yoh, posso te pedir algo?
- Claro.
- Me beija.
Ele caminhou até mim e me abraçou protetoramente e me beijou na testa.
- Eu quero beijo na boca. - Falei.
- Desculpa. - Falou ele meio envergonhado. - Eu fico sem jeito em pensar em você dessa forma por causa de tudo que você passou.
- Que forma Yoh?
- De forma sexual Caio. Sinto dificuldade em pensar em você para sexo sabendo de tudo que você passou.
Olhei para ele sem acreditar no que estava ouvindo.
- Você está dizendo que não quer nada comigo?
- Caio. - Repreendeu ele. - Você é muito ansioso, muito precipitado. Estou fazendo tudo que posso e que sei para te ajudar. Não estou dizendo que não teremos mais nada. Só quero que você entenda que é difícil pegar seu corpo e fantasiar com ele sabendo a forma como ele foi abusado. Eu não tenho controle sobre isso, simplesmente não dá para se excitar diante dessa situação.
Continua....
Perdoem o atraso. 20:00 no máximo teremos outro capítulo.